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Resumo - Doenças da conjuntiva - aula

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1. Anatomia da conjuntiva: 
- É aquela membrana mucosa, fina e transparente que reveste 
a parte posterior ou interna 
de ambas as pálpebras e a 
parte anterior da esclera; Ela 
se continua com a pele na 
margem da pálpebra e com o 
epitélio corneano no limbo; 
(ela recobre a esclera e vai 
até o limbo). 
-A conjuntiva pode ser dividida em: 
 1. Conjuntiva palpebral: recobre a parte interna ou 
posterior das pálpebras; (número 4, 5) 
 2. Conjuntiva do fórnice: é a parte que reflete da 
pálpebra para o olho; ( acima um pouco do número 5) 
 3. Conjuntiva bulbar: é a parte que reveste 
anteriormente a esclera e é chamada de bulbar, pois está no 
bulbo ocular; (números 1 e 2) 
 
 
 
 
 
 
- A conjuntiva é formada por um epitélio com 2 a 5 camadas 
de células colunares estratificadas e pelo estroma; o estroma 
se subdivide em 2 camadas (camada adenoide – formada por 
tecido linfóide e camada fibrosa – que tem a função de 
sustentação) 
-Na conjuntiva também encontramos algumas glândulas, que 
participam da produção do filme lacrimal: 
 1. Secretoras de mucina: são as células caliciformes, 
criptas de henle e glândulas de hanz; - responsáveis pela 
camada de mucina do filme lacrimal 
 
 
 
2. Glândulas lacrimais acessórias: juntamente com as 
glândulas lacrimais principais estão localizadas na órbita, 
e são responsáveis pela parte aquosa do filme lacrimal; 
 Conjuntivites 
- É uma doença muito comum; não só do oftalmologista. (clínico, 
pediatra...) 
- O termo conjuntivite inclui várias doenças de etiologia, fisiopatogenia 
e tto’s diferentes; 
- Em termos gerais, a conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, 
que contém: exsudação, infiltração celular e dilatação vascular; 
 Quadro clínico: 
- Vai ser variável de acordo com o tipo da conjuntivite, mas existem 
sinais e sintomas que são comuns na maior parte das conjuntivites: 
 1. Olho vermelho (hiperemia da conjuntiva); 
 2. Edema (pode ser palpebral ou da conjuntiva) – 
quando é da conjuntiva chamamos de quemose. 
 3. Sensação de corpo estranho; 
 4. Secrecção – varia de acordo com o tipo de 
conjuntivite; 
 5. O quadro pode ser uni ou bilateral; 
 Classificação: 
- Podemos dividir em 2 grandes grupos: 
 1. Infecciosas: temos as bacterianas e virais; 
 2. Não infecciosas: temos as alérgicas, tóxicas, 
associadas à doença local do próprio olho e associadas à doenças 
oculodérmicas (acne, pênfigo, psoríase); 
1. 1. Conjuntivite Bacteriana simples: 
- é um quadro infeccioso provocado por uma bactéria (os 
agentes mais comuns são: staphylococcus aureus, 
