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1 AV1 – Imuno e alergia – Prof.ª Ana Claudia – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 14/03/2022 – Aula 5 A conjuntivite alérgica se desenvolve quando à exposição a uma substância alérgena, comoo poluentes ou substâncias irritantes (cloro da piscina, produto de limpeza, pólen, maquiagem, fumação, ácaros). A conjuntivite alérgica também pode se desenvolver por higiene precária na região, principalmente quando o paciente faz uso de lente de contato. A conjuntivite pode ser subdiagnosticada pois é comumente subvalorizada. O primeiro atendimento ocorre na atenção primária. A RCA afeta aproximadamente 400milhões de pessoas no mundo. Entra as 10 razões mais frequentes de procura nos serviços de atenção primária. Pode apresentar formas agudas, crônicas e graves. Na infância é mais frequente em meninos, depois da puberdade passa a ser mais frequente em meninas (maquiagens, sombra, rímel). Principais sintomas da conjuntivite: hiperemia conjuntival + lacrimejamento + edema palpebral + secreção que “cola” as palpabras ao acordar + sensação de areia nos olhos + prurido + visão borrada + fotofobia. Fatores de risco Fatores genéticos, como toda doença atópica. Fatores ambientais que também são os mesmos fatores da rinite alérgica. Historia familiar de atopia. Sensibilização precoce, isto é, a exposição precoce a alérgenos possíveis. Incidência aumentada em pacientes com dermatite atopica, inclusive associado a casos graves de conjuntivite alérgica. Alergia alimentar. O olho que coça é um olho que requer atenção, porque o ato de coçar os olhos, de forma recorrente, por muito tempo, vai fazer com que os pacientes que tenham predisposição genética, desenvolver ceratocone. Ceratocone - deformação da curvatura normal da córnea, atinge jovens, adolescentes, levando a visão embaçada prograssivamente, genético, importância de estímulos externos (prurido). O ato de coçar os olhos faz com haja o apareciemento do ceratocone. Uma vez que aparece o ceratocone, só existe uma forma de tratar implante de lente contato ou transplante e córnea. Muitas vezes o paciente chega para o alergista, encaminhado do ofatlmologista, já com ceratocone, porque o paciente não valorizou essa alergia, sem saber que tinha prédisposição hereditária para o desenvolvimento do ceratocone. O alergista trabalha no controle da alergia, para que o paciente pare de coçar os olhos. Fisiopatologia Resposta de hipersensibilidade tipo 1 (principal mecanismo fisiopatológico envolvido) – alergeno (pelo de animal, ácaro, pólen) entra em contato com a mucosa conjuntival e leva a produção de IgE específica. Essa molécula, em uma segunda exposição, entra em contato com mastócitos sensibilizados atraves de um receptor, o que induz a liberação de alguns mediadores, degranulação de histamina nos olhos, levando ao aparecimento de fatores inflamatórios (prurido, hiperemia e edema). Resposta de hipersensibilidade tipo IV, mediada por células, pode estar relacionado a fisiopatologia também. Revisando rapidamente a estrutura do olho Lácrima é a lágrima faz parte da defesa do organismo, lubrifica mas também faz a remoção mecanica dos alérgenos que entra em contato com a conjuntiva. Conjuntiva – responde muito ao estímulo alérgeno, proliferação celular. Esclera – acometimento das doenças reumatológicas, infecções virais (episclerite; esclerite (+grave); sintoma é o olho vermelho e pode estar associado a dor). O olho vermelho por estar associado a muitas doenças alérgicas, mas não sempre esta relacionado alergia. Olho vermelho não é sinônimo de alergia. Coça? Já aconteceu outras vezes? O paciente pode apresentar outras patologias também. Lacrimeja? Coça? Uveíte está relacionado a infecção viral. Nas alergias oculares as vezes se tem quadros graves que precisam da intervenção do oftalmologista Diagnóstico História pessoal de atipoa – históra recorrente de rinite ou história familiar Na conjuntivite alérgica geralmente o acometimento é bilateral e o sintoma predominante é o prurido, mas pode ter associação de lacrimejamento, sensação de ardência, hiperemia e até fotofobia, nos casos mais persistentes. Fatores desencadeantes: ventilador, pólen, pelo de animais, limpeza de casa. Conjuntivite alérgica 2 AV1 – Imuno e alergia – Prof.