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ETAPA 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PLANTAS MEDICINAIS Nesta apresentação serão abordados aspectos introdutórios importantes para a compreensão do estudo de plantas medicinais e fitoterápicos, estudo este que será complementado em outras etapas. Você conhecerá um breve percurso do uso de plantas medicinais na história do ocidente; as estratégias da Organização Mundial da Saúde (OMS) para implementação da medicina tradicional e medicina complementar/alternativa (MT/MCA) para os Estados-membros; a implantação das políticas públicas no Brasil sobre Práticas Integrativas e Plantas Medicinais e Fitoterápicos; bem como os principais conceitos e termos técnicos utilizados para a introdução ao estudo de fitoterápicos e plantas medicinais. APRESENTAÇÃO ETAPA 1 Observe a linha do tempo a seguir que retrata uma breve história da terapêutica ocidental e o retorno ao uso de plantas medicinais. ETAPA 1 PARA COMEÇAR: “EU TENHO UMA DOR DE OUVIDO..." Sobre a linha do tempo do desenvolvimento de políticas de plantas medicinais e fitoterápicos no Infográfico da Etapa1. Conforme a linha do tempo, percebe-se um retorno ao uso de plantas medicinais no tratamento de enfermidades, na história do ocidente. De acordo com a OMS (2011), de 70% a 90% da população nos países em desenvolvimento depende das plantas medicinais no que se refere à Atenção Primária à Saúde. ETAPA 1 PARA COMEÇAR: “EU TENHO UMA DOR DE OUVIDO..." Há um reconhecimento dos saberes populares e tradicionais relacionados ao cuidado com a saúde pela incorporação das práticas integrativas e complementares orientada pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde no Brasil. ETAPA 1 PARA COMEÇAR: “EU TENHO UMA DOR DE OUVIDO..." Sobre o desenvolvimento das práticas integrativas e complementares no SUS no texto-base da Etapa1. Imagem 01 Hipócrates [1] ETAPA 1 SISTEMAS TERAPÊUTICOS PRESSUPOSTOS HIPOCRÁTICOS Os sistemas terapêuticos e medicamentos correspondentes – segundo Hipócrates Sistema Terapia Medicamento Matéria-prima Homeopatia Homeoterapia Homeoterápico Vegetal, animal e mineral Alopatia Inorgânica Quimioterapia Quimioterápico Inorgânica natural e sintética Alopatia Quimioterapia Orgânica Quimioterapia Quimioterápico Orgânica sintética e natural Alopatia Opoterapia Opoterápicos Opoterápico Animal e derivados deles obtidos Alopatia Fitoterapia Fitoterapia Fitoterápico Vegetal, drogas e preparados deles obtidos ETAPA 1 O que é a FITOTERAPIA? Fitoterapia é um ramo da terapêutica alopata que utiliza plantas medicinais, drogas vegetais e preparados delas obtidos, para o tratamento de enfermidades. ETAPA 1 AS PLANTAS MEDICINAIS E A FITOTERAPIA Observações importantes sobre a Fitoterapia: A adoção da Fitoterapia não implica, necessariamente, no abandono de outras práticas de cuidado. Nesse sentido, as plantas medicinais, os produtos biológicos e os produtos sintéticos podem ser utilizados de forma complementar. No estágio atual da farmacoterapia, não cabe substituir, pelas plantas medicinais, os medicamentos eficientes de que se dispõe para o tratamento de muitas doenças. AS PLANTAS MEDICINAIS E A FITOTERAPIA ETAPA 1 É na China e no Egito que surgem as mais antigas obras sobre medicina e plantas medicinais. No livro de Pen T’Sao-Ching (2700 a.C.), nos Papiros (1500 a.C.), bem como na Bíblia escrita pelos hebreus, encontram-se milhares de citações sobre o emprego de plantas medicinais e preparações à base de produtos do reino vegetal. ETAPA 1 HISTÓRIA DA FITOTERAPIA E USO DE PLANTAS MEDICINAIS Hipócrates (460-361 a.C.) catalogou e empregou centenas de drogas de origem vegetal. Teofrasto (225 a.C.) e Dioscórides (20 d.C.), que por mais de 1.500 anos influenciaram a Farmácia, foram autores de vários e valiosos volumes sobre vegetais usados na cura de enfermidades. HISTÓRIA DA FITOTERAPIA E USO DE PLANTAS MEDICINAIS Sobre a história da Fitoterapia e uso de plantas medicinais no texto-base da Etapa1. ETAPA 1 No Brasil, nos séculos da colonização, a utilização de plantas medicinais para o tratamento dos agravos da saúde era de domínio dos indígenas, reais detentores desse conhecimento tradicional. Os medicamentos de origem sintética eram importados, principalmente da Europa. Muito tempo foi necessário para que as plantas medicinais usadas no Brasil fossem conhecidas no mundo. HISTÓRIA DA FITOTERAPIA E USO DE PLANTAS MEDICINAIS ETAPA 