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2 BACHARELADO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 8º SEMESTRE – NOTURNO GRUPO 2 ALBERT BARROSO GONÇALVES LETÍCIA DE JESUS SILVA PINTO RAQUEL SILVA MARQUES RUTH GLEYSE DE OLIVEIRA SILVA C.S DR. EMERSON CASELLI (LIBERDADE) – ATENÇÃO BÁSICA CASO CLÍNICO Marabá – PA 2022 BACHARELADO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 8º SEMESTRE – NOTURNO GRUPO 2 ALBERT BARROSO GONÇALVES LETÍCIA DE JESUS SILVA PINTO RAQUEL SILVA MARQUES RUTH GLEYSE DE OLIVEIRA SILVA C.S DR. EMERSON CASELLI (LIBERDADE) – ATENÇÃO BÁSICA CASO CLÍNICO Estudo de Caso Clínico apresentado como requisito de nota da disciplina de Estágio Supervisionado I. Supervisor(a): Prof. Gisele Santana Muniz Marabá – PA 2022 SUMÁRIO OBJETIVO.....................................................................................................................04 DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS............................................................................04 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................................................04 EXAME FÍSICO............................................................................................................05 MEDIÇÃO PRÉ NATAL..............................................................................................06 EXAMES AVALIADOS................................................................................................06 MEDICAÇÃO PRESCRITA........................................................................................07 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM.....................................................................07 CONCLUSÃO................................................................................................................12 REFERÊNCIAS.............................................................................................................13 OBJETIVO Descrição de estudo de caso clínico, com base em NANDA, NIC E NOC apresentando diagnósticos resultados e intervenções de enfermagem. DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS Paciente P. S. C. do sexo feminino, 25 anos, desempregada, casada, ensino fundamental completo, renda familiar de até 1 salário mínimo, realiza as atividades diárias de forma independente e autônoma. Chegou deambulando à Unidade Básica de Saúde no dia 14/02/2022, para realizar consulta de enfermagem no pré-natal, desacompanhada, com queixas de náuseas, êmese, fadiga e vertigem. Motivo da consulta: CIAP2 W72-Gravidez e CIAP2 A98-Medicina preventiva/manutenção da saúde. O atendimento de consulta programada consistiu no cuidado contínuo. Tendo em base a DUM: 01/10/2021 e a data da consulta no dia 14/02/2022, a gestante se encontra com 19s e 3d e DPP: 17/07/2022. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Alves e Bezerra (2020), a gravidez constitui-se um período no qual a vida da mulher irá passar por transformações fisiológicas, físicas e psicológicas. Durante esta fase as modificações podem afetar profundamente o cotidiano não só da gestante, mas também do seu parceiro, podendo lhes causar um certo desequilíbrio no relacionamento. De acordo com o Ministério da Saúde (2016), a realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. Duarte et al (2018), afirmam que o conceito de náuseas e de vômitos da grávida (NVG) é semelhante àquele que se utiliza em qualquer área médica, ou seja, o vômito ou êmese é a expulsão do conteúdo gástrico pela boca, causada por contração forte e sustentada da musculatura da parede torácica e abdominal. A náusea é definida como sendo a sensação desagradável da necessidade de vomitar, habitualmente acompanhada de sintomas autonômicos como sudorese fria, sialorreia, hipotonia gástrica e refluxo do conteúdo intestinal para o estomago. O quadro de NVG, embora com manifestações clínicas semelhantes aos demais quadros que evoluem com esta sintomatologia fora da gravidez, tem como grande diferencial a dissociação com qualquer doença de base. Diante da êmese ou da náusea gravídica é fundamental a realização de cuidadosa avaliação clínica e, ocasionalmente, laboratorial para se afastar outras causas que justifiquem o quadro clínico (Barbosa et al, 2018). Segundo o Ministério da Saúde, o acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários (BRASIL, 2016). A oferta de assistência à saúde com qualidade e humanizada, durante o ciclo gravídico puerperal, é essencial se se pretende obter bons resultados clínicos para a mãe e o recém-nascido. Ela está associada à menor morbimortalidade e à não ocorrência de intervenções médicas desnecessárias, além de ter efeitos positivos no trabalho de parto e na sensação e sentimento de controle pela mulher (TOMASI et al., 2021). Balsells