ª Ana Claudia – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Exame oftalmológico é sempre importante Testes cutâneos e dosagens de IgEs específicas Tratamento não farmacológico Sempre muito importante quando se trata de alergia, o tratamento não farmacológico começa com controle de ambiente, retirar os fatores desencadeantes identificados na anamnese completa. Não adianta prescrever anti-histaminico se o paciente não segue as recomendações do controle de ambiente (capa anti-ácaro, quarto sem cortinas e tapetes, não levar animais domésticos para cama). A alergia precisa de um processo de tratamento. O paciente com conjuvite alérgica raramente vai ter apenas conjuntivite alérgica, ele vai ter um outro quadro alérgico associado (normalmente, rinite). → conjuntivite alérgica + rinite alérgica, por exemplo. Se não tratar a rinite, o processo inflamatório da mucosa nasal chega à conjuntiva, há comunicação entre essas mucosas. Então, é recomendado sempre tratar a conjuntivite e a rinite conjuntamente. Uso de lubrificantes, é sempre importante, ajuda na remoção mecânica dos alérgenos que estao sendo depositados ali, levando a reação imunológcia alérgica. Antigamente, usava-se antihistaminicos tópicos isolados mas, eram mal tolerados, potência e efeitos limitados (fazem reações adversas), por isso pararam de ser usados. Hoje em dia, são mais utilizados estabilizadores de membrana dos mastócitos (cromoglicato dissódico): devem ser utilizados frequentemente, porque se ele estabiliza a membrana do mastócito para impedir a liberação de histamina, ele deve ser sempre usado. Depois que o mastócito libera a histamina, o medicamento não tem mais o efeito de prevenção do processo alérgico na mucosa da conjuntiva, sendo necessário o uso de mais um medicamento para neutralizar a histamina que já foi liberada, e o uso de estabilizador vai servir para evitar mais liberação de histamina. Os estabilizadores de membrana dos mastócitos tem meia vida curta, o que dificulta o tratamento a longo prazo. Devem ser administrados a cada 6 a 8 hs, mínimo 2 semanas, baixa adesão. Agentes de ação múltiplas estabilizam a membrana dos mastócitos e são antagonistas do receptor H1. Essa teoricamente, é a classe perfeita, tem ação imediata impedindo a ação da histamina que pode ter sido liberada (uso não contínuo do medicamento) e impede a continuação do processo de degranulação de histamina pelos mastócitos. Medicamentos dessa classe: olopatadina, cetotifeno, e alcaftadina, são toleradas, tem efeitos imediatos e mais duradouros. O médico deve estar apto a fazer essa prescrição. Não vai medicar corticoide tópico oftalmológico, em forma de colírio, para todos os pacientes. Idealmente, esse tipo de medicação deve ser prescrito pelo oftalmologista, porque a prescrição desse medicamento tem várias contra-indicações, tem que ser bem avaliados os critérios (pressão intraocular), e o uso deve ser apenas por curto período, não podem ser feitos por um tempo prolongado. É diferente do corticóide nasal/inalatório para tratamento da fase tardia, fazer prevenção da rinite e da asma. Para os casos mais intensos de conjuntivite, isto é, quando o paciente faz o uso de agentes de ação múltipla (olopatadina), as vezes até de forma contínua, e mesmo assim entram em crise, precisando do uso de corticoides tópicos oftalmológicos, vai ser mais interessante prescrever para esse perfil de paciente, outra classe de medicação, o uso de colírios imunomodulares. Para os casos mais intensos existem oscolírios imunomodulares: ciclosporina. Serve para os casos severos, isto é, em que o uso de corticoide tópico precisa ser usado com frequência, o que não pode. Então, para esse perfil de paciente é prescrito essa classe de colírios imunomodulares. Euem prescreve esses medicamentos é o oftalmologista. São utilizados as vezes os AINES tópicos (ceterolaco, por exemplo), eles ajudam na sintomatologia, não é a principal escolha de tratamento. São menos eficazes que a olopatadina, até porque ele atua na raíz do problema, bloquenado os receptores de H1 e impedindo a degranulação de mais histamina pelos mastócitos. Quando se usa um anti- inflamatorio