Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

APG S7P2 Kamilla Galiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
1. Revisar a anatomia e a fisiologia da região 
reto-anal. 
2. Identificar os fatores de risco e a etiologia da 
Hemorroida 
3. Compreender a fisiopatologia, 
manifestações e complicações da 
Hemorroida 
4. Discorrer sobre o diagnostico e a conduta 
terapêutica da Hemorroida 
 
Anatomia 
O reto (12-15cm) é a porção final do trato 
gastrointestinal, sendo dividido do canal anal pela 
linha pectínea. Essa divisão é importante, já que é 
onde diversas mudanças histológicas, fisiológicas e da 
própria anatomia. Assim, é a linha pectínea marca a 
transição entre epitélio colunar do reto e epitélio 
escamoso do canal anal. 
• Reto tem inervação mais visceral e inespecífica 
• O canal anal tem inervação mais somática e 
maior sensibilidade 
É nessa região que iremos encontrar as colunas retais, 
compostas pelas criptas (criptas Morgagni), no interior 
das quais os ductos excretores das glândulas anais se 
abrem. Os músculos do canal anal são: M. esfíncter 
interno (tem fibras lisas involuntárias), musculatura 
mais externa que tem fibras estriadas e voluntarias 
que compreende o m esfíncter externo, m. elevador 
do ânus e m. puborretal. Juntos, fazem o controle do 
tônus e do mecanismo da evacuação. 
 
 
 
Vascularização 
Em relação a vascularização dessa região, teremos os 
plexos venosos superior encontrados acima da linha 
pectínea, responsável pela drenagem sanguínea do 
reto. O plexo venoso inferior, responsável pela 
drenagem sanguínea do canal anal. 
 
 
 
O plexo hemorroidário interno é formado pela artéria 
retal superior e suas veias drenam para o sistema 
porta, via veia mesentérica inferior. A maioria dos 
pacientes possui 3 mamilos hemorroidários internos 
(localizados nas áreas anterior direita, posterior direita 
hemorroidária
s 
doença 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
e lateral esquerda), em consequência das 
ramificações da artéria retal superior. 
 
O plexo hemorroidário externo é formado pela artéria 
retal inferior (ramo da artéria pudenda interna) e suas 
veias drenam para as veias ilíacas internas e, 
consequentemente, para o sistema cava inferior. 
 
Definição 
Mamilos hemorroidários são estruturas anatômicas 
normais presentes nos seres humanos. O plexo 
hemorroidário se situa na porção distal do reto, no 
canal anal, mais comumente nos quadrantes laterais 
esquerdo, anterior direito e posterior direito do canal.2 
São “coxins”, ou “almofadas” muito vascularizadas e 
especializadas que formam massas de submucosa 
espessa contendo vasos sanguíneos, músculo liso e 
tecido elástico conjuntivo. 
Essas estruturas permitem ingurgitamento dos coxins, 
promovendo auxílio e manutenção da continência 
fecal em situações de aumento da pressão intrarretal, 
como em espirros, tosse ou manobra de Valsalva. 
Enquanto as hemorroidas estão presentes em todos os 
seres humanos, constituindo a anatomia normal, a 
doença hemorroidária (DH) surge quando esses 
mamilos prolapsam, inflamam e produzem sintomas. 
 
