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Apostila - Planejamento e Organização de Eventos Esportivos

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Prévia do material em texto

Planejamento e organização de eventos
esportivos
Autor 
Raul Fonseca Silva 
Introdução>
Prezado aluno, bem-vindo a este conteúdo. Esta disciplina tem a finalidade de abordar o
planejamento e a gestão de eventos esportivos em todas as suas dimensões, partindo
inicialmente da definição de evento e da estruturação dessa prática, até aprofundar os conceitos
específicos da gestão de eventos no campo das práticas esportivas. Trata-se de um conteúdo
essencial para aqueles que buscam se especializar na gestão de eventos, uma vez que os
esportes se transformaram em uma das mais lucrativas indústrias modernas, de alcance
planetário e do interesse de alguns bilhões de pessoas em nível mundial.
A matéria avança pelas origens dos eventos esportivos modernos, que podem ser claramente
identificadas nos modelos criados em culturas antigas. De práticas como os Jogos Gregos
antigos, surgiram eventos esportivos, como as Olimpíadas e as Copas do Mundo, que passaram
a desempenhar papéis significativos no desenvolvimento das sociedades desde então. Nos dias
atuais, mostramos que o esporte se transformou em uma indústria de escala global, de
importância social, econômica, política e tecnológica, que exige alta especialização para o
planejamento e organização dos eventos realizados na área.
Após determinar a escala da indústria de eventos esportivos, veremos as várias dimensões
conceituais, as estruturas de planejamento, a concorrência entre os participantes dos eventos
esportivos e as partes interessadas envolvidas. Essas partes interessadas incluem a análise dos
organizadores, concorrentes, fornecedores e espectadores de eventos esportivos que podem ser
locais, nacionais ou internacionais. É feita a identificação das várias funções que as partes
interessadas desempenham, mostrando como elas se articulam e se desenvolvem, e como são
importantes para entender os relacionamentos que os gerentes de eventos têm com cada grupo
de partes interessadas, aprofundando, na sequência, a análise dessa relação.
Para finalizar, abordaremos a gestão de eventos esportivos de forma específica e
apresentaremos um modelo contemporâneo de planejamento, desenvolvido passo a passo, para
possibilitar a organização, a gestão e o controle dos eventos esportivos, visando à
especialização do acadêmico na gestão de eventos na área dos esportes. Ao final deste
conteúdo, apresentamos um modelo essencial de checklist para acompanhar, analisar e
controlar todas as fases do planejamento e da execução de um evento esportivo, da ideia ao dia
final de encerramento. À medida que se desenvolve, o conteúdo fornece conhecimentos e
conteúdo relevantes e oferece foco essencial para maior compreensão da organização de
eventos específicos na área dos desportos, portanto, colaborando para a especialização e
desempenho eficiente dos participantes dentro da indústria dessa categoria de eventos.
A realização de eventos
Videoaula - Eventos definições e origem
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/352703329] .
UNIDADE 1
Objetivos:
O objetivo desta primeira unidade é apresentar os princípios e conceitos de
evento, bem como a sua origem histórica e divisão em eventos públicos e
privados, iniciando por uma análise inicial do conceito eventos e de seus
processos de organização, sua tipologia específica, visão dos principais tipos de
eventos nas mais diferentes áreas, finalizando com ênfase na importância em
planejar eficientemente os eventos para alcançar seus objetivos com êxito.
https://player.vimeo.com/video/352703329
A realização de eventos1
Andrade (2005) mestre, doutor e livre docente da Universidade de São Paulo (USP), e um dos
maiores especialistas em relações públicas do país, define evento como qualquer reunião
previamente organizada que agrupa um determinado número de pessoas em um local e tempo
pré-estabelecidos, que desenvolverão e compartilharão uma série de atividades relacionadas,
com um mesmo objetivo, que pode ser de estimular o comércio, a indústria, o intercâmbio social,
a competição esportiva e a cultura em geral. Já para Massena (2012, p. 34):
A autora afirma ainda que é preciso levar em conta que os eventos não incluem apenas
elementos tangíveis, mas também existem outros fatores envolvidos, como a expectativa e as
emoções. Portanto, os principais elementos que definem os eventos são irrepetíveis, únicos,
intangíveis, com um alto nível de contato pessoal e interação, o que requer uma intensidade de
trabalho de planejamento, em um espaço de tempo limitado. No setor empresarial, a realização
de eventos tem alto impacto favorável.
Um evento atende a diferentes questões. Para uma empresa, pode ser o meio perfeito para tornar
sua marca e imagem institucional conhecida por um público mais vasto, ao mesmo tempo em
que mostra as novidades que pretende trazer ao mercado. Nesse sentido, pode ser num evento
próprio ou dedicado ao setor da indústria específica. Para o visitante, o evento é a maneira
perfeita de conhecer uma nova marca ou se manter atualizado com as novidades daquela que
acompanha regularmente. Em geral, o evento é muito útil para a marca visando estabelecer com
o consumidor um contato inicial e uma certa conexão ideal para converter um público potencial
em cliente e até para retê-lo. O evento, na área empresarial e em quase todas as áreas, é uma
Eventos: definição e origem1.1
[...] eventos são aquelas atividades que surgem em ocasiões não rotineiras e que têm objetivos de
lazer, culturais, pessoais ou organizacionais, estabelecidos separadamente da atividade cotidiana
normal, cuja finalidade é ilustrar, celebrar, entreter ou gerar experiências em um grupo de pessoas.
Figura 1 - Detalhe de uma sala de
eventos previamente organizada
Fonte: sandryriveraa/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.jpg
ferramenta indispensável para o marketing de atração e, em geral, para qualquer empresa que
queira se aproximar ainda mais de seu público.
De certa forma, todos nós sabemos o que é um evento, ou pensamos que sabemos, já que temos
a familiaridade de participar de alguns eventos em determinadas ocasiões.
“Quem nunca foi a um show musical vibrar com uma alta descarga de decibéis”(ZITTA, 2018, p.
14), a uma festa para comemorar alguma data, a uma conferência para retuitar a nossa
participação cultural, a uma convenção de profissionais (como de representantes ou vendedores)
em um hotel com piscina e farto café da manhã, a um festival com queima de fogos, ou a um
casamento a céu aberto, ou mesmo em uma igreja? Mas quantos de nós se interessaram pela
origem dessas participações?
Os eventos são reuniões específicas de pessoas para tratar de um assunto de interesse comum e
constituem uma das atividades humanas mais antigas. No blog Athletiks, há um interessante
infográfico que mostra a trajetória dessa prática. Disponível em:
tronsmone.blogspot.com [http://tronsmone.blogspot.com/2010/08/origem-dos-eventos.html] .
Andrade (2005) afirma que a origem das reuniões com características específicas de eventos
remonta à Grécia Clássica, até por se tratar de uma sociedade moderadamente organizada, onde
a vida social era governada pelo lazer, tempo livre para desfrutar da cultura, da religião, para
agradar ao Olimpo, tendo o esporte como canal em que se incluíam todos esses aspectos.
O evento na Grécia Clássica, segundo Andrade (2005), funcionava de modo semelhante ao que
conhecemos hoje, em que o lazer alivia o estresse comum da vida, a cultura nos nutre
intelectualmente, a religião celebra nossas crenças e o esporte nos dá entretenimento e/ou
participação para uma vida mais saudável. Para o autor, a origem do conceito de evento deve ser
localizada mais precisamente em Tiro, cidade fenícia do Mediterrâneo, que, já nos tempos
romanos, foi utilizada como trampolim para que o mundo conhecesse a força do Império,
destacando seu potencial comercial e sua conquista denovos mercados. Por isso, era tradicional
nessa cidade a recepção de visitantes em eventos dos mais variados tipos.
http://tronsmone.blogspot.com/2010/08/origem-dos-eventos.html
Desde a Grécia Clássica, e posteriormente Roma, para a realização de um evento é necessário
que algo aconteça, seja um casamento ou um encontro comercial, para que as pessoas se
encontrem e usufruam de serviços empresas que não conheceriam de outra forma, para
conhecer outros setores profissionais que possam complementar e acrescentar conhecimento,
ou para conhecer qualquer novo dispositivo vendido a preço de lançamento.
Além disso, os eventos culturais e sociais assumiram grande importância no dia a dia como fator
de sobrevivência da sociedade, e podem ser considerados a espinha dorsal do verdadeiro sentido
de ser social (MENDONÇA; PEROZIN, 2018).
Ao longo da história, como observa Andrade (2005), os eventos foram acoplados a modas e
modos. Das Olimpíadas Gregas às Bacanais Romanas, passando pelas romarias ou festas das
pequenas cidades e chegando a eventos planetários, com a UEFA Champions League.
Desde a Antiguidade, assistimos a uma evolução de todos aqueles acontecimentos que hoje
chamamos “eventos”. Embora o objetivo final da maioria deles não tenha mudado muito, eles são
concebidos de forma diferente, e hoje são planejados e organizados com o uso das tecnologias
mais avançadas.
Figura 2 – Partenon: templo para
eventos religiosos da Grécia Antiga
Fonte: timeflies1955/pixabay.com
Os gregos se destacaram pela construção arquitetônica racional e exuberante e criaram grandes
espaços de reunião onde os eventos públicos eram realizados. Saiba mais sobre a arquitetura da
Grécia Antiga, acessando o artigo do site Arch Daily, disponível em: www.archdaily.com.br
[https://www.archdaily.com.br/br/943316/a-historia-da-arquitetura-grecia-antiga] .