não esteroidal tópico vai ocorrer o bloqueio da via da ciclooxigenase e, consequentemente a síntese de prostaglandinas e tromboxano que fazem parte do processo alérgico, mas que não é a fisiopatologia inicial. Então, essa classe de medicamentos não é a primeira escolha de tratamento. Muitas vezes, além do tratamento tópico pode-se usar medicamentos orais antihistaminicos associados. Nos casos, em que há muita recorrência de episódios alérgicos é necessário fazer a imunoterapia (objetivo: fazer dessensibilização) para o paciente sair dessa recorrência de crises e de precisar ficar fazendo sempre o uso de medicação. No paciente que tem crises de conjuntivite alérgica deve-se fazer o plano preventivo, mas também se deve orientar o paciente a fazer o plano de tratamento de crise. O plano de tratamento de crise na conjuntivite alérgica consiste em lavar bem as mãos, depois lavar bem os olhos, sair do ambiente que se está, indo para um ambiente com ar livre, e colocar compressas geladas nos olhos. Isso é o que resolve de mais imetiato. Quando melhorar um pouco pode tomar um anti- histaminico, e pingar o colírio (demora uns minutos para começar a fazer efeito). 3 AV1 – Imuno e alergia – Prof.ª Ana Claudia – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Existem 6 formas clínicas bem definidas de alergia ocular. Quando o paciente chega, dependendo da história clínica e da característica de cada uma dessas alergias, vamos conseguir classificar sobre qual alergia que está acometendo o paciente, o que vai ajudar na determinação de um plano de tratamento preventivo, plano de tratamento de crise, e melhor prognóstico. 1 - Conjuntive alérgica sazonal – mais comum. Então, a aioria dos pacientes que tem alergia ocular tem a conjuntivite alérgica sazional. Não é diária. Acontece 2 vezes por mês. Duração dos sintomas é menor que 4 semanas. O paciente que tem conjuntivite sazonal, chega no consultório reclamando da rinite alérgica e não da conjuntivite, porque ela não acontece sempre, só de vez em quando. Caso clínico 1 – Conjuntivite Sazonal A.P.S, 20 anos apresentando prurido olhos há 2 dias, com lacrimejamento e edema palpebral. Associa piora ao ligar o ventilador. Usando loratadina nem sempre com melhora rápida. Refere que os sintomas oculares se repetem todo mês, gerando muito incômodo. → RECORRÊNCIA + FATOR DE PIORA = ALERGIA, PENSAR EM ATOPIA. HPP - rinite atualmente controlada, sic. Nega tapete, cortinas, tem cão em casa, quarto aberto e com boa ventilação. Mãe com rinite. saúde boa sem outras informações relevantes. EF - hipertrofia, palidez de cornetos, presença de secreção nasal. Paciente chegou ao consultório por causa dos olhos, e diz que a rinite está controlada (na verdade, o paciente se acostumou com a rinite). A rinite deve ser tratada para ajudar no controle da conjuntivite alérgica sazonal. Figura 1: Nota-se hiperemia e edema. Tratamento não medicamentoso consiste no controle de ambiente. Tratamento medicamentoso TTO rinite: corticoide nasal + anti histamínico oral TTO conjuvite: colírio de ação múltipla por uns 30 dias. 2 - Conjuntivite alérgica perene – sintomas (lacrimejamento, hiperemia, prurido intenso, sensação de ardencia nos olhos) persistem por 4 dias por semana e por mais de 4 semanas consecutivas (frequência do sintoma é diária, mais persistente), oftalmologista precisa avaliar. Caso clínico 2 – Conjuntivite Perene C.A.S, 30 anos com lacrimejamento, hiperemia, prurido intenso,sensação de ardência nos olhos, diariamente, sem melhora com anti histamínicos. Apresenta rinite diária matinal. Na abordagem desse paciente devemos lembrar de: Controle de ambiente: onde ele vive? onde ele trabalha? Capa anti-ácaro no colchão e travesseiro. Ventilador está com poeira? Limpeza da casa com pano úmido? Controle da rinite → corticóide nasal para tratar a fase tardia da rinite alérgica. O corticóide nasal controla a inflamação da mucosa nasal e ajuda que essa inflamação não chegue até os olhos por contiguidade. Testes cutâneos e dosagens de IgEs específicas Avaliação oftalmologista: sintomas mais persistentes precisam ser avaliados pelo oftalmologista. Tratamento TTO rinite: corticóide nasal + anti-histaminico oral (7 a 15 dias) TTO conjuntivite (frequente): colírio de ação múltipla por 30 dias (olopatatina, cetotifeno e alcaftadina). Lembrar que colírio de corticóide não pode ser usado de forma contínua, diferente do corticóide nasal. Se foi necessário prescrever o colírio de corticóide, deve-se encaminhar o paciente com urgência para o oftalmologista, para ele fazer a avaliação do quadro. A escolha do corticoide oral vai depender da gravidade, mas para a conjuntivite alérgica não se usa o corticóide oral, e sim para quadros de rinite grave. Quais são os fatores que podem estar prejudicando o controle da conjuntivite alérgica no paciente? 