Etiologia 
A natureza da doença hemorroidária não é, ainda, 
completamente conhecida. Vários fatores são 
importantes na sua etiopatogenia: 
• Veia varicosa → Representada pela dificuldade 
do esvaziamento sanguíneo do canal anal 
• No ato defecatório, com congestão e dilatação 
dos corpos cavernosos. 
• Degenerativa → Presença de prolapso anormal 
do plexo hemorroidário interno, durante a 
evacuação, por deficiência de sua fixação pela 
musculatura longitudinal da submucosa 
(músculo de Treitz). 
• Mecânica → Caracterizada pelo excessivo esforço 
defecatório e/ou pela dieta pobre em resíduos 
(fibras) e pouca ingestão de líquidos, que pode 
acarretar o endurecimento das fezes e aumentar 
ainda mais o esforço evacuatório. 
• Hiperplasia vascular → A presença de hiperplasia 
dos corpos cavernosos do canal anal que poderá́ 
ocasionar sua dilatação e aumento. 
• Hemodinâmica → Pela presença das 
comunicações arteriovenosas, muito calibrosas, 
na submucosa do canal anal, facilitando o 
aumento e dilatação dos corpos cavernosos. 
• Disfunção do esfíncter anal interno → 
Hiperatividade do esfíncter anal interno do anus 
com hipertonia ocasionando distensão dos 
corpos cavernosos. 
• Avanço da idade → Provoca uma diminuição do 
colágeno e tem impacto na sustentação das 
veias dentro do canal do ânus; 
• Sedentarismo; 
• Genética. 
 
Fatores de risco 
• Avanço da idade 
• Diarreia 
• Gravidez 
• Tumores pélvicos 
• Repouso prolongado 
• Esforço 
• Constipação crônica 
• Pacientes em uso de anticoagulantes e terapias 
antiplaquetária, embora não esteja claro se a 
associação é causal. 
 
Os fatores agravantes estão relacionados com 
hábitos defecatórios errôneos, tais como: insistência 
em evacuar todos os dias- forçar-se para defecar em 
um determinado horário por conveniência ou forçar o 
esvaziamento total do conteúdo retal de uma só vez. 
 
Os fatores desencadeantes são: constipação 
intestinal, abuso de laxativos (em especial, os 
catárticos), diarreia crônica, gravidez (pelo aumento 
da pressão intra-abdominal), e a posição bípede do 
ser humano. Não há remissão espontânea para a 
doença hemorroidária; uma vez manifestada e sem 
tratamento, sua evolução é progressiva. 
 
Classificação 
A doença hemorroidária pode ser classificada em dois 
aspectos. 
• Uma que irá diferenciar os tipos em função de sua 
relação com a linha pectínea. 
• A outra que irá classificar em função da existência 
ou não de um prolapso e, caso presente, como ele se 
comporta 
De acordo com sua relação com alinha pectínea 
Hemorroidas internas são próximas ou acima da linha 
pectínea, surgem do plexo venoso superior. Suas três 
localizações primárias (lateral esquerda, anterior 
direita e posterior direita) correspondem aos ramos 
finais das veias hemorroidárias médias e superiores 
• A inervação dessa região é visceral, por isso não 
são sensíveis à dor, toque ou temperatura 
• Hemorroidas internas são classificadas de 1-4, de 
acordo com o tamanho e o prolapso da 
hemorroida 
• Assim, as hemorroidas internas são passíveis de 
uma variedade de procedimentos no consultório 
que podem ser realizados com pouca ou 
nenhuma anestesia 
 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
 
 
De acordo com o grau de prolapso do canal anal	
 
 
Figura 1. classificação em graus da hemorroida interna. Fonte: 
uptodate, 2020 
Hemorroidas externas estão distais ou abaixo da linha 
pectínea, surgem do plexo venoso inferior. Eles são 
cobertos pelo epitélio escamoso modificado, que 
contém numerosos receptores somáticos de dor, 
tornando as hemorroidas externas extremamente 
dolorosas na trombose 
• Hemorroidas externas sintomáticas que são 
refratárias ao tratamento conservador 
geralmente são tratadas cirurgicamente sob 
anestesia, com exceção de pequenas 
hemorroidas externas trombosadas agudas, que 
às vezes podem ser tratadas no consultório. 
Hemorroidas mistas cobrem a linha pectínea e 
geralmente são tratadas da mesma forma que as 
hemorroidas externas. 
 