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.jpg
https://www.archdaily.com.br/br/943316/a-historia-da-arquitetura-grecia-antiga
Videoaula - Eventos públicos e privados
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/353439318] .
Os tipos de eventos podem ser divididos em corporativos, privados ou de caridade. Os eventos
corporativos concentram-se em empresas e clientes, enquanto os eventos privados são mais
recreativos e os eventos de caridade são para filantropia.
Os melhores eventos corporativos, aqueles mais bem organizados, têm objetivos concretos e
alcançáveis associados a eles, e isso se justifica considerando o custo e a quantidade de
planejamento que envolve cada um. Cada vez mais a importância dos eventos nessa área tem se
tornado mais evidente, uma vez que os eventos são também ferramentas eficientes para
promover a imagem de marca das organizações.
De acordo com Franzolim (2008, p. 7):
Eventos públicos e privados1.2
https://player.vimeo.com/video/353439318
As características dos eventos vão depender de muitas variáveis, como o objetivo, o espaço, o
público ou os convidados, entre outros. Eles podem ser realizados levando-se em consideração
diversos aspectos, como o público-alvo ao qual o evento é direcionado, a área de ocorrência, o
porte ou a duração e programação estabelecidas.
Eventos servem para comunicar informações, buscar soluções, apresentar desafios ou promover
inovações. Eles também são úteis para encontrar a melhor maneira de lidar com uma situação
empresarial, discutir opções e decidir sobre comportamentos adequados em diversas situações.
A área ou o profissional responsável pela identificação da oportunidade de eventos é variável; da
mesma forma, sua organização e execução, que devem ser planejadas assegurando o
alinhamento com as estratégias de comunicação da organização e os objetivos das áreas
ligadas a elas, como relações públicas, marketing, gerência de produtos, comunicação
corporativa, comunicação de marketing e gerência de vendas.
Essa função – ou atividade – não é própria ou exclusiva de determinada profissão, todavia
parece haver maior familiaridade com relação às áreas citadas. No terceiro setor, há pessoas
com outras formações fazendo um bom trabalho no planejamento de eventos, em razão do
grande interesse, dedicação e vontade de alcançar resultados sempre melhores.
Genericamente falando, um evento é qualquer acontecimento especialmente criado para um público
determinado. Esse acontecimento se refere a uma reunião de pessoas que participam ou
desenvolvem algumas atividades, segundo regras específicas, visando atingir objetivos de interesse
dos próprios participantes e das instituições organizadoras. Os eventos também são considerados
acontecimentos nos quais pessoas se encontram em ambiente organizado para trocar experiências
e realizar algo motivado pela união de interesses. Quanto mais planejado e organizado, melhores os
resultados obtidos e a satisfação de todos os envolvidos. Atualmente, os eventos ultrapassam a
simples necessidade de comunicação, constituindo-se em uma estratégia de comunicação de
marketing cada vez mais atuante no mundo empresarial.
De acordo com Martins (2018), os planejadores de eventos corporativos devem conectar os
pontos entre os objetivos de negócios específicos e os tipos de eventos a realizar. Assim, tentar
determinar quais tipos de eventos são melhores para atingir os objetivos exclusivos de uma
organização pode ser um desafio, uma vez que existem muitas opções para escolher. Nesse
sentido, para quem quer se especializar na organização e planejamento de eventos a primeira
coisa a saber é que existem, em uma tipologia mais ampla e geral, dois tipos principais de
eventos: públicos e privados; e cada um deles é orientado para finalidades diferentes, com
objetivos próprios.
Evento público: a natureza de um evento público, independentemente de quem ou de qual tipo de
organização o realiza, centra-se no público em geral, uma vez que tem como objetivo
proporcionar algo à sociedade como um todo. Ou seja, qualquer pessoa interessada pode
participar desse tipo de evento, dependendo das condições do evento e de sua própria
motivação. Ao contrário de eventos corporativos ou privados, nos quais os participantes
precisam portar um convite, os eventos públicos são abertos a todos que desejam entrar.
Como observa Zitta (2018), os eventos públicos geralmente são de grande porte e o participante
tem que comprar ingressos ou pagar taxas de admissão para fazer parte. Esses eventos também
não são planejados por uma ou duas pessoas, mas por organizações maiores ou por um grupo
de empresas trabalhando em conjunto devido ao grande escopo. Há uma diversidade de tarefas
que envolvem os eventos públicos, que inclui, por exemplo, desde cerimônias de abertura de
eventos esportivos até convenções para uma base de fãs. Planejar qualquer tipo de evento
público pode ser um desafio, pois há muitas variáveis a serem consideradas.
Zitta (2018) indica que os eventos públicos podem ser divididos ainda em:
a. Eventos públicos fechados: embora sejam organizados para um público em geral, as pessoas só podem
comparecer e participar mediante compra de bilhete ou apresentação de convite. É o caso de shows,
seminários, stand up comedy, congressos, feiras e exposições, eventos esportivos, entre outros.
b. Eventos públicos abertos: também organizados para o público em geral, mas as pessoas podem
comparecer sem restrições, pois a chamada é aberta (como o próprio nome indica), ou seja, o interessado
pode participar sem ter que comprar ingresso. Porém, pode ser que, em algumas ocasiões, o único limite
de participação seja a quantidade de público que o espaço físico do evento comporta. Esse é o caso dos
shows e espetáculos gratuitos, feiras, exposições e comícios, entre outros, em que o acesso é fechado
quando o limite de público é alcançado.
c. Evento privado: por outro lado, o evento privado é aquele organizado exclusivamente para um
determinado mercado-alvo ou público específico, que é cuidadosamentepesquisado e selecionado para o
alcance de um determinado objetivo de uma empresa, instituição ou pessoa.
De acordo com Zitta (2018), os eventos privados são catalogados em:
Figura 3 - Os shows e concertos são
considerados eventos públicos
fechados
Fonte: Pexels/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.jpg
a. Eventos corporativos: são eventos organizados por empresas ou instituições para seus colaboradores ou
aliados, como festas corporativas, seminários, simpósios, coletivas de imprensa, coquetéis, conferências
de negócios, lançamentos de produtos, inaugurações, datas comemorativas, entre outros.
b. Eventos familiares e/ou para amigos: são organizados por pessoas com o objetivo de compartilhar
momentos especiais de suas vidas com seus entes queridos, como casamentos, batizados, aniversários,
festas de formatura, chás de bebê, entre outros.
Como vimos, cada tipo de evento tem uma finalidade bem estabelecida, portanto é importante
definir desde o início os objetivos que se deseja atingir e, a partir disso, escolher o tipo de evento
que se encaixa corretamente nesses objetivos. Nesse sentido, se o que se quer é massificar uma
mensagem para a sociedade, um evento para o público aberto poderia funcionar bem; mas, se o
que se quer é aumentar o lucro de um produto, em busca de aliados comerciais, o mais
adequado é realizar um evento privado corporativo.
Figura 4 - O casamento é
considerado um evento público
privado familiar
Fonte: Toanmda/pixabay.com
Os shows e concertos das bandas de rock e música pop são exemplos característicos de eventos
públicos fechados e geralmente envolvidos em fatos curiosos. Leia sobre isso em:
super.abril.com.br [https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-os-dez-maiores-
shows-de-rock-de-todos-os-tempos/]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/04.jpg
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-os-dez-maiores-shows-de-rock-de-todos-os-tempos/
Videoaula - Os principais tipos de eventos
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/473085288] .
Existem dezenas de diferentes tipos e categorias de eventos, e existem muitos especialistas em
eventos diferentes. De festivais de música a eventos corporativos e festas privadas, a indústria
de planejamento de eventos é rica e diversificada.  Segundo Cunha (2010, p. 281),
Do ponto de vista da comunicação, implica um encontro entre várias pessoas que requer o
planejamento de um conjunto de ações e coordenação delas.
Mendonça e Perozin (2018) explicam que os eventos podem ser classificados de acordo com o
tipo de atividade em:
Culturais: atividades formativas, de divulgação, artísticas, recreativas, educacionais.
Os principais tipos de eventos1.3
(...) a palavra evento vem do latim “eventus” e significa fenômeno ou coisa que acontece, e pode ter
diversos significados dependendo do contexto em que o termo é usado, mas de maneira geral se
refere a um acontecimento (festa, espetáculo, comemoração, solenidade etc.) organizado por
especialistas, com objetivos institucionais, comunitários ou promocionais. Portanto, de acordo com
a etimologia da palavra, antes da sua realização, um evento é a possibilidade de algo acontecer,
tendo como objetivo fundamental estabelecer elos de comunicação entre pessoas de diferentes
setores.
https://player.vimeo.com/video/473085288
Socioeducativos: festas; encontro de organizações; ações de mobilização; assistência social;
informação à sociedade civil.
Esportes: eventos esportivos e de entretenimento; competições; esportes ao ar livre; atividades
esportivas na natureza e meio ambiente.
Corporativos e de negócios:reuniões; palestras; apresentações de produtos; seminário; conferências;
reuniões; congressos e feiras.
Os eventos podem ser classificados também de acordo com a abrangência geográfica do evento,
em conformidade com aquilo que é estipulado pelo ICCA (International Congress and Convention
Association) (MENDONÇA; PEROZIN, 2018, p. 37), como se pode ver a seguir.
Internacional: quando pelo menos 40% dos participantes são de pelo menos três países diferentes. No
caso de 90% serem estrangeiros, podem vir de menos de três países (de acordo com o ICCA).
