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5 Raiva humana

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LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA 
 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• Doença infecciosa viral aguda 
• Acomete somente mamíferos, inclusive 
homem 
• Diagnóstico de exclusão 
• Encefalite aguda e progressiva 
• Apresenta dois quadros clínicos: encefalítica e 
paralítica 
• Letalidade de quase 100% 
 
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL 
 
 
CICLO EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA 
 
• Não é obrigatório o ataque do morcego 
• O morcego não hematófago é o principal 
transmissor 
• Se o morcego entrar em casa não deve tentar 
matar, imobilizar com um pano e chamar o 
órgão responsável 
• Resíduos de fezes e inalação em cavernas 
infestadas de morcegos podem transmitir 
• Ciclo urbano: observar por 10 dias o 
comportamento do animal, só inclui gato e 
cachorro (porque são os animais que se 
conhece o ciclo da raiva) 
• O animal doméstico começa se isolando, 
recusando alimento, depois água e depois 
entra em uma sequência de agressividade 
gratuita 
 
AGENTE ETIOLÓGICO 
• Lyssavirus, RNA, em forma de projetil 
• Extremamente neurotrópico: o acometimento 
é total no SNC 
• Cinco sorotipos no Brasil: 
▪ 1 e 2: cães 
▪ 3: morcego hematófago 
▪ 4: morcego não hematófago 
▪ 5: não compatível (raposinha do nordeste) 
▪ Não são exclusivos 
▪ Não existe predominância de tipos nos 
gatos 
▪ Não tem diferença em agressividade, é 
sempre dependente da interação do vírus 
com o organismo 
• Lavar o local com água e sabão diminui 
infinitamente a quantidade de vírus 
 
ETIOPATOGENIA 
• Incubação de 4 dias a 2 anos 
• Replicação no local de inoculação em células 
musculares e epiteliais 
• Propagação neuronal axonica passiva nas 
primeiras horas do acidente: onde tiver 
neurônio sensitivo (locais mais sensíveis do 
corpo) são os piores locais para mordedura ou 
arranhadura 
• Distribuição heterógena no SNC, com intensa 
replicação viral: hipocampo, tronco cerebral, 
medula e cerebelo (células de Purkinje) – entra 
LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA 
 
em latência que pode durar dias ou anos, não 
causou doença, mas está se replicando 
lentamente 
• Distribuição centrifuga pelo SN periférico 
autonômico para vários órgãos, 
principalmente glândula salivar e terminações 
nervosas de pele da cabeça e pescoço 
• Histopatológico com corpúsculos de Negri e 
vacúolos: específicos da raiva humana 
• Animais precisam ser sacrificados para enviar 
o cérebro ao histopatológico. No homem faz 
na córnea, glândulas salivares, liquor e folículo 
piloso (em pelo menos 3 dos 4) 
 
• Não há grande reação inflamatória nem morte 
neuronal, apenas disfunção neuronal – RM e 
TC estão normais na raiva humana, porque não 
tem processo inflamatório cerebral 
 
TRANSMISSÃO 
• Mordedura, arranhadura e lambedura de 
mamíferos 
• O gato, diferente do cachorro, tem as garras 
embutidas, quando ele vai para agressão a 
parte de dentro sai e entra na pele do homem, 
por isso é mais agressiva 
• Pelo hábito de limpeza, o gato se lambe o dia 
inteiro, esmaltando a garra com camadas de 
vírus, por isso a arranhadura do gato também 
é pior, com maior quantidade de vírus 
• Respiratória: aerossol de fezes de morcegos e 
manipulação laboratorial do vírus 
• Inter-humana: mordedura e lambedura 
• Transplante de córneas 
• Transplante de órgãos 
• Transplacentária e amamentação 
• Manipulação de carcaças 
 
QUADRO CLÍNICO 
FASE PRODRÔMICA 
o 2 a 10 dias 
o Inespecífica 
o Febre 
o Anorexia 
o Astenia 
o Mialgia 
o Artralgia 
FASE NEUROLÓGICA AGUDA 
o 2 a 7 dias 
o Piora progressiva 
o Forma furiosa/encefalítica: o mínimo barulho 
faz o paciente atacar 
o Forma paralítica: evolui para coma, a placa 
motora para de funcionar 
o Perda de visão 
o Síndrome convulsiva 
o É um quadro amplo de sintomas 
o Hidrofobia, aerofobia e paralisias: sintomas 
característicos para prova de residência 
o Coma 
o Óbito 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Sd de Guillain-Barré 
• Meningite 
• Tétano 
• Poliomielite 
• Histeria e síndromes conversivas 
• Overdoses por drogas ilícitas 
 