Fisiopatologia 
A causa da DH não é completamente entendida, 
porém há três teorias, descritas a seguir, que tentam 
explicar sua etiologia. 
A primeira postula que com o passar dos anos ou com 
situações agravantes, o tecido conjuntivo que ancora 
o plexo hemorroidário ao esfíncter, se deteriora. 
Eventualmente o plexo começa a deslizar pelo canal, 
levando ao aumento dos sintomas. A segunda sugere 
que os sintomas da DH surgem pela hipertrofia ou 
aumento do tônus do esfíncter anal interno. 
Durante as evacuações, o bolo fecal forçaria o plexo 
hemorroidário contra o esfíncter interno, causando seu 
aumento e tornando-se sintomático. Já a terceira 
teoria atribui os sintomas ao edema dos coxins 
hemorroidários. Esses teriam propriedades 
anatômicas semelhantes àquelas do tecido erétil.
 
 
Histopatologia 
Vasos submucosos dilatados, de paredes finas, que se 
projetam sob a mucosa anal ou retal. Na sua posição 
exposta, estão sujeitas a trauma e tendem a tornar-seinflamadas, trombosadas e, no decurso do tempo, 
recanalizadas. Pode ocorrer ulceração superficial. 
 
Manifestações clínicas 
A enfermidade hemorroidária pode ser assintomática 
e só diagnosticada ao exame físico. Porém, a maioria 
dos enfermos apresenta diferentes sintomas e sinais, 
com vários graus de intensidade. São eles 
sangramento, prolapso, exsudação perianal e 
desconforto anal 
Sangramento 
É o principal sinal, além de ser o mais frequente, e, às 
vezes, o primeiro a manifestar-se. O sangue pode ser 
observado somente no papel higiênico durante a 
higiene anal e/ou gotejando ou ocorrendo em jato no 
vaso sanitário durante e/ou imediatamente após a 
evacuação. 
Caracteriza-se pela sua cor vermelho-rutilante. Está 
associado à passagem de fezes endurecidas pelo 
canal anal que podem traumatizar o mamilo 
hemorroidário ou pelo tipo de higiene anal utilizado 
pelo enfermo, como, por exemplo, o uso de papel 
higiênico. 
Esse sangramento ou enterorragia é, com frequência, 
intermitente e, não raro, a principal causa da consulta 
médica. Ele é esporádico, em geral acontecendo em 
crises curtas de dias, pouco volumoso e relacionado 
com a evacuação. 
Essa perda sanguínea, discreta e continua, quando 
frequente, pode acarretar anemia ferropriva. A 
enterorragia volumosa causada pela doença 
hemorroidária é rara. 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
Por serem bastante similares, é fundamental 
diferenciar esse sangramento originado da doença 
hemorroidária daquele ocasionado pelos tumores 
colorretais, pelas doenças inflamatórias intestinais, 
pela fissura anal etc. 
Prolapso 
Caracteriza-se pela exteriorização do mamilo 
hemorroidário interno, para fora do canal anal, durante 
o ato evacuatório ou durante as atividades físicas. Ele 
deve ser diferenciado da papila anal hipertrófica 
prolapsada, do pólipo retal baixo que se exterioriza 
pelo canal anal e da procidência retal que se 
caracteriza pela protrusão de todas as camadas do 
reto para o exterior do anus (no prolapso, há apenas a 
exteriorização da mucosa retal). 
Exsudação Perianal 
Corresponde à umidade da pele perianal causada 
pela presença de muco nessa região, decorrente, 
sobretudo, da irritação da mucosa dos mamilos 
hemorroidários internos prolabado. Acompanha-se, 
em geral, pela dermatite e pelo prurido anal. 
Desconforto Anal 
Durante ou após a evacuação, pode haver uma 
pressão anal, definida pelo paciente como um 
desconforto, porém sem dor anal, porque a simples 
presença de doença hemorroidária não dói. A 
presença de dor no canal anal concomitante à 
doença hemorroidária ou é causada pelas suas 
complicações, como a trombose vascular 
(endoflebite), o hematoma, ou pela presença 
concomitante de outras enfermidades dolorosas 
dessa região, como a fissura anal, a infecção perianal 
(criptite, papilite ou abscesso), as lesões inflamatórias 
ou tumorais. 
 
