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Anestesia Terminal Infiltrativa

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Anestesia Terminal Infiltrativa
Caracteriza-se pela injeção submucosa e subcutânea do agente anestésico, que penetra por difusão através dos tecidos moles e ósseo, até́ os filetes nervosos, bloqueando a condução nas regiões terminais dos nervos. É indicada para complementação em áreas de confluência de ramos nervosos e para o efeito vasoconstritor local, nas soluções que contenham esse tipo de fármaco. 
Essa técnica anestésica é classificada conforme a determinação do plano tecidual de sua infiltração. Assim, subdivide-se em submucosa, supraperióstica, intraligamentar, intraseptal ou intraóssea e intrapulpar. A anestesia da pele recebe a denominação de subcutânea.
A anestesia terminal infiltrativa submucosa permite a anestesia dos tecidos moles e é obtida pela infiltração do plano mais superior da camada submucosa. Pode ser empregada nas regiões jugal, labial, lingual e no soalho da boca, ou seja, nas regiões sem sustentação direta do esqueleto dento alveolar e maxilomandibular.
A anestesia terminal infiltrativa supraperióstica resulta da infiltração local aplicada sobre o periósteo, próximo aos ápices dentários. A injeção do anestésico ocorre na região mais profunda do plano submucoso, sem punção do periósteo. Para sua execução, realiza-se a distensão do lábio ou da área jugal do paciente e faz-se a punção na mucosa vestibular, ligeiramente além do sulco próximo aos ápices radiculares. A agulha deverá estar com o bisel voltado para a superfície óssea cortical. O contato ósseo limita a profundidade de introdução da agulha. Quando por palatino, com a seringa levemente em contato com a comissura labial, do lado oposto, a punção é realizada na fibromucosa do palato até́ encontrar resistência óssea.Se houver o contato ósseo, a agulha deve ser recuada de 1 a 2 mm e a difusão da solução anestésica ocorrerá sobre o periósteo, diminuindo a dor. Entretanto, a eficiência dessa técnica depende da permeabilidade dos tecidos, particularmente do tecido ósseo, e da qualidade da solução anestésica. É uma técnica de fácil execução, com altas taxas de sucesso e indicada sempre que os procedimentos dentários se restringirem a uma área relativamente circunscrita na maxila ou na mandíbula.
A anestesia terminal infiltrativa intraligamentar ou injeção no ligamento periodontal o anestésico deve ser depositado diretamente no espaço periodontal do dente a ser anestesiado. A agulha deve ser introduzida paralelamente ao longo eixo da raiz, com seu bisel voltado para esta. A injeção é realizada entre a mucosa e a raiz, devendo encontrar a crista óssea do processo alveolar para, então, ser introduzida no espaço periodontal. A seguir, sob forte pressão no êmbolo, injetam-se algumas gotas, e a microcirculação transporta facilmente o agente anestésico até́ o ápice dentário e pelo forame até́ a câmara pulpar. O efeito da anestesia intraligamentar abrange periodonto, ápice radicular e polpa dentária. Pode ser usada para a anestesia dos filetes nervosos do ligamento periodontal, quando há́ uma inflamação e permanece a sensibilidade, embora toda a região esteja anestesiada. Não é indicada para dentes decíduos próximos a germes de dentes permanentes.
A anestesia terminal infiltrativa intraóssea ou intraseptal é efetuada no centro da papila interdentária, adjacente ao dente a ser tratado. Com uma inclinação de 45° em relação ao longo eixo do dente, a agulha deve alcançar o septo, onde será́ depositado o anestésico em osso esponjoso. Em pacientes idosos, a cortical óssea que reveste o septo interdentária pode estar reabsorvida, expondo estrutura óssea esponjosa, o que facilita a absorção da solução.
A anestesia terminal infiltrativa intrapulpar é uma técnica de anestesia complementar, em que a solução anestésica é depositada diretamente no tecido pulpar do dente, com penetração da agulha pela câmara até́ o canal radicular. Obrigatoriamente, deverá haver exposição pulpar para possibilitar sua execução. Essa anestesia é bastante útil nos casos de exodontias com Odontossecção, em que a dor persiste mesmo após outras técnicas serem realizadas.