Nacional: pelo menos 40% dos participantes são procedentes de três comunidades autônomas ou
Estados diferentes do mesmo país.
Regional: Não possui o nível mínimo de registros de outras comunidades autônomas ou de outros
Estados da mesma nação para ser considerado nacional.
Podemos encontrar os mais diversos tipos de eventos, de desportivos a empresariais, passando
por acadêmicos, religiosos ou mesmo políticos. A área empresarial costuma ser mais constante
e apresenta uma grande variedade desse tipo de atividade, já que os eventos podem cumprir uma
série de objetivos de marketing, desde lançar novos produtos até promover a marca da
organização.
Há centenas de amostras de eventos disponíveis. Ao longo do ano são realizadas inúmeras
convenções, feiras e todo tipo de eventos em diferentes setores que servem para ilustrar
perfeitamente esse conceito, como se pode verificar em inúmeros cases válidos disponíveis na
Web.
Figura 5 - As Olimpíadas são
exemplos clássicos de eventos
internacionais
Fonte: blende12/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.jpg
Os eventos apresentam uma grande variedade de formatos e são elaborados, criteriosamente,
com utilização de diversas estratégias, entre elas as estratégias de marketing. Saiba mais sobre
isso consultando o estudo de caso apresentado em: www.ucs.br
[https://www.ucs.br/ucs/eventos/seminarios_semintur/semin_tur_7/arquivos/08/01_17_56_Barb
osa.pdf] .
Porém, para o êxito de qualquer tipo de evento, é necessário planejamento e organização
competentes. Muitas dúvidas podem surgir no planejamento de um evento. Portanto, além de
conhecer os fatores importantes para a sua realização, é necessário conhecer os vários tipos
existentes e suas diferenças, pois é essencial saber o contexto e as implicações de cada um
deles para aproveitar suas vantagens particulares, conseguir um bom planejamento e para
realizar uma execução eficiente que, por sua vez, conduz à conquista de resultados amplamente
satisfatórios. Nesse sentido, os principais tipos de eventos, de acordo como Massena (2012),
são:
Eventos corporativos: correspondem a uma jornada de estudos ou atualizações que reúne os
colaboradores de uma empresa com o objetivo de formar, informar, motivar e convencer sobre
um assunto específico, em torno de um tema que pode ser útil no dia a dia profissional, mas,
diferentemente do estudo realizado tradicionalmente nos bancos escolares, há aqui uma análise
aprofundada da situação prática de uma profissão ou setor comercial.
A jornada de estudos corporativos está estruturada em torno de uma apresentação, com
diversos palestrantes e especialistas da área, que definirão o ritmo das atividades ao longo do
dia. As diferentes opiniões e pontos de vista serão apresentados de forma a desencadear o
debate entre os participantes. Portanto, a participação do público presente é o principal objetivo
do evento corporativo, porque é essa participação que vai garantir o sucesso do
empreendimento, gerando assimilação e lembrança dos assuntos apresentados. Além disso, o
evento corporativo também é uma boa forma de permitir que as diferentes personalidades
expressem seus pontos de vista sobre uma temática pré-definida.
Seminário: o seminário, bem conhecido das empresas e da área acadêmica, tem como objetivo
aproximar os colaboradores e criar um vínculo. Ele se concentra em um campo de
conhecimentos mais especializados. É também uma excelente forma de agradecer aos
colaboradores pelo trabalho que realizam ao longo do ano. É uma ferramenta de gestão eficiente
https://www.ucs.br/ucs/eventos/seminarios_semintur/semin_tur_7/arquivos/08/01_17_56_Barbosa.pdf
que pode ser organizada para estimular o intercâmbiodentro de uma equipe, mas também para
rever um período decorrido. Também é a ocasião ideal para discutir o futuro e definir novos
objetivos.
Os organizadores geralmente decidem realizar o seminário fora do local de trabalho, ou do
âmbito interno da academia, mas tudo depende do tipo de seminário que será realizado. Os
seminários de integração, que promovem a chegada de novos funcionários, costumam acontecer
no local. Ao contrário, os seminários de motivação, que visam estimular os funcionários,
costumam ocorrer em espaços externos. Por isso, é recomendável fazê-los fora do dia a dia de
trabalho, propondo atividades criativas e originais. Às vezes, atividades de formação de equipe
são adicionadas a um seminário de empresa para ampliar seus objetivos.
Conferência e congresso: as conferências costumam atrair grandes multidões, pelo menos 100
pessoas, interessadas no tema. O objetivo da conferência é debater um determinado assunto
e/ou sensibilizar para uma determinada temática. No decorrer desse tipo de evento, inclui-se
uma fase de debate em torno de um tema relacionado, com o objetivo de estimular mudanças ou
apresentar novas propostas. Frequentemente, um ou mais palestrantes são especialistas em um
assunto e falam para um público que pode ser formado por profissionais, acadêmicos ou
pessoas interessadas em um tópico comum.
Ao contrário de uma conferência, um congresso atrai pessoas de todo o mundo. Nesse tipo de
evento, palestrantes internacionais dividem o palco com palestrantes locais. Conferências ou
congressos podem durar, geralmente, o período de meio dia, um dia ou vários dias de
participação. Tudo depende do tamanho do evento e dos objetivos traçados.
Lançamento de produto: evento puramente comercial e profissional, a reunião para o lançamento
de produto (ou reunião kick-off, em língua inglesa) destina-se a apresentar para uma plateia
selecionada os parâmetros finais para o lançamento de um novo produto no mercado. Muitas
vezes, depois de meses ou até anos de trabalho, o momento da decisão de lançamento
finalmente é marcado para a apresentação inicial do produto, antes de sua colocação nos pontos
de venda. Geralmente, desse tipo de evento participam:
Uma parcela selecionada dos melhores clientes: aqueles que facilmente promoverão o produto nas
redes sociais para seus amigos e familiares, porque se identificam fortemente com a marca.
Alguns clientes potenciais, com o objetivo de demonstrar que o produto é exatamente aquilo de que
precisam.
Empresários intermediários, como atacadistas e varejistas, que serão responsáveis pela revenda do
produto ao consumidor final.
Jornalistas: para escrever artigos e publicações na mídia sobre o novo produto, a fim de divulgar e
informar os consumidores.
Geralmente, é necessário um trabalho bem organizado em equipe para criar um evento de
lançamento bem-sucedido de produto. Como esse tipo de evento geralmente conta com a
presença da imprensa, que se caracteriza pela participação de profissionais particularmente
exigentes, críticos e difíceis de seduzir, a organização precisa apresentar um produto realmente
novo e impactante para conquistar a atenção da mídia. Segundo Mendonça e Perozin (2018), foi
Steve Jobs, fundador da Apple, quem revolucionou o lançamento de produtos no período
contemporâneo, organizando eventos grandiosos que atraíam profissionais e entusiastas, bem
como líderes de opinião, jornalistas e curiosos.
Festivais: os festivais costumam ser culturalmente dominantes. Entre eles estão os festivais de
música ou cinema, que são os mais difundidos. Às vezes, com o objetivo de realizar caridade, o
festival pretende ser alegre e festivo. A organização de um festival exige muita preparação prévia,
com uma fase de comunicação fundamental para atrair o máximo de público. Por isso, é também
essencial ter um programa de alto nível, com artistas, músicos e cantores de grande qualidade.
Outro ponto importante a se destacar é que a organização de um festival é um projeto bastante
arriscado por se tratar de um evento que exige um orçamento elevado. A única forma de
equilibrar as finanças é planejar uma boa estratégia, envolvendo considerações de A a Z, para
garantir um alto retorno (ZITTA, 2018). Portanto, os organizadores não devem hesitar em
contatar parceiros locais e regionais que possam ajudá-lo a se comunicar de forma mais ampla.
Feiras ou exposições: geralmente caracterizam um evento maior, envolvendo uma feira comercial
ou exposição, que frequentemente ocorre ao longo de vários dias, em períodos regulares (anual
ou bienal, por exemplo). O objetivo desse tipo de evento é a promoção de um setor de atividade
como um todo. As feiras comerciais são o tipo de evento ideal para empresas, revendedores e
consultores, mas podem, em muitos casos, ser abertas ao público em geral, inclusive com a
venda de artigos. Esse tipo de evento é muito popular e tende a atrair vários milhares de pessoas.
Além disso, as feiras de negócios são um local ideal de networking para empreendedores, pois
apresentam uma ótima maneira de preencher a agenda profissional, agregar conhecimentos e
encontrar novos clientes. Para o expositor, também é uma boa estratégia para melhorar sua
reputação e visibilidade.
Eventos esportivos: esse é outro evento que requer planejamento sério, excelente organização e
uma série de regulamentos a serem seguidos. Esse tipo de evento pode ser local, no âmbito de
uma cidade, por exemplo, mas também pode ter dimensão nacional ou mesmo internacional. O
melhor exemplo envolve os Jogos Olímpicos. Os eventos esportivos são bastante frequentes e
envolvem milhares a milhões de pessoas interessadas. A principal dificuldade reside na
obtenção de todas as autorizações necessárias para a sua instalação. A particularidade de um
evento esportivo é que pode durar de algumas horas a alguns dias, ou envolver todo um
calendário anual, dependendo do seu tamanho.
Figura 6 - Os estádios de futebol
costumam reunir uma grande
multidão
Fonte: Pexels/pixabay.com
Videoaula - A importância de planejar e organizar os eventos
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/473083258] .
