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INTRODUÇÃO CONTEXTO HISTÓRICO, ESTADO-DA-ARTE E PRINCIPAIS CONCEITOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA – CAMPUS VÁRZEA GRANDE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Prof. Sólon Sadamitsu Otomura Eng. Eletricista 2 SUMÁRIO 1 – Automação Industrial 1.1 – A automação na revolução industrial 1.2 – Aplicação no contexto atual 2 – CLPs 1.3 – Conceitos de projetos 2.1 – Introdução 2.2 – Principais características 2.3 – Parâmetros Importantes 2.4 – Aplicações na indústria 3 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial A revolução industrial é caracterizada pela imensa transformação no processo produtivo e nas relações de trabalho. Os ingleses são considerados os pioneiros deste processo por implementarem, na segunda metade do século XVIII, as primeiras máquinas a vapor em indústrias. 4 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial As máquinas possibilitaram um ritmo de produção maior, substituindo a mão-de-obra humana em grande parte das atividades. Desta forma, utilizavam-se dos recursos humanos apenas em processos que necessitavam de precisão. 5 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial Com a ascensão da energia elétrica e do petróleo como fonte de energia, surgem também as máquinas elétricas e as máquinas à combustão. Um avanço tecnológico com mais eficiência que substituiu as máquinas a vapor movidas à carvão. 6 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial Diferentemente da anterior, a chamada segunda revolução industrial se deu também em países como: Alemanha, Bélgica, Itália, Estados Unidos e Japão. Considera-se o período desta fase sendo entre a segunda metade do séc. XIX e o início do séc. XX. 7 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial É nesse período que se destaca o avanço na automatização dos processos, melhorando a eficiência na linha de produção e diminuindo a necessidade de mão-de-obra humana. A automatização se dava na utilização de painéis de comandos a relés temporizados, tecnologia utilizada até hoje em indústrias menores. 8 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial Atualmente estamos na transição da terceira fase para a quarta fase das revoluções industriais. A terceira é marcada pelo surgimento dos robôs substituindo por totalidade a mão-de-obra humana em processos de alta precisão, deixando cada vez mais eficiente a linha de produção. 9 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 – A automação na revolução industrial A quarta fase, ou também conhecida como “Indústria 4.0”, propõe a substituição total da mão-de-obra humana nos processos industriais. Sendo ela necessária somente para gestão e manutenção dos processos. 10 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.2 – Aplicação no contexto atual Podemos citar inúmeros exemplos de indústrias de bens de consumo que adotam em suas linhas de produção um sistema automatizado. Desde montadoras de carros, produção de bebidas (água, refrigerantes, cervejas), fábricas de tecidos, papéis, isopor e qualquer outro produto final de produção em grande escala. 11 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.2 – Aplicação no contexto atual A implantação de automação de processos, não se dá somente em produções de grande escala, mas também podem ser feitas em escalas menores, como por exemplo: nas tornearias, marcenarias e em cozinhas de restaurantes e lanchonetes. 12 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.2 – Aplicação no contexto atual Em indústrias de base, responsáveis pela extração de matéria-prima para outras indústrias, também podemos ter processos automatizados, neste caso, mais voltado para o controle das máquinas elétricas, com raras utilizações de robôs. 13 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto A automação dos processos industriais traz uma série de benefícios para a empresa que a utiliza, podemos citar algumas como: 1. Aumento da produtividade; 2. Diminuição dos custos de produção; 3. Melhoria da segurança dos processos; 4. Menor índice de acidentes do trabalho. 14 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto Porém, percebe-se também que não são todas as indústrias que possuem a linha de produção automatizada, isso pode ser devido a alguns fatores: 1. Alto custo de implantação; 2. Falta de mão-de-obra especializada; 3. Pouco conhecimento sobre automação. 15 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto Apesar dos benefícios da automação dos processos serem tentadores, nem sempre vale o custo-benefício da implantação. A proposta de adequação de uma indústria sempre deverá levar em consideração as suas particularidades, que são geralmente: 1. Recursos financeiros; 2. Espaço físico disponível; 3. Capacitação técnica dos colaboradores para manuseio e manutenção; 4. Disponibilidade de parada de produção para implantação. 16 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto Entendendo as particularidades da empresa em questão, é possível avaliar que grau de intervenção é possível aplicar: I. Implantação de relés de proteção nos circuitos de força e comando; II. Aplicação de técnicas de partidas de motores elétricos utilizando relés temporizados; III. Substituição dos relés e contatoras auxiliares por controladores programáveis; IV. Implantação de sistemas supervisórios para monitoramento e controle de parte dos processos; V. Substituição da mão-de-obra humana por braços robóticos; VI. Comunicação e controle total dos processos via central de comando. 