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PONTO 6

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Sumário 
1. REPRESENTATIVIDADE PONTO / PROVAS 2014-18 .................................................................. 3 
2. PONTO 6 ...................................................................................................................................................... 4 
 Dominio Público Internacional .................................................................................................... 5 
 Domínio Público Internacional .................................................................................................... 8 
 Direito do Mar, dos Rios e das Águas Interiores ................................................... 9 
 Exercício da Soberania ................................................................................................................. 15 
 Tratado da Antártida .................................................................................................................... 33 
 Nacionalidade dos Navios.......................................................................................................... 36 
 Direito de Acesso ao Mar........................................................................................................... 37 
 ESPAÇO AÉREO ............................................................................................................................... 40 
 Convenção de Chicago ................................................................................................... 41 
 Jurisdição Penal Brasileira .............................................................................................. 42 
 ICAO – International Civil Aviation Organization ................................................ 44 
 Uniformidade nos Sistemas Interno e Internacional .......................................... 45 
 Anexos à Convenção de Chicago ............................................................................... 46 
 Segurança da Aviação ..................................................................................................... 47 
 Convenção de Varsóvia e Convenção de Montreal ........................................... 47 
 Indenização por Morte e Lesões dos Passageiros .............................................. 48 
 Indenização por atraso, extravio ou perda ............................................................ 49 
 ESPAÇO EXTRA-ATMOSFÉRICO ............................................................................................... 52 
 Questões Objetivas do Ponto 6 do Edital ........................................................................... 56 
 Resumo Ponto 6 ......................................................................................................................... 57 
 
 
3 
 
 
 
1. REPRESENTATIVIDADE PONTO / PROVAS 2014-18 
PONTO N. QUESTÕES % 
1 2 2,44 
2 10 12,20 
3 8 9,76 
4 16 19,51 
5 6 7,32 
6 4 4,88 
7 6 7,32 
8 3 3,66 
9 17 20,73 
10 10 12,20 
 
 
 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO – ponto 6 
 
 
 
 
4 
 
 
2. PONTO 6 
RESOLUÇÃO Nº 067, DE 03/07/09 RESOLUÇÃO No 407, DE 10/06/16 
12. Domínio público internacional. Mar. 
Águas interiores. Mar territorial. Zona 
contígua. Zona econômica. Plataforma 
continental. Alto-mar. Rios internacionais. 
6. Domínio público internacional. 
Mar. Águas interiores. Mar territorial. 
Zona contígua. Zona econômica. 
Plataforma continental. Alto-mar. 
Rios internacionais. Domínio público 
internacional. Espaço aéreo. 
Princípios elementares. Normas 
convencionais. Nacionalidade das 
aeronaves. Espaço extra-atmosférico. 
13. Domínio público internacional. Espaço 
aéreo. Princípios elementares. Normas 
convencionais. Nacionalidade das 
aeronaves. Espaço extra-atmosférico. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 Dominio Público Internacional 
 
Fonte: http://www.navepegos.com/pt-pt/trafego-maritimo-em-tempo-real/ 
 
http://www.navepegos.com/pt-pt/trafego-maritimo-em-tempo-real/
 
 
6 
 
 
 
 
→ Na ordem do dia: Oceanos 
A questão dos oceanos foi um dos principais temas debatidos na Conferência 
Rio+20, em 2012, culminando na aprovação de um Objetivo de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) – parte da Agenda 2030 da ONU – 
inteiramente voltado à questão, o ODS 14. 
https://sustainabledevelopment.un.org/rio20
https://sustainabledevelopment.un.org/rio20
https://nacoesunidas.org/pos2015/
https://nacoesunidas.org/pos2015/ods14/
 
 
7 
 
 
Em junho de 2017, representantes de organizações do mundo todo e os 
principais chefes de Estado e de Governo se reuniram na sede das Nações 
Unidas, em Nova Iorque, para realizar a Conferência sobre os Oceanos. 
O objetivo do encontro inédito global foi de apoiar a implementação do 
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14: conservar e utilizar de forma 
sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o 
desenvolvimento sustentável. O documento final em português da Conferência 
pode ser acessado em: https://nacoesunidas.org/acao/direito-maritimo-e-
oceanos/ 
 
 
→ “Guerra da Anchova” 
A “guerra” da anchova entre o Peru e o Chile terminou com um veredicto 
salomónico do TPI em 2014. O tribunal de Haia “dividiu o mal pelas 
aldeias” e os dois países ficam com direitos sobre a área rica em peixe 
que disputavam há mais de 130 anos. 
O Peru reclamava cerca de 38 mil km2 do Oceano Pacífico administrados 
pelo Chile. A Justiça internacional concedeu a Lima mais de metade do 
triângulo que exigia, deixando o quadrilátero restante nas mãos de 
Santiago do Chile. 
https://oceanconference.un.org/
https://nacoesunidas.org/onu-divulga-versao-em-portugues-do-documento-final-da-conferencia-oceanos/
https://nacoesunidas.org/acao/direito-maritimo-e-oceanos/
https://nacoesunidas.org/acao/direito-maritimo-e-oceanos/
 
 
8 
 
 
Termina assim uma quezília centenária, que remonta aos anos 80 do 
século XIX, durante a Guerra do Pacífico, que opôs o Chile às forças 
conjuntas do Peru e da Bolívia, também conhecida como a Guerra do 
Guano e Salitre. 
 
 
 
 
 
 
 
 Domínio Público Internacional 
Espaços cuja utilização suscita o interesse de mais de um Estado soberano – às 
vezes de toda a comunidade internacional – ainda quando sujeitos à incidência 
de determinada soberania. (Rezek, pg. 299) 
 
Áreas e recursos que não pertencem a nenhum Estado específico (alto-mar, 
espaço aéreo internacional, espaço extra-atmosférico e zonas polares) ou que se 
Haia obrigou os litigantes a assinar um pré-acordo 
em como respeitariam a decisão, mas mesmo assim 
ambas as partes ficaram insatisfeitas com a solução 
encontrada para uma área que vale cerca de 200 
milhões de dólares anuais em recursos marinhos. 
Assista: 
https://www.youtube.com/watch?v=dkgksiB2fDM 
 
https://www.youtube.com/watch?v=dkgksiB2fDM
https://www.youtube.com/watch?v=dkgksiB2fDM
 
 
9 
 
 
revestem de amplo interesse internacional, embora esteja sob a soberania de 
um Estado. (Paulo Portela, pg. 643) 
 
 
 Direito do Mar, dos Rios e das Águas Interiores 
• Principais Normativos 
჻ Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Convenção de 
Montego Bay), de 1982 (Decreto 1.530, de 22/06/1995) 
჻ Lei 8617/93 - Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona 
econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros, e dá outras 
providências. 
 