O planejamento é a primeira das funções gerenciais essenciais. Ele é importante porque, por
natureza, fundamenta as metas organizacionais e envolve a tomada de decisões sobre as formas
A importância em planejar e organizar os eventos1.4
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.jpg
https://player.vimeo.com/video/473083258
e meios desejados de atingir essas metas.  Para Chiavenato (2016, p. 5):
Drucker (2018, p. 77) assim definiu: “Planejar é decidir com antecedência o que deve ser feito;
isto é, um plano é um curso de ação projetado”.Portanto, o planejamento pode ser pensado como
uma decisão sobre um curso de ação futuro e pode ser tratado como um processo de
pensamento antes de o fazer (CHIAVENATO, 2016).
A administração deve planejar a direção futura de longo e curto prazo, olhando para o futuro,
estimando e avaliando o comportamento futuro do ambiente em que a organização está inserida
e determinando o papel desejado para a própria empresa.
O planejamento envolve a determinação de vários tipos e volumes de recursos físicos e outros a
serem adquiridos de fora, para alocar esses recursos de maneira eficiente entre diversas
reivindicações internas e fazer arranjos para a conversão sistemática desses recursos em saídas
úteis, em busca de realizar os objetivos traçados. Segundo Chiavenato (2016), os planos são
compostos de dois componentes básicos: metas e declarações de ação.
Planejar é conhecer e entender o contexto; é saber o que se quer e como atingir objetivos; é saber
como se prevenir e evitar as ameaças; é calcular os riscos e buscar minimizá-los evitando a
vulnerabilidade; é preparar-se taticamente no sentido de rearranjar-se internamente; é ousar em
relação às metas propostas e superar-se de maneira continuada e constantepara oferecer
resultados cada vez melhores. Planejar não é somente vislumbrar o futuro, mas é acima de tudo
uma forma de assegurar a sobrevivência e a continuidade dos negócios na medida em que se
formalizam planos, programas e procedimentos capazes de atuarem de modo consciente e
consequente diante das eventualidades e contingências que se apresentam no cotidiano das
organizações.
As metas representam um estado final – os objetivos completos e os resultados que os gerentes
esperam alcançar. As declarações de ação representam os meios pelos quais uma organização
avança para atingir seus objetivos.
O planejamento é um ato deliberado e consciente por meio do qual os gerentes determinam um
curso de ação para alcançar um objetivo específico. Planejar para um gerente significa pensar
sobre o que deve ser feito, quem fará e como e quando o fará.
Segundo Drucker (2018), planejar também envolve pensar sobre eventos passados
(retrospectivamente) e sobre oportunidades futuras e ameaças iminentes (prospectivamente). O
planejamento questiona os pontos fortes e fracos da organização e envolve a tomada de
decisões sobre as formas e meios desejados para os alcançar. Drucker (2018) observa que
existem diferenças entre a tomada de decisão e o planejamento. As decisões podem ser feitas
sem planejamento, mas o planejamento não pode ser feito sem a tomada de decisões.
Figura 7 - Os planos têm dois componentes: metas e declaração das
ações
Fonte: elaborada pelo autor (2020)..
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.png
Todo planejamento é estratégico, porque envolve decisões, determinação de objetivos e escolha
de caminhos para atingi-los. Saiba mais sobre o planejamento estratégico e suas implicações
em: liderjr.com [https://liderjr.com/blog/cultura-e-estrategia-organizacional/?gclid=Cj0KCQiA-
rj9BRCAARIsANB_4ABllyk2G37wjBjxRrPOXgITCrE82nHCifozyJl_jcPYTPI4J6TbAKoaAt-
QEALw_wcB] .
Uma vez que os planos são feitos para atingir metas ou objetivos, todo plano e todo o seu
suporte devem contribuir para a realização do propósito e dos objetivos da organização.
Uma empresa organizada existe para atingir os objetivos do grupo por meio de cooperação
voluntária e proposital. Por isso, os planos devem ser não apenas eficazes, mas também
eficientes. A eficácia de um plano está relacionada à extensão em que ele atinge os objetivos. A
eficiência do plano, no entanto, significa a sua contribuição para a finalidade e objetivos,
compensada pelos custos e demais fatores necessários à sua formulação e operacionalização
(CRUZ, 2017).
Podemos concluir, portanto, que os planos são eficientes quando alcançam seu objetivo a um
custo razoável e quando tal custo é a medida não apenas em termos de tempo, dinheiro ou
produção, mas também em termos de satisfação do indivíduo ou da organização. O evento deve
ser considerado uma atividade que exige gerenciamento e planificação.
O planejamento adequado e o gerenciamento de eventos são vitais para qualquer evento
esportivo de sucesso. O planejamento detalhado do evento é o documento que estabelece como
todas as partes móveis distintas e elementos díspares do evento funcionarão e resultarão em um
evento seguro e exitoso em relação às metas a serem alcançadas. Isso é inerente a qualquer tipo
de evento a ser realizado, do mais simples, como um evento familiar, ao mais complexo, como
um campeonato mundial de futebol.
https://liderjr.com/blog/cultura-e-estrategia-organizacional/?gclid=Cj0KCQiA-rj9BRCAARIsANB_4ABllyk2G37wjBjxRrPOXgITCrE82nHCifozyJl_jcPYTPI4J6TbAKoaAt-QEALw_wcB
Ao realizar um evento de qualquer tipo, o planejamento adequado é fundamental para garantir o
seu sucesso. Um evento mal organizado pode causar mais danos à reputação de uma empresa
ou organização do que não ter nenhum evento. O planejamento abrange todos os aspectos do
evento, desde a concepção inicial e a fase de geração de ideias até o cronograma do dia (ou
período) de realização. Todos querem que seus eventos ocorram sem problemas, por isso
desenvolver um plano de organização e de gerenciamento de eventos vai ajudar a reduzir o
estresse e permitir que os organizadores aproveitem ao máximo a atividade programada.
Mendonça e Perozin (2018) lembram que, em seu estágio de planejamento, há várias questões-
chave para considerar sobre a direção do evento e dos respectivos arranjos necessários para o
dia do acontecimento. Em primeiro lugar, é necessário considerar por que o evento está sendo
realizado: é para atrair novos clientes, promover vínculos com empresas da comunidade local,
comemorar algum tipo de sucesso, arrecadar fundos ou gerar interesse de recrutamento? É claro
que há vários outros motivos para se realizar um evento, exclusivos para a área ou interesses de
Figura 8 - Características dos eventos
Fonte: elaborada pelo autor (2020).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/08.png
cada pessoa ou organização. De qualquer forma, o objetivo geral determinará que tipo de evento
será realizado e orientará os fatores restantes; além disso, o objetivo do evento regerá o público
e a lista de convidados (ZITTA, 2018).
Todos os eventos, do mais simples (mesmo não planejado profissionalmente) até um mega
evento internacional, precisam ter seus objetivos muito bem definidos. Essa é uma tarefa
delicada, que envolve uma série de ponderações. Conheça mais sobre os objetivos de um evento: 
www.eventbrite.com.br [https://www.eventbrite.com.br/blog/planejamento/definindo-objetivos-
de-um-evento-o-que-quando-aonde-para-que-e-como-ds00/] .
Compilar a lista de convidados para o dia, ou período, deve refletir o tom do evento, bem como
criar o melhor benefício possível. Um evento de networking para empresas locais não será um
sucesso sem uma boa participação das empresas da comunidade.
Da mesma forma, um evento baseado em recrutamento ou uma arrecadação de fundos precisa
de boa publicidade em toda a área local para gerar interesse e garantir um nível viável de
participação (KUNSCH, 2016). Uma vez que a lista de convidados é criada e os objetivos
determinados, o planejamento do evento pode ficar um pouco mais criativo.
Escolher o tipo de evento e seu tema ou estilo pode ser emocionante, mas precisa ser
coordenado com o local escolhido com bastante antecedência para garantir que todas as ideias
sejam possíveis de serem colocadas em prática. Até mesmo garantir que haja um sistema
adequado de microfones e alto-falantes é um estágio crucial: a fala do palestrante principal ou
uma apresentação do convidado de honra não pode ser realizada sem a amplificação adequada,
Figura 9 - Ambientação adequada do
local do evento
Fonte: teamuglywolves/pixabay.com
https://www.eventbrite.com.br/blog/planejamento/definindo-objetivos-de-um-evento-o-que-quando-aonde-para-que-e-como-ds00/
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.jpg
mas isso pode ser facilmente esquecido, especialmente por um planejador de eventos
inexperiente.
Da mesma forma, os arranjos de assentos e acomodação, quando necessários, precisam ser
providenciados, pelo menos, três meses antes do evento (ZITTA, 2018). Esta autora enfatiza que
é necessária a conexão com o local para fazer os planos. Locais com instalações de hotel
costumam oferecer uma taxa reduzida para os participantes de um evento, mas eles precisarão
fazer arranjos para isso, portanto o planejamento é essencial. Os especialistas em
gerenciamento de eventos podem aconselhar sobre o processo de planejamento do evento e
assumir a responsabilidade pelas atividades chave, se não por todas elas (MENDONÇA;
PEROZIN, 2018).
