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LIBERDADE PROVISÓRIA

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CASO 1 - Liberdade provisória
Anderson é muito nervoso e quando ingere bebidas alcoólicas fica muito agressivo. Certa noite resolve sair para dançar com sua namorada em famosa boate de Belo Horizonte.
A noite transcorria maravilhosamente bem até que, ao retornar do bar, vê sua namorada conversando com outro homem. Inconsequente, Anderson empurra o homem e quebra a garrafa de cerveja no braço da vítima, a deixando levemente sangrando.
Os seguranças da boate levam os dois para fora do estabelecimento e chamam a polícia. Ambos dirigem-se ao distrito policial mais próximo e no caminho Anderson descobre que a vítima era amigo de infância de sua namorada. Mesmo assim é feito o relato do ocorrido com a vítima se mostrando interessada na persecução penal e Anderson é preso em flagrante com todas as formalidades cumpridas pelo ilustríssimo Delegado de Polícia.
Anderson não se conforma com a prisão, informa a autoridade policial que nunca se envolveu em nenhum crime, tem bons antecedentes, é trabalhador de uma grande multinacional, tem residência fixa e ainda informa que cumprirá a qualquer intimação do Delegado.
Anderson não imagina passar um minuto sequer no cárcere e está arrependido. Você, advogado, é acordado de madrugada para tomar a medida jurídica, exclusiva de advogado, mais urgente possível segundo recomendação de Anderson.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1 VARA CRIMINA DE BELO HORIZONTE-MG
Anderson, brasileiro , solteiro , representante, inscrito no CPF sob o n° xxx.xxx.xxx-xx, portador da cédula de identidade n° xxx.xxx ,residente e domiciliado na rua X em Belo Horizonte - MG, atualmente detido junto ao distrito policial XX n°xx bairro xxxx, por seu advogado,vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro no artigo 5° inciso LXVI, da constituição Federal bem como nos artigos 310,III e 321 do código de processo penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS 
O Requerente foi preso em flagrante, no dia x, mês x, ano xxxx, pela prática do crime previsto no artigo 129 do CP, e encontra-se encarcerado desde então.
Fato é que senhor Anderson estava com sua namorada em uma boate famosa no centro de Belo Horizonte. Após ter feito um consumo demasiado de álcool ficou fora de si. 
Portanto naquela noite, quando retornou do banheiro viu um rapaz conversando com sua namorada, logo foi lá tirar satisfações. Acontece é que acabaram discutindo e o acusado deferiu um empurrão na vítima onde veio a cortar o braço com uma garrafa.
Após o ocorrido o segurança da boate os retirou do local e acionou a policial. Ambos foram encaminhados ao distrito policial, porém durante o caminho Anderson descobriu que o rapaz era um amigo de infância de sua namorada e encontra-se arrependido.
DO DIREITO 
Há de se ressaltar que como trata-se de um crime tipificado no artigo 129 do CP
 " Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano" 
Observa-se que a pena máxima para esse crime é de 1 ano, portanto poderá ser concedido a fiança para o acusado conforme faz jus ao artigo 322. CPP 
" Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro)"
Embora a autoridade não tenha optado pela fiança vê-se Excelência, que o acusado é uma pessoa de boa conduta social, sendo primário e trabalhador (conforme registros em anexo) 
Para a legítima manutenção em cárcere, na forma da prisão preventiva, há de ser preenchidos os requisitos do artigo 312 e 313 do código de processo penal. Passa-se a análise destes: 
Destaca-se que essa é a primeira vez que o indivíduo se encontra nessa situação. Portanto é primário e com bons antecedentes, logo não traz risco a ordem pública se posto em liberdade.
Da mesma forma, não há indícios que o acusado em liberdade ponha em risco a instrução criminal, a ordem pública e tampouco, traga risco a ordem econômica. Portanto, não há risco à aplicação da lei penal e, descarte, não há fundamentos que sustente a manutenção do cárcere.
Então como leciona a doutrina, uma vez verificado que estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no artigo 312 do CPP, a liberdade provisória é uma medida que se impõe, conforme determina o artigo 321 do CPP
"Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código"
Além do mais conforme é defeso no artigo 5 ° inciso LXVI da nossa Constituição Federal notamos que " ninguém será levado a prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança."
DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer que seja deferida a liberdade provisória sem fiança ao requerente, com a expedição do devido alvará de soltura.
Caso assim não entenda, desde já postula também a concessão da liberdade provisória cumulada com as medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP, uma vez a prisão é a última ratio a ser seguida pelo julgador.
Por tudo, requer intimação do ilustre representante do ministério público, nos termos da lei.
Nestes termos, pede deferimento
Belo Horizonte-MG, xx de xxxx de 20xx
ADVOGADO
OAB xxx-TO

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