1 Em 1979, em atendimento às orientações da Declaração da Conferência de Alma-Ata, Rússia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Programa de Medicina Tradicional, segundo o qual o uso integrado da medicina tradicional e de plantas medicinais passaria a ser objeto de implantação de políticas públicas, visando à introdução dessas práticas na atenção primária à saúde. Para a OMS, a introdução da Fitoterapia no sistema de saúde amplia e melhora a assistência, tendo em vista o amplo uso de plantas medicinais pela população mundial. Perspectivas da OMS para o emprego de plantas medicinais e fitoterápicos ETAPA 1 Dois documentos publicados pela OMS expressam o seu compromisso em incentivar os Estados-membros na formulação e implementação de políticas públicas e no desenvolvimento de estudos científicos para o uso racional e integrado da medicina tradicional, complementar e alternativa (MT/MCA) nos sistemas nacionais de atenção à saúde, incluindo a Fitoterapia: Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2002-2005 (OMS, 2012). Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2014-2023 (OMS,2014). Perspectivas da OMS para o emprego de plantas medicinais e fitoterápicos Sobre o papel da OMS para o fortalecimento da Fitoterapia nos sistemas de saúde no texto- base e no infográfico da Etapa1. ETAPA 1 A OMS esclarece os seguintes termos utilizados em seus documentos: MEDICINA TRADICIONAL (MT): a MT tem uma longa história. É a soma de todos os conhecimentos, habilidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências indígenas de diferentes culturas, podendo esta ser aplicada ou não, usada para manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças físicas e mentais. Fonte: OMS, 2014, p. 15. ETAPA 1 Perspectivas da OMS para o emprego de plantas medicinais e fitoterápicos MEDICINA COMPLEMENTAR ou ALTERNATIVA (MCA): o termo refere-se a um amplo conhecimento de práticas de cuidados com a saúde que não fazem parte dos sistemas médicos convencionais dos países e não são totalmente incorporadas ao sistema de saúde dominante. Essas práticas são utilizadas invariavelmente, em alguns países, como medicina tradicional. MEDICINA TRADICIONAL E COMPLEMENTAR (MT/MCA): surge dos termos Medicina Tradicional e Medicina Complementar, de acordo com as práticas, produtos e praticantes. ETAPA 1 Fonte: OMS, 2014, p. 15. Perspectivas da OMS para o emprego de plantas medicinais e fitoterápicos Critérios básicos estabelecidos: Político: sempre que possível, integrar a MT/MCA aos sistemas nacionais de saúde, através do desenvolvimento e implementação de políticas e programas sobre medicina tradicional nacionais. Segurança, eficácia e qualidade: promover a segurança, eficácia e qualidade da MT/MCA por meio da expansão da base de conhecimentos e conselhos de regulamentação e garantia de qualidade. Uso racional: promover o uso racional da MT/MCA entre os profissionais e usuários. ETAPA 1 Estratégias para a implementação da MT/MCA nos países membros da OMS Critérios básicos estabelecidos: Acesso: promover a cobertura de saúde universal por meio da integração da MT/MCA à prestação de serviços aos autocuidados de saúde, aproveitando o seu potencial para ajudar a melhorar os serviçose os resultados de saúde, assim como assegurar que os usuários possam tomar decisões e escolhas informadas em relação ao cuidado de sua própria saúde. Estratégias para a implementação da MT/MCA nos países membros da OMS ETAPA 1 Dois pontos fundamentais se destacam dentro das estratégias de implantação da MT/MCA em âmbito mundial que são de suma importância para o nosso estudo: A integração da MT/MCA aos sistemas de saúde em âmbito nacional com o desenvolvimento e implantação de políticas e programas nacionais de MT/MCA. A organização de programas de formação básica em MT/MCA permitindo aquisição de conhecimentos e titulação para o exercício da prática dessas terapêuticas, incluindo a Fitoterapia. ETAPA 1 Estratégias para a implementação da MT/MCA nos países membros da OMS No Brasil, foram criadas resoluções e realizadas Conferências Nacionais de Saúde, a partir da recomendação da Declaração de Alma-Ata, Rússia/OMS 1978, na qual se recomendava a introdução de práticas tradicionais e Fitoterapia no sistema de saúde. Dentre elas, citamos: 8ª Conferência Nacional de Saúde - 1986 - impulsionada pela Reforma Sanitária, deliberou em seu relatório final pela introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares ETAPA 1 Comissão Interministerial de Planejamento (CIPLAN) - 1988 - resoluções nº 4, 5, 6, 7 e 8/ 1988, que fixaram normas e diretrizes para o atendimento em homeopatia, acupuntura, termalismo, técnicas alternativas de saúde mental e Fitoterapia no sistema de saúde. 