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TICS ULCERAS DE MEMBROS INFERIORES

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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
FACULDADE ITPAC CRUZEIRO DO SUL 
Curso de Graduação em Medicina 
LÍDIA JÚLIA DOS SANTOS FARIAS 
ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES 
Cruzeiro do Sul -Acre 
2022 
LÍDIA JÚLIA DOS SANTOS FARIAS 
ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES 
Atividade avaliativa apresentada ao Instituto 
Tocantinense Presidente Antônio Carlos de 
Cruzeiro do Sul como parte das exigências para a 
aprovação no módulo de Sistemas Orgânicos 
Integrados III. 
Cruzeiro do Sul -Acre 
2022 
Quais as diferenças, do ponto de vista clínico, das úlceras de membro inferior de origem 
ARTERIAL e VENOSA? 
A úlcera de perna é síndrome caracterizada por perda circunscrita ou irregular do tegumento 
(derme ou epiderme), podendo atingir subcutâneo e tecidos subjacentes, que acomete as 
extremidades dos membros inferiores e cuja causa está, geralmente, relacionada ao sistema 
vascular arterial ou venoso. A etiologia das úlceras de perna advém da insuficiência venosa 
crônica em percentual que varia de 80 a 85% (Esta relacionada à hipertensão venosa 
prolongada, podendo ser resultado da existência de varizes primárias, sequela de trombose 
profunda, anomalias valvulares venosas ou outras causas capazes de interferir no retorno do 
sangue venoso) e de doença arterial (5 a 10% dos casos), sendo o restante de origem 
neuropática (usualmente diabética) ou mista. Elas podem ser classificadas em venosas, 
arteriais, hipertensivas, isquêmicas, anêmicas, do pé diabético e da tromboangeíte obliterante. 
ÚLCERAS ARTERIAIS: São formadas a partir de um infarto isquêmico da derme. São 
doloridas e causadas principalmente por arteriosclerose (bloqueio total ou parcial do 
suprimento sanguíneo devido à placa ateromatosa). A ulcera pode ocorrer em qualquer parte 
do pé mas a maioria delas se localiza no pé, pois neste local as artérias são únicas e distais, 
portanto com menores chances do desenvolvimento de plena e satisfatória formação de vasos 
com a finalidade colateral para atender a demanda celular local. Pode ter a aparência de um 
orifício, pode ser profunda e normalmente apresenta necrose e apresenta muito menos 
exsudação comparada às úlceras veenosas. São de difíceis cicatrização e há um risco 
considerável de evoluir para gangrena e até septicemia. As úlceras arteriais exibem 
características tais como: profundidade variável, circundada por pele de coloração 
avermelhada ou cianótica, pouco exsudativa, quando presente geralmente a secreção é 
seropurulenta, o edema local é pequeno, com coloração de fundo pálida ou negra devido a 
necrose, pouco profunda (rasa), fétida, rebeldes a tratamento, estacionárias ou progressivas, de 
dimensões pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente dolorosas sendo 
exceção os casos onde há associação com o diabetes, onde o paciente tem uma percepção 
dolorosa prejudicada devido a neuropatia instalada. A área adjacente à pele geralmente é pálida 
quando não há indícios de inflamação onde se torna avermelhada e seca favorecendo assim a 
formação de fissuras que muitas vezes dão origem as lesões teciduais da pele. 
ÚLCERAS VENOSAS: A causa desse tipo de úlcera se dá inicialmente por trombose e 
varizes por meio das complicações da estase venosa as quais prejudicam as válvulas das veias 
da perna.se alguma válvula for lesionada, o sangue pode fluir em qualquer direção, inclusive 
do leito capilar, o que pode gerar hipertensão venosa. Isso aumenta a permeabilidade dos 
capilares, permitindo que moléculas maiores, como fibrinogênio e glóbulos vermelhos, 
consigam escapar para o espaço extravascular. A hemoglobina é liberada dos glóbulos 
vermelhos e depois quebrada, o que causa eczema e um sombreamento marrom na região da 
perna. Esse estado é chamado de lipodermatoesclerose. Se a perna sofrer qualquer trauma, 
surgirá úlcera e quanto mais grave for a lipodermatoesclerose, mais difícil será a cicatrização 
da úlcera. Estão localizadas no terço inferior da perna um pouco acima do maléolo interno, as 
vezes no externo e no dorso do pé ou mais raramente no terço médio da perna. Convém citar 
que este tipo de úlcera tem um desenvolvimento rápido no início e que resulta de uma lesão 
que pode ser necrótica (raramente) 
Manifesta-se como lesão de borda irregular, superficial no início, mas podendo se tornar 
profunda, com bordas bem definidas e comumente com exsudato amarelado; é rara a presença 
de tecido necrótico e exposição de tendões. A dor é sintoma frequente e de intensidade 
variável, não sendo influenciada pelo tamanho da úlcera, quando presente, a dor piora ao final 
do dia com a posição ortostática melhorando com elevação do membro. Pode ocorrer eczema 
caracterizado por eritema, descamação, prurido e ocasionalmente exsudato. 
Lipodermatoesclerose que consiste no endurecimento da derme e tecido subcutâneo. 
Hiperpigmentação da pele caracterizada pela liberação de hemoglobina após rompimento dos 
glóbulos vermelhos extravasados. Presença de veias varicosas, consequência da congestão do 
fluxo sanguíneo 
O fundo é plano e cianótico, mas quando a úlcera for de longa duração elas costumam ter a 
aparência de um anel elevado sem sinais de epidermização, a quantidade de exsudação é 
variável e depende da extensão do edema, o odor é nauseante sendo a infecção local uma 
ocorrência frequente. Na área adjacente podemos notar uma hiperpigmentação (ou com os 
nomes de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre); presença de veias tortuosas e 
dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anteriores. Sabemos ainda que o tratamento 
farmacológico e o repouso do membro são de vital importância para o tratamento e o cuidado 
das mesmas. 
Referências: 
BERSUSA, Ana Aparecida Sanches; LAGES, Joyce Santos. Integridade da pele prejudicada: 
identificando e diferenciando uma úlcera arterial e uma venosa. Ciência, cuidado e saúde, v. 3, 
n. 1, p. 081-092, 2004. 
FRADE, Marco Andrey Cipriani et al. Úlcera de perna: um estudo de casos em Juiz de Fora-
MG (Brasil) e região. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 80, n. 1, p. 41-46, 2005. 
FURTADO, Renato Coelho. Úlceras venosas: uma revisão da literatura. 2017. 
PEREZ, Andres Anobile. Segmentação e quantificação de tecidos em imagens coloridas de 
úlceras de perna. São Carlos, 2001. 
SERGIO, Fernanda Rabello; SILVEIRA, Isabelle Andrade; OLIVEIRA, Beatriz Guitton 
Renaud Baptista de. Avaliação clínica de pacientes com úlceras de perna acompanhados em 
ambulatório. Escola Anna Nery, v. 25, n. 1, 2021.

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