TRATAMENTO 
• Protocolo de Milwaukee: 
▪ Usado em uma adolescente de Wisconsin, 
USA 
▪ Baseado no uso de agentes anti-
excitatórios (cetamina, midazolam e 
barbitúricos) 
▪ Antivirais: ribavirina e amantadina 
(diferença entre o de Recife) 
• Protocolo de Recife: 
▪ Não usa os antivirais 
▪ Ambos com doses altas de sedativos 
LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA 
 
• Critérios de inclusão: 
▪ Quadro clínico sugestivo 
▪ Vínculo epidemiológico 
▪ Profilaxia antirrábica inadequada 
▪ Confirmação diagnóstica: córnea test, 
biopsia do bulbo piloso, pesquisa de Ac no 
liquor e pesquisa de vírus na saliva 
• Critérios de exclusão: 
▪ Limitação nervosa anterior 
▪ Ausência de febre 
▪ Outro diagnóstico fechado no meio do 
caminho da investigação 
• Controle de cura: 
▪ Ausência de vírus nas amostras que foi 
diagnosticado, é o chamada clareamento 
viral 
▪ Tratamento das complicações motoras 
 
PROFILAXIA 
• Vacina de cultivo celular usa esquema único: 
0, 3, 7 e 14 dias 
▪ D0 é o dia do acidente 
▪ Só faz as 4 doses quando tem indicação, se 
não só faz D0 e D3 
• Soro antirrábico heterólogo: 40 UI/kg IM 
▪ Apresentação: 200 UI/mL 
▪ Metade da dose na borda da lesão e outra 
metade IM ou toda IM 
▪ Dose máxima de 15 mL 
▪ Não há necessidade de infiltrar as bordas 
da lesão 
▪ Soro pode ser feito até 72 horas 
• São extremamente anafiloides, a chance de 
anafilaxia é grande porque são rudimentares 
ainda, por isso deve ter cuidado na sua 
prescrição 
CLASSIFICAÇÃO DO ANIMAL E DO ACIDENTE 
o Lambedura não precisa de vacina nem soro 
o Mordedura ou arranhadura: quanto maior a 
porta de entrada, mais chances de entrar vírus 
▪ 1 mordida é acidente leve, várias é grave 
▪ Mordida superficial é leve, mais profunda 
é grave 
▪ Mordida no centro do corpo é leve, nas 
extremidades é grave 
o Se for animal silvestre é grave 
o Gato e cachorro em ambiente doméstico 
cuidado é leve 
o Gato e cachorro em situação de rua ou que 
ataca do nada é suspeito 
o Gato e cachorro raivoso é confirmado, inclui os 
que morreram ou os que desapareceram; faz o 
esquema completo 
o Acidente leve com animal cuidado não faz soro 
nem vacina, observa o comportamento do 
animal pelos próximos 3 dias 
o Acidente leve com animal suspeito inicia a 
vacina com D0 e D3, observa o animal para vê 
se termina ou não o esquema 
▪ Se voltar no D3 dizendo que teve 
comportamento suspeito pode fazer o 
soro e continuar o esquema vacinal 
▪ Se no D3 o animal não mudar de 
comportamento, informa ao paciente para 
observar até o 10º dia e se não houver 
mudança não precisa tomar mais nenhuma 
dose nem soro porque já passou as 72 
horas 
o Acidente grave com animal pouco suspeito, 
inicia a vacina e observa o animal para saber se 
termina o esquema ou se interrompe 
o Acidente grave com animal raivoso faz soro e 
vacina 
o Se o animal desenvolver doença no 10º dia não 
tem o que fazer mais, já perdeu o time do 
esquema. Mas isso é muito pouco provável de 
acontecer, porque o animal vai ficando 
letárgico e perde o apetite primeiro, não é algo 
repentino 
 
REEXPOSIÇÃO 
• Se tratamento completo anterior, até 90 dias, 
encerrar o caso 
• Se tratamento completo, mais de 90 dias, 2 
doses 
• Se tratamento incompleto, até 90 dias, 
completar o esquema 
• Se tratamento incompleto, mais de 90 dias, 
desconsiderar 
 
 
LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA

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