Diagnostico clínico 
- O diagnóstico do nosso paciente será baseado na 
anamnese do paciente e nos achados em seu exame 
físico. 
Anamnese 
• História de sangramento com ou sem dor por reto 
ao se fazer movimentos intestinais 
• Defecação dolorosa não está associada 
hemorroidas 
• História de infecção fecal leve, secreção de muco 
umidade ou sensação de plenitude na área 
perianal devido a uma hemorroida interna 
prolapsada 
• Irritação ou prurido anal 
• As tromboses das hemorroidas externas podem 
estar associadas a dores excruciantes 
• Deve-se investigar a história do paciente a 
procura de suspeitas de CCR, pólipos intestinais, 
história familiar positiva. 
Exame físico 
• Começamos com uma inspeção cuidadosa da 
borda anal e da área perianal em busca de 
hemorroidas externas, hemorroidas internas 
prolapso, marcas de pele, fissura, fístulas, 
abscessos, neoplasias e condiloma 
• O exame retal digital deve ser realizado na 
posição prona ou lateral esquerda em repouso e 
com esforço. 
• O exame retal digital deve incluir palpação de 
massas, flutuação, sensibilidade e caracterização 
do tônus do esfíncter anal 
• Hemorroidas internas geralmente não são 
palpáveis no exame digital na ausência de 
trombose 
• Uma hemorroida trombosada é extremamente 
sensível à palpação e um trombo pode ser 
palpável dentro da hemorroida 
• A presença de espessamento ou cicatriz na linha 
média posterior ou rugosidades é sugestivo de 
fissura anal cicatrizada 
Posições para toque retal: a mais usada é decúbito 
lateral esquerdo ou posição de Sims - fazer inspeção, 
palpação, toque retal e se possível, anuscopia. 
Anuscopia 
• Nos pacientes com sangue vermelho brilhante 
por reto ou com suspeita de hemorroida 
trombosada, nos quais não foram detectadas 
hemorroidas no exame retal digital, realizamos 
uma anuscopia para avaliar o canal anal e o reto 
distal 
• A anuscopia tem a vantagem de ser um 
procedimento rápido, relativamente indolor e 
barato que pode ser realizado em um paciente 
não preparado 
 
 
 
A COLONOSCOPIA não é usada para diagnostico inicial 
de doença hemorroidária, mas pode ser pedida em: 
• Paciente >50 anos ou Sangramentos atípicos 
• Suspeita de diverticulose ou de neoplasia – CCR 
• Alteração de habito intestinal 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
• História de pólipos intestinais 
• Pacientes com sintomas sugestivos de 
malignidade, como sintomas constitucionais, 
anemia ou alteração na frequência, calibre ou 
consistência das fezes 
• Anemia 
 
Diagnostico diferencial 
• Neoplasia retal 
• Neoplasia do canal anal 
• Condiloma acuminado perianal 
• Pólipo retal (pode sangrar e/ou prolapsar) 
• Papila anal hipertrófica (sangramento, prolapso, 
• desconforto anal) 
• Prolapso 
• retal 
• desconforto 
• local, 
• prurido, 
• sangramento e o prolapso) 
• Fístula anorretal (desconforto local, secreção e 
prurido) 
• Fissura anal aguda ou crônica (dor e 
sangramento) 
 