17 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto Para melhor contextualização, segue uma lista de itens que fazem parte de um projeto de Automação Industrial: a) Mapa de Localização da obra; b) Descrição do processo a ser automatizado; c) Apresentação dos diagramas de comando e força com suas ligações elétricas; d) Definições dos controladores, sensores e demais componentes a serem instalados no sistema; 18 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto e) Programação dos controladores (não precisa constar no memorial); f) Lista de materiais que serão instalados; g) Folha de dados dos materiais mais importantes; h) Planejamento da execução (etapas, duração e cronograma); i) Memorial descritivo (contendo todas essas informações); j) Anotação de Responsabilidade Técnica do projetista e do executor; 19 1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.3 – Conceitos de projeto De igual forma, lista-se os itens que não fazem parte de um projeto de Automação Industrial: a) Dimensionamento e definição das máquinas a serem automatizadas; b) Dimensionamento e definição das proteções e cabos das máquinas; c) Dimensionamento e definição dos barramentos do painel de força; d) Diagramas das instalações do local. 20 2 – CLP’S 2.1 – Introdução Definições: “O CLP (Controlador Lógico Programável) é um equipamento eletrônico digital, com hardware e software compatível com as aplicações industriais (ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas).” 21 2 – CLP’S 2.1 – Introdução Definições: “CLP é um aparelho eletrônico digital, que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos (NEMA – National Electrical Manufacturers Association).” 22 2 – CLP’S 2.1 – Introdução O primeiro CLP foi desenvolvido para a General Motors (GM), em 1969, pela companhia BedFord Associates, hoje pertencente a Schnider Electric. O dispositivo foi chamado “the 084”. Surgiu pela necessidade de uma melhor flexibilidade e rapidez na adaptação das linhas de produção e montagem automobilística da GM. 23 2 – CLP’S 2.1 – Introdução Na época, os painéis de comando com contatores e relés eletromecânicos eram o principal método para controle lógico de máquinas.O processo de melhoria, expansão ou alteração desses painéis na linha de produção demandava muito tempo e dinheiro para que fossem executadas. 24 2 – CLP’S 2.1 – Introdução Modicon 084 Modicon 184 Gould Modicon 984 Schneider Modicon M241 25 2 – CLP’S 2.1 – Introdução Schneider Modicon M340 26 2 – CLP’S 2.1 – Introdução – Evolução dos CLPs GERAÇÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 1ª Geração Programação feita diretamente em Assembly, exigindo uma completa compreensão dos seus componentes 2ª Geração Surgem as linguagens de nível médio, com softwares para converter os algoritmos em linguagem de máquina 3ª Geração Apresenta as primeiras entradas de programação, permitindo conexão a teclados ou programadores portáteis 4ª Geração Surge a entrada para comunicação serial, possibilitando a sua programação diretamente de um computador. Além de compilar, os softwares permitiram testar o funcionamento do algoritmo 5ª Geração Apresenta Padrões de Protocolos de Comunicação, facilitando a interface com outros equipamentos e também com sistemas supervisórios 27 2 – CLP’S 2.2 – Principais características As principais vantagens dos CLPs em relação aos painéis de relés eletromecânico são: • Maior confiabilidade e flexibilidade; • Menor ocupação de espaço físico; • Menor consumo de energia elétrica; • Fácil Programação e Adaptação do Sistema Lógico (comando); • Rapidez na elaboração e implementação dos projetos; • Capacidade de se comunicar com outros dispositivos. 28 2 – CLP’S 2.2 – Principais características – Exemplo 29 2 – CLP’S 2.2 – Principais características – Exemplo 30 2 – CLP’S 2.2 – Principais características – Exemplo 31 2 – CLP’S 2.2 – Principais características As principais desvantagens dos CLPs em relação aos painéis de relés eletromecânico são: • Baixo custo-benefício em sistemas simples; • Necessita de conhecimento em operações lógicas para programação; • Sensível a ruídos elétricos, comum em instalações com equipamentos eletrônicos de potência; • Necessita de uma mão-de-obra especializada para manutenção. 32 2 – CLP’S 2.2 – Principais características O papel de controlador em um painel de comando não precisa ser necessariamente de um CLP industrial. É possível utilizar plataformas como o ARDUINO ou até mesmo desenvolver um projeto com microcontroladores ATMega ou PIC, por exemplo. 33 2 – CLP’S 2.2 – Principais características A utilização destes outros controladores em combinação com o CLP industrial também é possível. O critério de escolha dos equipamentos a instalar depende muito das particularidades do projeto. 34 2 – CLP’S 2.3 – Parâmetros importantes O critério de escolha de um modelo de CLP é levado em consideração os seguintes parâmetros: • Quantidade de Entradas e Saídas (I/O; E/S), tanto digitais quanto analógicas; • Tensão de alimentação CC e CA; • Linguagem de programação compatível; • Capacidade de condução de corrente dos relés das saídas. 35 2 – CLP’S 2.3 – Parâmetros importantes 36 2 – CLP’S 2.3 – Parâmetros importantes
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