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Autismo: Dificuldades e Inclusão na Escola

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TÍTULO DO TCC: AUTISMO.
ANA MARIA DA SILVA1
RESUMO
Este artigo se propõe a discutir as dificuldades no processo de aprendizagem escolar do aluno autista e algumas sugestões para que o professor melhor possa trabalhar com esta criança especial. Partiu-se do pressuposto de que o educador pouco conhece sobre o autismo e o impacto causado por esta anomalia no processo de aprendizagem. A metodologia foi referente a uma pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo e exploratório, o diagnostico existente e as formas de tratamento. Logo após foram descritas as possibilidades de desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem das crianças autistas, reforçando métodos e sugestões de atividades pertinentes ao tema trabalhado. Ao termino do trabalho faz referencia a inclusão da criança autista no ensino regular, dando enfoque a necessidade da mesma, dentro das suas possibilidades ser inserida em uma escola de ensino normal, sua participação e desenvolvimento, tendo auxilio de profissionais especializados e capacitados para o devido fim.
Palavras-chave: Aprendizagem. Autismo.Criança. Inclusão.Educador.
ABSTRACT
This article proposes to discuss the difficulties in the autistic student learning process and some suggestions so that the best teacher can work with this special child. It was assumed that the educator knows little about autism and the impact of this anomaly on the learning process. The methodology was related to a bibliographic research, of descriptive and exploratory character, the existing diagnosis and the forms of treatment. Soon afterwards, the possibilities of development in the teaching process of autistic children were described, reinforcing methods and suggestions of activities pertinent to the theme worked. At the end of the study, the inclusion of the autistic child in regular education, focusing on the need for it, within its possibilities, is inserted in a normal school, its participation and development, with the assistance of specialized professionals trained for the end.
Keywords: Learning. Autism.Children. Inclusion.Educator.
INTRODUÇÃO
Para melhor compreender o autismo, é preciso entender os determinantes genéticos e ambientais, seu desenvolvimento, as ideias recebidas que continuam a circundá-lo, como reconhecer suas múltiplas facetas e as melhores estratégias de avaliação e de intervenção que podem ser implantadas. O termo autismo é habitualmente usado para descrever um grupo complexo de doenças do desenvolvimento conhecido por Doenças do Espectro do Autismo. As outras doenças deste grupo são a Síndrome de Asperger, a Perturbação Global do Desenvolvimento não específica, a Síndrome de Rett e a Doença Desintegrativa da Infância. A etiologia do autismo não é completamente conhecida, parecem estar envolvidos fatores genéticos e ambientais. Segundo dados norte-americanos 1 em cada 110 crianças tem o diagnóstico de autismo. É mais frequente do que as neoplasias na infância, a diabetes juvenil e a SIDA na infância, todas somadas. É considerado por muitos um problema grave de saúde pública. Os indivíduos portadores de autismo apresentam défices na interação social, no comportamento e na comunicação.O autismo é uma inabilidade desenvolvente complexa que tipicamente aparece durante os dois primeiros anos de vida e é o resultado de uma desordem neurológica que afeta o funcionamento do cérebro, afetando o desenvolvimento nas áreas de interação social e habilidades de comunicação. Ambas as crianças e adultos no espectro do autismo geralmente apresentam dificuldades na comunicação verbal e não verbal, interação social e lazer e atividades lúdicas.
DESENVOLVIMENTO
A incidência do autismo é coerente em todo o mundo, é quatro vezes mais prevalente em meninos do que meninas. Embora não existem exames médicos para diagnosticar o autismo. Um diagnóstico preciso deve ser baseada na observação de comunicação do indivíduo, do comportamento e níveis de desenvolvimento. Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos. 
Na busca pelo diagnóstico, a caminhada é longa e árdua. Cada profissional fala uma coisa e não é raro encontrar aqueles que digam que a culpa é da mãe, aumentando, ainda mais, a indecisão, a dúvida e a insegurança. Quando finalmente o diagnóstico vem, a negação é a primeira reação dos pais: "Não, não pode ser, isto não é verdade! Não meu filho!" (Santos, 2008, p.26).
A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA. O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento. O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida. O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo. Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física. Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria. As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.
A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender, visualmente algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão, geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média e é provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos, algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins, a paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho, indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança. O autismo é um transtorno neurológicoaltamente variável, que aparece pela primeira vez durante a infância ou adolescência e geralmente segue um curso estável, sem remissão. Os sintomas evidentes começam gradualmente após a idade de seis meses, mas geralmente estabelecem-se entre os dois ou três anos e tendem a continuar até a idade adulta, embora muitas vezes de forma mais moderada. Destaca-se não por um único sintoma, mas por uma tríade de sintomas característicos: prejuízos na interação social, deficiências na comunicação e interesses e comportamento repetitivo e restrito. Outros aspectos, como comer atípico também são comuns, mas não são essenciais para o diagnóstico. Os sintomas individuais de autismo ocorrem na população em geral e não são sempre associados à síndrome quando o indivíduo tem apenas alguns traços, de modo que não há uma linha nítida que separe traços patologicamente graves de traços comuns.