 
 
10 
 
 
I. Linha de Base: é a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada 
nas cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo 
Estado costeiro (art. 5). 
II. Mar Territorial: (até 12 milhas) compreende uma faixa de doze milhas 
marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral 
continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande 
escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (art. 1 da Lei 8.617/93). 
III. Zona Contígua: (das 12 até 24 milhas) compreende uma faixa que se 
estende das doze às vintee quatro milhas marítimas, contadas a partir das 
linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (art. 4º 
da Lei 8.617/93). 
IV. ZEE (ou Plataforma Continental Mínima – das 12 até 200 milhas) 
compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas 
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a 
largura do mar territorial (ar. 6 da Lei 8.617/93). 
V. Plataforma Continental (até 350 milhas): compreende o leito e o subsolo 
das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda 
a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao 
bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas 
marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar 
 
 
11 
 
 
territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não 
atinja essa distância (art. 76 da Convenção). 
VI. Bordo externo da Plataforma Continental ou Fundos Marinhos (a partir de 
200 a 350 milhas): patrimônio da humanidade (arts. 133 a 155 da 
Convenção). 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
Podem ser instituídas 
pelo Estado 
 
 
CNUDM disciplinam 
extensão máxima 
 
 
13 
 
 
VII. Águas interiores: as águas situadas no interior da linha de base do mar territorial 
fazem parte das águas interiores do Estado (art. 8º). Também denominadas de águas 
marítimas territoriais ou não continentais, compreendem a camada aérea 
sobrejacente, a sua própria superfície, a coluna d´água, leito e subsolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex: Baía de Guanabara é 
uma baía oceânica 
localizada no estado do 
 Rio de Janeiro, com área de 
cerca de 380 km2. 
 
Regime jurídico: 
SOBERANIA ABSOLUTA, 
diante de equivaler a águas 
interiores do Estado. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ CASO ARA LIBERTAD 
A fragata "Libertad", navio-escola da Marinha de guerra argentina, fazia sua 
viagem anual de instrução quando foi embargada no porto de Tema pela 
Justiça ganense, por causa de uma ação do fundo especulativo NML Capital, 
que reivindica da Argentina o pagamento de uma dívida de US$ 370 
milhões, fruto de condenação pela corte federal distrital de Nova Iorque. 
Baia de Todos os Santos / Bahia Art. 1º par único da Lei 
8.617/1993. Nos locais em 
que a costa apresente 
recorte profundos e 
reentrâncias ou em que 
exista uma franja de ilhas ao 
longo da costa na sua 
proximidade imediata, será 
adotado o método das 
linhas de base retas, 
ligando pontos 
apropriados, para o traçado 
da linha de base, a partir da 
qual será medida a 
extensão do mar territorial. 
 
Regime jurídico: 1) Poder dominial (soberania); 2) Poder 
exclusivo (pesca, sobrevoo e navegação exclusiva de navios de 
sua bandeira); 3) Navios de pavilhão estrangeiro não possuem 
direito de passagem inofensiva, nem o direito de passagem em 
trânsito, devendo pedir autorização para navegação nessa área. 
 
 
 
15 
 
 
A Justiça ganense reivindicava uma fiança de US$ 20 milhões (R$ 41,7 
milhões) para liberar o navio, mas a Argentina se recusou a pagá-la e 
apresentou uma medida cautelar ante o TIDM, alegando que Gana "violou 
as normas do direito internacional que consagram a imunidade dos navios 
de guerra“. O TIDM determinou a imediata liberação da embarcação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exercício da Soberania 
1. Mar Territorial: estende-se a soberania sobre o mar territorial, ao espaço 
aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo (art. 1 da Lei 
8.617/93). Pode alcançar até 12 milhas náuticas (art. 3º da CNUDM). O 
A Argentina havia expressamente 
renunciado à imunidade de execução 
quando do retirada do empréstimo de 1 
bilhão de dólares. O TIDM declarou 
jurisdição sob o caso, mesmo estando a 
Fragata atracada em porto nacional ganense. 
 
 
 
16 
 
 
direito interno deve harmonizar-se com regramento da CNUDM = 
SOBERANIA LIMITADA. 
• Costas adjacentes: 
Art. 15 CNUDM - Quando as costas de dois Estados são adjacentes ou se 
encontram situadas frente a frente, nenhum desses Estados tem o direito, 
salvo acordo de ambos em contrário, de estender o seu mar territorial 
além da linha mediana cujos pontos são equidistantes dos pontos mais 
próximos das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar 
territorial de cada um desses Estados. Contudo, este artigo não se aplica 
quando, por motivo da existência de títulos históricos ou de outras 
circunstâncias especiais, for necessário delimitar o mar territorial dos dois 
Estados de forma diferente. 
 
 
1.1. Limitações à soberania no mar territorial 
I. Direito de Passagem Inocente 
Art. 17 da Convenção Montego Bay - Salvo disposição em contrário da presente 
Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, gozarão do 
direito de passagem inocente pelo mar territorial. 
Art. 18 - Significado de passagem 
 
 
17 
 
 
1) ‘Passagem’ significa a navegação pelo mar territorial com o fim de: a) 
atravessar esse mar sem penetrar nas águas interiores nem fazer escala 
num ancoradouro ou instalação portuária situada fora das águas interiores; 
b) dirigir-se para as águas interiores ou delas sair ou fazer escala num 
desses ancoradouros ou instalações portuárias. 
2) A passagem deverá ser contínua e rápida. No entanto, a passagem 
compreende o parar e o fundear, mas apenas na medida em que os 
mesmos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos 
por motivos de força maior ou por dificuldade grave ou tenham por fim 
prestar, auxílio a pessoas, navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade 
grave. 
Art. 19 - 2. A passagem de um navio estrangeiro será considerada prejudicial 
à paz, à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro, se esse navio realizar, 
no mar territorial, alguma das seguintes atividades: 
a) qualquer ameaça ou uso da força contra a soberania, a integridade 
territorial ou a independência política do Estado costeiro ou qualquer outra 
ação em violação dos princípios de direito internacional enunciados na 
Carta das Nações Unidas; 
b) qualquer exercício ou manobra com armas de qualquer tipo; 
c) qualquer ato destinado a obter informações em prejuízo da defesa ou da 
segurança do Estado costeiro; 
 
 
18 
 
 
d) qualquer ato de propaganda destinado a atentar contra a defesa ou a 
segurança do Estado costeiro; 
e) lançamento, pouso ou recebimento a bordo de qualquer aeronave; 
f) lançamento, pouso ou recebimento a bordo de qualquer dispositivo militar; 
g) embarque ou desembarque de qualquer produto, moeda ou pessoa com 
violação das leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou 
sanitários do Estado costeiro; 
h) qualquer ato intencional e grave de poluição contrário à presente 
Convenção; 
i) qualquer atividade de pesca; 
j) a realização de atividades de investigação ou de levantamentos 
hidrográficos; 
k) qualquer ato destinado a perturbar quaisquer sistemas de comunicação ou 
quaisquer outros serviços ou instalações do Estado costeiro; 
l) qualquer outra atividade que não esteja diretamente relacionada com a 
passagem. 
 