epidermidis, streptococcus pneumoniae, haemophilus 
influenzae (em crianças); 
Doenças da conjuntiva 
- Contágio: contato direto através da secreção; (pct com a 
doença coça e toca em outra pessoa ou objetos 
compartilhados, ex: travesseiro); 
- Período de incubação: 2 a 3 dias – tem o contato e depois 
de 2 a 3 dias os sintomas começam a aparecer; 
- Quadro clínico: início unilateral (depois de 2 a 3 dias passa a 
ser bilateral ou pode continuar unilateral até o fim e o 
contágio do outro olho é feito pelo 
próprio paciente); hiperemia 
conjuntival, queimação, sensação de 
corpo estranho, secreção 
purulenta ou muco purulenta 
(amarelada, “remela”) e edema (da 
pálpebra ou da conjuntiva); 
- Diagnóstico: O diagnóstico é clinico e examinando o olho 
(observando os sinais e sintomas); no geral, não tem 
necessidade de exames complementares (cultura) – 
excetoem algumas situações: em neonato, conjuntivite 
resistente, conjuntivite crônica; 
- Tratamento: uma conjuntivite bacteriana simples assim 
como a viral pode ser tratada pelo clínico; a conjuntivite é 
autolimitada, a conjuntivite bacteriana simples mesmo que não 
institua nenhuma forma de tratamento, ela tende a acabar 
entre 10 a 20 dias. No entato, muitas vezes o paciente está 
muito queixoso, então você faz alguma coisa para melhorar, 
para acelerar a recuperação e aliviar os sintomas: 
 1. Higiene do olho (água limpa e soro fisiológico); 
 2. Antibioticoterapia tópica (colírios) – não tem 
necessidade para a simples de ser sistêmico, vamos utilizar o 
atb que pegue o germe mais comum: tobramicina, ofloxacino, 
ciprofloxacino; - podemos fazer a associação dessas drogas 
com corticoide, inclusive já tem disponível: temos a 
trobramicina mais dexametasona, cipro. mais dexametasona. 
E o corticoide vai auxiliar nas queixas inflamatórias, edema. 
- Posologia: 4 x ao dia de 6h – 6h durante 7 a 10 dias; 
 2. Conjuntivite bacteriana hiperaguda: 
- é mais rara; e bem mais grave; tem inpicio rápido e 
evolução rápida; 
- Agentes patológicos: Neisseria gonorrhoeae, neisseria 
meningitidis; (gonoccoco) 
-Quadro clínico: se caracteriza por secreção purulenta 
abundante, quemose e edema palpebral; presença da 
adenopatia pré-auricular (uma íngua) e quando você palpa 
consegue ver uma adenomegalia na região pré-auricular; o 
que a torna grave é que pode ter o acometimento da córnea 
(infiltrados, abcessos e perfuração da córnea); 
- Tratamento: além do tratamento tópico igual ao da 
bacteriana simples, é necessário fazer uma droga sistêmica, 
então a gente interna o paciente para fazer a droga 
endovenosa (Cefotaxima) 
- Desconfiou de bacteriana hiperaguda, aí o clínico precisa 
pedir a avaliação do especialista; 
 