O planejamento de eventos é uma das tarefas mais complexas na área estratégica e exige um
nível de detalhamento muito grande, desde a criação da ideia até o último dia de realização. Para
conhecer um manual completo sobre a realização de eventos, de maneira geral, acesse a
publicação “Organização de Eventos”, de Helen Rita Menezes Coutinho, disponível em: 
redeetec.mec.gov.br[http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_hosp_lazer/061112_org_eventos.pdf] .
http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_hosp_lazer/061112_org_eventos.pdf
Prática profissional - Organização de eventos [projeto de patrocínio
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[https://www.youtube.com/embed/Uv2-xQ97eH8] .
https://www.youtube.com/embed/Uv2-xQ97eH8
Recapitulando a Unidade 1
No desenvolvimento desta unidade, foram apresentados os princípios e conceitos básicos de
eventos, partindo de uma análise inicial e histórica de sua estrutura e organização, das
características básicas dos eventos públicos e privados, até uma visão ampla dos principais
tipos de eventos que podem ser realizados em função dos objetivos que se pretende alcançar. Ao
final, destacamos a importância de se planejar os eventos eficientemente para minimizar os
riscos e aumentar as chances de sucesso.
Exercícios de fixação
Segundo Massena (2012), é preciso levar em conta que os eventos não incluem apenas
elementos tangíveis, mas existem outros fatores envolvidos. Quais seriam outros elementos que
definem os eventos, de acordo com essa autora?
Elementos únicos e intangíveis com alto nível de contato pessoal e interação, além de
expectativas e emoções.
Elementos econômicos, culturais e regionais.
Elementos de mercado, sociais e culturais.
Elementos comerciais, psicossociais e tecnológicos.
De acordo com Franzolim (2008, p. 7): “Atualmente, os eventos ultrapassam a simples
necessidade de comunicação, constituindo-se em uma estratégia de comunicação de marketing
cada vez mais atuante no mundo esportivo”. 
Julgue se verdadeira ou falsa a afirmação.
Verdadeiro Falso
Os eventos esportivos
Videoaula - O esporte como evento
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[https://player.vimeo.com/video/369601489] .
UNIDADE 2
Objetivos:
O intuito desta unidade é apresentar as características dos eventos esportivos,
mostrando como eles se enquadram na categoria de eventos públicos e como
são importantes para o alcance dos objetivos dos organizadores. No decorrer
deste conteúdo, abordaremos a evolução dos eventos esportivos, o interesse da
mídia por eles e apresentaremos os fundamentos e características que
estruturam esse tipo de evento.
https://player.vimeo.com/video/369601489
Os eventos esportivos2
Evento esportivo significa uma competição na qual as pessoas usando o próprio corpo, animais
ou máquinas competem, individualmente ou como equipes, com o propósito de vencer uma
corrida, um jogo, uma disputa ou outro tipo de prática que envolva qualquer atividade atlética, e
que geralmente é planejado, organizado, gerenciado ou patrocinado por uma organização ou
entidade (MARTINS, 2018).
Geralmente, os eventos desportivos são atividades que se realizam sistematicamente e que têm
uma repercussão positiva no local onde são organizados, impactando o turismo e a
infraestrutura econômica, social, esportiva e política do país onde são realizados.
De origem milenar, que remonta especialmente ao período clássico da Grécia e Roma antigas, e
inicialmente de exclusividade europeia, o evento esportivo foi progressivamente polido e
aperfeiçoado em todo o mundo, especialmente nas últimas cinco décadas do século XX.
Os grandes eventos desportivos, especialmente pelos seus impactos e legados, são hoje um dos
fenômenos festivos e comerciais mais característicos do capitalismo moderno e da sociedade
contemporânea de hiperconsumo.
Mallen e Adams (2015, p. 47) observam que:
O esporte como evento2.1
Figura 10 - O ciclismo como evento
esportivo
Fonte:
Donations_are_appreciated/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/10.jpg
As reuniões esportivas são eventos espetaculares programados e padronizados pelos quais,
cada vez mais, cidades e países competem com o objetivo de melhorar sua infraestrutura,
ganhar visibilidade, atrair turistas e projetar sua marca internacionalmente.
São eventos massivos, cujo desempenho custoso, muitas vezes, leva os políticos e
organizadores envolvidos a exagerar e prometer, à direita e à esquerda, impactos positivos e
lucros suculentos (MARTINS, 2018).
Caracterizam-se como eventos festivos e hipermidiáticos, geridos e planejados ao longo de
anos, que se executam num curto (ou médio) espaço de tempo, e que, pela sua dinâmica, reúnem
muitos atores sociais, envolvendo atletas, treinadores, equipes técnicas, juízes e dirigentes de
diversos países, bem como um número considerável de jornalistas, fotógrafos, videógrafos e
profissionais de marketing, um número imenso de públicos participantes e interessados.
Como observam Malle e Adams (2015), são eventos cuja realização envolve grandes projetos
urbanos, com múltiplas consequências para as cidades e países-sede e que, pela dimensão,
complexidade e pelo enorme e crescente investimento que consome a sua organização,
desencadeiam expectativas, monopolizam boa parte da atenção midiática e despertam o
interesse de muitos cidadãos, ao mesmo tempo em que suscitam vários problemas colaterais e
críticas variadas de diferentes setores da sociedade civil, especialmente em relação às altas
verbas públicas destinadas à sua organização e realização.
No horizonte de nossa era turbulenta e globalizada, uma das atividades comerciais e culturais com
a qual hoje mais frequentemente se busca entreter, impactar, quebrar o cotidiano, despertar o fervor
coletivo e estimular o consumo em diversos setores da população são os grandes eventos
desportivos – realizados em escala internacional – e criados instrumentalmente para satisfazer,
viver e dirigir diferentes tipos de necessidades psíquico-emocionais, socioculturais, económicas e
políticas.
Em 2014, o Brasil novamente sediou a Copa do Mundo de Futebol FIFA (Federação Internacional
de Futebol), depois de 60 anos. Entretanto, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não se
renovou, não teve o apoio integral do Governo Federal; os gastos da Copa-2014 foram custeados
pelos governos federal, estaduais e municipais, atingindo volumes impressionantes.
Consulte os gastos e as realizações para a Copa 2014 no Portal da Transparência, disponível em:
www.portaltransparencia.gov.br [http://www.portaltransparencia.gov.br/programas-de-
governo/20-copa-----?ano=2014] .
Martins (2018) afirma não haver dúvida de que, para tornar o mundo social contemporâneo um
pouco mais inteligível e compreender muito melhor o que nos acontece, o estudo sistemático,
rigoroso, contextualizado, holístico e comparativo dos eventos esportivos, a partir de uma
abordagem multidisciplinar e crítica, é mais necessário do que nunca.
Podemos afirmar, então, que os eventos esportivos são eventos especiais, que vão além dos
eventos no campo da cultura e da arte, e são planejados e programados dentro de condições
especiais, que estabelecem marcos na vida dos países, das cidades, das pessoas, e geram
diversos tipos de impactos simbólicos, econômicos e políticos com diversas consequências
sociais, oferecendo suportes importantes para o marketing, a comunicação e o negócio.
Nuere (2010) observa que os eventos esportivos podem ser classificados e categorizados de
acordo com os seguintes critérios:
http://www.portaltransparencia.gov.br/programas-de-governo/20-copa-----?ano=2014
Por fim, vale observar que, na medida em que são atos de comunicação motivados pela
necessidade de transmitir uma mensagem específica a um determinado público, os eventos
esportivos também têm em comum, em um primeiro nível, a interação ao vivo – face a face –
entre as pessoas que participam dos eventos localmente, nas praças e arenas esportivas e,
consequentemente, em um segundo nível e especialmente se forem grandes eventos, tendem a
envolver a transmissão mediada, ou a experiência indireta à distância, por meio de tecnologias
diferentes, que englobam televisão, rádio e internet, e envolvem números expressivosde
espectadores.
Classificação geográfica: de acordo com o nível territorial em que ocorrem, ou por mercado ou
público a que se destinam, os eventos esportivos podem ser classificados como eventos locais ou
supralocais que, por sua vez, podem ser regionais, nacionais, internacionais ou globais como as
Olimpíadas.
Classificação pelas entidades que os convocam: podem ser classificados como eventos
governamentais, não governamentais sem fins lucrativos ou corporativos com fins lucrativos ou,
ainda, pelas entidades que os regem como FIFA, COI (Comitê Olímpico Internacional), NBA (National
Basketball Association) etc.
Pelo tipo de setor que os gera: podem ser classificados em campeonatos de futebol, de vôlei, de
basquete, de automobilismo, náuticos, de golfe etc.
Classificação pelo seu tamanho: podem ser classificados como mini eventos locais, pequenos
eventos, médios eventos, grandes eventos como os campeonatos nacionais de futebol, basquete,
vôlei etc. e megaeventos esportivos como o Campeonato Mundial de Futebol da FIFA e as
Olimpíadas.
Pelos seus objetivos: podem ser classificados como eventos recreativos, de entretenimento,
promocionais, acadêmico-didáticos, de relações sociais, ou de competição esportiva local, nacional
ou internacional.
Pelo tipo de espaços em que decorrem:os eventos esportivos podem ser classificados como eventos
em espaços fechados, em espaços abertos, ao ar livre ou no campo. (NUERE, 2010, p. 25, tradução
nossa)
Por outro lado, do ponto de vista estritamente comercial, o evento esportivo é quase sempre
usado para se referir a um acontecimento especial que serve para uma pessoa, grupo ou
empresa apresentar ou promover um determinado produto/serviço ou fortalecer uma
determinada marca; ou seja, nessas áreas, o evento esportivo é concebido como um ato de
marketing que visa dar aos clientes ou consumidores a oportunidade de uma aproximação direta
com a marca (o que supostamente facilita os objetivos de fidelização em relação à
concorrência).