1.2. Vedada cobrança de taxas 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
1.3. Exercício da jurisdição penal mitigada 
1.3.1. Imunidade de jurisdição: 
• Navios de Guerra: Os navios de guerra no alto mar gozam de completa 
imunidade de jurisdição relativamente a qualquer outro Estado que não 
seja o da sua bandeira (art. 95). 
• Navios em Serviço Oficial não comercial: Os navios pertencentes a um 
Estado ou por ele operados e utilizados unicamente em serviço oficial não 
comercial gozam, no alto mar, de completa imunidade de jurisdição 
relativamente a qualquer Estado que não seja o da sua bandeira (art. 96). 
1.3.2. Jurisdiçãopenal mitigada pelo art. 27 da CNUDM: 
Art. 5º §2º do CP - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, 
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Art. 27, 1 da Convenção. A jurisdição penal do Estado costeiro não será exercida 
a bordo de navio estrangeiro que passe pelo mar territorial com o fim de deter 
qualquer pessoa ou de realizar qualquer investigação, com relação à infração 
criminal cometida a bordo desse navio durante a sua passagem, salvo nos 
seguintes casos: 
 
 
20 
 
 
a) se a infração criminal tiver consequências para o Estado costeiro; 
b) se a infração criminal for de tal natureza que possa perturbar a paz 
do país ou a ordem no mar territorial; 
c) se a assistência das autoridades locais tiver sido solicitada pelo capitão 
do navio ou pelo representante diplomático ou funcionário consular 
do Estado de bandeira; ou 
d) se essas medidas forem necessárias para a repressão do tráfico ilícito 
de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas. 
2- As disposições precedentes não afetam o direito do Estado costeiro de 
tomar as medidas autorizadas pelo seu direito interno, a fim de proceder 
a apresamento e investigações a bordo de navio estrangeiro que passe 
pelo seu mar territorial procedente de águas interiores. 
 
1.4. Exercício da jurisdição civil limitada 
Art. 28 da Convenção 
1. O Estado costeiro não deve parar nem desviar da sua rota um navio 
estrangeiro que passe pelo mar territorial, a fim de exercer a sua jurisdição 
civil em relação a uma pessoa que se encontre a bordo. 
2. O Estado costeiro não pode tomar contra esse navio medidas executórias 
ou medidas cautelares em matéria civil, a não ser que essas medidas 
sejam tomadas por força de obrigações assumidas pelo navio ou de 
 
 
21 
 
 
responsabilidades em que o mesmo haja incorrido, durante a navegação 
ou devido a esta quando da sua passagem pelas águas do Estado costeiro. 
3. O parágrafo precedente não prejudica o direito do Estado costeiro de 
tomar, em relação a navio estrangeiro que se detenha no mar territorial ou 
por ele passe procedente das águas interiores, medidas executórias ou 
medidas cautelares em matéria civil conforme o seu direito interno. 
 
 
2. Zona Contígua: espaço marítimo facultativo das 12 até 24 milhas náutica. 
Art. 5º da Lei 8.617/1993 - Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as 
medidas de fiscalização necessárias para: 
I. evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de 
imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial; 
II. reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no 
seu mar territorial. 
Finalidade: fiscalizatória, segurança e fitossanitária. 
 
 
 
 
 
94 (XV TRF4). Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
II. Na zona contígua brasileira, que se estende das doze às vinte e quatro milhas 
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do 
mar territorial, o Brasil poderá adotar as medidas de fiscalização necessárias para 
reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar 
territorial. Correto. 
 
 
 
22 
 
 
→ DIREITO DE PERSEGUIÇÃO 
Art. 111 - A perseguição de um navio estrangeiro pode ser empreendida quando 
as autoridades competentes do Estado costeiro tiverem motivos fundados para 
acreditar que o navio infringiu as suas leis e regulamentos. 
 Deve ser iniciada até o limite do fim da zona contígua, independentemente 
da ordem de parada ser em zona posterior. Cessa se o navio perseguido adentrar 
o seu mar territorial ou de outro Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Zona Econômica Exclusiva: art. 7º da Lei 8.617/1993 Na ZEE, o Brasil tem 
direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, 
conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas 
sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se 
Argentina metralha e 
afunda barco de pesca 
chinês em suas águas 
territoriais. 
15/03/2016 
 
 
23 
 
 
refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da 
zona para fins econômicos. 
Sobreposição à Zona Contígua: opcional. Se o Estado estabeleceu o mar 
territorial, corresponde a até 188 milhas a partir dela. 
Art. 8º da Lei 8.617/1993 - Na ZEE, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o 
direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e 
preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos 
os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
• A investigação científica marinha e o exercício ou manobra militares, em 
particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, na ZEE só poderá 
ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo 
brasileiro. 
 
5. Plataforma continental (art. 77 da Convenção e 12 da Lei 8.617/93) 
I. O Estado costeiro exerce direitos de soberania sobre a plataforma 
continental para efeitos de exploração e aproveitamento dos seus 
recursos naturais. 
II. Os direitos a que se refere o parágrafo 1º, são exclusivos no sentido de 
que, se o Estado costeiro não explora a plataforma continental ou não 
aproveita os recursos naturais da mesma, ninguém pode empreender 
estas atividades sem o expresso consentimento desse Estado. 
 
 
24 
 
 
III. Os direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental são 
independentes da sua ocupação, real ou fictícia, ou de qualquer 
declaração expressa. 
IV. Os recursos naturais a que se referem as disposições da presente Parte, 
são os recursos minerais e outros recursos não vivos do leito do mar 
e subsolo bem como os organismos vivos pertencentes a espécies 
sedentárias, isto é, aquelas que no período de captura estão imóveis no 
leito do mar ou no seu subsolo ou só podem mover-se em constante 
contato físico com esse leito ou subsolo. 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plataforma continental 
estendida: 
Brasil deu entrada em 2004, 
com base no art. 82 da 
CNUDM, em procedimento 
para estender sua plataforma 
continental. 
As Nações Unidas acolheram 
80% do pedido brasileiro. A 
Comissão de Limites de 
Plataforma Continental das 
Nações Unidas (CLPC) 
aprovou em 08/03/2019 
recomendação em que 
legitima o Brasil a incorporar 
170.000 km2 de área de 
Plataforma Continental, além 
da ZEE. 
 