 
 
 
 3. Conjuntivite viral: 
- É uma conjuntivite bem frequente e mais frequente do que 
a bacteriana; é muito infecciosa (mais do que a bacteriana); 
-Agentes patológicos: De longe o agente viral mais comum é 
o adenovírus, também pode ser causado pelo enterovírus, 
herpes simples; 
- Contágio: via respiratória ou secreções oculares; 
-Tempo de incubação: 2 a 8 dias após o contato com o vírus; 
- Em alguns tipos de conjuntivite viral, existe a concomitância 
com infecção respiratória alta; 
-Quadro clínico: início unilateral (pode permanecer assim ou 
evoluir para bilateral), hiperemia conjuntival, lacrimejamento, 
secreção mucoide (ajuda a diferençar da bacteriana), sensação 
de corpo estranho, edema,a fotofobia e adenomegalia pré-
auricular. 
 
 
 
 
 
 
- Também tem a presença de folículos (são lesões que 
observamos especialmente na 
conjuntiva palpebral) que se 
caracterizam por serem hiperplasia 
do tecido linfoide, não conseguimos 
ver ao olho nu, só quando 
examinamos o paciente na lâmpada 
de fenda (microscópio); 
- Também podemos ter em alguns casos, ceratite ( depois 
que o quadro inflamatório melhora, 
podemos ter algumas lesões no epitélio 
da córnea) 
-Diagnóstico: é clínico (história e exame 
físico); 
-Tratamento: Também é autolimitada (se resolve entre 1 a 2 
semanas), mas o paciente também está muito queixoso e 
precisamos cuidar disso: 
 1. Higiene local: 
 2. Compressas frias; (o gelo diminui o edema, ajuda 
na sensação de queimação) 
 3. Uso de lubrificantes sob a forma de colírios que 
são compostos por lágrimas artificiais (para melhorar a queixa 
de ardência, queimação, sensação de corpo estranho) 
 4. Antiinflamatorio não hormonal tópico (AINH) ou 
quando o paciente está muito queixoso, podemos prescrever 
uns dias de esteroide tópico 
 5. Orientar o paciente quanto a forma de contágio; 
4. Conjuntivite Neonatal 
- é aquela que acomete o bebê no primeiro mês de vida; pode 
estar associada à doença sistêmica – quando fazemos o 
diagnóstico de conjuntivite neonatal e suspeitamos que é por 
chlamydia, precisamos ficar bem orientados sob a possibilidade 
daquela criança apresentar uma doença sistêmica (ex: infecção 
pulmonar) – precisamos ficar atentos ao quadro geral da 
criança, se está com febre, se não está se alimentando. 
- agentes patológicos: Chlamydia 
- Tempo de incubação: se desenvolve de 5 a 20 dias após o 
parto; 
 - Forma de contaminação: canal de parto – raramente vamos 
observar uma criança com conjuntivite por chlamydia que 
nasceu de parto cesáreo; 
- Tratamento: além do tratamento com colírio (antibiótico 
tópico) precisa ser adicionadoum tratamento sistêmico: 
 1. Azitromicina ou eritromicina; 
Obs: além da chlamydia, pode ser por bactérias simples 
(stafphylo., strepto., haemophilus; - contaminação do próprio 
berçário ou de alguém que está cuidando da criança); e o 
tratamento vai ser da mesma forma que o do adulto, antibiótico 
tópico( criança a gente usa geralmente a tobramicina); 
Obs: assim como no adulto, aqui também podemos ter a 
hiperaguda que é causada pelo gonoccoco – contaminação 
também pelo canal do parto. E aí é do mesmo jeito grave, pois 
pode perfurar a córnea e precisa tratar de imediato também 
com tratamento sistêmico – existem situações que a criança 
precisa ser internada para fazer antibiótico venoso. 
Obs: Nos casos de diagnóstico de conjuntivite neonatal por 
chlamydia ou gonoccoco tem que orientar os pais para o 
tratamento; 
Obs: Também podemos ter a conjuntivite viral que se 
contaminou com alguém que estava doente; 
Obs: Também temos a conjuntivite química, que é reacional 
ao nitrato de prata, é bem simples e se resolve de 24 a 48 
horas. O nitrato de prata é utilizada em crianças que nascem 
de parto normal para fazer uma profilaxia de conjuntivite 
gonocóccica; - não requer tratamento!! 
 
1. Conjuntive Alérgica: 
- Elas tem uma alta frequência. Geralmente é devido à uma 
reação de hipersensibilidade do tipo I ou IV mediada por IgE – 
ocorre todo o processo de sensibilização, o igE se deposita na 
superfície dos mastócitos e gera uma desestabilização da 
membrana dos mastócitos com a degranulação dessas células 
e a liberação de histamina; 
- Frequente vemos esses quadros de conjuntivite alérgica 
associadas à outros casos de atopia – geralmente a criança 
tem rinite, asma, dermatite atópica. 
- Dieferente das infecciosas, as alérgicas são conjuntivites 
crônicas, recorrentes e de intensidade variável - esse curso 
clinico que diferencia das infecciosas; podem ser episódios bem 
simples até quadros bastantes graves; 
- os sintomas podem acometer pálpebras, conjuntiva e córnea; 
- Sintomas: prurido (principal), hiperemia conjuntival, fotofobia, 
lacrimejamento, edema das pálpebras, presença de papilas em 
conjuntiva tarsal/palpebral superior (hiperplasia do epitélio da 
conjuntiva – foto abaixo), secreção mucosa e pode ter a úlcera 
em escudo – decorrente do atrito dessas papilas na córnea 
(foto abaixo) . 
 