Figura 11 - Eventos esportivos e
exibição de marcas (merchandising)
Fonte: jp26jp/pixabay.com
Videoaula - Importância e evolução dos eventos esportivos
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[https://player.vimeo.com/video/369601326] .
A história revela que os eventos esportivos têm desempenhado um papel significativo no
desenvolvimento das sociedades, e que indivíduos conseguiram, às vezes contra todas as
probabilidades, começar uma carreira e ascender socialmente, dentro de uma indústria de
Importância e evolução dos eventos esportivos2.2
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/11.jpg
https://player.vimeo.com/video/369601326
eventos que, cada vez mais, amplia seu alcance, atingindo na atualidade níveis globais
impressionantes.
Nuere (2010) observa que a eventual transformação das lutas ilegais de rua – que envolviam
prêmios muitas vezes em mercadorias e alimentos –, em uma prática esportiva legal e
significativa, a partir do momento em que o Marquês de Queensberry, em 1867, criou as regras
para o Boxe, é um exemplo do desenvolvimento histórico de um esporte que se perpetuou.
Outros e variados exemplos incluem a criação de um esporte destinado à recreação indoor na
New England School, na época, uma pequena escola da Inglaterra. New England mudou para se
transformar em um dos esportes de maior interesse global quando James Naismith, em 1891,
desenvolveu as originais 13 regras do basquete, um jogo que, hoje, é disputado em eventos e
campeonatos especiais em todo o mundo, por milhões de pessoas (NURE, 2010).
Figura 12 - Boxe: de luta de rua a
esporte Olímpico
Fonte: 12019/pixabay.com
Um dos fatos mais inusitados da história dos eventos esportivos é a famosa partida de futebol
realizada entre trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, e que promoveu uma trégua
espontânea entre os inimigos em combate. Leia sobre este fato esportivo curioso em:
trivela.com.br [https://trivela.com.br/tregua-natalina-na-primeira-guerra-mundial-um-marco-
forca-transformadora-futebol/] .
Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em 1948, Ludwig Guttmann organizou uma
competição para veteranos de guerra com lesões da medula espinhal, em Stoke Mandeville, no
Reino Unido, iniciando a inclusão de portadores de necessidades especiais nos esportes. Em
1960, foi fundada a Paraolimpíada, com os primeiros jogos em Roma. E, em 2003, os Jogos  
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/12.jpg
https://trivela.com.br/tregua-natalina-na-primeira-guerra-mundial-um-marco-forca-transformadora-futebol/
Parapan-Olímpicos, em Mar Del Plata, na Argentina, foram consagrados como o maior evento
esportivo do mundo para pessoas portadoras de necessidades especiais (FARIAS, 2019).
Mais recentemente, também em 2003, o futebol tornou-se o esporte número um para mulheres
no Reino Unido, um jogo que tradicionalmente tem sido desenvolvido e jogado por homens, e
que, atualmente tem sido disputado por equipes femininas do mundo inteiro, com grande
destaque para o futebol feminino do Brasil.
Nuere (2010) indica que, em 1991, a equipe feminina dos EUA venceu o primeiro campeonato
feminino de futebol organizado pela FIFA – a Primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino –
diante de uma multidão de 90.125 espectadores, na sede da Província de Guangdong, na China.
Esses são apenas alguns exemplos ao longo do tempo, que vão, de alguma forma, mostrando a
variedade e a importância dos eventos esportivos.
A criação desses eventos ajudou claramente a abrir caminho para questões mais amplas e de
maior significado para a sociedade do que apenas a realização de um evento esportivo.
A amplitude da indústria desportiva atual é tão grande que estabelecer os dados de mercado é
uma tarefa de longo alcance. Além disso, é difícil decidir quais setores devem ser incluídos.
Martins (2018) recomenda considerar duas perspectivas diferentes. Economicamente, deve-se
primeiramente considerar a receita do local, o dinheiro obtido na alavancagem de patrocínios
esportivos, bem como as receitas dos eventos em si; em segundo lugar, de uma perspectiva de
desenvolvimento esportivo, existe a vasta gama de números de participação, desde os esportes
escolares até os grandes e importantes eventos internacionais.
Os números de participação esportiva estão disponíveis para certos esportes e podem ser
complementados por porcentagem de crescimento ano após ano. Infelizmente, a disponibilidade
de dados é esparsa em qualquer perspectiva, maior do que uma escala nacional, e mesmo os
números locais são selecionados e abrangem apenas os eventos consagrados nos diversos
países, como o futebol no Brasil; já os dados relativos à prática do boxe brasileiro, por exemplo,
são minimamente fornecidos.
No entanto, esses dados são muito úteis quando acessíveis. Usando o futebol americano como
exemplo, Nuere (2010) relata que, naquele país, 5,5 milhões de mulheres, a partir dos 7 anos de
idade, praticaram esse tipo de jogo pelo menos uma vez em 2009. Isso representou um aumento
de 37,8 por cento em relação ao ano anterior, enquanto os números correspondentes para o jogo
masculino registravam 14,5 milhões de participantes, com 4,7 por cento de aumento.
Outro fator preponderante é manter a política fora do esporte, que constitui uma questão
recorrente. No primeiro momento, há o argumento de que o esporte deve ser considerado acima
de toda política, prática governamental e partidária. Essa é uma área discutível, obviamente, e,
quando se trata de certos eventos, pode simplesmente não ser possível.
Todas as escalas de eventos desportivos são influenciadas politicamente de várias maneiras,
pois não há como escapar das exigências de conformidade com vários conjuntos de
regulamentos e regras, tais como os relativos à saúde e segurança, políticas públicas de
emprego, relatórios fiscais e de licenciamento. Por outro lado, a intervenção política é bastante
diferente, nos diferentes paísese regimes, e há políticos que consideram adequado desempenhar
um papel na gestão de eventos esportivos e do seu uso para fins de promoção política.
De acordo com Nuere (2010), na Inglaterra, os primeiros-ministros historicamente buscam
aumentar sua avaliação junto à opinião pública e nos resultados positivos de pesquisas,
associando suas imagens ao esporte.
O papel da tecnologia no esporte também é relevante e está intrinsecamente envolvido no
desenvolvimento e aprimoramento dos eventos. As expectativas do cliente/consumidor e as
demandas da mídia novamente levaram a todos os tipos de inovação e seu uso no avanço da
apresentação e controle de eventos esportivos.
O desenvolvimento de uma bola reflexiva na década de 1980 pretendia levar a um aumento,
bastante necessário, da cobertura televisiva do esporte de squash, assim como o uso de vidros
transparentes de mão única. Os serviços de call center tornaram a compra de ingressos uma
atividade menos frustrante para o cliente, a partir dos anos 2000 – prática revolucionada
contemporaneamente pela internet – e as telas de plasma gigantes tornaram possível o replay
da ação em um evento, possibilitando aos espectadores rever lances importantes e decisivos
(MARTINS, 2018).
A cronometragem de tempo digital claramente melhorou os indicadores de desempenho dos
atletas e a introdução de equipamentos para julgar lances capitais através do VAR teoricamente
Figura 13 - Esporte e manifestação
política
Fonte: Pexels/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/13.jpg
possibilitaria uma arbitragem com menor número de erros.
Como observam Mallen e Adam (2015), com a tecnologia o desenvolvimento de equipamentos de
transmissão melhorou a visualização dos eventos.
Pode-se ver também o quanto essa tecnologia adicionou ao potencial de comunicação dos
eventos, aumentando as oportunidades para os espectadores acessarem as transmissões dos
jogos em qualquer parte do planeta e, ao mesmo tempo, para que os promotores aumentem a
receita com vários tipos de patrocínio e veiculação de publicidade.
A partir da Copa do Mundo FIFA 2002, as bolas de futebol passaram a ser fornecidas pela marca
Adidas – com nomes estranhos como Fernova, Final, Jabulani, Cafusa, entre outros. A
cronometragem digital, com alteração da pontuação durante a partida e as telas de plasma não
atraem apenas o olho dos espectadores para replays, mas elas também mostram anúncios
publicitários que atingem a plateia em momentos de alta concentração.
Por último, embora provavelmente não o ponto final desse desenvolvimento, a Internet
claramente teve um efeito revolucionário tornando-se um importante veículo para comunicações
de marketing, não apenas para venda de ingressos, criação de programas do sócio torcedor, mas
para webcast (transmissão de áudio e vídeo com tecnologia streaming) de eventos e venda de
mercadorias licenciadas através do e-marketplace.
Como observa Massena (2012), o desenvolvimento do esporte em si depende de uma única
vitrine que os eventos fornecem. Quanto mais pessoas assistirem a um evento esportivo, maior é
a probabilidade de que os números de participação nos esportes aumentem, o interesse dos
patrocinadores se estenda e as práticas esportivas profissionais beneficiem-se de maiores
Figura 14 - Produtos licenciados
Fonte: albertoadan/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.jpg
verbas para aplicar em seu desenvolvimento e no aprimoramento dos atletas, que são os
verdadeiros protagonistas dos eventos esportivos.
No entanto, isso não é necessariamente bem desenvolvido e sustentado no Brasil, onde existe
uma clara diferença de interesses, tanto do público quanto das marcas patrocinadoras em
relação ao futebol e algumas outras poucas modalidades, em detrimento de outras práticas
importantes, mas menos favorecidas.