Tratamento clinico 
• Irritação ou prurido - A irritação ou prurido de 
hemorroidas internas ou externas (sem 
sangramento ou trombose) pode ser tratada com 
uma variedade de cremes analgésicos, 
supositórios de hidrocortisona e banhos de 
assento quentes. Esses tratamentos, 
principalmente a hidrocortisona, não devem ser 
utilizados por mais de uma semana, pois podem 
ocorrer efeitos colaterais, como dermatite de 
contato com cremes analgésicos ou atrofia da 
mucosa com cremes esteroides. Se não houver 
melhora após uma semana, outros cremes não 
esteroides podem ser tentados. 
A abordagem de tratamento inicial para a maioria 
dos pacientes com hemorroidas sintomáticas de inicio 
recente é conservadora, consistindo em modificação 
da dieta/estilo de vida e medicamentos tópicos ou 
orais para aliviar os sintomas. O tratamento 
conservador é bem-sucedido para a maioria dos 
pacientes e pode ser continuado pelo tempo que o 
paciente desejar. 
• Modificação da dieta e estilo de vida - dieta 
laxativa - ingerir 20 a 30 g de fibra insolúvel por dia 
e beber bastante água (1,5 a 2 litros por dia). 
Ambos são necessários para produzir fezes 
regulares e macias, o que reduz o esforço na 
defecação. Pode levar seis semanas para 
perceber completamente o efeito benéfico da 
fibra 
• Medicamentos para alívio sintomático - incluem 
analgésicos orais ou locais para tratar a dor, 
agentes tópicos para reduzir o inchaço local ou 
tratar a dermatite de contato, terapias para 
reduzir o espasmo esfincteriano e agentes 
venoativos (flebotônicos) para aumentar o tônus 
venoso dos tecidos hemorroidários 
• Agentes venoativos - os flebotónicos são usados 
principalmente na Europa e na Ásia para tratar 
hemorroidas com inflamação aguda e 
sangramento. São uma classe heterogênea de 
drogas que consiste em extratos de plantas e 
compostos sintéticos. Eles melhoram o tônus 
venoso, a permeabilidade microvascular, a 
atividade linfática e o fluxo nutritivo 
microcirculatóros e podem reduzir o 
sangramento associado às hemorroidas 
• Analgésicos e esteroides tópicos - pomadas 
tópicas contendo anestésicos, esteroides, 
emolientes e antissépticos são frequentemente 
auto prescritas pelos pacientespara alívio 
sintomático rápido. No entanto, ha uma falta de 
fortes evidências científicas que apoiam o uso de 
pomadas tópicas. 
- Pomadas tópicas que incluem analgésicos, 
como hidrocortisona mista / lidocaína, são 
eficazes para aliviar a dor aguda associada a 
hemorroidas. No entanto, pomadas tópicas não 
devem ser usadas por mais de uma semana para 
evitar efeitos adversos, como dermatite de 
contato 
Hemorroidas externas - O tratamento de hemorroidas 
hemorrágicas é inicialmente conservador como com 
modificações na dieta ou cremes externos. Para 
hemorroidas externas, a única alternativa é a cirurgia, 
pois as hemorroidas externas não são passíveis de 
bandas elásticas, mas só é indicado em casos mais 
graves. 
• Na hemorroida externa sintomática ou 
trombosada, com menos de 3 dias de sintomas 
se faz cirurgia. Com mais de 3 dias, é tratamento 
conservador. 
Hemorroidas internas com sangramento persistente 
podem ser tratadas usando procedimentos no 
consultório (por exemplo, ligação com elástico) 
• Para hemorroidas de grau II1, pode-se primeiro 
tentar a ligadura do elástico, que geralmente é 
bem-sucedida após uma ou duas aplicações. Se 
a ligação do elástico não for eficaz, a cirurgia e 
recomendada. 
• Para hemorroidas de grau IV, a cirurgia é o melhor 
tratamento. 
Hemorroidas trombosadas – geralmente esta 
associada a dor a reabsorção do coágulo ocorre 
espontaneamente dentro de alguns dias, diminuindo a 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
dor. Por isso o tratamento de hemorroidas 
trombosadas geralmente é conversador. 
• As exceções incluem aquelas com dor intensa e 
hemorroidas externas trombosadas e fora caso 
de trombose concomitante de hemorroidas 
externas e internas (as vezes observadas apos o 
parto) 
• A trombose das hemorroidas internas de grau IIi e 
IV geralmente persiste apos as terapias 
conservadoras descritas acima e pode exigir 
tratamento definitivo 
 Agentes antiespasmódicos - Vários tipos de agentes 
(doadores de óxido nítrico) podem ser úteis para 
reduzir o espasmo do esfíncter anal, como pomada 
tópica de nitroglicerina a 0,5% pode fornecer analgesia 
temporária, reduzindo o espasmo interno do esfíncter 
anal. Esta dose pode estar associada a efeitos 
colaterais, como dor de cabeça. Uma dose mais baixa 
de nitroglicerina tem sido usada em pacientes 
com fissuras anais. 
Banhos de assento - Os banhos de assento são um 
tratamento tópico intuitivo para crises agudas de 
hemorroidas, para reduzir a inflamação e o edema e 
relaxar os músculos do esfíncter. Pacientes com 
doença hemorroida significativa tendem a apresentar 
tônus esfincteriano elevado. Estudos manométricos 
confirmaram que a aplicação de calor úmido na 
área perianal pode diminuir as pressões do esfincter 
interno e do canal anal. 
• Os banhos de assento podem aliviar a irritação e 
o prurido, bem como o espasmo dos músculos do 
esfíncter anal 
• Eles devem ser usados com água morna, e não 
fria, duas a três vezes por dia 
Tratamento no consultório 
Geralmente são oferecidos a pacientes com 
hemorroidas internas sintomáticas refratárias a 
tratamentos médicos conservadores. O objetivo 
comum dessas terapias é causar descamação do 
excesso de tecido hemorroida; cicatrização e 
cicatrização fixam o tecido residual no anel muscular 
anorretal subjacente. 
 