et al, (2018), ressaltam que a importância da assistência pré-natal não está apenas vinculada aos parâmetros quantitativos, também deve estar associada à qualidade das consultas realizadas, seguindo os princípios de humanização propostos pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, como a escuta da gestante, esclarecimento de suas dúvidas explicando as condutas adotadas, desenvolvimento de atividades educativas proporcionando respostas às indagações da mulher e informações necessárias sobre a gravidez. EXAME FÍSICO · Cabeça: sem anomalias; · Olhos: conjuntiva hipocorada; · Nariz: sem anomalias; · Orelhas: sem anomalias; · Boca: déficit na higiene bucal; · Mamas: sem alterações; · Membros inferiores: sem edemas, pele hidratada; · Sinais vitais: Pressão arterial: 100x60 mmHg; Frequência cardíaca: Temperatura: 36ºC Freq. Respiratória: 15 irpm; · Dor: ausente; · Peso: 50,4kg Altura: 148,0cm IMC: 23,0095kg/m² · Estado nutricional: (X) normal ( ) obeso ( ) desnutrido ( ) relato de perda ponderal MEDIÇÕES PRÉ NATAL · Altura uterina: 14 cm; · Gravidez planejada: NÃO; · Idade Gestacional 19 semanas e 3 dias; · Batimento Cardíaco Fetal: 153 bpm; · Movimentação fetal: NÃO. · Vacinação em dias: SIM EXAMES AVALIADOS · CDS – EAS/EQU Realizado em: 07/02/2022 Sem alterações · 020500143 – ULTRASONOGRAFIA OBSTÉTRICA Realizado em: 08/022022 | Resultado em: 08/02/2022 Gestação tópica única de 16 semanas e 4 dias; crescimento fetal adequado a idade gestacional; líquido amniótico normal; placenta típica posterior; peso: 171; apresentação pélvica. · CDS – UROCULTURA Realizado em: 07/02/2022 Ausência bacteriana MEDICAÇÃO PRESCRITA Ácido Fólico 5mg – 1 cp ao dia. Sulfato Ferroso 40mg – 1 cp ao dia. Dramin® B6 50 mg/10 mg – 1 cp a cada 6 horas. DIAGNÓSTICOS, INTERVENÇÕES E RESULTADOS ESPERADOS EM ENFERMAGEM NANDA - Diagnósticos de enfermagem NOC – Resultados Esperados Diag: Fadiga Def: Sensação opressiva e prolongada de exaustão e capacidade diminuída de realizar trabalho físico e mental no nível habitual. FR: Aumento no esforço físico Cond. Assoc.: Gravidez Tolerância à atividade Def: Respostas fisiológicas a movimentos que consomem energia nas atividades da vida diária. Indicador: Ritmo de deambulação. Classificação dos resultados: Manter em 3 Aumentar para 5. NIC – Intervenções CONTROLE DE ENERGIA Atividades: • Avaliar a condição fisiológica do paciente quanto a deficiências que resultem em fadiga no contexto de idade e desenvolvimento; • Usar instrumentos validados para medir a fadiga, conforme indicado; • Monitorar a ingestão nutricional para assegurar o consumo adequado de recursos energéticos; • Consultar um nutricionista sobre formas para aumentar aingestão de alimentos energéticas; • Negociar os horários de refeição desejados que podem ou não coincidir com a programação padrão do hospital; • Monitorar o paciente quanto a evidência de excesso de fadiga emocional e física. NANDA - Diagnósticos de enfermagem NOC – Resultados Esperados Diag: Risco de Glicemia Instável Def: Suscetibilidade à variação dos níveis séricos de glicose em relato a faixa normal que pode comprometer a saúde. FR: Média de atividade física diária inferior à recomendada para idade e sexo. Ingestão alimentar insuficiente Monitoração inadequada da glicemia Cond. Assoc.: Gravidez. Controle de riscos Def: Ações pessoais para compreender, prevenir, eliminar ou reduzir ameaças à saúde possíveis de modificação. Indicador: Monitorar alterações do estado geral de saúde Classificação dos resultados: Manter em 2 Aumentar para 5. IDENTIFICAÇÃO DE RISCO Atividades: • Rever a história de saúde e documentos pregressos quanto a evidências de diagnósticos e tratamentos médicos e de enfermagem prévios; • Rever os dados derivados das medidas rotineiras para a avaliação do risco • Determinar a disponibilidade e qualidade dos recursos; • Identificar os recursos disponíveis para auxiliar na diminuição dos fatores de risco; • Manter registros e estatísticas precisos; • Identificar riscos biológicos, comportamentais e ambientais e suas inter-relações; • Identificar as estratégias típicas para lidar com os problemas. NANDA - Diagnósticos de enfermagem NOC – Resultados Esperados Diag: Náusea Def: Fenômeno subjetivo de uma sensação desagradável na parte de trás da garganta e do estômago que pode ou não resultar em vômitos. Carac. Def: Ânsia de vômito Aversão à comida Salivação aumentada FR: Ansiedade Sabores noivos Controle de Náusea e Vômitos Def: Ações pessoais para controle da náusea, da ânsia de vômito e de sintomas do vômito. Indicador: Relata náusea, ânsia de vômito e vômitos não controlados. Classificação dos resultados: Manter em 2 Aumentar para 5. NIC – Intervenções MONITORAÇÃO NUTRICIONAL Atividades: • Pesar o paciente; • Monitorar o crescimento e o desenvolvimento; • Obter medidas