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Contratos: teoria geral e espécies 1 ⚖ Contratos: teoria geral e espécies Para mais https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima Revisado 1. Conceito É um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé objetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia de suas próprias vontades” (Stolze e Pamplona Filho) Fonte de obrigação, necessário manifestação de vontade. 2. Natureza jurídica O contrato é espécie de negócio jurídico. 2.1 Corrente voluntarista Prioriza a intenção da declaração de vontade (art. 112, CC). https://www.passeidireto.com/perfil/junior-lima Contratos: teoria geral e espécies 2 2.1 Corrente objetivista Meio fornecido pelo ordenamento jurídico para a produção de efeitos jurídicos; lei pura, criada tão somente para criar efeitos e relações entra às partes contratantes, não levando em conta a declaração das partes e sim a permissão do ordenamento jurídico. 2.1 Corrente estrutural Manifestação de vontade emitida + propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico, pretendidos pelo agente. 3. Evolução histórica Direito Romano – primeiros indícios. Distinguia-se contrato de convenção sendo gênero e contrato e pacto era espécie. como o Código Napoleão – garantia, instrumento de aquisição de propriedade Época clássica - introduz o elemento do acordo contratual, “contrato obrigacional”. Códigos francês e alemão - contrato com predominância de autonomia de vontade, em que as partes discutem livremente as suas condições em situações de igualdade. Entretanto, a economia de massa exige contratos impessoais e padronizados, o que não corresponde ao princípio da autonomia da vontade. No direito civil, o contrato está presente não só nas obrigações, mas também no direito de empresa, das coisas, de família (casamento), com a função social de veicular a circulação de riquezas, propulsor do capitalista. É necessário que a liberdade de contratar atenda aos fins sociais do contrato, observando a boa-fé e a probidade. 4. Contratos no Código Civil de 2002 a) Título V – Dos contratos em geral, subdividido em dois capítulos (Capítulo I – “Das disposições gerais” – e Capítulo II – “Da extinção do contrato”). Estruturados em seções, que versão sobre os aspectos gerais da matéria contratual; (Arts. 421 à 480, CC/2002); Contratos: teoria geral e espécies 3 b) Título VI – Das várias espécies de contratos, subdividido em vinte capítulos, cuidando dos contratos em espécie. (Arts. 481 à 853, CC/2002); Disciplina, em 20 capítulos, 23 espécies de contratos nominados (arts. 481 a 853) e cinco declarações unilaterais de vontade (arts. 854 a 886 e 904 a 909). 5. Escada Ponteana (Pontes de Miranda) O negócio jurídico, na visão de Pontes de Miranda, é dividido em três planos: de existência, de validade e de eficácia. 5.1 Plano de existência São quatro os requisitos necessários (simultaneamente) para a existência de um negócio jurídico, isto é, um contrato. Há apenas substantivos sem adjetivos, ou seja, não há qualificação. Não havendo algum desses elementos, o negócio jurídico é inexistente, são eles: Manifestação de vontade (verbal, escrita ou por gestos* - doutrina); Agente (PF ou PJ, quem manifesta vontade); Objeto (núcleo do contrato) Forma (externaliza); 5.2 Plano de validade (art. 104 do CC) Os substantivos recebem adjetivos. São eles: Manifestação de vontade válida (livre, sem vício de consentimento) e de boa-fé; Agente capaz (legítimo – maiores de idade); Objeto: lícito, possível e determinado ou determinável; Forma: prescrita ou não defesa em lei (no direito brasileiro, a forma é, regra geral, livre) em alguns casos a necessidade da especificação da forma e solenidade. Consequência da violação dos pressupostos de validade: nulidade (quando transgredi o quesito forma - por ser norma de ordem pública) ou anulabilidade (com vício, é passível de saneamento). 5.3 Plano de eficácia Contratos: teoria geral e espécies 4 Elementos relacionados com as consequências e aos efeitos gerados pelo negócio em relação às partes e a terceiros, ou seja, a suspensão/resolução de direitos e deveres contratuais. Alguns contratos, existentes e válidos, passam a produzir efeitos imediatamente, outros não; Elementos acidentais: limitam a produção imediata dos efeitos contratuais ou fazem cessá-los, se ocorridos determinados fatos preestabelecidos. São três os elementos acidentais: Termo: evento futuro e certo, que adia o começo da produção dos efeitos (termo inicial) ou faz cessá-los (termo final); Condição: evento futuro e incerto que, se ocorrer, poderá dar início à produção de efeitos (condição suspensiva) ou fazer cessá-los (condição resolutiva); Modo/Encargo: determinação que impõe ao beneficiário da liberalidade um ônus a ser cumprido, em prol de uma liberdade maior.
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