Buscar

Aula 03_Medicamentos pré anestésicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Medicação pré anestésicos (MPA) 
 
DEFINIÇÃO E CONCEITOS 
 
MPA: administração de fármacos no 
período pré anestésicos, fase que 
antecede a indução anestésica 
(anestesia geral), ou aplicação de uma 
técnica loco regional (anestesia 
local/regional) 
Agentes pré anestésicos: grupo de 
fármacos utilizados 
 
Efeitos: 
- Em geral causam depressão do sistema 
nervoso central, que contém células 
controladoras de respiração, circulação, 
sono 
- Normalmente são dose dependente ou 
concentração dependente 
- Aplicação de MPA faz com que 
necessite-se menores doses ou 
concentração dos anestésicos gerais ou 
dissociativos 
- os efeitos variam conforme as espécies 
- também variam conforme situação 
clínica do paciente 
 
▪ Tranquilização: estado de alteração 
comportamental com alívio da 
ansiedade em que o paciente torna-
se relaxado (calmo), porém ainda 
perceptivo ao ambiente que o cerca 
o Ambiente de estresse 
normalmente não permite a 
tranquilização 
▪ Sedação: efeito causado por 
depressão do sistema nervoso central, 
caracterizado por sonolência e algum 
grau de relaxamento muscular de 
origem central. O paciente 
permanece alheio ao ambiente que o 
cerca, porém e capaz de despertar 
em resposta a estímulos externos 
(nociceptivos ou não) 
o Os sedativos conseguem efeito 
potencializador mais intenso de 
depressão 
▪ Hipnose: condição de sono induzido 
artificialmente, resultante da 
depressão moderada do sistema 
nervoso central da qual o 
 
paciente pode ser prontamente 
despertado 
▪ Narcose: e estado de sono profundo 
do qual o paciente não pode ser 
despertado facilmente 
 
FINALIDADES DA MPA - IMPORTÂNCIA E 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
• Redução da ansiedade, desconforto e 
dor 
• Provimento de imobilização e/ou 
contenção química 
• Diminuição das doses totais requeridas 
dos agentes anestésicos (indicação e 
manutenção) – desejada pois 
fármacos deprimem funções 
cardiovascular e respiratória do 
paciente 
• Redução na salivação e secreções 
nas vias aéreas (efeito de fármacos 
que deprimem SNC) – desejado 
especialmente em animais pequenos, 
sendo que a saliva pode obstruir um 
brônquio, por exemplo 
• Prevenção da bradicardia causada 
por outros fármacos ou pela resposta 
fisiológica do paciente – fármacos 
utilizados na indução levam a 
bradicardia 
 
 
FÁRMACOS EMPREGADOS EM MPA 
• Fenotiazinas 
- tranquilizantes (antipsicóticos, 
neurolépticos): bloqueiam receptores 
dopaminérgicos e adrenérgicos, aqueles 
de catecolominas como norapinefrina, e 
dopamina, que causam stress 
- efeito tranquilizante: 
ansiolise/relaxamento; ação bloqueio 
receptores dopaminérgicos D-2 
Age em área da formação reticular 
mesenfálica 
- efeitos cardiovasculares: reduções RVS 
(resistência vascular sistêmica ) e PA 
(pressão arterial); ação bloqueio 
receptores adrenérgicos alfa-1 (na 
periferia, presentes na musculatura 
vascular) 
Inibe vasoconstrição na situação de 
estresse, a qual redireciona o sangue 
para o tecido muscular (ação de fuga ou 
luta) 
Inibe a ocupação dos receptores por 
noraepinefrina, causa vasodilatação 
Diminuição da temperatura corporal, 
aumenta perda de calor e atua no centro 
termo regulador, presente no hipotálamo 
- hipotermia: origem periférica e central 
 
Farmacos 
- acepromazina 0,2 (pequenos animais-
vos 2mg por 100ml) e 1% (equinos; 10 mg 
por 100 ml) (injetável); 1% (em gotas; 
como é por via oral possui tempo de 
absorção mais prolongada, muito 
utilizada em casos de transporte) 
- efeitos antiarritmico e antiemético 
- não apresenta efeito analgésico 
- doses: 0,02 – 0,05 mg/kg (IV, IM); 0,5 – 1 
mg/kg (VO) 
- efeitos: início lento e duração 
prolongada, mesmo pela VM e VI 
- não possui antagonistas específicos: se 
aplicou dose exacerbada, não existe 
fármaco para reverter; deve-se tratar os 
efeitos até que o fármaco seja eliminado 
do sistema 
- na maioria, inibindo o estímulo o animal 
volta ao estado de tranquilização 
 
 
• Benzodiazepinas 
- sedativos, hipnóticos (espécie, idade) 
- ação: afinidade dos receptores GABAa 
ao GABA (principal neurotransmissor 
inibitório do corpo, significa ácido Gama 
amino butírico, não tem propagação de 
impulso nervoso pois o cloro ocupa 
receptores e hiperpolariza) 
- benzodiazepina ocupa sítio e aumenta 
influxo de cloro, potencializa efeito GABA: 
o efeito é decorrente dessa interação 
- cães, equinos: não há efeito sedativo 
quando aplicado de forma isolada 
- primatas, potros: causa efeito 
sedativo – hipnótico 
- efeitos SNC: ansiolítico, relaxante 
muscular e anticonvulsionante 
- agentes: diazepan e midasolan (uso 
humano e veterinário), acepromazina 
(apenas uso veterinário) 
- uso clínico: diazepam e midazolam 
- MPA: associação com ACP 
(acipromazina), opioides ou agonistas 
alfa-2; não se usa midazolan isolado 
- indução anestésica: associação com 
cetamina, propofol ou etomidato 
- terapia anticonvulsiva 
 