Desde 2010, a taxa de autismo é estimada em cerca de 1–2 a cada 1.000 pessoas em todo o mundo, ocorrendo 4–5 vezes mais em meninos do que meninas. Cerca de 1,5% das crianças nos Estados Unidos (uma em cada 68) são diagnosticadas com ASD, a partir de 2014, houve um aumento de 30%, uma a cada 88, em 2012. Em 2014 e 2016, os números foram de 1 em 68. Em 2018, um aumento de 15% no diagnóstico elevou a prevalência em 1 para 59 crianças. A taxa de autismo em adultos de 18 anos ou mais no Reino Unido é de 1,1%o número de pessoas diagnosticadas vem aumentando drasticamente desde a década de 1980, em parte devido a mudanças na prática do diagnóstico e incentivos financeiros subsidiados pelo governo para realizar diagnósticos,] a questão se as taxas reais têm aumentado realmente, ainda não é conclusiva.
No Brasil, ainda não há número precisos, muito menos oficiais a respeito de epidemiologia dos casos de autismo. O único estudo brasileiro sobre epidemiologia de autismo,foi feito em 2011, um estudo-piloto ainda numa amostragem pequena, apenas 20 mil pessoas, num bairro da cidade de Atibaia (SP), resultando em 1 caso a cada 272 crianças. 
O transtorno do espectro autista pode ser dividido em três tipos: (5)
Síndrome de Asperger
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento. Ela foi considerada, por muitos anos, uma condição distinta, porém próxima e bastante relacionada ao autismo. A Síndrome de Asperger, assim como o autismo, foi incorporada a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com essa nova definição, a síndrome passa a ser considerada, portanto, uma forma mais branda de autismo. Dessa forma, os pacientes são diagnosticados apenas em graus de comprometimento, dessa forma o diagnóstico fica mais completo. Saiba mais sobre o transtorno aqui!
Transtorno Autista ou Autismo Clássico
As pessoas com transtorno autista costumam ter atrasos linguísticos significativos, desafios sociais e de comunicação e comportamentos e interesses incomuns. Muitas pessoas com transtorno autista também têm deficiência intelectual.
Transtornos invasivos do desenvolvimento
As pessoas que atendem alguns dos critérios de transtorno autista ou síndrome de Asperger, mas não todos, podem ser diagnosticadas com transtorno do desenvolvimento invasivo. As pessoas com esse tipo de transtorno geralmente têm sintomas menores e mais leves do que aqueles com transtorno autista. Os sintomas podem causar apenas desafios sociais e de comunicação. A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos. As crianças com autismo normalmente têm dificuldade em:
Brincar de faz de conta, interações sociais, comunicação verbal e não verbal, algumas crianças com autismo parecem comuns antes de um ou dois anos, mas de repente regridem e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo.
A busca da mãe por uma escola ao seu filho, não é uma tarefa das mais fáceis. Tudo esbarra na questão da aceitação do garoto autista que, estuda em uma escola pública. Quase sempre ouvi da instituição que eles não estão prontos para incluí-lo. As escolas devem atender aos princípios constitucionais e proporcionar os meios necessários para efetivação de uma educação de qualidade e respeito às diferenças para todos os seus alunos. É notória a necessidade social de aprender a viver na diversidade, por isso, faz-se necessária uma nova concepção de ensinar e de aprender. A prática inclusiva dos alunos com deficiência nas classes comuns das escolas regulares é desafiadora e gera muitas dúvidas para pais, profissionais da educação e à própria sociedade. Importa ressaltar que a inclusão não pode ser reduzida unicamente à inserção dos alunos com deficiências no ensino regular e que uma prática inclusiva deve permear todo o processo educacional, bem como o envolvimento de toda a comunidade escolar. É fundamental o reconhecimento dos ritmos e diferenças entre os alunos para que todos tenham as suas especificidades atendidas. 
Embora o processo de inclusão dos alunos com transtorno do espectro autista em classes comuns da rede regular de ensino não seja uma tarefa fácil, é importante avançar na construção de uma prática pedagógica que contemple as especificidades desse público.
CONCLUSÃO
Os desafios do autista em toda vida é alarmante, na sociedade, na escola e ate mesmo em casa, desafios existe para serem enfrentado, a mãe do autista se deparara com muitas barreira mas nenhuma impossível de ser derrubada. Sendo a educação um direito de todos, incluir o aluno com autismo não é só oferecer a vaga na escola, mas trabalhar todo o seu potencial e proporcionar oportunidades de desenvolvimento efetivo. Sabe-se que são muitas as dificuldades e preconceitos a serem enfrentados, principalmente nos casos em que o transtorno é mais comprometido e grave. O autismo é uma desordem global que causa reações como, por exemplo, o não desenvolvimento normal da inteligência. Isso resulta na dificuldade de desenvolver relações sociais normais e em comportamentos compulsivos e ritualísticos. Embora algumas pessoas tenham inteligência e fala intacta, outras possuem sérios retardos em seu desenvolvimento da linguagem.
Essa é uma tarefa desafiadora, mas é importante que cada profissional da educação tenha plena convicção de seu importante papel na busca do respeito às diferenças e de uma sociedade mais justa e humana.
REFERÊNCIAS
AUTISMO e Síndrome de Asperger. Disponível em: acesso em 24 junho 2013.
https://jus.com.br/artigos/42693/a-inclusao-de-alunos-com-transtorno-do-espectro-autista-nas-classes-comuns-da-rede-regular-de-ensino
SILVA, Ana Beatriz Barbosa, GAIATO, Mayra Bonifácio, REVELES, Leando Thadeu. Mundo singular:entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Almeida, I.C. (1997). A Perspectiva Ecológica em Intervenção Precoce. Cadernos CEACF. Almeida, I. C. (2004), Intervenção Precoce: focada na criança ou centrada na família e na comunidade? In Análise Psicológica.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/autismo/index.php?pagina=0
http://www.uricer.edu.br/cursos/
http://www.autismo.org.br/
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/autismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo
https://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/

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