Por outro lado, a tarefa dos órgãos de governo claramente não é apenas fazer uso de eventos
esportivos, como vitrines e como oportunidades de promover ideologias e posições político
partidárias, mas sim de garantir a existência de mecanismos que convertam as práticas
esportivas de interesse dos cidadãos em experiências de participação de longo prazo, visando
também aspectos de saúde pública que a prática de esportes favorece.
Produtos esportivos licenciados referem-se a vários produtos que são endossados por um clube
ou esportista e representam uma fonte adicional de faturamento para as agremiações. Saiba
mais em: www.portaldofranchising.com.br
[https://www.portaldofranchising.com.br/noticias/licenciamento-de-produtos-setor-esportivo/] . 
https://www.portaldofranchising.com.br/noticias/licenciamento-de-produtos-setor-esportivo/
Videoaula - O interesse da mídia pelos eventos esportivos
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/508418510] .
Podemos constatar que os eventos esportivos ocupam um lugar de destaque na história
moderna dos grandes eventos de entretenimento. As perguntas incontornáveis que Messena
(2012, p. 39) formula são: “[...] qual o motivo desse destaque? O que oferecem os grandes
eventos esportivos que não oferecem ou proporcionam aos cidadãos outros tipos de espetáculos
e eventos?” Podemos também indagar: de onde vêm os eventos esportivos com seu enorme
poder de convocação e sua capacidade de atrair o interesse de massas tão heterogêneas entre
si? Considerando que o futebol, por exemplo, é uma paixão que atinge indiferentemente todas as
classes sociais?
Nuere (2010) explica que, para compreender essas questões, devemos considerar primeiramente
o contexto histórico-cultural em que esse protagonismo foi se configurando aos poucos e
perceber como a atividade física como espetáculo de mídia de massa, como mercadoria de
consumo e como um elemento cada vez mais substancial nos estilos de vida contemporâneos.
Nesse sentido, os eventos esportivos foram se transformando em “[...]um arsenal simbólico e
perceptivo, em um espaço emocional de configuração de identidades e fonte de narrativas
intrépidas e épicas” (NUERE, 2010, p. 45) abrangendo todo o campo geral dos esportes (e não
apenas dos eventos esportivos que representam uma pequena parte deste amplo e diversificado
setor) até se tornar uma das mais dinâmicas, produtivas e desafiadoras esferas de significação e
representação que coexistem dentro da cena cultural contemporânea.
O interesse da mídia pelos eventos esportivos2.3
https://player.vimeo.com/video/508418510
O protagonismo dos atuais eventos desportivos deve-se, em grande medida, ao fato de que hoje
vivemos num amplo contexto cultural desportivo, ou seja, numa sociedade em que os cidadãos
amam os desafios, a paixão pela vitória e a optimização das faculdades e aptidões do corpo. Ou
seja, vivemos em uma sociedade na qual muitos consumidores focados na diversão estão em
busca de atividades e eventos que os estimulem e lhes proporcionem referências de diversão e
identidade (MALLEN; ADAMS, 2015).
O surgimento de novas formas de mídias e espaços de consumo e, sobretudo, o surgimento de
novas necessidades, expectativas e estilos de vida, além do surgimento de um novo tipo de
consumidor conectado aos meios digitais, que sabe muito bem que não é preciso ser atleta para
desfrutar daquilo que a indústria do esporte oferece, são razões porque (apesar das suas
promessas consumistas e das suas ambiguidades ostentosas) o desporto como espetáculo,
com competições planetárias de alto nível, tem permitido conquistar elevados índices de
audiência televisiva, e também de outros meios de comunicação massiva.
A indústria do esporte consegue proporcionar uma “boa imagem” para marcas, organizações
esportivas e para as próprias empresas de mídia, que alimentam efetivamente o orgulho local
e/ou nacional e conseguem despertar, através da exibição de espetáculos desportivos, o
entusiasmo, ou até mesmo “um fervor coletivo inigualável”, que não é encontrado em qualqueroutra esfera da vida social (NUERE, 2010, p. 124).
A esse respeito, o historiador Erick Hobsbawm (apud FARIAS, 2019, p. 186) comentou que uma
das coisas que possibilitou que eventos esportivos se tornassem espetáculos aceitáveis para as
elites (as que realmente inventaram a maioria dos esportes) foi que esses eventos
transformaram-se em um meio de identificação nacional e em um espaço para a coesão dos
grupos que vivem juntos em uma comunidade, uma vez que “se as classes superiores não
poderiam estar em pessoa nos espetáculos, pelo menos em eventos esportivos as bandeiras e
hinos que simbolizavam a suposta harmonia entre diferentes classes sociais estariam
presentes”.De acordo com Nuere (2010, p. 47),
[...] esses eventos esportivos englobam elementos de coesão sociocultural que, junto com a força
paradoxal e beleza dos corpos em disputa, a natureza incerta das competições atléticas e o copioso
e insistente discurso da mídia através da propaganda – processo de comunicação onde "paixão" é o
significante central –, constituem sem dúvida, o coração da indústria do entretenimento esportivo
contemporâneo: aquela indústria onde produtos e serviços especializados são produzidos para
consumidores com alta expectativa, ávidos, segmentados, interconectados e cada vez mais
informados aguardam para consumir. (tradução nossa)
Essa indústria de eventos e seus consumidores ocupam o ponto central que possibilitou a
emergência da indústria específica dos eventos esportivos, com sua estética alinhada com a
indústria cultural, que propicia sensações hipermidiáticas construídas graças aos
impressionantes avanços da tecnologia da informação. 
Esse desenvolvimento inicia, de fato, depois da Primeira Guerra Mundial, e vai se ampliando
rapidamente a partir do fim da Segunda Guerra, quando os meios de comunicação massiva vão
se desenvolvendo cada vez mais, e os seus discursos vão gradualmente construindo uma
“simbiose” com o esporte espetáculo que, sem dúvida, deve aos meios de comunicação e aos
seus patrocinadores a ampliação e a popularização, em escala global, das façanhas atléticas que
ocorrem nos grandes eventos esportivos, que são, na realidade, a matéria-prima para construção
da indústria do entretenimento de massa mais acessível que existe.
Como nos mostra Lipovetsky (2015), a comunicação de massa vai se desenvolvendo a partir da
radiodifusão até a emergência da televisão, nos anos 1950, transformando-se na verdadeira
responsável pelo fato de que hoje o esporte espetáculo se tornou o maior ativo econômico,
cultural e informacional do mundo contemporâneo.
Para Lipovetsky (2015), é imprescindível levar isso em consideração, não apenas porque uma
série de imagens esportivas padronizadas passaram a ser produzidas, disseminadas e
globalizadas pelas novas tecnologias midiáticas, incluindo agora a internet, mas também porque
a mídia e a indústria da publicidade representam uma fonte alternativa inestimável de renda para
ligas, times e organizadores de grandes eventos esportivos. Lipovetsky (2015, p. 112) explica:
Figura 15 - Arena esportiva
completamente lotada
Fonte: red__koral__ph/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/15.jpg
Dessa forma, além de converter ações esportivas em signos, times em símbolos-marcas e
atletas em heróis do esporte e ícones-mercadorias, nas últimas décadas, a mídia (principalmente
a televisão com suas múltiplas câmeras e montagens para reescrever o tempo e o espaço) fez
dos grandes eventos esportivos um entretenimento que, além de romper a hegemonia do cinema
como espetáculo máximo das massas, estimulou como nunca a paixão pelas imagens
esportivas e sua estética televisiva, gerando uma verdadeira iconografia, quase religiosa,
moderna.
Segundo o próprio Lipovetsky (2015), é uma estética da transmissão esportiva de imagens que, a
partir da lógica da espetacularização, dramatização e protagonismo, busca atingir o maior
público possível com o intuito de despertar emoções, conquistar adeptos e fidelizar
espectadores.
Em sua condição de espetáculo cinético que circula pelas múltiplas interfaces da megatela global
(TV com difusão planetária), o esporte-espetáculo tem sido percorrido tanto pelos paradigmas da
estética cinematográfica, da conquista da representação icônica do máximo detalhe que a
tecnologia torna visível, pela busca do encanto sensorial, da inclusão de realidades virtuais e da
orientação para o colorido e o impactante, que a saturação de informação e o excesso de imagens
(verdadeiros sintomas da sociedade hipermoderna do entretenimento) propiciam, além da
permanente busca dos produtores do show através da aplicação de recursos tecnológicos para gerar
o máximo efeito dramático, a imagem, o movimento e a estética do corpo se transformaram nas
marcas registradas dos eventos esportivos, cada vez mais consumidos. Para verificar isso, basta
examinar o Super Bowl ou qualquer uma das cerimônias de abertura ou encerramento mais
recentes dos Jogos Olímpicos ou das Copas do Mundo.
A mídia é um dos fatores mais importantes para o sucesso dos esportes como produto de
consumo de massa, e através dela os atletas exercem grande influência social. Saiba mais em:
www.efdeportes.com [https://www.efdeportes.com/efd209/esporte-influencias-do-atleta-na-
sociedade.htm] .
https://www.efdeportes.com/efd209/esporte-influencias-do-atleta-na-sociedade.htm
Videoaula - Fundamentos e características dos eventos esportivos
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/360850544] .
