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FACULDADE DOM BOSCO ALUNA: BRUNA RAFAELA PRZYBYTOWICZ CURSO: Direito 6° período TRABALHO FINAL 1 TRIMESTRE 2021.2 PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aline é proprietária de uma pequena casa situada na cidade de São Paulo, residindo no imóvel há cerca de 5 anos, em terreno constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Pouco antes de iniciar obras no imóvel, Aline precisou fazer uma viagem de emergência para o interior de Minas Gerais, a fim de auxiliar sua mãe que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar dois meses depois a São Paulo. Aline comentou a viagem com vários vizinhos, dentre os quais, João Paulo, Nice, Marcos e Alexandre, pedindo que “olhassem” o imóvel no período. Ao retornar da viagem, Aline encontrou o imóvel ocupado por João Paulo e Nice, que nele ingressaram para fixar moradia, acreditando que Aline não retornaria a São Paulo. No período, João Paulo e Nice danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena “pirata” de televisão a cabo, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Além disso, os ocupantes vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) até a data em que Aline, 15 dias após tomar ciência do ocorrido, procura você, como advogado. Na qualidade de advogado(a) de Aline, elabore a peça processual cabível voltada a permitir a retomada do imóvel e a composição dos danos sofridos no bem; Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE SÃO PAULO ALINE, nacionalidade, naturalidade, portadora do RG n°, inscrita no CPF n°, domiciliado à rua n°, bairro, cidade, CEP, email, procuração anexa, com escritório estabelecido à, Rua, bairro, cidade, CEP, onde receberá as intenções, vem, respeitosamente, perante Vossa excelência, propor: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE Contra João Paulo, nacionalidade, naturalidade, portador do RG n°, inscrito no CPF de n°, residente à rua, n°, bairro, cidade, CEP, e Nice, nacionalidade, naturalidade, portadora do RG n°, inscrito no CPF n°, residente na rua, n° , bairro, cidade, CEP, pelos motivos abaixo. DOS FATOS: A Autora é proprietária de um imóvel situado na cidade de São Paulo, onde mora cerca de 5 anos, terreno este constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Ocorre que a mesma precisou fazer uma viajem de emergência para o interior de Minas Gerais, por razão de sua mãe que se encontrava gravemente doente. Esta tinha previsão de retornar em 2 meses, sendo assim, tendo em vista está situação a Autora comentou sua viajem com vários vizinhos, dentre eles os Requeridos e os outros vizinhos, pedindo para que estes “ olhassem” seu imóvel durante o tempo que estivesse ausente. Entretanto, ao retornar a Autora encontra seu imóvel ocupado por João Paulo e Nice, que ingressaram acreditando que a Autora não retornaria, e além disso, durante esse período de ocupação estes danificaram o telhado do imóvel da Autora ao instalar uma antena pirata de televisão a cabo, causando graves infiltrações por razão das fortes chuvas que teve neste período, resultando em um dano de R$ 6.000.00 reais. Além disso os Requeridos vem colhendo e vendendo boa parte das laranjas do pomar do imóvel da Autora, este resultando no prejuízo de R$ 19.000.00 reais até a presente data. Diante desta situação, não restando alternativas, a Autora vem propor a presente ação de reintegração de posse, afim da restituição de seu imóvel e indenização por estes danos sofridos. DO DIREITO: Dito isso, é evidente que houve o esbulho possessório, pois a Autora tem a perda de seu imóvel para os Requeridos de maneira clandestina, sendo assim preenchendo então os requisitos do artigo 561 do CPC. Conforme o artigo 1200 e 1201 do CC dispõe que; Artigo 1200. “ é justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária” Artigo 1201. “ É de boa-fé a posse, possuidor ignora o vício, ou o obstáculo quem pede a inquisição da coisa”. Ou seja, conforme trás os artigos, a Autora tem direito da reintegração da posse de seu imóvel, já que este foi feito de má fé pelos Requeridos. No que tange ao que foi mencionado acima, foi constatado que os Requeridos danificaram o imóvel da Autora ao instalar uma antena pirada em seu telhado, com isso gerou uma grave infiltração pelo motivo das fortes chuvas, sendo assim, resultando em um dano de R$ 6.000,00 reais. Ora, além de tomar posse do imóvel de forma ilícita ainda causaram danos imediato ao mesmo, sendo assim deverá haver a reparação dos danos materiais do imóvel, nos moldes do artigo 1218 do CC. Artigo 1218. “ O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante ponto”. Já no que diz respeito aos frutos que foram colhidos do pomar do imóvel , este também teve como consequência grande prejuízo, onde os Requeridos obtiveram vantagens econômicas com a venda das laranjas do imóvel da Autora, prejuízo este estimado á R$ 19.000,00 reais, sendo assim deverá haver a reparação a título de lucros cessantes , nos moldes do artigo 1216 do CC. Artigo 216. “ o possuidor de má fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má fé; tem direito as despesas da produção e custeio". Contudo, tal cumulação objetiva dos pedidos ali expressos é possível, conforme o artigo 555, inciso I e II do CPC. Artigo. “ É licito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I-condenação em perdas e danos; II-indenização dos frutos. DA LIMINAR POSSESSÓRIA: Conforme trás o artigo 558 do CPC, o procedimento de manutenção de posse irá ocorrer pelo rito especial, e levando em consideração que o esbulho possessório ocorreu em menos de um ano, pode então fazer a concessão da liminar, sem ouvir o réu. Sendo assim, como demostra o presente artigo, esta posse é considerada nova, pois a ofensa do imóvel da Autora ocorreu em menos de um ano, conforme já mencionado. Por razão de haver a demora da decisão da justiça, poderá por o imóvel em maiores riscos de prejuízos e também com relação aos frutos que poderão continuar sendo colhidos e vendidos de forma indevida, sendo assim, esta requer a expedição de mandado liminar de reintegração de posse, conforme dispõe o artigo 562 do CPC. DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer- se à Vossa Excelência: a)a concessão liminar em ação possessória, sem a oitiva da outra parte contrária, para a reintegração da posse provisória da autora, conforme dispõe o artigo 562 do CPC. b)condenação dos Requeridos para o pagamento de indenização, pelo dano material causado no telhado do imóvel da Autora, no quantum de R$ 6.000,00 reais. c)condenação dos Requeridos ao pagamento da indenização de lucros cessantes, pelos frutos que foram colhidos e recebidos , no quantum de R$ 19.000.00. d)a produção de provas deve ser requerida a produção de prova testemunhal, para que demostre a clandestinidade da posse, e além disso a prova pericial para que haja a comprovação da ocorrência dos danos sofridos no imóvel da Autora e)a condenação dos Requeridos ao pagamento dos honorários de sucumbência, em conformidade com o artigo 85 do CPC. Da- se à causa o valor de R$ 25.000, 00 ( vinte e cinco mil reais), nós termos do artigo 292, inciso VI, do CPC. Termos que; Pede deferimento. Local/ data Advogado... OAB/ UF...
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