 
26 
 
 
→ INSTITUIÇÕES DO DIREITO DO MAR 
Criadas pela CNUDM (1982) e não integram a ONU. 
a) Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA/ISA) - Sede em 
Kingston, Jamaica. Regula e protege os fundos marinhos internacionais. 
Convenção determina que os fundos marinhos são patrimônio comum da 
humanidade (portanto, royalties decorrentes da exploração devem ser 
divididos entre os Estados, mesmo àqueles que não possuem acesso ao 
mar). Visa: 1) conceder licenças de exploração dos fundos marinhos; 2) 
emitir os regulamentos necessários à exploração. Vigem atualmente 27 
contratos de exploração no mundo. 
b) Comissão dos Limites da Plataforma Continental (CLPC) - Sede em Nova 
York, EUA. Analisa a situação geográfica dos Estados e emite parecer 
(recomendação/autorização) acerca da possibilidade de extensão da 
plataforma continental, a qual posteriormente tem que ser normatizada 
pelo direito interno daquele Estado. 
https://epbr.com.br/a-plataforma-continental-estendida-externa-juridica-
ou-legal-do-brasil-a-luz-da-convencao-das-nacoes-unidas-sobre-o-direito-
do-mar/ 
c) Assembleia-Geral dos Estados-membros da CNUDM – Responsável mais 
trabalhos de natureza burocrática e administrativa para os Estados que são 
parte da convenção. 
https://epbr.com.br/a-plataforma-continental-estendida-externa-juridica-ou-legal-do-brasil-a-luz-da-convencao-das-nacoes-unidas-sobre-o-direito-do-marhttps://epbr.com.br/a-plataforma-continental-estendida-externa-juridica-ou-legal-do-brasil-a-luz-da-convencao-das-nacoes-unidas-sobre-o-direito-do-mar
https://epbr.com.br/a-plataforma-continental-estendida-externa-juridica-ou-legal-do-brasil-a-luz-da-convencao-das-nacoes-unidas-sobre-o-direito-do-mar
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27 
 
 
d) Tribunal Internacional do Direito do Mar 
჻ Criado em 1982 e iniciou atividades em 1996 
჻ Estatuto do Tribunal Internacional do Direito do Mar (Anexo VI da 
Convenção Montego Bay) 
჻ Sede Hamburgo – Alemanha 
჻ 168 Estados partes 
჻ Competência: examinar todas as controvérsias e pedidos relativos às 
normas do tratado em apreço ou de qualquer outro ato internacional 
que se refira a matéria de Direito do Mar (arts. 21 e 22 do Anexo VI da 
Convenção) 
჻ Composto por 21 juízes eleitos pela Assembleia dos Estados, mandato 
de 9 anos, eleições a cada 3 anos 
჻ Escolha do procedimento (art. 287): TIDM, CIJ ou tribunal arbitral. 
჻ Decisões definitivas e obrigatórias. 
჻ https://www.itlos.org/en/top/home 
 
→ A prisão da ativista brasileira 
 A bióloga Ana Paula Maciel, 
integrante do Greenpeace, participou 
em 2013 de uma ação de ambientalistas 
que tentaram escalar uma plataforma 
https://www.itlos.org/en/top/home
 
 
28 
 
 
de petróleo da Gazprom, maior empresa de energia da Rússia. O barco em 
que estava foi parado pela guarda costeira daquele país e rebocado. 
Ao todo, 30 pessoas, entre as quais Maciel, foram presas sob 
acusação de “pirataria em grupo organizado”, crime com pena de até 15 
anos de prisão. 
Como o navio usado pelos ativistas era de bandeira holandesa, a 
Holanda decidiu recorrer ao tribunal internacional pedindo a liberação dos 
presos, de 16 nacionalidades diferentes. Alegando que a detenção dos 
tripulantes deveria ser submetida à sua autorização, o país considerou a 
decisão da Rússia ilegal. Já os russos resolveram boicotar as audiências 
conduzidas durante o julgamento do caso. 
A brasileira foi libertada após quase cem dias de prisão, mediante 
fiança, como decidido no tribunal. 
 
→ Nigéria x Suíça 
A Nigéria obteve uma importante vitória perante o Tribunal Internacional 
do Direito do Mar (ITLOS, International Tribunal for the Law of the Sea), em uma 
decisão proferida em 6 de julho de 2019, em um processo movido contra o 
estado africano pela Suíça. 
O despacho do Tribunal sobre Medidas Provisórias, no caso M/T "San 
Padre Pio" (Suíça contra Nigéria), confirmou o direito da Nigéria de prender e 
 
 
29 
 
 
deter um petroleiro de bandeira suíça, sua tripulação e carga por violar as 
leis da Nigéria ao participar em transferências de óleo combustível de navio 
a navio para o uso em atividades de produção de hidrocarbonetos em águas 
nigerianas (Golfo da Guiné), sem as autorizações e permissões necessárias. 
Em seu despacho, o tribunal rejeitou o pedido da Suíça para que os 
processos fossem suspensos. O tribunal também condicionou a liberação do 
navio e dos réus ao pagamento de uma fiança no valor de US$ 14 milhões e às 
garantias inequívocas da Suíça, na forma de um compromisso obrigatório nos 
termos do direito internacional, de que retornariam à Nigéria para enfrentar um 
processo criminal, caso a Nigéria prevalecesse no processo arbitral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
6. Alto-mar: todas as partes do mar não incluídas na zona econômica 
exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas 
águas arquipelágicas de um Estado arquipélago (art. 86 a 115). 
჻ Inicia a partir da ZEE e compreende a superfície, a coluna d´água e o 
espaço aéreo sobrejacente (CUIDADO: não incluído leito e subsolo). 
჻ Natureza jurídica: res communis = zona pertencente a todos os Estados 
de forma conjunta e simultânea, mesmos direitos, sem apropriações 
individuais. 
჻ Art. 87, I – 1. O alto mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros 
quer sem litoral. A liberdade do alto mar é exercida nas condições 
estabelecidas na presente Convenção e nas demais normas de direito 
internacional. 
჻ Art. 89 – Nenhum Estado pode legitimamente pretender submeter 
qualquer parte do alto mar à sua soberania. OBS: Estados só tem 
jurisdição nas embarcações que ostentam seu pavilhão. 
 
→ Princípios que regem o alto-mar 
Liberdade de uso (art. 87): 
a) liberdade de navegação: destinada a qualquer Estado soberano, 
reconhecido internacionalmente, com ou sem litoral + Navios sem 
nacionalidade de OI. 
 
 
31 
 
 
b) liberdade de sobrevoo: navegação aérea livre, sem restrições, assim como 
para a ZEE e Zona Contígua. Convenção sobre a Aviação Civil Internacional 
- Chicago (1944). Pirataria também pode ser cometida por ou contra 
aeronaves (art. 101). 
c) liberdade de colocar cabos ou dutos submarinos: traçado dos cabos ou 
dutos sob consentimento do Estado costeiro + restrição dos Estados 
costeiros para prevenção da poluição e interferência na exploração de 
recursos naturais. 
d) liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações: Estado que 
instala não tem soberania, mas direitos exclusivos de jurisdição (direito 
interno) sobre tais ilhas ou estruturas. 
e) liberdade de investigação científica marinha: na coluna d’água, com base 
em 3 princípios: a) utilização pacífica do meio marinho; b) liberdade da 
investigação científica (qualquer Estado ou OI); c) cooperação e difusão dos 
resultados. 
Igualdade de uso: livre uso conforme interesses e possibilidades dos Estados – 
Ex: art. 90: Todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral, tem o direito de 
fazer navegar no alto mar navios que arvorem a sua bandeira. 
Uso pacífico (art. 88: O alto mar será utilizado para fins pacíficos – Exceção: 
tráfego de navios de guerra). 
 