 
 
 
- Diagnóstico: clínico paciente tem historia característica 
(quadro crônico, reicidivante, coceira, lacrimejamento, outras 
alergias, podemos encontrar as papilas); 
-Tratamento: 
 1. Medidas gerais para as alergias: tentar afastar os 
alérgenos – o que mais causa é o ácara; orientar a família 
sobre a limpeza da casa, passar sempre o pano molhado; 
cuidado com tudo que pode acumular ácaro: cortina, tapete, 
almofada, bichinho de pelúcia, animal de estimação; 
 2. Orientar os paciente a não coçar os olhos: pois 
quando você coça os olhos, você perpetua o ciclo da doença 
– quando coça, degranula mastócitos, libera histamina e 
perpetua o ciclo. Segunda coisa, é que o fato de você coçar 
os olhos de uma forma frequente e intensa, pode desencadear 
a longo prazo uma doença corneana chamada de ceratocone 
– é uma ectasia corneana. 
 3. Colocar compressa fria e lavar os olhos – quando 
tiver com vontade de coçar; 
 4. Uso de lubrificantes – pois ajuda a melhorar os 
sintomas irritativos, como ajuda a diluir possíveis alergenos que 
está dentro do olho; 
------- dependendo da gravidade do quadro, podemos fazer o 
tratamento medicamentoso: 
1. Drogas de dupla ação: anti-histamínicos e 
estabilizadores de mastócitos = são drogas úteis 
para os casos leves e moderados, pois elas não 
tem efeito adverso. – pode usar por períodos 
prolongados (2 a 3 meses). *** o efeito anti-
histaminico é imediato e o estabilizador de 
mastócitos demora um pouco a acontecer; Ex: 
olopatadina (patanol), cetotifeno (octifen), 
alcaftadina (lastacart), 
2. Coritcóides: drogas padrão ouro para alergia – usar 
em casos mais graves. Porém uso crônico de 
corticoides podem provocar efeitos deletérios ao 
olho. – aumentar a pressão do olho, causando 
glaucoma e pode causar catarata. – USAR EM 
PERIODOS CURTOS. 
3. Imunomoduladores: quando o grave é tão grave 
que nem corticoide resolve ou quando o paciente 
é dependente de corticoide; 
---- fazer parcerias com alergistas---- 
Degenerações que podem acometer a conjutiva: 
1. Pinguécula: 
- É um nódulo branco-amarelado de tecido elástico e hialino 
que se deposita na conjuntiva bulbar (que recobre a esclera) e 
pode acometer ambos os lados da córnea. 
- É comum e inócua; pode ser uni ou bilateral; o paciente não 
tem sintomas e não requer tratamento; é um achado! – só 
trata quando a pinguecula inflama e vira uma pingueculite, mas 
é raro. 
 
 
 
 
2. Pterígio: 
- É uma “carnosidade”. É uma proliferação fibrovascular, 
triangular de tecido conjuntival degenerativo; 
- Ele cresce e invade a córnea, diferente da pinguécula; 
- Pode ser do lado nasal ou temporal – mais frequente é no 
nasal; 
- A etiologia ainda não está bem esclarecida, mas sabe-se que 
tem uma associação com exposição solar e tem a questão 
genética também; 
- pode ser assintomático (quando é muito pequeno) ou pode 
provocar uma irritação crônica no olho, compremeter o eixo 
visual, gerar astigmatismo, e alterar o filme lacrimal; 
- o tratamento depende de como está o pterígio (se é 
pequeno, pouco sintomático e o paciente não se incomoda, 
você só vai acompanhar); se ele tem queixas esporádicas, você 
pode fazer o tratamento sintomático (lubrificantes, lagrima 
artificial, colírio vasoconstrictor para ele usar esporadicamente 
quando o olho estiver vermelho). 
- E existe o tratamento cirúrgico, que é o tratamento definitivo 
e é indicado em casos de pterígio grande, que estejam 
próximas ao eixo visual ou em casos de pterígio pequeno mas 
que é muito sintomático ou até mesmo por motivo estético; 
O problema é que essa cirurgia tem uma alta taxa de recidiva 
– para que isso não ocorra é feito uma técnica complementar 
(pode colocar uma substancia antimitotica (mitomicina), pode 
fazer um transplante autologo da conjuntiva do próprio 
paciente ) para diminuir essa taxa de recidiva;

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