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JÚLIA MARINOT – TURMA XXV OLFATO EMBRIOLOGIA CAVIDADE NASAL Ocorre inicialmente o desenvolvimento dos placoides nasais que passam a se tornar deprimidos e passam a compor as fossetas nasais. Posteriormente essas fossetas se aprofundam como resultado da proliferação do mesênquima, formando os sacos nasais primitivos. Em um momento inicial os sacos nasais estão separados da cavidade oral por meio da membrana oronasal, que se rompe ao final da sexta semana e faz com que as cavidades oral e nasal se comuniquem, por meio das coanas primitivas. Concomitante a isso ocorre o desenvolvimento das conchas nasais que surgem como elevações nas paredes laterais das cavidades nasais. Além do epitélio ectodérmico no teto da cavidade se diferenciar em epitélio olfatório. SEIOS PARANASAIS Alguns se desenvolvem durante a vida fetal, enquanto outros apenas após o nascimento. São formados a partir de divertículos das paredes da cavidade que se tornam extensões pneumatizadas. ANATOMIA E HISTOLOGIA Nariz é a porção acima do palato duro, possuindo a função de olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação, turbulência (conchas) e aquecimento do ar inspirado, recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e dos ductos nasolacrimais. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV PORÇÃO EXTERNA DO NARIZ Parte que se projeta da face, possuindo dorso, raiz e ápice, além de na face inferior conter duas aberturas piriformes denominadas narinas que são limitadas pelas asas do nariz. Possui uma parte óssea formada pelo osso nasal, processo frontal da maxila, parte nasal e espinha nasal do frontal e parte óssea do septo nasal. Além de uma parte cartilagínea formada por cinco cartilagens diferentes (duas laterais, duas alares e uma septal). Todas essas partes são cobertas por pele que se estende até o vestíbulo do nariz. O septo nasal que divide as cavidades nasais em direita e esquerda, é formado por meio da lâmina perpendicular do etmoide, vômer e porção cartilagínea do septo. CAVIDADES NASAIS A sua abertura anterior ocorre por meio das narinas, já a posterior se da por meio das coanas fazendo comunicação com a faringe. Toda sua extensão é revestida por túnica mucosa, exceto o vestíbulo que possui revestimento de pele, firmemente aderida ao periósteo e ao pericôndrio dos ossos e cartilagens que sustentam o nariz. Sendo esse revestimento mucoso contínuo com a parte nasal da faringe, seios paranasais, saco lacrimal e túnica conjuntiva. Em sua parede lateral, a cavidade nasal possui as conchas nasais (superior, média e inferior) que se curvam em sentido inferomedial, são estruturas que fornecem muita superfície de contato para trocas de calor, possuindo sob cada formação óssea, o meato nasal. Sendo a concha nasal inferior formado pelo osso concha nasal inferior, já as conchas médio e superior formados por meio de processos laterais do osso etmoide. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • HISTOLOGIA: Histologicamente a cavidade nasal possui três porções, o VESTÍBULO DO NARIZ que faz parte da porção externa, sendo revestido por epitélio estratificado pavimentoso, uma continuação da pele da face, contendo número variável de vibrissas (aprisiona material particulado) e de glândulas sebáceas. Por sua vez, a REGIÃO RESPIRATÓRIA constitui os dois terços inferiores da cavidade nasal revestida por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado associado a lâmina própria firmemente aderida ao periósteo ou pericôndrio subjacente. Esse epitélio é composto por células ciliadas colunares altas (que por meio do movimento sincrônico dos cílios conduzem o material particulado aprisionado no muco para deglutição), células caliciformes (sintetizam e secretam muco), células em escova, células de grânulos pequenos (células de Kulchitsky do sistema endócrino difuso) e células basais (que representam as células-tronco do sistema). Por fim, a REGIÃO OLFATÓRIA que está localizada na cúpula da cavidade nasal está revestida por mucosa olfatória especializada associada a lâmina própria continua com o osso subjacente e carece de células caliciformes. É composto por células receptoras olfatórias (neurônios bipolares que possui um único prolongamento dendrítico que emite vários cílios finos e longos, além de um prolongamento axônico que passa pela lâmina crivosa do etmoide), células de sustentação (células colunares que fornecem suporte metabólico e mecânico, além de secretarem proteínas OBP que se ligam a odorantes), células em escova, células basais (células-tronco) e glândulas olfatórias ou de Bowman (glândulas serosas que secretam material na superfície epitelial que servem como solvente e armadilha para as substancias odoríferas). IRRIGAÇÃO DO NARIZ A irrigação arterial do nariz possui cinco procedências (se unem formando o plexo de Kiesselbach): artéria etmoidal anterior (proveniente da oftálmica), artéria etmoidal posterior (proveniente da oftálmica), artéria esfenopalatina (proveniente da maxilar), artéria palatina maior (proveniente da maxilar) e ramo septal da artéria labial superior (da facial). Possuindo assim, contribuição da carótida interna (oftálmica) e externa (maxilar e facial). Já a drenagem venosa do nariz de realiza por meio de um rico plexo venoso por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica. Esse plexo é um importante termorregulador. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV INERVAÇÃO DO NARIZ Sua região posteroinferior deriva do nervo maxilar (do trigêmeo) por meio dos nervos nasopalatino ramos nasal lateral superior posterior e nasal lateral inferior do nervo palatino maior. Já a porção anterossuperior é proveniente do nervo oftálmico (do trigêmeo) através dos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nasociliar. A região externa do nariz possui outras origens de inervação, o dorso e o ápice possuem inervação proveniente do nervo oftálmico via nervos infratroclear e ramo nasal externo do nervo etmoidal inferior. As asas são supridas também pelo nervo olfatório, porém por meio do ramo infraorbital. SEIOS PARANASAIS São extensões cheias de ar da parte respiratória da cavidade nasal para os ossos frontal, etmoide, esfenoide e maxila. Sendo nomeados de acordo com os ossos onde estão localizados. Os SEIOS FRONTAIS drenam através do ducto frontonasal para o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio, esse seio é inervado pelos nervos supraorbitais. Por sua vez, as CÉLULAS ETMOIDAIS são pequenas invaginações de túnica mucosa do meato nasal médio e superior para o etmoide, as células anteriores e médias são drenadas para o meato nasal médio, já as células posteriores drenam para o meato nasal superior. Já os SEIOS ESFENOIDAIS localizados no corpo do esfenoide, possuem corpo frágil e são formados a partir de uma das células etmoidais. Por fim, os SEIOS MAXILARES drenam através de uma ou mais aberturas para o meato nasal médio. • HISTOLOGIA: Revestido pelo epitélio respiratório (pseudoestratificado ciliado com numerosas células caliciformes). JÚLIA MARINOT – TURMA XXV FISIOLOGIA DO OLFATO MECANISMO DE EXCITAÇÃO DE CÉLULAS OLFATÓRIAS A porção das células olfatórias que responde ao estímulo químico são os cílios olfatórios. Sendo que quando as substâncias odorantes entram em contato com o muco, elas se dissolvem e passam a se ligar a proteínas receptoras na membrana dos cílios. Essa proteína receptora está internamente acoplada a uma proteína G, que quando é ativada libera sua subunidade alfa e ativa adenilil ciclase. Por sua vez, essa substância converte trifosfato de adenosina em monofosfato de adenosina cíclico (AMPc). Por fim, esse AMPc ativa uma próxima proteína que enfim abre canais para influxo de sódio e assim gera a despolarização da célula. Sendo assim a detecção do odor depende muito da presença ou ausênciade proteína específica para determinada substância. VIAS NEURAIS As fibras olfatórias saem da cavidade nasal e se projetam formando o NCI passando pela lâmina crivosa do osso etmoide que separa a cavidade encefálica do epitélio olfatório. Esses curtos axônios chegam aos glomérulos do bulbo olfatório, sendo que glomérulos diferentes respondem a diferentes odores. A partir daí ocorre a divisão em duas vias: para a área olfatória medial ou sistema primitivo localizada na porção mediobasal do encéfalo (relacionada ao comportamento básico de respostas primitivas da olfação) e para a área olfatória lateral que consiste no sistema olfatório menos antigo localizado no córtex pré-piriforme, piriforme e núcleo amigdaloide (participa de controle automático e parcialmente de aprendizado sobre ingestão e aversão à alimentos) e sistema recente localizado no córtex orbitofrontal (percepção e análise do olfato).
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