Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Flávia Licia Mendes de Assis 1 Roteiro 6 AES 10 1-Com o auxílio do livro de anatomia, rever a morfologia do nariz externo e caracterizar a cavidade nasal, identificando: O nariz é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal Funções: ➢ Olfação ➢ Respiração ➢ Filtração de poeira ➢ Umidificação do ar inspirado ➢ Recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais. Parte externa do nariz A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face. Seu esqueleto é principalmente cartilagíneo. O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice do nariz. A face inferior do nariz é perfurada por duas aberturas piriformes (narinas), que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde há vibrissas. As vibrissas geralmente estão úmidos, esses pelos filtram partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal - Composição óssea Esqueleto do nariz O esqueleto de sustentação do nariz é formado por osso e cartilagem hialina. A parte óssea do nariz consiste em: ➢ Ossos nasais ➢ Processos frontais das maxilas ➢ Parte nasal do frontal ➢ Espinha nasal ➢ Partes ósseas do septo nasal. Os principais componentes do septo nasal são a lâmina perpendicular do etmoide, o vômer e a cartilagem do septo. O vômer, um osso fino e plano, forma a parte posteroinferior do septo nasal, com alguma contribuição das cristas nasais da maxila e do palatino. A cartilagem do septo tem uma articulação do tipo macho e fêmea com as margens do septo ósseo. - Composição cartilaginosa do nariz. A parte cartilagínea do nariz é formada por cinco cartilagens principais: ➢ Duas cartilagens laterais (processos laterais das cartilagens do septo) ➢ Duas cartilagens alares ➢ Uma cartilagem do septo. Obs: As cartilagens alares, em forma de U, são livres e móveis. Flávia Licia Mendes de Assis 2 Elas dilatam ou estreitam as narinas quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz. - Zona olfatória Zona respiratória. A cavidade nasal é dividida em cinco passagens: ➢ Um recesso esfenoetmoidal posterossuperior ➢ Três meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) ➢ Um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais. - Caracterizar a nasofaringe. 2-Com o auxílio do livro de anatomia, caracterizar a inervação do nariz e da cavidade nasal, identificando: - Nervo olfatório Função: Sensitivo especial (aferente visceral especial) para o sentido especial do olfato. Os corpos celulares dos neurônios receptores olfatórios estão localizados no órgão olfatório (a parte olfatória da túnica mucosa do nariz ou área olfatória), que está localizado no teto da cavidade nasal e ao longo do septo nasal e parede medial da concha nasal superior. As faces apicais dos neurônios têm cílios olfatórios finos, banhados por uma película de muco aquoso secretado pelas glândulas olfatórias do epitélio. Os cílios olfatórios são estimulados por moléculas de um gás odorífero dissolvido no líquido. Flávia Licia Mendes de Assis 3 As faces basais dos neurônios receptores olfatórios bipolares da cavidade nasal de um lado dão origem a prolongamentos centrais reunidos em aproximadamente 20 filamentos do nervo olfatório, constituindo o nervo olfatório direito ou esquerdo (NC I). Eles atravessam diminutos forames na lâmina cribriforme do etmoide, circundados por bainhas de dura-máter e aracnoide-máter, e entram no bulbo olfatório na fossa anterior do crânio. O bulbo olfatório está em contato com a face inferior ou orbital do lobo frontal do hemisfério cerebral. As fibras do nervo olfatório fazem sinapse com células mitrais no bulbo olfatório. Os axônios desses neurônios secundários formam o trato olfatório. Os bulbos e tratos olfatórios são extensões anteriores do prosencéfalo. Cada trato olfatório divide-se em estrias olfatórias lateral e medial (faixas de fibras distintas). A estria olfatória lateral termina no córtex piriforme da parte anterior do lobo temporal e a estria olfatória medial projeta-se através da comissura anterior até as estruturas olfatórias contralaterais. Os nervos olfatórios são os únicos nervos cranianos que penetram diretamente no cérebro. Resumo Os nervos olfatórios (NC I) têm fibras sensitivas relacionadas com o sentido especial do olfato. ➢ Os neurônios receptores olfatórios estão no epitélio olfatório (túnica mucosa olfatória) no teto da cavidade nasal. ➢ Os prolongamentos centrais dos neurônios receptores olfatórios ascendem através dos forames na lâmina cribriforme do etmoide para chegar aos bulbos olfatórios na fossa anterior do crânio. ➢ Esses nervos fazem sinapse em neurônios nos bulbos, e os prolongamentos desses neurônios acompanham os tratos olfatórios até as áreas primárias e associadas do córtex cerebral. - Nervo trigêmeo e seus ramos Funções: Sensitivo somático (geral) e motor somático (branquial) para derivados do 1o arco faríngeo. Núcleos: Existem quatro núcleos trigeminais – um motor (núcleo motor do nervo trigêmeo) e três sensitivos (núcleos mesencefálico, sensitivo principal e espinal do nervo trigêmeo). Os prolongamentos periféricos dos neurônios ganglionares formam três nervos ou divisões: o nervo oftálmico (NC V1), o nervo maxilar (NC V2) e o componente sensitivo do nervo mandibular (NC V3). 