1. Controle de abiente, pode ter tapetes no quarto, por exemplo. 2. Ele não está fazendo o tratamento adequado da rinite. 3 - Conjuntivite papilar gigante – induzida por irritação mecânica (uso de lente de contato, suturas oculares). Alterações proliferativas na conjuntiva palpebral. Caso clínico 3 – Conjuntivite Papilar Gigante Paciente apresentando prurido ocular, hiperemia da conjuntiva recorrente, quase diária, visão borrada mais recentemente, que a impede de permanecer muitas horas com as lentes de contato. Antes tinha hábito de utilizar lentes por mais de 12 horas, muitas vezes não retirava para dormir. Utiliza o mesmo produto para limpeza das 4 AV1 – Imuno e alergia – Prof.ª Ana Claudia – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 lentes e troca diariamente. Ao exame oftalmológico, observa-se papilas gigantes em palpebra superior. Figura 2: Fazendo a eversão da pálpebra observa-se papilas gelatinosas. TTO retirar a lente de contato por um bom tempo. Uso de corticoide e anti-histamínico tópico/estabilizador de mastócitos. Quando a conjuntivite papilar gigante é leve e diagnosticada precocemente, ao tirar o agente agressor o problema se resolve (primeiro protocolo). Entretanto, quando o diagnóstico for tardio, paciente apresenta o quadro a muito tempo, só retirar o agente agressor não adianta, nesse caso se faz necessário o uso de estabilizador de mastócito e, as vezes, associar o colírio de corticoide (mais atenção e cuidado). 4 - Ceratoconjuntivite vernal – é uma forma grave de conjuntivite alérgica, afeta principalmente meninos na primeira década de vida, e geralmente eles melhoram na puberdade. Continua alérgico com asma e rinite, mas tende a melhorar na puberdade. Isso quer dizer que não precisa tratar? Não! Precisamos tratar. Paciente que coça muito o olho e tem predisposição familiar, tende a fazer ceratocone, podendo evoluir muito mal, de forma irreversível. Caso clínico 4 – Conjuntivite Vernal G.S.C, 8 anos, sexo masculino (menino escolar), apresentando há 2 anos fotofobia, hiperemia, prurido ocular recorrentes, com frequência maior que 2 vezes por semana com dificuldade de controle das crises mesmo com anti histamínico oral, olapatadina tópica, lubrificante ocular e muitas das crises com uso de corticóideem colírio (esse caso parece ser mais grave, sintomas muito frequentes e intensos, faz o tratamento e mesmo assim precisa do uso de colírio corticoide). Apresenta rinite e asma controladas com corticóides nasal e inalatório (paceinte muito atópico). IgE sérica 7730 UI/ml (menino de 8 anos a IgE total é em torno de 90 UI/ml), prick teste e IgEs específicas para ácaros positivos.Pelo quadro ocular intenso, solicitado avaliação do oftalmologista, que constatou complicações oculares redução da acuidade visual (processo inflamatório) e nódulos de Horner Trantas (podem ser visíveis à olho nú, olho pode ficar acastanhado, pode regredir, não é irreversível) e úlceras em escudo. TTO: controle de ambiente, controle de atopias, controlar doenças alérgicas (rinite/asma), paciente precisa fazer uma olopatatina de forma mais contínua, e precisa fazer a imunoterapia para desessibilização (paciente toma muitos remédios e ainda tem sintomas). Colírio de corticoide é sempre para o uso momentâneo, 3 a 4 dias. Reavaliar tratamento preventivo se o paciente tiver que fazer uso recorrente de corticoide oral. 5 - Ceratoconjuntivite atópica – geralmente é grave e crônica, está associada a dermatite atópica. Achados típicos na ceratoconjuntivite atópica: hiperplasia gelatinosa do limbo, nódulos de Horner Trantas, redução da acuidade visual e