 
32 
 
 
Preservação do meio ambiente: proteção e conservação do meio marinho – 
regime geral de proteção ao meio ambiente, em especial, da gestão dos recursos 
vivos (pesca). 
 
→ ALOCAÇÃO DE CABOS E DUTOS SUBMARINOS EM ALTO-MAR 
 
 
7. Zonas Polares: são o Ártico (oceano coberto de gelo regulado por normas 
internacionais da navegação marítima) - e a Antártida (continente coberto 
de gelo, regulado pelo Tratado da Antártida – Dec. 75.963/75). 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 Tratado da Antártida 
ARTIGO I 
1. A Antártida será utilizada somente para fins pacíficos. Serão proibidas, inter 
alia, quaisquer medidas de natureza militar, tais como o estabelecimento 
de bases e fortificações, a realização de manobras militares, assim como as 
experiências com quaisquer tipos de armas. (inter alia = entre outras coisas) 
2. presente Tratado não impedirá a utilização de pessoal ou equipamento 
militar para pesquisa científica na Antártida e de colaboração para este fim, 
conforme exercida durante o Ano Geofísico Internacional. 
 
 
34 
 
 
ARTIGO II 
Persistirá, sujeita às disposições do presente Tratado, a liberdade de 
pesquisa científica na Antártida e de colaboração para este fim, conforme 
exercida durante o Ano Geofísico Internacional. 
ARTIGO V 
1. Ficam proibidas as explosões nucleares na Antártida, bem como o 
lançamento ali de lixo ou resíduos radioativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rios Internacionais: são os 
que banham mais de um 
Estado. Podem ser 
sucessivos e/ou contíguos 
(limítrofes ou fronteiriços). 
O regime jurídico é “direito 
casuístico”, segundo Resek. 
Ex: Tratado da Bacia do 
Prata, de 1969 (Dec. 
67.084/70) e Tratado de 
Cooperação Amazônica, de 
1978 (Dec. 85.050/80). 
 
 
35 
 
 
→ “Guerra das Papeleiras” 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Tribunal Internacional de Haia emitiu o seu veredito em 2010 sobre a 
“guerra das papeleiras” travada entre Uruguai e Argentina, desde 2004, quando o 
governo uruguaioautorizou a instalação de uma fábrica de celulose e de papel 
da Botnia, hoje UPM, às margens do rio Uruguai, junto à cidade de Fray Bentos. 
O conflito começou com as manifestações dos argentinos do outro lado do rio, 
na cidade de Gualeguaychú. O tribunal decidiu que o Uruguai errou ao tomar a 
decisão unilateral de instalação da planta, pois com isto violou o tratado assinado 
 
 
36 
 
 
entre os dois países, em 1975, o qual estabelecia consultas recíprocas sobre 
qualquer projeto no rio Uruguai. Fato que não foi considerado suficiente para 
mandar parar a fábrica, como queriam os argentinos, tendo em vista que a mesma 
não está poluindo. Decidiu que a fábrica segue funcionando, porém, com suas 
ações sendo monitoradas pelos dois países, de acordo pelo estabelecido pelo 
tratado de 1975. 
A planta foi um investimento de 1,6 bilhão de dólares, o maior da história do 
Uruguai. Nesses pouco mais de dois anos de funcionamento, proporcionou um 
crescimento do PIB uruguaio de 11% ao ano. 
Caso: https://direitosp.fgv.br/casoteca/caso-papeleras 
 
 
 Nacionalidade dos Navios 
Art. 91 - Todo estado deve estabelecer os requisitos necessários para a atribuição 
da sua nacionalidade a navios, para o registro de navios no seu território e para 
o direito de arvorar a sua bandeira. Os navios possuem a nacionalidade do Estado 
cuja bandeira estejam autorizados a arvorar. Deve existir um vínculo substancial 
entre o Estado e o navio. 
 
 
https://direitosp.fgv.br/casoteca/caso-papeleras
 
 
37 
 
 
Art. 92 
1. Os navios devem navegar sob a bandeira de um só Estado e, salvo nos 
casos excepcionais previstos expressamente em tratados internacionais ou 
na presente Convenção, devem submeter-se, no alto mar, à jurisdição 
exclusiva desse Estado. Durante uma viagem ou em porto de escala, um 
navio não pode mudar de bandeira, a não ser no caso de transferência 
efetiva da propriedade ou de mudança de registro. 
2. Um navio que navegue sob a bandeira de dois ou mais Estados, utilizando-
as segundo as suas conveniências, não pode reivindicar qualquer dessas 
nacionalidades perante um terceiro Estado e pode ser considerado como 
um navio sem nacionalidade. 
 
 
 Direito de Acesso ao Mar 
ARTIGO 125 Direito de acesso ao mar e a partir do mar e liberdade de trânsito 
1. Os Estados sem litoral têm o direito de acesso ao mar e a partir do mar 
para exercerem os direitos conferidos na presente Convenção, incluindo os 
relativos à liberdade do alto mar e ao patrimônio comum da humanidade. 
Para tal fim, os Estados sem litoral gozam de liberdade de trânsito através 
do território dos Estados de trânsito por todos os meios de transporte. 
 
 
38 
 
 
2. Os termos e condições para o exercício da liberdade de trânsito devem ser 
acordados entre os Estado sem litoral e os Estado de trânsito interessados 
por meio de acordos bilaterais, sub-regionais ou regionais. 
3. Os Estados de trânsito, no exercício da sua plena soberania sobre o seu 
território, têm o direito de tomar todas as medidas necessárias para 
assegurar que os direitos e facilidades conferidos na presente Parte aos 
Estados sem litoral não prejudiquem de forma alguma os seus legítimos 
interesses. 
 
 
→ Caso Bolívia x Chile 
჻ Guerra do Pacífico entre Chile, Peru e Bolívia 
჻ Tratado de Paz de 1904 
჻ 24/04/2013 Reclamação à CIJ 
჻ Em 2015, o tribunal aceitou o caso por considerar que a questão não estava 
clara nos acordos em vigor. 
჻ Em março de 2018, foram apresentadas as declarações finais dos dois 
países. 
჻ Em 1º de outubro de 2018, por 12 votos a 3, a CIJ decidiu que nenhum 
dos tratados entre os dois países obriga o Chile a negociar um novo acordo. 
"A República do Chile não está obrigada juridicamente a negociar um 
 
 
39 
 
 
acesso soberano ao Oceano Pacífico para o Estado Plurinacional de Bolívia", 
disse a sentença. A corte instou as duas partes a "continuar seu diálogo" 
em um "espírito de boa vizinhança", a fim de tratar do "enclausuramento 
da Bolívia". 
 
