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Resenha Critica do Filme Contágio e Epidemia

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Resenha Critica dos Filmes Contágio e Epidemia, voltados para a Biossegurança.
Discente: Celi Ana Mattos Moura
Docente: Caroline de Aragão Tannus
Primeiramente será analisado o filme Contágio, a obra tem duração de uma hora e quarenta e seis minutos, dirigido por Steven Soderbergh do gênero ficção científica, podendo variar entre suspense e catástrofe. O filme Contágio apesar de ser lançado em 2011, retrata o quadro pandêmico enfrentado pela população. Na ficção, o mundo em poucos dias se viu ameaçado por um vírus altamente transmissível que se espalhava pelo ar, pessoas infectadas, ou fômites contaminadas. Como o tempo de incubação do agente patogênico era muito rápida, muitas pessoas morreram sem chances de cura, o que levou a comunidade médica mundial a uma corrida em busca de alguma vacina ou medicamento que surtisse algum efeito positivo. Quando se analisa o filme com lentes voltadas para a biossegurança, novamente as cenas do longa se refletem na vida real, pois o filme retratou ricamente os conjuntos de ações que a definem. Com o uso de máscaras do tipo PPF2 N95, para a proteção da população e profissionais da Saúde, como o uso de outros Equipamentos de proteção individuais, como o Macacão Químico do Tipo 6, oferecendo proteção à respingos, ao do Tipo 1, oferecendo resistência contra gases. As placas de sinalizações nos laboratórios apontando seus níveis, seguiam as regras da biossegurança, até mesmo a distância nas filas para a aplicação das vacinas. Hospitais de campanha com barreiras de proteção nos leitos, isolamentos e quarentena de pacientes infectados ou com suspeita, a suspensão das aulas como modo de frear a disseminação do patógeno. Higienização de objetos, roupas, sapatos, materiais que são utilizados pelas pessoas que vão as ruas. Outros aspectos que são retratados no filme que coincidem com a vida real, é o debate entre opiniões sobre o vírus ser uma arma biológica, boatos de medicamentos que podem curar ou atenuar o vírus que não possuem tal prognóstico e nenhum estudo, além dos efeitos colaterais que as vacinas podem gerar. Todos esses boatos no filme, fizeram com que muitas pessoas não quisessem se vacinar, fato que não destoa da realidade.
Já o filme Epidemia, lançado no ano de 1995, dirigido por Wolfgang Petersen, tem duração de 2 horas e 7 minutos, dos gêneros: drama, ação, ficção científica e suspense.
O início do filme ocorre em 1965, no Acampamento de Mercenários no Vale do Rio Motaba, em Zaire, que estava sendo devastado por uma doença, que matava a maioria dos soldados. Após receberem uma visita para avaliação médica, um amostras sanguínea contendo o vírus foi coletada, sendo detectado o quão grave e contagioso era o vírus, enquanto os residentes do acampamento tinham esperança de receberem medicamentos, além de tratamento e remoção dos infectados, o governo enviou uma bomba, com o objetivo de eliminar todos os agentes infecciosos e os infectados dizimar a população e o vírus que estava presente. Contudo, como foi visto mais a frente, a "pulverização" foi em vão, tendo em vista que o vírus chamado de Motoba voltou a ser identificado anos depois vivendo como hospedeiro em alguns macacos que não foram eliminados. Trazendo o filme para o contexto da biossegurança, foi possível detecta-la em várias situações. Uma delas foi a forma de Contágio do vírus num povoado africano, através da água. Quase todo o povoado morreu, com exceção do Curandeiro, que acreditava que os deuses estavam punindo-os por conta do desmatamento local. O fato provável, é que o curandeiro não ingeriu a água contaminada. Como foi relatado em sala de aula, a água é um bem extremamente precioso, e se não for bem administrado pode gerar o colapso de uma população. Por isso, em eventos de grande porte, a exemplo da Copa do Mundo, uma das ações que compete a biossegurança são planos e medidas para proteção dos reservatórios de água potável, seja com o exército, ou o que for necessário.
O vírus Motaba acaba indo para os EUA através de uma macaca, que foi contrabandeada por um americano em um navio. Ele se torna o primeiro a ser contaminado quando ela cospe água em sua boca. O segundo contaminado foi quem encomendou o animal, que acabou sendo mordido, a terceira pessoa contaminada é a mulher do contrabandista, que o beija nos lábios, e assim adquire o patógeno. Então, o vírus começa a se alastrar, e a macaca acaba sendo solta numa floresta americana. Com o tempo de incubação do vírus se completando em menos de 24 horas, houveram muitas mortes, e medidas ditadas pela biossegurança entraram em vigor, como o uso de máscaras e EPI's, não só pelos profissionais de saúde como da população em geral, além de medidas de proteção coletivas como toque de recolher e isolamentos. As amostras sanguíneas eram enviadas para um laboratório, nele são destacados através de placas de sinalização e cores variadas os seus níveis, enumerados de um á quatro, além de informações sobre os microrganismos que eram tratados em cada nível, sendo vírus, bactérias, o que poderia ser manuseado em cada nível, sua gravidade além do grau de contaminação. No ápice do agravo da epidemia, a cidade que vivencia o momento pandêmico é lacrada, todos devem respeitar o toque de recolher com exceção dos infectados, que são levados do seu lar de forma pacífica. Os soldados usavam máscaras respiratória facial para gases e vapores. Os profissionais da saúde usavam todos os tipos de EPI's possíveis, principalmente nos laboratórios nível 4, nesse ambiente eram usados macacões pressurizados, e gás mandado. O cuidado ao utilizar tais EPI's deve ser imprescindível, pois, um dos personagens acaba rompendo um desses EPI's, se infectando com o vírus e acaba morrendo no final. Durante o longa há um grande enredo, mas o principal, é que o vírus Motaba acabou sofrendo uma mutação, o que foi péssimo para o governo, já que ele poderia ter interferido antes que ocorresse a mutação do microrganismo, pois havia conseguido fazer um soro com os estudos do primeiro caso do patógeno no Acampamento dos Mercenários em 1965, toda essa história também fez com que os profissionais de saúde entrassem numa corrida tentando achar o animal que seria o vetor da doença. A macaca foi finalmente achada, e alguns dos personagens principais conseguiram fazer com que a cidade não fosse pulverizada através de uma bomba, como ocorreu em Zaire décadas antes. Assim, um novo soro pode ser feito, e aplicado na população infectada. Vale ressaltar, que o soro desenvolvido através da macaca que possuía o vírus com a mutação, não foi testado antes em plantas, ou outros hospedeiros, fato que vai contra o que a Biossegurança recomenda. Antes de qualquer vacina ou soro ser testado em pessoas, ele passa por um período vasto de testes, e só a partir daí é liberado para o uso em humanos.

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