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Sabrina Feitosa de Sousa Psicologia e Educação|UDF A Lei de Diretrizes e Bases da Educação propõe a equidade no ensino regular para todos como um direito. Em seu artigo 3, afirma que a igualdade no acesso e permanência na educação devem ser os princípios da Educação (GOMES; SOUZA, 2011). Em setembro de 2008, foi promulgado o Decreto n° 6.571 que coloca o atendimento a alunos em processo de inclusão como um direito (GOMES; SOUZA, 2011). Entretanto, matrícula na escola regular não significa inclusão e melhora na educação. Há de se considerar que o processo educacional é muito mais do que presença na escola, as matrículas servem para estatísticas. Entre as barreiras encontradas para o processo de inclusão, estão: incapacidade profissional, falta de recursos materiais, escolas projetadas arquitetonicamente para alunos sem necessidades especiais (GOMES; SOUZA, 2011). Para incluir alunos com necessidades especiais, não basta colocar os alunos em sala de aula junto com os demais. É preciso um trabalho que envolva as pessoas enquanto sujeitos, trabalhando seus preconceitos, crenças e dificuldades. Fazer parte do processo de inclusão na educação requer um compromisso social. Declaração de Salamanca A declaração de Salamanca é um documento que foi elaborado durante a Conferência Mundial de Educação Especial da ONU, na Espanha, em 1994. Foi importante para que os governos reconhecessem a importância de garantir educação para crianças com necessidades especiais em escolas regulares. A Constituição Brasileira e a LDB garantem direito à educação a todas as crianças. Lei da Inclusão A lei da Inclusão que é o Estatuto da Pessoa com Deficiência também coloca a educação como direito a fim de alcançar o máximo de habilidades e desenvolvimento do indivíduo. → Plano de atendimento educacional especializado: é o atendimento individual ao aluno com necessidades especiais. → Valores adicionais: é proibido cobrar valores adicionais que não são cobrados das outras crianças. Em resumo, a ideia de uma escola inclusiva é combater o preconceito, ao mesmo tempo que trabalha para desenvolver habilidades e potencialidades da criança com necessidades especiais, assim como acontece com as outras crianças. Se as crianças com necessidades especiais ficam isoladas em escolas diferentes, o preconceito aumenta porque as pessoas não vão entrar em contato com pessoas diferentes com frequência. Entende-se a relevância da escola inclusiva, na medida em que compreendemos a escola como formadora do cidadão. Impactando, portanto, na sociedade. Outro objetivo é diminuir a desistência e repetência do aluno. Nessa situação, o Psicologia Escolar e Inclusão Sabrina Feitosa de Sousa Psicologia e Educação|UDF plano individual é muito utilizado e é de grande ajuda. É preciso olhar para o lado da escola também, uma vez que os professores não estão completamente capacitados para lidar com alunos com necessidades especiais. É importante também acolher pessoas com deficiência, mas que são capazes de demonstrar, trabalhando, que podem alcançar o sucesso que a sociedade dita como desejável, por exemplo: ser independente financeiramente. → Capacitismo: acreditar que uma pessoa com deficiência não é capaz de fazer as mesmas coisas que uma pessoa sem deficiência faz. Para que a inclusão aconteça de forma eficaz é preciso que os professores sejam treinados e capacitados para isso. Em geral, as escolas de ensino fundamental e médio estão mais capacitadas, pois no ensino superior é comum que os professores não tenham formação pedagógica ou em licenciatura para dar aula. Nessa questão, a formação continuada pode auxiliar, tanto na educação fundamental e média, como no ensino superior. No ensino superior, incluir disciplinas que abordem a questão da deficiência em todos os cursos, como temas transversais. A legislação prever adaptação das avaliações acadêmicas para os alunos com deficiência. Existe professores que não sabem fazer, mas querem aprender; mas também existe professores que não sabem ou simplesmente não querem ter o trabalho de realizar a adaptação. Portanto, o psicólogo escolar pode tentar sensibilizar os professores sobre isso, em última instância pode relembrar que a adaptação é algo exigido pela lei e garantido como direito à pessoa com deficiência. Algumas instituições de ensino possuem o setor de atendimento ao aluno. Nesse setor, é possível apoiar aos alunos com deficiência em seu processo de aprendizagem e permanência na instituição. Apesar da inclusão ser a prioridade, existe casos em que a escola regular não será capaz de atender. Assim, a escola específica para pessoas com deficiência se torna necessária. E, mesmo nesses casos, a criança pode está incluída na escola regular, enquanto frequenta a outra escola. Referências GOMES, Claudia; SOUZA, Vera Lucia Trevisan de. Educação, psicologia escolar e inclusão: aproximações necessárias. Rev. psicopedag., São Paulo, v. 28, n. 86, p. 185-193, 2011. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scri pt=sci_arttext&pid=S0103- 84862011000200009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 26 out. 2021. Veja também: A Escola e o Psicólogo Escolar Curte, salva e comenta o que achou!
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