 ANTES DEPOIS DE 1904 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 ESPAÇO AÉREO 
• Principais normativos do Direito Internacional da Navegação Aérea 
჻ Convenção de Paris de 1919 – Estado exerce soberania plena sobre seu 
espaço atmosférico acima de seu território, sem prejuízo do direito de 
passagem inofensiva ou inocente de aeronaves de outros Estados. 
჻ Convenção para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte 
Aéreo Internacional (Convenção de Varsóvia), de 1929 (Dec. 
20.704/1931) 
჻ Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Convenção de Chicago), 
de 1944 (Dec. 21.713/1946) 
჻ Assembleia-Geral da ONU (1963): Declaração de Princípios Legais 
Regulamentando as Atividades na Exploração e Uso do Espaço Exterior. 
჻ Convenção para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte 
Aéreo Internacional (Convenção de Montreal), de 1999 (Dec. 5.910/2006) 
჻ Código Brasileiro de Aeronáutica endossa que “O Direito Aeronáutico é 
regulado pelos Tratados, Convenções e Atos Internacionais de que o 
Brasil seja parte, por este Código e pela legislação complementar”. 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 Convenção de Chicago 
1. Limites: art. 1º Os Estados contratantes reconhecem ter cada Estado a 
soberania exclusiva e absoluta sobre o espaço aéreo sobre seu território 
(extensão terrestre e as águas territoriais adjacentes). 
Território + mar territorial 
2. Aplicabilidade / Imunidade: 
a) Esta Convenção será aplicável unicamente a aeronaves civis, e não 
a aeronaves de propriedades do Governo (serviços militares, 
alfandegários ou policiais – IMUNES à jurisdição local, sujeito à 
juridição do Estado da nacionalidade da aeronave). 
b) Nenhuma aeronave governamental pertencente a um estado 
contratante poderá voar sobre o território de outro Estado, ou 
aterrisar no mesmo sem autorização outorgada por acordo especial 
ou de outro modo e de conformidade com as condições nele 
estipuladas. 
c) Os Estados contratantes, quando estabelecerem regulamentos para 
aeronaves governamentais se comprometem a tomar em devida 
consideração a segurança da navegação das aeronaves civis. 
3. Nacionalidade de aeronaves: art. 17 - As aeronaves terão a nacionalidade 
do Estado em que estejam registradas (uma única nacionalidade/registro). 
 
 
42 
 
 
4. Liberdades: de sobrevoo, fazer escalas, embarcar, desembarcar e de 
embarcar passageiros. 
 
 
 Jurisdição Penal Brasileira 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras 
de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território 
nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente 
ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de 
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-
se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
II - os crimes: 
 
 
43 
 
 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam 
julgados. 
 
 
→ CONDIÇÃO JURÍDICA DAS AERONAVES (resumo) 
a) Aeronaves públicas brasileiras: aplica-se a lei brasileira independente do 
local onde se encontrem; 
b) Aeronaves públicas estrangeiras: aplica-se a lei do seu Estado de origem, 
ainda que se encontrem no Brasil; 
c) Aeronaves privadas brasileiras: aplica-sea lei brasileira se estiverem em 
território nacional ou em sobrevoo em alto-mar ou a lei estrangeira se em 
sobrevoo sob o território de Estado estrangeiro ou em solo estrangeiro 
(território + mar territorial); 
d) Aeronaves privadas estrangeiras: aplica-se a lei brasileira quando em 
território nacional (solo, aeroportos, sobrevoo, inclusive sob o mar 
territorial) e a lei estrangeira quando em voo ou solo de Estado estrangeiro. 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 ICAO – International Civil Aviation Organization 
• Criada pela Convenção de Chicago, em 1944, com 192 países-membros 
 Art 43 - Esta Convenção estabelece uma organização que se 
denominará Organização Internacional de Aviação Civil (OACI), e 
será composta de uma Assembleia, de um Conselho e dos demais 
órgãos julgados necessários. 
• Sediada em Montreal/Canadá 
• Organização com personalidade jurídica própria (art. 47) 
• Objetivos: art. 44 – encarregada da aplicação das normas internacionais 
relativas à aviação civil e uniformização das regras nacionais sobre aviação 
e do aprimoramento da regulamentação em matéria aeronáutica. 
• Decisões da Assembleia tomadas por maioria de votos (art. 48/52). 
• Tornou-se uma agência especializada da ONU, ligada ao Conselho 
Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). Desde então, a 
Convenção já foi revisada oito vezes: 
em 1959, 1963, 1969, 1975, 1980, 1997, 2000 e 2006. 
• Os Estados Unidos são depositários da Convenção. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Econ%C3%B4mico_e_Social_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Econ%C3%B4mico_e_Social_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/1959
https://pt.wikipedia.org/wiki/1963
https://pt.wikipedia.org/wiki/1969
https://pt.wikipedia.org/wiki/1975
https://pt.wikipedia.org/wiki/1980
https://pt.wikipedia.org/wiki/1997
https://pt.wikipedia.org/wiki/2000
https://pt.wikipedia.org/wiki/2006
 
 
45 
 
 
 Uniformidade nos Sistemas Interno e Internacional 
ARTIGO 38 - Diferenças entre as normas e processos internacionais 
Se um Estado se vê impossibilitado de cumprir em todos os seus detalhes 
certas normas ou processos internacionais, ou de fazer que seus próprios 
regulamentos e práticas concordem por completo com as normas e 
processos internacionais que tenham sido objeto de emendas, ou se o 
Estado considerar necessário adotar regulamentos e práticas diferentes em 
algum ponto dos estabelecidos por normas internacionais, informará 
imediatamente a Organização Internacional de Aviação Civil das diferenças 
existentes entre suas próprias práticas e as internacionais. Em caso de 
emendas estas últimas o Estado que não fizer estas alterações nos seus 
regulamentos ou práticas deverá informar o Conselho dentro do período 
de 60 dias a contar da data em que for adotada a emenda às normas 
internacionais, ou indicará o que fará a esse respeito. Em tal caso o 
Conselho notificará imediatamente a todos os demais Estados a diferença 
existente entre as normas internacionais e as normas correspondentes no 
Estado em apreço. 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 Anexos à Convenção de Chicago 
• Anexo 1 – Licenças de Pessoal. 
• Anexo 2 – Regras do Ar. 
• Anexo 3 – Serviço Meteorológico para a Navegação Aérea Internacional. 
• Anexo 4 – Cartas Aeronáuticas. 
• Anexo 5 – Unidades de Medida a Serem Usadas nas Operações Aéreas e 
Terrestres. 
• Anexo 6 – Operação de Aeronaves. 
• Anexo 7 – Marcas de Nacionalidade e de Matrícula de Aeronaves. 
• Anexo 8 – Aeronavegabilidade. 
• Anexo 9 – Facilitação. 
• Anexo 10 – Telecomunicações Aeronáuticas. 
• Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo. 
• Anexo 12 – Busca e Salvamento. 
• Anexo 13 – Investigação de Acidentes de Aviação. 
• Anexo 14 – Aeródromos 
• Anexo 15 – Serviços de Informação Aeronáutica. 
• Anexo 16 – Proteção ao Meio Ambiente. 
• Anexo 17 – Segurança: Proteção da Aviação Civil Internacional Contra Atos 
de Interferência Ilícita. 
• Anexo 18 – Transporte de Mercadorias Perigosas. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3dromo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_de_Informa%C3%A7%C3%A3o_Aeron%C3%A1utica
 
 
47 
 
 
• Anexo 19 – Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional. 
 