Fármacos - diazepam 0,5% 
- baixa hidrossolubilidade – 
propolenoglicol 
- via Im: absorção lenta (irregular) e adm 
dolorosa 
- coindução em equino; usado com ACP 
para selvagens 
- metabolitos ativos: absorção digestiva 
- efeitos cardiorrespiratórios: pouco 
significativos 
- doses: 0,2-0,4 mg/kg (IV) 
 
Fármacos - midazolam 0,1 e 0,5% 
- hidrossolúvel 
- administração IM: absorção rápida 
- miscível com outros fármacos 
(vantagem frente ao diazepam) 
- doses 0,2-0,4 mg/kg (IV e IM) 
- antagonista BZD - vantajoso: flumazenil 
0,02-0,1 mg/kg (IV) 
- mais empregado na rotina veterinária 
 
• Agonistas alfa-2 adrenergéticos: 
situações em que há dor 
- sedativos, analgésicos e relaxantes 
muscular: estimula alfa-2 e feedback 
negativo de liberação do NT adrenérgico 
(noraepinefrina e dopamina) 
- efeitos sedativo e analgésico: ação 
receptores adrenérgicos alfa-2 – tronco 
cerebral (locus coeruleus) e corno dorsal 
medular 
- analgesia visceral 
- efeitos cardiovasculares: 
- vasoconstrição inicial: efeito alfa-1- 
maior resistência a passagem do 
sangue, causando; 
- pressão arterial (efeito bifásicos) – 
hipertensão 
- bradicardia (inicialmente por uma 
questão reflexa ao aumento da PA, 
levando a efeito central, pode ser 
intensa dependendo da situação 
clinica) e hipotensão (-30%) 
- arritmia: bloqueio atrioventricular 
(BAV) 
- deve ser evitado com cardiopatas 
- e a administração de anticolinérgico? 
No passado era utilizado para 
reverter/previnir bradicardia 
Ex: sulfatotropina (receptores 
muscaringos, presentes em abundância 
no coração) 
Eles bloqueiam os receptores miscaringos 
(parassimpático) e aumentam o tônus 
simpático, impedindo efeito colinergico 
no coração e causando taquicardia, 
hipertensão, podendo causar 
taquiarritmia, pois é uma frequência 
muito alta 
Por aumentar a frequência, diminuição 
do tempo de diástole, diminui nutrição do 
tecido cardíaco – aumenta a demanda e 
diminui oferta de energia, causando 
arritmia 
Atualmente o anticolinérgico é utilizado 
para reverter bradicardia durante 
procedimentos cirúrgicos, normalmente 
dose baixa por via intravenosa ou em 
caso de assistolia e ressuscitação cerebro-
cardio-pulmonar 
- já existem antagonistas alfa-2 
- alfa-2 são muito utilizados para 
contenção de selvagens junto com 
anestésicos dissociativos 
 
Farmacos: 
- Xilazina 0,2 (pequenos animais e 
bovinos) e 1% (equinos); 0,15-0,5 mg/kg 
(IV, IM) 
- medicamento mais antigo 
- Dexmedetomidina 2-10 microgramas/kg 
(IV, IM) – muito utilizado para equinos, 
absorção intramuscular superior a xilazina 
- utilizado para pequenos animais, 
associado a medazolam, 
acetamina 
- seletividade maior para 
receptores alfa-2 
- maior seletividade causa efeitos 
cardiorrespiratórios menos intensos 
- desvantagem: preço mais alto por 
ser um fármaco novo 
- Detomidina 
- Medetomidina 
- Romifidina 
 
Antagonistas Alfa-2:- Iombina: 0,05-0,2 mg/kg (IV, IM) 
- Atipamezol: 0,1-0,3 mg/kg (IV, IM) 
 
 
• Opioides 
- efeitos analgesico e sedativos, quando o 
animal está em dor ou que se espera 
estimulação nociceptiva 
- associações com: 
- ACP, agonistas alfa-2 (xilazina, 
morfina) ou benzodiazepinico – 
sedação intensa com analgesia 
- vantagens na MPA 
 - controle pré operatório da dor, em 
fraturas, politraumas 
 - redução nas doses/concentração 
anestésicos gerais 
 - antagonistas específicos, 
Nalkxona e Naltrexona 
- fármacos principais empregados na 
MPA: morfina, metadona, butorfanol, 
nalbufina 
 
• Outros 
- anticolinergicos: 
 Prevenção/tratamento de 
bradicardia intraoperatoria , edução de 
salivação e secreções nas vias aéreas 
Risco de taquicardia intensa, 
hipoxiamiocardica 
Sulfato de atropina: 0,02-0,04 mg/kg 
(IV, IM) 
Brometo de escopolamina: 0,01-
0,02 mg/kg (IV, IM) 
- anestésicos dissociativos: contenção 
química/imobilização 
 Cetamina (+agonista alfa-2 ou BZD) 
 Tiletamina (+ zolazepam) 
- anti inflamatórios não esteroides: 
empregados com frequencia como 
analgesia preventiva

Continue navegando