Os eventos desportivos são, acima de tudo, eventos sociais privados que se distinguem tanto
pelo forte capital de marca, como por serem planejados e promovidos (de diferentes formas) com
o intuito de atrair a atenção de diferentes grupos sociais.
De maneira geral, como explica Martins (2018), esses eventos se diferenciam porque são
dotados de uma imagem específica poderosa, são competentes para gerar emoções
compartilhadas, e porque seu resultado é incerto, provocando interesse e fortes emoções.
São eventos desenvolvidos como produtos de consumo, sempre organizados e promovidos por
uma ou mais instituições, mas todos elaborados e oferecidos para gerar expectativas, chamar
atenção e despertar experiências de consumo e prazer em públicos previamente selecionados.
Podemos observar também, nessa categoria de acontecimentos, da mesma maneira que
observamos em outros fenômenos sociais intangíveis, que os eventos esportivos não são
eventos que ocorrem isoladamente, uma vez que todos eles acontecem dentro da estrutura de
um sistema social maior, composto de pelo menos três grandes sistemas interdependentes que,
segundo Mallen e Adam (2015) dão vida a esse fenômeno. São eles:
1. O sistema de eventos (composto por todos os especialistas que produzem o espetáculo e transmitem sua
energia a ele).
Fundamentos e características dos eventos esportivos2.4
https://player.vimeo.com/video/360850544
2. O sistema de esporte (composto pelos atores do sistema desportivo associativo e por membros de
federações internacionais, federações nacionais, ligas e clubes).
3. O sistema relativo ao território onde o evento se realiza (composto pelos governos, estruturas ministeriais
e entidades territoriais locais onde ele se realiza).
Entretanto, como observa Farias (2019), justamente porque todos os eventos esportivos são
produtos da sinergia entre esses três sistemas mencionados, também é essencial sublinhar que,
mesmo que sejam semanticamente parecidos, os eventos esportivos nunca devem ser
confundidos com o que se conhece simplesmente como esporte, porque esporte é um conceito
que se integra centralmente ao universo das práticas e técnicas corporais, organizadas ou não,
que por sua história e ancoragem sociocultural em muitas comunidades do mundo não são
legalmente propriedade de ninguém, e podem, inclusive, serem desenvolvidos fora de qualquer
contexto institucional. Oseventos esportivos, como produtos culturais na área do
entretenimento, são propriedade de alguém, ou de alguma organização e, para serem realizados,
exigem um enquadramento jurídico e institucional.
Portanto, por se tratar de produtos e de marcas comerciais, que envolvem a implementação de
um conjunto de estratégias de marketing e comunicação, os eventos esportivos envolvem
necessariamente processos de proteção legal, direitos de imagem e direitos de propriedade que
as práticas esportivas por si só não permitem.
Figura 16 - Eventos esportivos como
produtos de consumo de massa
Fonte: tookapic/pixabay.com
ACONTECEU
Atualmente, as arenas têm públicos limitados e os recordes de público não são muito altos, mas a
fatídica partida entre Brasil e Uruguai, na Copa do Mundo de 1950, maior público da história das
copas, tem uma história particular. Conheça essa história em: globoesporte.globo.com
[http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/historia/copa-de-1950-brasil.html] .
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/16.jpg
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/historia/copa-de-1950-brasil.html
Do ponto de vista sociológico, econômico e de mercado, apenas as atividades organizadas, que
tenham ou possam ter um forte impacto comercial, devem ser consideradas autênticos eventos
esportivos. Em outras palavras, só é considerado um evento esportivo quando ele realmente tem
uma finalidade comercial como objetivo final, seja para ser oferecido em uma arena de esportes
com cobrança de ingressos, seja como uma atividade patrocinada por marcas, cujo acesso ao
grande público se dá pela transmissão através da mídia. Considerando esses pontos diferenciais,
Farias (2019) conclui que o esporte é o substrato, ou a matéria-prima, e o evento é o produto ou
serviço elaborado com ele.
Mallen e Adam (2015) lembram que existem três elementos fundamentais que contribuem para
uma definição jurídica do que hoje se conhece como evento esportivo: sua identificação, sua
diferenciação e sua organização e marca comercial. No que diz respeito à identificação, é
necessário lembrar que é um elemento essencial em qualquer evento desportivo (geralmente
uma marca em destaque), na medida em que é aquilo que os donos ou promotores dos eventos
zelosamente protegem.
Ela se refere ao conjunto de elementos únicos reunidos sob o conceito de marca (como o nome
do evento, logotipo, cor de identificação, slogan etc.), a partir da qual os consumidores
reconhecem imediatamente um determinado evento esportivo e garantem que ele não será
confundido com outros eventos, similares ou da mesma categoria.
Como afirma Massena (2012), como não existem eventos esportivos espontâneos na sociedade
de consumo, a diferenciação (intimamente relacionada à identificação) é o segundo grande
elemento legalmente protegido para garantir a existência de um evento.
Basicamente, a identificação refere-se ao conjunto de elementos e recursos que tornam o evento
esportivo singular e específico, em maior ou menor grau. Elementos são: a modalidade esportiva
praticada durante o espetáculo; o tipo e a natureza da atividade esportiva que o evento envolve
(seja competitiva ou não); os modelos de participação desportiva que se propõem (disputa
Figura 17 - A marca esportiva como
fator diferencial
Fonte: networkerz/pixabay.com
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/17.jpg
individual ou por equipes, masculina, feminina ou mista, por clubes, seleções nacionais, seleções
regionais etc.); a repercussão ou significado do resultado esportivo do evento (campeão de,
classificado para, medalha de etc.); o local onde o evento é realizado (continente, país, região,
cidade, instalação esportiva convencional ou não convencional, espaço em ambiente urbano ou
natural, tipo de superfície esportiva); as datas, horários e tempos de duração do evento (se for
um evento que durará horas, dias, semanas ou meses); e o tipo de entidade que a dirige (se é
pública, privada associativa, privada sem fins lucrativos ou privada com fins lucrativos).
Em relação a esse último item, e pelo fato de os eventos esportivos serem planejados e todos
realizados sob um triplo sistema e marco regulatório (que, como já vimos, é aquele que se impõe
pelo próprio tipo de evento, pelo regime esportivo sob o qual ele é realizado e pela identificação
do país ou da cidade onde será realizado territorialmente), o último elemento-chave que ajuda a
compreender o que são esses fatos sociais particulares é justamente a organização que os
concebe, projeta, estrutura e promove.
Como observa Martin (2018), essas entidades são identificadas como organizações específicas
que podem ser constituídas por uma pessoa física (ou um grupo delas) ou uma pessoa jurídica
(ou um grupo delas); organizações que podem ser entidades de natureza pública (como um
estado nacional ou um governo local), sem fins lucrativos (como uma Associação ou Federação)
ou, até mesmo, com fins lucrativos (como uma Sociedade Comercial dedicada a eventos) e que
são responsáveis pela identificação e diferenciação dos eventos, por serem aquelas
organizações que os sustentam em termos de titularidade ou propriedade, ou aquelas que se
encarregam de realizá-los, monitorá-los e explorá-los comercial e publicitariamente.
Prática profissional - Evento Esportivo - Noções Básicas - Torneio -
Campeonato
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[https://www.youtube.com/embed/yMzyCSDfTUU] .
https://www.youtube.com/embed/yMzyCSDfTUU
Recapitulando a Unidade 2
No desenvolvimento desta unidade, abordamos a tipologia específica dos eventos esportivos,
através da análise dos diferentes tipos de eventos que caracterizam essa área, como eles
evoluíram até atingir o status da indústria atual que desperta o interesse da mídia e de bilhões de
espectadores espalhados pelo mundo. Analisamos também os fundamentos e características
dos principais eventos esportivos, com ênfase na sua implementação. 
Exercícios de fixação
Preencher as 5 lacunas do texto abaixo.
Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em , Ludwig Guttmann organizou uma
competição para veteranos de guerra com lesões da medula espinhal, no ,
iniciando a inclusão de pessoas com nos esportes e anos
depois foi fundada a(s) .
Selecione...
Selecione...
Selecione... Selecione...
Selecione...
Que comentário o historiador Erick Hobsbawm (2019) fez sobre os motivos que tornaram
possível a aceitação dos eventos esportivos como espetáculos pelas elites sociais?
Que esses eventos possibilitaram a obtenção de lucros para empresários.
Que esses eventos se transformaram em um meio de identificação nacional e em um espaço
de coesão dos grupos que vivem juntos em comunidades.
Que esses eventos esportivos atraíram a grande mídia.
Que através da propaganda as grandes indústrias puderam divulgar suas marcas.
Preencher as 5 lacunas do texto abaixo.
No que diz respeito à , é preciso lembrar que esse é um elemento essencial em
qualquer evento desportivo (geralmente é um nome de que sempre fica bem
claro), na medida em que é algo que os donos ou promotores dos eventos zelosamente
protegem. E se refere ao conjunto de elementos únicos reunidos sob o conceito de "
" (como o nome do evento, , cor de identificação, slogan etc.), a
partir do qual os reconhecem imediatamente um determinado evento
esportivo e garantem que ele não será confundido com outros eventos, similares ou da mesma
categoria.
Selecione...
Selecione...
Selecione... Selecione...
Selecione...
Estrutura e organização dos
eventos esportivos
Videoaula - Participantes e classificação por modalidade
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UNIDADE 3
Objetivos:
Nesta unidade veremos os conceitos de organização dos eventos esportivos,
analisando as características dos eventos esportivos por modalidade, e o
comportamento

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