3. Com o auxílio do livro de anatomia, rever a anatomia da língua e identificar e caracterizar os músculos da língua: Musc. extrínsecos - Músculos que se formam fora da língua e terminam na língua ➢ musc. estiloglosso sai do processo estiloso (levantador da língua) ➢ Musc. palatoglosso sai do palato duro posterior ➢ musc. hioglosso depressão da língua ➢ musc. genioglosso ➢ musc. condroglosso Flávia Licia Mendes de Assis 4 Músculos intrínsecos - Músculos propriamente da língua ➢ musc. vertical da língua ➢ musc. longitudinal superior da língua ➢ musc. longitudinal inferior da língua ➢ musc. travessa da língua 3. Com o auxílio o livro de anatomia, descrever a inervação da língua, identificando: Nervos motores ➢ Nervo hipoglosso (NC XIII) Responsável por todos os movimentos Nervos sensitivos ➢ Nervo lingual (ligados as papilas gustativas) ➢ Nervo corda do tímpano (percepção sob pressão da língua) ➢ Raiz da língua inervada pelo nervo glossofaríngeo ➢ Parte do nervo vago inervando a raiz da língua Nervo trigêmeo>nervo mandibular> nervo lingual 4. Com o auxílio do livro de anatomia, histologia, fisiologia e neurociências, rever sobre as papilas gustatórias, observando: Papilas folhadas ➢ São uma série de cristas baixas paralelas, intercaladas por fendas mucosas profundas; ➢ Estão alinhadas em ângulo reto ao longo do eixo da língua na borda lateral posterior; ➢ Contêm numerosos botões gustativos no epitélio das paredes das papilas vizinhas; ➢ Pequenas glândulas serosas desembocam dentro das fendas Flávia Licia Mendes de Assis 5 Filiformes ➢ Menores e mais numerosas; ➢ Projeções cônicas e alongadas de tecido conjuntivo, recoberto por epitélio queratinizado; ➢ Sobre toda a superfície dorsal anterior da língua com as extremidades voltadas para trás; ➢ Sem botões gustativos. ➢ Função mecânica de fricção. Fungiformes ➢ Semelhantes a cogumelos – base estreita e parte superior mais dilatada; ➢ Estão distribuídas entre as papilas filiformes, de forma irregular; ➢ Tendem a ser mais numerosas nas proximidades da ponta da língua; ➢ Contém poucos botões gustativos;➢ São visíveis a olho nu como pequenos pontos na língua. Circunvaladas ➢ 8 a 12 estruturas grandes em forma de cúpula; ➢ Localizadas anterior ao sulco terminal; ➢ Cada papila é circundada por uma invaginação em forma de vala – epitélio estratificado pavimentoso – muitos botões gustativos; Obs: Glândulas de Von Ebner (glândulas serosas) – libera sua secreção na base da vala, que elimina o material da vala para possibilitar que os botões gustativos respondam rapidamente a mudanças de estímulos. a) Descrever a composição de um botão gustatório, observando: Botões Gustativos Estruturas elípticas encontradas no epitélio dos sulcos que contêm células com receptores gustativos. ➢ A abertura circular em seu ápice é o poro gustativo ➢ Estruturas em forma de cebola de coloração mais pálida; ➢ Cada uma contendo de 50 a 100 células; ➢ Repousa sobre uma lâmina basal; Flávia Licia Mendes de Assis 6 5. Com o auxílio do livro de anatomia, histologia, fisiologia e neurociências, caracterizar os componentes do epitélio olfatório, observando: Sua localização: O epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: as células de sustentação, as células basais e as células olfatórias. Em meio a esses elementos existem glândulas produtoras de muco. Tipos celulares: Células receptoras olfatórias (Neurônios receptores olfatórios ou neurônios olfatórios primários). ➢ As células olfatórias são neurônios bipolares que se distinguem das células de sustentação porque seus núcleos se localizam em uma posição mais inferior. ➢ Suas extremidades apresentam dilatações elevadas, de onde partem 6 a 8 cílios, sem mobilidade, que são quimiorreceptores excitáveis pelas substâncias odoríferas. A existência dos cílios amplia enormemente a superfície receptora. ➢ Os cílios ficam imersos no muco nasal, formando uma densa rede enovelada na superfície da mucosa. É justamente na membrana dos cílios que se encontram concentradas as moléculas receptoras responsáveis pela transdução quimioneural, que são chamados receptores olfatórios. ➢ Do outro polo do neurônio receptor emerge um axônio direcionado para cima, que penetra na cavidade craniana através dos orifícios da placa crivosa do osso etmoide. Flávia Licia Mendes de Assis 7 ➢ Por toda a mucosa nasal, o conjunto dos axônios dos quimiorreceptores vai formando filetes nervosos que se distribuem em forma de leque, convergindo dorsalmente para o etmoide. ➢ Os axônios dos quimiorreceptores são na realidade as fibras de primeira ordem do sistema olfatório. Os filetes nervosos que eles formam constituem o primeiro nervo craniano, o nervo olfatório. ➢ Esse é um nervo diferente, pois não constitui um cilindro compacto como os demais, mas sim um leque de filetes separados que vão terminar no bulbo olfatório no encéfalo. Células de suporte. As células de sustentação são prismáticas (também chamada de colunar ou cilíndrica), largas no seu ápice e mais estreitas na sua base. Apresentam, na sua superfície, microvilos que se projetam para dentro da camada de muco que cobre o epitélio. Células basais. As células basais são pequenas, arredondadas, e situam-se na região basal do epitélio, entre as células olfatórias e as de sustentação. São as células-tronco do epitélio olfatório.
Compartilhar