Para pacientes com hemorroidas internas 
sintomáticas grau I, II ou III, refratárias ao tratamento 
conservador, recomendamos um procedimento no 
consultório, em vez de hemorroidectomia cirúrgica, 
como intervenção inicial. 
 
Pacientes com hemorroidas internas de qualquer grau 
problemas anorretais adicionais, hemorroidas 
externas ou hemorroidas internas / externas mistas 
devem prosseguir diretamente para a cirurgia, pois 
essas condições não são passíveis de tratamentos no 
consultório 
Escolha da técnica baseada no consultório 
Ligadura com elástico 
• Para pacientes saudáveis com hemorroidas 
internas de grau l, II ou III, recomendamos a 
ligação do elástico 
• É mais eficaz e requer menos sessões de 
tratamento 
Escleroterapia 
• Para pacientes em uso de drogas 
anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, 
imunocomprometidos ou com hipertensão portal, 
sugerimos escleroterapia 
• A ligação do elástico é contraindicada devido ao 
alto risco de sangramento tardio 
Coagulação por infravermelho de hemorroidas 
internas 
Excisão de hemorroidas externas trombosadas 
• Hemorroidas externas com trombose aguda 
podem ser tratadas por excisão no consultório se 
o paciente apresentar nos primeiros três dias de 
sintomas. Os sintomas geralmente começam a 
diminuir após três dias e geralmente se dissipam 
em 7 a 10 dias. 
• Hemorroidas externas trombosadas extensas ou 
com sangramento podem exigir excisão cirúrgica 
na sala de cirurgia. 
As hemorroidas internas de grau IV requerem 
tratamento cirúrgico definitivo. Os procedimentos 
baseados no consultório são ineficazes e não devem 
ser tentados 
 