antropométricas da composição corporal (p. ex., índice de massa corporal, medida da cintura e as medidas de dobras cutâneas); • Monitorar as tendências de perda e ganho de peso; • Determinar a quantidade apropriada de ganho de peso durante o período pré-parto; • Monitora náuseas e vômitos. NANDA - Diagnósticos de enfermagem NOC – Resultados Esperados Diag: Risco de Constipação Def: Suscetibilidade à diminuição na frequência normal de evacuação, acompanhada por eliminação difícil ou incompleta de fezes, que pode comprometer a saúde. FR: Fraqueza dos músculos abdominais Hábitos alimentares inadequados Mobilidade gastrointestinal diminuída Cond. Assoc.: Gravidez. Hidratação Def: Água adequada nos compartimentos intra e extracelular do corpo. Indicador: Ingestão de Líquidos Classificação dos resultados: Manter em 1 Aumentar para 5. MONITORAÇÃO HÍDRICA Atividades: • Examinar turgidez da pele pegando o tecido em uma área ossuda, como a mão ou o queixo, beliscando suavemente a pele, segurando por 1 segundo e soltando; • Monitorar o peso; • Monitorar ingesta e eliminação; • Monitorar os valores eletrolíticos séricos e da urina, conforme adequado; • Monitorar a albumina sérica e níveis proteicos totais; • Monitorar níveis séricos e de osmolalidade urinária; • Monitorar a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e alteração no ritmo cardíaco, conforme apropriado. NANDA - Diagnósticos de enfermagem NOC – Resultados Esperados Diag: Risco de Infecção Def: Suscetibilidade a invasão e multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer à saúde. FR: Alteração no peristaltismo Cond. Assoc.: Alteração no pH das secreções Estado materno: Pré-Parto Def: O quanto o bem estar materno encontra-se dentro dos limites normais, da concepção ao início do trabalho de parto. Indicador: Náusea Classificação dos resultados: Manter em 2 Aumentar para 5. CUIDADOS NO PRÉ NATAL Atividades: • Identificar as necessidades do indivíduo, preocupações e preferência, estimulando o envolvimento na tomada de decisões, e identificar e abordar as barreiras para os tratamentos; • Discutir a importância de participação nos cuidados pré-natais durante toda a gestação, encorajando o envolvimento do parceiro da paciente ou de outros membros familiares; • Encorajar a paciente a frequentar um curso de cuidados pré-natais; • Monitorar o ganho de peso; • Monitorar a procura de distúrbios hipertensivos; • Monitorar sons cardíacos fetais; • Medir a altura do fundo do útero e comparar com a idade gestacional; • Monitorar o movimento fetal. CONCLUSÃO Com o presente estudo podemos demonstrar a importância de um bom pré-natal, que deve ser iniciado ainda no primeiro trimestre da gravidez. A Estratégia de Saúde da Família é a porta de entrada para as mulheres, de modo que o acolhimento e as visitas domiciliares estejam dentro da organização da unidade de saúde, para garantir a assistência de qualidade á essas mulheres e os bebês. A participação de toda equipe tem fundamental importância, para o fortalecimento da assistência pré-natal; entretanto, são necessários investimentos na formação dos enfermeiros e médicos qualificados para o atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal, além de investimentos financeiros para aquisição de equipamentos e a quantidade de exames necessários para as unidades. Por fim, as finalidades desse caso clínico foram aplicar a SAE com sua esquematização, metodologia e no cenário do Estágio Supervisionado I. Por meio desse casopo, foram realizados diagnósticos e intervenções de enfermagem, trazendo para a prática efetiva o dia a dia do enfermeiro na Atenção básica do C.S Dr. Emerson Caselli. REFERÊNCIAS 1. BALSELLS, M.M.; OLIVEIRA, M.M. et al. Avaliação do processo de assistência pré-natal de gestante com risco habitual. Acta Paulista de Enfermagem, v. 31, n. 3, p. 247-54, 2018; 2. BRASIL, Ministério da Saúde, 2016; 3. BARBOSA, O. et al. Êmese da gravidez. São Paulo. Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2018; 4. DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM – NANDA – Definições e Classificação 2001-2002, Porto Alegre, Artmed 2002. 5. JOHNSON, M.; MAAS,M.; MOORHEAD,S. Classificação dos 6. DUART, G et al. Êmese da gravidez. São Paulo. Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2018; 7. no. 2/Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-natal). 8. McCloskey, JC.; BULECHEK, G.M. Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Porto Alegre. Artmed 2008 9. Resultados de enfermagem (NOC). Porto Alegre. Artmed. 2004. 10. TOMASI, Y.T. Do pré-natal ao parto: um estudo transversal sobre a influência do acompanhante nas boas práticas obstétricas no Sistema Único de Saúde em Santa Catarina, 2019. Epidemiol. Serv. Saúde vol.30 no.1 Brasília, 2021.
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