Técnicas anestésicas regionais para maxila
Os nervos alveolares são ramos colaterais originados do nervo maxilar (ramo do trigêmeo). Próximo aos ápices dentários. Embora o ramo anterior promova aderência de caninos e incisivos, o ramo médio promova a aderência dos pré́-molares e o ramo posterior, dos molares, não raro, para plena analgesia, o profissional deve anestesiar dois ramos contíguos. O ponto de punção para a injeção será́ no fundo do sulco vestibular ou prega muco bucal, variando a referência segundo a topografia do nervo a ser infiltrado. Na introdução da agulha, o bisel deve estar voltado para a superfície da cortical óssea. Os nervos alveolares superiores anterior e médio (ASA e ASM) são bloqueados conjuntamente nas imediações do forame infraorbital da maxila. As estruturas anatômicas anestesiadas por essa técnica são polpa dentária, ligamento periodontal, osso alveolar, cortical vestibular e palatina, periósteo e mucosa vestibulares do canino ao incisivo central superior, do lado correspondente. Pela difusão anestésica, também podem estar envolvidas áreas sensibilizadas pelo nervo infraorbitário. 
O nervo ASM pode ser anestesiado isoladamente, o profissional deve afastar a região jugal com o dedo indicador ou um odontoscópio, expondo a região de sulco junto aos pré́-molares superiores. A agulha deve realizar um trajeto de inferior para superior, paralelamente ao longo eixo dos dentes, puncionando a região de sulco entre os pré́-molares, próximo à superfície óssea, a solução anestésica deve ser depositada nas proximidades das regiões apicais do primeiro e do segundo pré́-molares. As estruturas anatômicas anestesiadas por essa técnica são polpa dentária, ligamento periodontal, osso alveolar, cortical vestibular e palatina, periósteo e mucosa vestibulares do segundo e do primeiro pré́-molares superiores, do lado correspondente, além da polpa da raiz mesiovestibular do primeiro molar superior.
O nervo alveolar posterossuperior (ASP) o profissional deve distender a bochecha do paciente com o dedo indicador ou um odontoscópio. Expondo a região de sulco vestibular, pode-se visualizar o limite distal da coroa do segundo molar, em uma relação de 45° ao longo eixo dos dentes. Com a seringa carpule apoiada na comissura labial do mesmo lado, introduz-se a agulha no sulco muco gengival, sobre o segundo molar. Avança-se lentamente nos sentidos superior, posterior e medial, mantendo o movimento constante, margeando e contornando a superfície óssea. Nessa técnica, são anestesiados a polpa dentária, o ligamento periodontal, o osso alveolar, a cortical vestibular e a palatina, o periósteo e a mucosa vestibulares do terceiro ao primeiro molar superior, do lado correspondente, à exceção da polpa da raiz mesiovestibular do primeiro molar. Para pacientes edêntulos, a referência será́ a tuberosidade.
As técnicas anestésicas para o palato recomendam uma maior abertura bucal e extensão cervical do pescoço do paciente. A cabeça poderá́ ser desviada em rotação lateral, para um lado ou para outro, favorecendo a visibilidade da região. A punção na fibromucosa pode ser dolorosa e, muitas vezes, a aplicação do anestésico tópico não será́ eficiente. A anestesia, por compressão no local, provocando uma isquemia, diminui a sensibilidade durante a introdução da agulha. A seringa metálica, levemente em contato com o lábio inferior, na linha média, a partir da comissura labial, segue um trajeto lateralizado, de baixo para cima, em direção à papila palatina. Nesta técnica anestésica, a punção lateralizada à papila incisiva pretende evitar a penetração da agulha para o interior do forame e do conduto incisivo, minimizando a sensação dolorosa durante a manipulação anestésica. As estruturas anatômicas anestesiadas por essa técnica são o periósteo e a mucosa palatinos, de canino a canino
O nervo palatino maior é anestesiado com a comissura labial do lado oposto, realiza-se a punção em um ponto da mucosapalatina, equidistante da sutura palatina mediana e da margem gengival livre correspondente ao segundo molar superior. O trajeto de introdução da agulha através da fibromucosa palatina será́ interrompido ao encontrar resistência óssea. A solução anestésica deve então ser depositada nas proximidades do forame palatino maior. As estruturas anatômicas anestesiadas por essa técnica são o periósteo e a mucosa palatinos, do terceiro molar ao primeiro pré́- molar superior do lado correspondente. A sintomatologia referida pelo paciente é de tensão na região de palato duro já́ durante a manobra de infiltração.

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