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Atividade Teórico-Prática Supervisionada-Farmacologia Aplicada à Farmácia

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Nome: 
EDIMAR GOMES NOGUEIRA
	Matrícula: 
202016561
	Disciplina:
Farmacologia Aplicada à Farmácia
	Data de Entrega: 
03/03/20222
	Curso:
FARMÁCIA
ATPS – ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SUPERVISIONADA
Uma mulher de 64 anos de idade, com história pregressa de doença arterial coronariana, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva (ICC) apresenta dispneia em repouso e com esforço, ortopneia, edema de membros inferiores e corrosão. Seus sintomas pioraram ao longo das duas últimas semanas e incluem ortopneia, piora da tolerância ao exercício e taquipneia. Ao exame, ela está notavelmente dispneia e taquipneia e tem distensão venosa jugular, estertores ao exame dos pulmões. Sua radiografia de tórax, nível pró-peptídeo natriurético cerebral (pnc) e ecocardiograma confirmam a suspeita clínica de exacerbação da ICC com edema pulmonar. Ela já está na terapia clínica máxima com um inibidor da eca, betabloqueador, estatina e ácido acetilsalicílico. A paciente está adequadamente colocada em oxigênio e recebe furosemida intravenosa.
a)   Qual é o mecanismo de ação e a farmacocinética da furosemida?
A Furosemida é um diurético de alça com início de ação rápido e de curta duração. Ela bloqueia o sistema transportador de Na+K+2Cl localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle. A ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do aumento da excreção são aumento da diurese (devido ao gradiente osmótico) e aumento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada. A Furosemida causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. O efeito diurético da Furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e dentro de 1 hora após a administração da dose oral. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios. A biodisponibilidade da furosemida é influenciada por vários fatores, incluindo doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica). Esse medicamento liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina. A Furosemida é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de Furosemida é excretada desta forma. O metabólito glicuronideo da Furosemida equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante da dose é excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar. É importante mencionar que a Furosemida é excretada no leite materno e, além disso, atravessa a barreira placentária e é transferida ao feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de Furosemida que na mãe.
b)   Quais anormalidades eletrolíticas podem ser causadas pela furosemida?
Os sinais destes distúrbios eletrolíticos incluem polidipsia que é o aumento da sede, dor de cabeça, confusão mental, dores musculares, espasmos musculares, fraqueza muscular, distúrbios do ritmo cardíaco e sintomas gastrintestinais.
c)   Quais os possíveis efeitos colaterais da furosemida?
A furosemida pode levar a um aumento da excreção de sódio e cloreto e consequentemente de água. Adicionalmente, fica aumentada a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e magnésio. Distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica podem se desenvolver na forma de aumento gradual de déficit eletrolítico ou onde por exemplo doses maiores de furosemida são administradas a pacientes com função renal normal, como perda aguda grave de eletrólitos. Os sinais de distúrbios eletrolíticos incluem polidipsia, cefaleia, confusão, dores musculares, tetania, fraqueza muscular, distúrbios do ritmo cardíaco e sintomas gastrintestinais. O desenvolvimento de distúrbios eletrolíticos é influenciado por fatores como doenças de base (por exemplo: cirrose hepática, insuficiência cardíaca), medicação concomitante e nutrição. Em particular, como resultado dos vômitos e diarréia, a deficiência de potássio pode ocorrer. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao desenvolvimento de tromboses. A furosemida pode causar redução na pressão sanguínea a qual, especialmente se pronunciada, pode causar sinais e sintomas como dificuldade na habilidade de concentração e reação, sensação de cabeça vazia e oca, sensação de pressão na cabeça, cefaleia, tonturas, sonolência, fraqueza, alterações visuais, boca seca, intolerância ortostática. Aumento na produção urinária pode provocar ou agravar as queixas de pacientes com obstrução do fluxo urinário. Portanto a retenção urinária aguda com possíveis complicações secundárias pode ocorrer, por exemplo, em pacientes com alterações do esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra.
d)   A equipe precisa ficar atenta ainda a quais possíveis interações fármaco - fármaco e fármaco - nutriente nessa paciente com uso de furosemida?
Fármaco-fármaco - Observa-se que com os antibióticos aminoglicosídeos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a Furosemida pode potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídeos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis. Precauções de uso de Furosemida com outros medicamentos tais como, Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e Furosemida. Sais de lítio: a Furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma maior incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com Furosemida mais risperidona (7,3%: idade média de 89 anos, entre 75 – 97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona (3,1%: idade média de 84 anos, entre 70 – 96 anos) ou somente Furosemida (4,1%, idade média de 80 anos, entre 67-90 anos). Levotiroxina: altas doses de Furosemida podem inibir a ligação de hormônios tireoidianos às proteínas carreadoras/ transportadoras e, assim, levar a um aumento transitório inicial de hormônio tiroidiano livre, seguido de uma redução geral nos níveis de hormônio tiroidiano total.
Fármaco-nutriente - Os medicamentos e os alimentos podem interagir entre si de forma benéfica ou indesejável. No primeiro caso, facilitando a absorção ou diminuindo seus efeitos colaterais. Por outro lado, pode impedir tal absorção, diminuindo sua eficácia e comprometendo o tratamento de determinada enfermidade.
Entende-se que a interação entre nutrientes e medicamentos acontece quando um nutriente altera a eficácia de um medicamento, ou quando o medicamento interfere no estado nutricional do paciente. Diante disto, verificou-se que a utilização prolongada deste diurético, furosemida, provoca o aumento da excreção de minerais como potássio, magnésio, sódio, zinco e cálcio e o aumento da excreção desses íons poderá levar ao aparecimento de algumas patologias. O uso prolongado da furosemida também pode ocasionar deficiência de tiamina. Quanto à absorção e biodisponibilidade da furosemida, ambas diminuem com a presença de alimento no trato gastrointestinal.
Referência
https://www.sanarmed.com/resumo-de-furosemida-mecanismos-de-acao-farmacocinetica-indicacoes-e-mais
https://bula.medicinanet.com.br/bula/detalhes/8185/reacoes_adversas_furosemida_comp.htm
https://cmfc.emnuvens.com.br/brasileiro/article/view/1492#:~:text=Diante%20disto%2C%20verificou%2Dse%20que,ao%20aparecimento%20de%20algumas%20patologias.https://consultaremedios.com.br/furosemida/bula#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20aminoglicos%C3%ADdicos%20e%20outros%20medicamentos,a%20audi%C3%A7%C3%A3o%20podem%20ser%20irrevers%C3%ADveis.

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