Tratamento cirúrgico 
A excisão cirúrgica de hemorroidas continua sendo 
uma abordagem muito eficaz para o tratamento de 
hemorroidas sintomáticas, mas é reservada para 
pacientes selecionados 
Indicação da cirurgia: 
• Pacientes com hemorroidas de grau III ou IV, e 
aqueles com doença externa grave 
• Paciente com comorbidades que não aguenta 
procedimento no consultório ou que tomam 
anticoagulantes 
• Paciente com hemorroidas externas: 
- Sintomática e refratária a outros tratamentos 
- Hemorroida grande ou grave 
• Hemorroida mista grave 
• Paciente com hemorroidas internas: 
- Hemorroidas internas prolongadas que podem 
ser reduzidas manualmente (Grau Ill), 
principalmente se mais de uma coluna estiver 
envolvida 
- Hemorroidas internas prolongadas e 
encarceradas (Grau IV) 
- Hemorroidas internas sintomáticas refratária a 
outros tratamentos 
APG S7P2 Kamilla Galiza 
• Pacientes que farão cirurgia anorretal por outra 
comorbidade, podem fazer a hemorroidectomia 
concomitante 
Hemorroidectomia externa: as hemorroidas externas 
trombosadas são melhor tratadas com excisão de 
hemorroidas, em vez de incisão e evacuação simples 
do coágulo, uma abordagem que geralmente deve ser 
evitada 
Hemorroidectomia interna: a hemorroidectomia 
convencional extirpa o tecido hemorroida com um 
bisturi ou eletrocautério. 
• Pode-se fazer grampeamento e ligação da 
artéria hemorroida 
- A cirurgia pode ocorrer na técnica de Milligan-
Morgan ou Ferguson. 
Na cirurgia de Milligan-Morgan, se deixa a incisão 
aberta 
• A lesão fecha por segunda intenção 
Na de Fergunson, se dá um ponto para fechar a incisão 
• Aqui se facilita a cicatrização e melhora o pós-
operatório 
• A complicação é que pode ocorrer estenose 
cicatricial, diminuindo muito a qualidade de vida 
A incontinência fecal é um risco, ao se lesar a 
musculatura ou fibras nervosas da região 
 
 
 
Prevenção 
1. Adote uma dieta saudável, equilibrada e rica em 
fibras. Coma mais fruta, vegetais e cereais 
integrais → As fibras são essenciais para manter 
um bom funcionamento do intestino e para 
prevenir a obstipação, pois ajudam a amolecer as 
fezes e a evitar o esforço a defecar, que pode 
causar hemorroidas ou piorar os sintomas de 
hemorroidas já existentes. 
2. Ingira muitos líquidos, de preferência água → É 
recomendável beber entre 8-10 copos de água 
por dia. As bebidas com cafeína e o álcool não 
contam. Pelo contrário, podem desidratar o 
organismo. 
3. Faça exercício físico → Este obriga o intestino a 
funcionar de forma regular e, assim, prevenir a 
obstipação. Além disso, a atividade física 
combate o excesso de peso e a obesidade, que 
são fatores de risco para as hemorroidas. 
4. Evite estar muito tempo de pé ou sentado → Estar 
muito tempo sentado na sanita (a ler, por 
exemplo) faz com que aumente a pressão sobre 
as veias do ânus, originando ou agravando o 
problema das hemorroidas. 
5. Vá ao banheiro assim que sentir vontade → Sabe-
se que um dos fatores associados às hemorroidas 
é a pressão aumentada no abdómen, que, por 
sua vez, se repercutena região anal. Suster a 
vontade de defecar faz com que todo este 
processo se torne, depois, muito mais custoso e 
doloroso. Também se deve evitar fazer esforço 
durante as evacuações, pois estará a aumentar a 
pressão sobre as veias do reto. Com o tempo, esta 
pressão sobre os tecidos que suportam os vasos 
sanguíneos pode levar à sua dilatação e ao 
surgimento de sintomas, como o sangramento ou 
o prolapso. 
 
Referências 
Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara-Koogan, 2015. 
LONG, Dan L. et al. Medicina Interna de Harrison. 18 ed. 
Porto Alegre, RS: AMGH Ed., 2013. 
DURÉ, Carolina Lançanova; VIEIRA, Yuri Zamban; 
FILLMANN, Lúcio Sarubbi. Doença hemorroidária. Acta 
méd. (Porto Alegre), p. [5]-[5], 2013. 
BLEDAY, Ronald; BREEN, Elizabeth. Home and office 
treatment of symptomatic hemorrhoids. 2017.

Mais conteúdos dessa disciplina