formação de úlceras em escudo. Os achados típicos mostram gravidade, mas não são patognomônicos. Caso clínico 5 – Ceratoconjuntivite atópica M.V.L 12 anos, masculino, asma e rinite desde 3 anos de vida, com várias idas á emergência para tratamento das crises (será que o tratamento preventivo está adequado???). Apresenta amigdalites de repetição. H. familiar positiva para atopia. Aos 9 anos iniciou quadro de prurido nos olhos com hiperemia e edema palpebral bilateral. Procurou oftalmologista, sendo prescrito corticóide tópico. Aos 11 anos piora das lesões oculares, e déficit visual. O exame oftalmológico evidenciou ceratocone bilateral, sendo encaminhado ao serviço de alergia (fazer dessensibilização). Exame físico: hipertrofia de cornetos, palato ogival, mordida anterior aberta (paciente tem obstrução a muito tempo, é um respirador bucal, o idela seria se ele tivesse inciado o tratamento precoce). Eczema dobras flexorais joelho e cotovelo (áreas de dermatite atópica). Testes cutâneos positivos para ácaros e cão. IgE sérica total 2000UI/ml. Iniciada imunoterapia dessensibilizante, estabilizador de mastócito ocular com anti receptor H1 (olapatadina), corticóide nasal e inalatório associado a LABA. Aguardando a lente de contato para correção visual. Uma vez que o ceratocone aparece, o tratamento só é feito com o transplante de córnea ou a implantação de uma lente de contato. Amigdalite de repetição é um sintoma relativamente comum no paciente atópico. Paciente que tem rinite que fica com aquele gotejamento pós nasal, pode apresentar rinite de repetição e essa ser a queixa principal dele. 5 AV1 – Imuno e alergia – Prof.ª Ana Claudia – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Combo perfeito: rinite, asma, conjuntivite e dermatite atópica. Importância do controle da conjuntivite alérgica → no paciente atópico com queixa de coceira nos olhos, deve-se avaliar rinite e asma. Será que essas doença estão tratadas?? 6 - Blefaroconjuntivite de contato – corresponde a uma sensibilização por contato, pensar em reação de hipersensibilidade do tipo IV, mediada por células T. Normalmente, estão associadas ao uso de medicamentos tópicos com conservantes. E, o conservante na mucosa seria o principal responsável por causar a alergia. Caso clínico 6 - Blefaroconjuntivite de contato Paciente 30 anos apresentando prurido olhos, edema palpebral, e hiperemia quase que diária há 30 dias, em uso de anti histamínico oral, olapatadina tópica com melhora parcial. Anamnese dirigida: apresenta rinite persistente. Avaliar: controle de ambiente, necessidade de controle da rinite concomitante. Medicamentos em uso: há 3 meses iniciou colírio de timolol para tratamento de glaucoma. Considerar blefaroconjuntivite de contato, alergia a algum componente do colírio que ele está usando. Na anamnese o paciente é atópico e, de repente, teve uma piora, que não melhora. O que pode ter acontecido para ele piorar? Rinite não tratada? Alguma mudança no controle de ambiente? Na anamnese paciente fala que começou a usar colírio para glaucoma há 3 meses, e há 30 dias ele tem um quadro que não tem melhorado. Então, deve-se pensar que o paciente pode ter desenvolvido uma alergia ao próprio colírio, tendo que fazer a troca do colírio. Professora relata que já viu paciente que iniciou um colírio para tratar uma conjuntivite viral, mas inves de melhorar o paciente tem piora do quadro, justamente porque o paciente tem alergia a alguma substância presente no colírio (principalmente, conservantes são mais possíveis de fazer reação) e acaba desenvolvendo uma blefaroconjuntivite de contato. Os colírios mais novos, e mais caros, não incluem mais esses conservantes alergênicos. Blefarite: inflamação na raiz dos cílios, descamação na raíz dos cílios. Pode ocorrer em pacientes atópicos e em pacientes com dermatite seborreica (fator predisponenete para infecções com hordeolos, terçol recorrente). Dermatite de contato: a alergia pode estar só na pálpebra, na conjuntiva não tem nada. Alguma coisa que pode estar sendo usada que causa isso, uma sombra, uma maquiagem, por exemplo. Equivale a alergia relacionada ao uso de bijuterias, chinelos de borracha.
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