 Segurança da Aviação 
• Convenção Relativa às Infrações e a Certos Outros Atos Cometidos a Bordo 
de Aeronaves, de 1963 (Convenção de Tóquio – Dec. 66.520/1970) 
• Convenção para a Repressão ao Apoderamento Ilícito de Aeronaves 
(Convenção de Haia – Dec. 70.201/1972) 
• Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos Contra a Segurança da Aviação 
Civil (Convenção de Montreal –dec. 72.383/1973) 
• Protocolo Relativo a uma Emenda à Convenção sobre Aviação Civil 
Internacional (Dec. 3.032/99) 
 
 
 Convenção de Varsóvia e Convenção de Montreal 
• Convenção de Montreal Unifica Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo 
Internacional modernizando e refundando a Convenção de Varsóvia e os 
instrumentos conexos. 
• Visa assegurar a proteção dos interesses dos usuários do transporte aéreo 
internacional e a necessidade de uma indenização equitativa, fundada no 
princípio da restituição, bem como uma maior harmonização e codificação 
de certas regras que regulam o transporte aéreo internacional. 
 
 
48 
 
 
• Aplica-se a todo transporte internacional de pessoas, bagagem ou carga, 
efetuado em aeronaves, mediante remuneração. Aplica-se igualmente ao 
transporte gratuito efetuado em aeronaves, por uma empresa de 
transporte aéreo (art. 1º). 
 
 
 Indenização por Morte e Lesões dos Passageiros 
Art. 17, 1. O transportador é responsável pelo dano causado em caso de morte 
ou de lesão corporal de um passageiro, desde que o acidente que causou a morte 
ou a lesão haja ocorrido a bordo da aeronave ou durante quaisquer operações 
de embarque ou desembarque. 
Art. 21, 1. O transportador não poderá excluir nem limitar sua responsabilidade, 
com relação aos danos previstos no número 1 do Artigo 17, que não exceda de 
100.000 Direitos Especiais de Saque por passageiro. 
2. O transportador não será responsável pelos danos previstos no número 1 do 
Artigo17, na medida em que exceda de 100.000 Direitos Especiais de Saque por 
passageiro, se prova que: 
a) o dano não se deveu a negligência ou a outra ação ou omissão do 
transportador ou de seus prepostos; ou 
b) o dano se deveu unicamente a negligência ou a outra ação ou omissão 
indevida de um terceiro. 
 
 
49 
 
 
 Indenização por atraso, extravio ou perda 
Art. 17, 2. O transportador é responsável pelo dano causado em caso de 
destruição, perda ou avaria da bagagem registrada, no caso em que a destruição, 
perda ou avaria haja ocorrido a bordo da aeronave ou durante qualquer período 
em que a bagagem registrada se encontre sob a custódia do transportador. Não 
obstante, o transportador não será responsável na medida em que o dano se 
deva à natureza, a um defeito ou a um vício próprio da bagagem. No caso da 
bagagem não registrada, incluindo os objetos pessoais, o transportador é 
responsável, se o dano se deve a sua culpa ou a de seus prepostos. 
Art. 22, 1. Em caso de dano causado por atraso no transporte de pessoas, como 
se especifica no Artigo 19, a responsabilidade do transportador se limita a 4.150 
Direitos Especiais de Saque por passageiro. 
2. No transporte de bagagem, a responsabilidade do transportador em caso de 
destruição, perda, avaria ou atraso se limita a 1.000 Direitos Especiais de Saque 
por passageiro, a menos que o passageiro haja feito ao transportador, ao 
entregar-lhe a bagagem registrada, uma declaração especial de valor da entrega 
desta no lugar de destino, e tenha pago uma quantia suplementar, se for cabível. 
Neste caso, o transportador estará obrigado a pagar uma soma que não excederá 
o valor declarado, a menos que prove que este valor é superior ao valor real da 
entrega no lugar de destino. 
 
 
 
50 
 
 
→ Convenções xCDC 
• Leading case: RE 636.331, Rel. Min. Gilmar Mendes 
• Tema 210: “Limitação de Indenizações por danos decorrentes de extravio 
de bagagem com fundamento na Convenção de Varsóvia”. 
O Tribunal, apreciando o tema 210 da repercussão geral, por maioria e nos 
termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Marco Aurélio e Celso de 
Mello, deu provimento ao recurso extraordinário, para reduzir o valor da 
condenação por danos materiais, limitando-o ao patamar estabelecido no 
art. 22 da Convenção de Varsóvia, com as modificações efetuadas pelos 
acordos internacionais posteriores. Em seguida, o Tribunal fixou a seguinte 
tese: "Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e 
os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das 
transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de 
Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do 
Consumidor", vencido o Ministro Marco Aurélio. Não votou o Ministro 
Alexandre de Moraes, por suceder o Ministro Teori Zavascki, que votara em 
assentada anterior. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 
25.5.2017. 
 
 
 
 
 
51 
 
 
→ DANOS MORAIS – CDC 
(...) 2. O STF, no julgamento do RE nº 636.331/RJ, com repercussão geral 
reconhecida, fixou a seguinte tese jurídica: Nos termos do artigo 178 da 
Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da 
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as 
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de 
Defesa do Consumidor. 
3. Referido entendimento tem aplicação apenas aos pedidos de reparação por 
danos materiais. 4. As indenizações por danos morais decorrentes de extravio 
de bagagem e de atraso de voo não estão submetidas à tarifação prevista na 
Convenção de Montreal, devendo-se observar, nesses casos, a efetiva 
reparação do consumidor preceituada pelo CDC. 5. Recurso especial não 
provido. (REsp 1842066/RS, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 09/06/2020, DJe 15/06/2020) 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO DO 
CONSUMIDOR. EXTRAVIO DE BAGAGEM. DANOS MORAIS. INAPLICABILIDADE 
DAS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE VARSÓVIA E DE MONTREAL. TEMA 
210. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. (RE 1203826 AgR, 
Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 22/06/2020, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 25-06-2020 PUBLIC 26-06-2020) 
 
 
 
52 
 
 
→ QUESTÃO 98 – TRF5 (2014 – XII) À luz da Convenção de Aviação Civil 
Internacional, assinale a opção correta no que se diz respeito à navegação 
aérea. 
a) Para efeito de delimitação do espaço aéreo, considera-se território do 
Estado sua zona contígua. 
b) A convenção em apreço aplica-se a aeronaves civis e, excepcionalmente, 
a aeronaves de propriedade do governo usadas para fins alfandegários. 
c) No caso de a aeronave de um Estado sofrer acidente em território de 
outro Estado, ocasionando a morte de passageiros, ao Estado de registro 
será oferecido designar observadores para assistirem às investigações. 
d) Admite-se o registro duplo para aeronaves comerciais que façam rotas 
internacionais periódicas entre dois Estados. 
e) As aeronaves terão a mesma nacionalidade da pessoa física ou jurídica 
que as tiver registrado. 
 