10ª Conferência Nacional de Saúde - 1996 - aprovou, em seu relatório final, a incorporação ao Sistema Único de Saúde de práticas como a Fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias complementares e práticas populares. ETAPA 1 Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares Em junho de 2003, foi organizado um grupo de trabalho formado por representantes de vários segmentos ligados às práticas complementares, entre as quais a Fitoterapia, para organização do documento da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. O documento foi elaborado por Câmaras Técnicas dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite, no dia 17 de fevereiro de 2005. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares ETAPA 1 Em fevereiro de 2006, o documento final da política foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional de Saúde e consolidou-se a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), publicada na forma das Portarias Ministeriais nº. 971, de 03 de maio de 2006, e nº. 1.600, de 17 de julho de 2006. ETAPA 1 Sobre a implantação da PNPIC no texto-base e no infográfico da Etapa 1 e no texto-base da Etapa 5. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares A PNPIC, aprovada em 2006, veio atender à demanda da OMS e da população brasileira, assim como à necessidade de normatização e harmonização dessas práticas na rede pública de saúde. Essa política traz diretrizes e ações para a inserção de serviços e produtos relacionados à Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia e Plantas Medicinais e Fitoterapia, assim como para observatório de saúde do Termalismo Social e da Medicina Antroposófica (BRASIL, 2012, p.37). Imagem 02 Capa Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares ETAPA 1 Em 17 de fevereiro de 2005, foi constituído, por Decreto Presidencial, o Grupo de Trabalho Interministerial, para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). A implantação de políticas, programas e projetos em plantas medicinais demandaram ações intersetoriais, por parte do governo brasileiro, com representantes de nove Ministérios, dentre eles Saúde; Desenvolvimento Agrário; Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; além de representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Fundação Oswaldo Cruz. ETAPA 1 Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos A PNPMF foi aprovada pelo Decreto Presidencial nº 5.813, de 22 de junho de 2006, com diretrizes e ações para a cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. A política traz como objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional (BRASIL, 2006). Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Imagem 03 Capa ETAPA 1 A PNPMF contempla diretrizes e decisões de caráter geral, as quais orientam legislação, programas, atividades e projetos para o desenvolvimento econômico e social do país. Em conformidade com essas diretrizes, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) traz ações, gestores, órgãos envolvidos, prazos e origem dos recursos, com a abrangência de toda a cadeia produtiva. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Sobre a PNPMF nos textos-base da Etapa 1 e da Etapa 5. ETAPA 1 O Programa foi aprovado pela Portaria Interministerial nº 2960, de 09 de dezembro de 2008. Foi instituído também o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, formado por representantes de órgãos governamentais e não governamentais (BRASIL, 2008). Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Imagem 04 Capa ETAPA 1 “O Programa Nacional é o principal instrumento para orientação dos gestores federais na implantação das diretrizes da política nacional, assim como subsidia o trabalho do Comitê Nacional no monitoramento e avaliação das ações. Cabe ressaltar que, enquanto a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é documento de Estado, o Programa Nacional é instrumento de governo para a implantação das ações, com definição de prazos e responsabilidades, necessitando, portanto, de revisão e atualização a cada gestão do governo federal” (BRASIL, 2012, p. 47). Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos ETAPA 1 Estados brasileiros que possuem política e/ou programa em plantas medicinais e Fitoterapia: Implantação de políticas e programas no Brasil ETAPA 1 Uso de plantas medicinais e da Fitoterapia nos sistemas públicos de saúde: Vantagens: - Baixo risco de intoxicação - Fácil administração - Baixo custo - Fácil disponibilidade - Efeitos colaterais mínimos - Novos mecanismos de ação Desafios: - Complexidade dos princípios ativos - Controle de qualidade nas etapas de produção - O efeito terapêutico costuma ser mais demorado em relação aos ativos sintéticos POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO SUS ETAPA 1 Imagem 05 Spilanthes acmella (SW) Cass. (jambu) [2] Planta medicinal: segundo a OMS é toda e qualquer planta que, quando aplicada sob determinada forma e por alguma via ao homem, é capaz de provocar um efeito farmacológico. Pode ser aplicada diretamente na terapêutica ou processada para obtenção de um fitoterápico (WHO, 1978). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS - CONCEITOS BÁSICOS ETAPA 1 Fitoterápicos ou medicamentos fitoterápicos: são considerados medicamentos fitoterápicos aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias primas ativas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais (ANVISA RDC 26, 2014). ETAPA 1 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS - CONCEITOS BÁSICOS Imagem 06 Comprimidos de Spilanthes acmella [3] Fitoterápico: produtofinal apresenta uma Forma farmacêutica e uma Fórmula farmacêutica. Matéria-prima vegetal: é a planta medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal. Droga vegetal: é a planta medicinal ou suas partes que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta/colheita, estabilização (quando aplicável) e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada (ANVISA RDC 26, 2014). ETAPA 1 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS - CONCEITOS BÁSICOS Preparado fitoterápico intermediário: é o produto vegetal (triturado, pulverizado, rasurado, extrato, tintura, óleo fixo ou volátil, cera, suco, etc.) obtido de plantas frescas e de drogas vegetais (através de operações - extração, purificação, fracionamento e concentração) e utilizado na preparação do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004). Fármaco: denominação empregada a uma substância química, droga, insumo farmacêutico ou matéria prima utilizada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos dos estados patológicos em benefício da pessoa à qual se administra (BRASIL, 2011). ETAPA 1 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS - CONCEITOS BÁSICOS Fitofármaco = Princípio ativo natural (P.A.N.): princípios ativos, as substâncias ou grupo delas, quimicamente caracterizados, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004). ETAPA 1 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS - CONCEITOS BÁSICOS 1 INTERLIGAÇÕES ENTRE TERMOS PRESENTES EM ESTUDOS DE PLANTAS MEDICINAIS ETAPA O território brasileiro possui a flora mais rica do mundo, com 15% a 20% de toda a biodiversidade do planeta, o que o coloca em primeiro lugar entre os 17 países considerados mega diversos por conterem 70% da biodiversidade mundial. O país possui grande incidência de endemismo, com vasta quantidade de espécies endêmicas, sobretudo na região amazônica (entre 25.000 a 30.000), cerrado (cerca de 6.000 plantas) e mata atlântica (cerca de 8.000). ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS Biodiversidade: de acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica de 1992, a biodiversidade é “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte”. Endemismo: comum à Botânica, Biologia e Zoologia, o conceito de endemismo se refere basicamente a grupos taxonômicos que se desenvolveram numa região restrita. O endemismo pode ser causado por quaisquer barreiras físicas, climáticas e biológicas que delimitem com eficácia a distribuição de uma espécie ou provoquem a sua separação do grupo original. Uma espécie é endêmica, portanto, quando é restrita a uma determinada área geográfica. ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS Vários estudos farmacológicos foram realizados evidenciando o potencial terapêutico das plantas presentes no território nacional, embora as angiospermas sejam as mais estudadas em virtude da sua rica composição química, marcada pela presença dos metabólitos secundários. ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS Angiospermas: são plantas que produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto e representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta. Metabólito secundário: o metabolismo primário das plantas representa um conjunto de processos que desempenha funções essenciais ao crescimento, desenvolvimento e reprodução das plantas (fotossíntese, respiração e transporte de solutos). Alguns dos metabólitos primários são as proteínas, lipídeos e carboidratos. Enquanto isso, os metabólitos secundários (alcaloides, taninos, flavonoides, óleos essenciais, entre outros) são compostos orgânicos envolvidos, sobretudo na defesa e fecundação das plantas, estando restritos a certos grupos de plantas e não de forma universal como os metabólitos primários. 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS ETAPA As espécies vegetais estão distribuídas em seis principais biomas: floresta amazônica, caatinga, mata atlântica, cerrado, pantanal- matogrossense e pampa. 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS Sobre os biomas brasileiros no texto-base e em um vídeo de animação da Etapa 2. ETAPA Nesses diversos biomas, encontram-se 242 etnias indígenas e 2.600 comunidades de quilombolas certificadas, onde residem afrodescendentes, além de populações resultantes da miscigenação entre indígenas, negros e europeus (comunidades de caboclos, caiçaras, jangadeiros, sertanejos). Imagem 07 Indígenas Waiãpi - Estado do Amapá [4] ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS As múltiplas possibilidades resultantes desse dueto bioma versus grupo humano conferem a riqueza e a complexidade do conhecimento sobre a flora brasileira e justificam projetos de pesquisa em Etnobotânica e Etnofarmacologia. ETAPA 1 POTENCIAL DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS Sobre Etnobotânica e Etnofarmacologia em um vídeo da Etapa 1. [1] Fonte: http://uncyclopedia.wikia.com/wiki/Hippocrates. [2] Foto de J. C. Tavares. [3] Foto de J. C. Tavares. [4] Foto de J. C. Tavares. ETAPA 1 REFERÊNCIAS DAS IMAGENS BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira. 1. ed. Brasília: Anvisa, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n. 26 de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 14 mai. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos / Cadernos de Atenção Básica; n. 31). ETAPA 1 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios). BRUNING, M. C. R.; MOSEGUI, G. B. G.; VIANNA, C. M. M. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu – Paraná: a visão dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n. 10, p. 2675-2685, Out. 2012. ETAPA 1 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CARVALHO, J. C. T. Fitoterápicos anti-inflamatórios: aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas. São Paulo: Tecmedd, 2004. FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES (MINISTÉRIO DA CULTURA) . Disponível em:<http://www.palmares.gov.br/>. Acesso em: 2 out. 2015. INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA-Povos indígenas no Brasil). Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/quantos-sao/introducao>. Acesso em: 2 out. 2015. MATTA, G. C.; PONTES, A. L. de M. (Orgs.). Políticas de Saúde: organização e operacionalização do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007. Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l25.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2016. ETAPA 1 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2002- 2005. Genebra: OMS, 2002. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/67314/1/WHO_EDM_TRM_2002.1_spa.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2016. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2014- 2023. Genebra: OMS, 2014. Disponível em: <http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s21201es/s21201es.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2016. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meetings on selection and characterization of medicinal plants (vegetable drugs). Document, nº DPM/79.1, 1978. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The world medicines situation 2011 - traditional medicines: global situation, issues and challenges. Geneva: WHO, 2011. ETAPA 1 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ETAPA 1 Estes slides integram os recursos didáticos elaborados para o Curso de Qualificação em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica, concebido, desenvolvido e ofertado pela parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade Federal do Pará. O curso completo pode ser acessado em: www.avasus.ufrn.br CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 Concepção e Desenvolvimento Departamento de Atenção Básica - Ministério da Saúde Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde - Fundação Oswaldo Cruz Assessoria de Educação a Distância - Universidade Federal do Pará CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 Coordenação Geral Daniel Mieli Amado - DAB | MS Joseane Carvalho Costa - VPAAPS | Fiocruz José Miguel Martins Veloso - AEDi | UFPA Coordenação Administrativa Lairton Bueno Martins Paulo Roberto Sousa Rocha Coordenação de Conteúdo Silvana Cappelleti Nagai Coordenação Pedagógica Andrea Cristina Lovato Ribeiro Nilva Lúcia Rech Stedile Coordenação Pedagógica em EaD Maria Ataide Malcher Marianne Kogut Eliasquevici Sônia Nazaré Fernandes Resque Concepção e Avaliação de Recursos Multimídia em EaD Fernanda Chocron Miranda Suzana Cunha Lopes Concepção e Comunicação Visual Rose Pepe Roberto Eliasquevici CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 Consultoria e Produção de Conteúdo Daniel Miele Amado José Carlos Tavares Carvalho Lairton Bueno Martins Paulo Roberto Sousa Rocha Silvana Cappelleti Nagai Revisão de Conteúdo Andrea Cristina Lovato Ribeiro Daniel Miele Amado Joseane Carvalho Costa Lairton Bueno Martins Paulo Roberto Sousa Rocha Silvana Cappelleti Nagai Consultoria e Revisão em EaD Maria Ataide Malcher Marianne Kogut Eliasquevici Sônia Nazaré Fernandes Resque Suzana Cunha Lopes Direção de Arte Acquerello Design Ilustração e Grafismos Andreza Jackson de Vasconcelos Douglas Cavendish Weverton Raiol Gomes de Souza Diagramação e Editoração Eletrônica Andreza Jackson de Vasconcelos Weverton Raiol Gomes de Souza William Teixeira Gonçalves CRÉDITOS DESTE RECURSO DIDÁTICO ETAPA 1 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação Geral de Áreas Técnicas Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 CRÉDITOS DO CURSO FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Presidência Paulo Ernani Gadelha Vieira Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde Valcler Rangel Fernandes Assessoria de Promoção da Saúde Annibal Coelho de Amorim Coordenação Geral Joseane Carvalho Costa ETAPA 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ Reitoria Emmanuel Zagury Tourinho Vice-Reitoria Gilmar Pereira da Silva Pró-Reitoria de Extensão Nelson José de Souza Júnior Assessoria de Educação a Distância José Miguel Martins Veloso Coordenação Administrativa Ivanete Guedes Pampolha Coordenação Pedagógica Marianne Kogut Eliasquevici Coordenação de Meios e Ambientes de Aprendizagem Dionne Cavalcante Monteiro Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Multimídia Maria Ataide Malcher Editora Presidência José Miguel Martins Veloso Diretoria Cristina Lúcia Dias Vaz Conselho Editorial Ana Lygia Almeida Cunha Dionne Cavalcante Monteiro Maria Ataide Malcher CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Edifício Premium, SAF Sul, Quadra 2 Lotes 5/6, Bloco II, Subsolo CEP: 70070-600 – Brasília/DF Fone: (61) 3315-9034/3315-9030 Site: http://dab.saude.gov.br E-mail: pics@saude.gov.br Este conteúdo está disponível em: www.bvsms.saude.gov.br FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde Av. Brasil 4365, Castelo Mourisco, sala 18, Manguinhos CEP: 21040-900 – Rio de Janeiro/RJ Fone: (21) 3885-1838 Site: http://portal.fiocruz.br/pt- br/vpaaps E-mail: vpaaps@fiocruz.br Este conteúdo está disponível em: www.retisfito.org.br UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ Assessoria de Educação a Distância Av. Augusto Corrêa, 01, Guamá CEP: 66075-110 – Belém/PA Fone: (91) 3201-8699/3201-8700 Site: www.aedi.ufpa.br E-mail: labmultimidia.aedi@gmail.com Este conteúdo está disponível em: www.multimidia.ufpa.br DISTRIBUIÇÃO DIGITAL CRÉDITOS DO CURSO ETAPA 1 Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra em qualquer suporte ou formato, desde que citada a fonte. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde [www.bvsms.saude.gov.br]. Todo o material do curso também está disponível na RetisFito [www.retisfito.org.br] e no repositório institucional UFPA Multimídia [www.multimidia.ufpa.br].
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