 
 ESPAÇO EXTRA-ATMOSFÉRICO 
Regido pelo Direito Internacional do Espaço Exterior, Direito 
Interplanetário, Direito Cósmico, Direito Supra-Atmosférico ou Direito 
Aeronáutico, cuja principal norma é o Tratado sobre os Princípios Reguladores 
 
 
53 
 
 
das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive 
a Lua e Demais Corpos Celestes, de 1967 (Dec. 64.362/69) 
É um direito estritamente convencional e começou a forjar-se com dois 
acontecimentos importantes: a colocação em órbita do primeiro satélite artificial 
– sputinik – pela União Soviética (4/10/57) e o primeiro pouso de uma nave 
terrestre tripulada – por astronautas norte-americanos – na Lua (20/07/69). 
O espaço extra-atmosférico e os corpos celestes são de acesso livre, 
insuscetíveis de apropriação ou anexação por qualquer Estado, e sua 
investigação e exploração devem fazer-se em benefício coletivo, com acesso 
geral às informações que a propósito se recolham. Comprometem-se os Estados 
à abstenção de todo ato lesivo às iniciativas alheias nesse terreno, à ajuda mútua 
na proteção de astronautas em dificuldade, e à tomada de medidas cautelares 
contra riscos de contaminação. Fica estabelecido que incursões espaço exterior 
são prerrogativas dos Estados soberanos – ou de entidades não governamentais 
expressamente autorizadas por um Estado, e sob sua responsabilidade. A 
migração espacial e as casualidades do retorno não alteram a propriedade dos 
engenhos, que permanecem no domínio do Estado que os tenha produzido e 
lançado em órbita (Resek). 
 
 
→ 
→ 
 
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
→ QUESTÃO 96 TRF1 – 2015 (XVI CONCURSO) No que se refere à regulação 
internacional do espaço aéreo e do espaço extra-atmosférico, assinale a 
opção correta. 
a) Os Estados que desenvolvam atividade no espaço cósmico têm o dever de 
informar o secretário-geral da ONU sobre a natureza dessas atividades. 
 Errado: art. 2º, item 1 do Dec. 5.806/06 - Convenção Relativa ao Registro de 
Objetos Lançados no Espaço Cósmico – 1. Quando um objeto espacial é lançado 
em órbita em torno da Terra ou mais além, o Estado lançador deverá inscrevê-lo 
num registro adequado que ele próprio manterá. Cada Estado lançador informará 
o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas da criação deste registro. 
b) Em caso de sequestro de aeronave, é autorizado ao comandante exigir a ajuda 
de qualquer passageiro, a fim de tomar medidas coercitivas contra o indivíduo 
que cometer esse ilícito. 
 
 
55 
 
 
 Errado: art. 9º do Dec. 70.201/72 - Quando qualquer dos atos mencionados no 
artigo 1º, a , tiver ocorrido ou estiver para ocorrer, os Estados contratantes 
tomarão todas as medidas adequadas para o restabelecimento do controle da 
aeronave pelo seu comandante legal ou para preservar o seu controle sobre a 
aeronave. 
c) O TPI é a corte competente para exercer a jurisdição em casos de sequestro de 
aeronaves, salvo se o Estado de matrícula da aeronave se dispuser a processar o 
acusado. 
 Errado: art. 2 e 4 do Dec. 70.201/72 – Conversão para Repressão ao 
Apoderamento Ilítico de Aeronaves – 2 - Cada Estado contratante obriga-se a 
tornar o crime punível com severas penas; art. 4 item 3. A presente Convenção não 
exclui qualquer jurisdição criminal exercida nos termos da lei nacional. 
d) A exploração e o uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e dos demais corpos 
celestes, se fundamenta nos princípios da cooperação, da assistência mútua e da 
efetividade. 
=> Errado: art. 3º do Dec. 64.362/69 - com a finalidade de manter a paz e a 
segurança internacional e de favorecer a cooperação e a compreensão internacionais. 
e) A Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por 
Objetos Espaciais dispensa o esgotamento prévio de recursos internos em caso 
de pedido de indenização ao Estado lançador. 
=> Correto: art. 11, item 1 do Dec. 71.981/73 - Para a apresentação de um pedido de 
indenização a um Estado lançador por dano com o amparo desta Convenção, não será 
 
 
56 
 
 
necessário que se esgotem previamente os recursos locais que possam estar à 
disposição de um Estado demandante, ou de pessoa física ou jurídica que o Estado 
represente. 
 
 
 Questões Objetivas do Ponto 6 do Edital 
PONTO TRF / Ano da Prova / no questão 
6. Domínio público internacional. Mar. 
Águas interiores. Mar territorial. Zona 
contígua. Zona econômica. Plataforma 
continental. Alto-mar. Rios internacionais. 
Domínio público internacional. Espaço 
aéreo. Princípios elementares. Normas 
convencionais. Nacionalidade das 
aeronaves.Espaço extra-atmosférico. 
TRF5 (2014): 98 
TRF 1 (2015): 96, 97 
TRF 3 (2016): 94 
Subtotal: 4 = 4,88% 
TRF5 (2011): 99 
TRF1 (2011): 95 
TRF2 (2011): 95 
TRF3 (2011): 92 
TRF2 (2012):97 
TRF1 (2013):98 
TRF5 (2013) 98 
Item II da Q94 e III da QQ97– TRF4(2012) 
Assertiva “b” da Q7 – TRF4 (2016) 
Q77 – TRF3 (2016) 
Assertiva “a” da Q18 – TRF3(2011) 
Assertiva “d” da Q24 – TRF1(2013) 
 
 
57 
 
 
 Resumo Ponto 6 
• DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL 
჻ Introdução 
• DIREITO DO MAR, DOS RIOS E DAS ÁGUAS INTERIORES 
჻ Principais normativos 
჻ Conceitos: 
 Linha de Base 
 Mar Territorial 
 Zona Contígua 
 Zona Econômica Exclusiva 
 Plataforma Continental 
 Bordo Externo ou Fundos Marinhos 
 Águas Interiores 
 Rios Internacionais 
 Alto-mar 
 Zonas Polares 
჻ Direito de Passagem Inocente 
჻ Nacionalidade dos navios 
჻ Jurisdição Penal, Civil e Imunidade 
჻ Direito de Perseguição 
჻ Direito de Acesso ao Mar 
 
 
58 
 
 
჻ Tribunal Internacional do Mar 
• DIREITO AÉREO 
჻ Principais normativos 
჻ Convenção de Chicago 
჻ ICAO 
჻ Normas sobre Segurança da Aviação 
჻ Jurisdição Penal Brasileira 
჻ Convenção de Varsóvia e de Montreal 
჻ Prevalência das Convenções ao CDC 
• ESPAÇO EXTRA-ATMOSFÉRICO 
 
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Boa sorte e bons estudos!

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