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1ºAula Defi nições e Princípios Básicos da Mecânica dos Sólidos Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender o conceito e os princípios fundamentais que envolvem o estudo da Mecânica dos sólidos; • identificar quais são as unidades de medidas padrões estabelecidos pelo Sistema Internacional de Unidades (SI); • relembrar os conceitos básicos de vetores e escalares. Olá, caros(as) alunos(as), Sejam bem-vindos(as) à disciplina de Mecânica dos Sólidos. Nesta primeira aula, estudaremos um pouco dos conceitos físicos que envolvem a mecânica dos sólidos. Vamos entender como a mecânica pode ser útil em nosso dia a dia como engenheiro, bem como quais são as unidades de medidas padrões que utilizaremos ao longo das próximas aulas, ainda iremos relembrar as formas de resolução que envolvem vetores e escalares. Bons estudos! 6Mecânica dos Sólidos Seções de estudo 1– Mecânica e princípios fundamentais 2– Sistema de Unidades 3– Vetores de Força 1- Mecânica e princípios fundamentais Caros alunos(as), nesta seção, abordaremos, de forma inicial, alguns dos principais conceitos da Mecânica em geral, tendo como principal objetivo rever ideias e conceitos que envolvem a física clássica, com relação a estática e dinâmica. Estes conceitos serão utilizados ao longo das aulas e servirão de grande valia para estudo da Mecânica dos Sólidos. A Mecânica é um ramo das ciências físicas que aborda o conceito do estado de repouso ou movimento de corpos sujeitos à ação das forças, onde geralmente divide-se em três áreas: mecânica dos corpos rígidos, mecânica dos corpos deformáveis e mecânica dos fl uidos (HIBBELER 2011). Partindo desse pressuposto, a Mecânica é o fundamento da maioria das ciências de Engenharia, o que se torna um pré- requisito indispensável o seu estudo, apresentando como principal característica a forma apresentada como sendo ciência aplicada, com o objetivo de explicar e prever os fenômenos físicos, estabelecendo assim fundamentos para a aplicação da Engenharia como conhecemos hoje. Desta forma, a Mecânica dos sólidos é um dos ramos da Mecânica Aplicada que estuda o comportamento dos sólidos quando estes estão sujeitos a diferentes tipos de carregamento. Para Timoshenko (1983), a Mecânica dos sólidos é conhecida por variáveis nomes, dentre eles temos, Resistência dos Materiais e Mecânica dos Corpos Deformáveis. Como exemplos de aplicações podemos citar: transmissão de potência, fadiga, força máxima aplicada sobre a peça ou equipamento, fl ambagem da peça ou estrutura e defl exão de eixos, entre outros. 1.1 Princípios e conceitos fundamentais Antes de começarmos o nosso estudo da Mecânica dos sólidos, para Engenharia, é de fundamental importância conhecer o signifi cado de alguns conceitos e princípios que estarão presentes nos fenômenos apresentados na Mecânica dos sólidos. Os conceitos básicos utilizados na Mecânica são os de espaço, tempo, massa e força. • Conceito de espaço: diz respeito ao meio que nos envolve, onde o espaço é a posição (localizado, chamado de ponto P) de um objeto em relação a um determinado referencial (movimento ou repouso). Para Hibbeler (2011), a posição do ponto P pode ser determinada por três extensões: (i) medidos através de um certo ponto de referência, (ii) através de um ponto de origem, ou (iii) segundo três direções dadas. • Conceito de tempo: é uma grandeza física que se remete a determinação de momentos (duração de fatos), logo, é uma sucessão de eventos. • Conceito de massa: utilizado para caracterizar e associar os corpos, sendo assim uma propriedade física dos corpos e partículas. Deste modo, o seu conceito está associado à forma de como é medida. Sendo esta medida a quantidade de matéria que é usada para comparar a ação de um corpo com a de outro. Como exemplo podemos citar: Dois corpos de igual massa e condições idênticas são atraídos pela Terra da mesma maneira, manifestando-se uma propriedade de atração da gravidade dos dois corpos, o que nos fornece uma medida de resistência da matéria a variação do movimento de translação (HIBBELER, 2011). • Conceito de força: representa a ação de um corpo sobre o outro (“empurrar” ou “puxar”). Esta interação pode ocorrer quando há a presença de um contato direto entre os dois corpos, ou a distância no caso de forças gravitacionais ou forças magnéticas, sendo esta força caracterizada pela sua intensidade, direção e ponto de aplicação (HIBBELER, 2011). 1.2 Outras definições importantes Comprimento: grandeza física que expressa a distância entre dois pontos, utilizado para localizar a posição de um ponto no espaço, no intuito de defi nir o tamanho de um sistema físico. Energia: pode ser defi nida como a capacidade de produzir um efeito, sendo seu conceito diretamente relacionado à capacidade de se realizar trabalho e na proporção de ser produzida ou convertido nela. A energia que pode existir de duas formas: transitória ou permanente. Exemplos de formas permanentes são: energia interna, potencial, cinética, química e nuclear; já de forma transitória temos: calor, trabalho, energia mecânica, entre outros. Partícula: termo com origem no latim particŭla, é um conceito que admite várias acepções. Em geral, é usado para designar uma porção de dimensões muito reduzidas de matéria. Na área da química, uma partícula é o fragmento mais pequeno de matéria que mantém as propriedades químicas de um corpo. Neste sentido, os átomos e as moléculas são partículas. Tratando-se de uma partícula não formada por outras unidades mais pequenas, fala-se de partícula elementar. Estas partículas constituem o elemento mais básico e primordial de uma matéria. Peso: refere-se à atração da gravidade da Terra sobre um corpo ou quantidade de massa. Sua intensidade depende da elevação em que a massa está localizada. Logo, o termo “Peso” é uma força de atração exercida entre corpos que apresentam massa. Toda massa gera o seu próprio campo gravitacional, e esse campo é responsável por atrair outras massas por intermédio da força peso. Esta força peso, também pode ser chamada de força gravitacional. Corpo rígido: compreende em um conjunto de partículas agrupadas de forma que a distância entre as partes que constituem o corpo ou o sistema não sofram mudança, 7 ou seja, essas partículas não se alteram para um referencial fixado no próprio corpo (ANJOS, 2020). Os corpos rígidos podem executar os movimentos de rotação, translação ou os dois de forma combinada. Rotação: consiste na representação do movimento de uma força aplicada a um corpo, que faça que ele saia do estado estático, como, por exemplo: a força aplicada a um pião que o faz girar (ANJOS, 2020). Translação: denominação para o movimento resultante da atuação de forças externas sobre um corpo rígido (ANJOS, 2020). Corpo deformável: nos referimos como deformação de um corpo, aquela cuja ocorra qualquer mudança na configuração geométrica do corpo que leve a uma variação de suas formas e/ou dimensões (HIBBELER, 2011). Sólidos: considera-se um corpo cujo o seu estado seja sólido, aquele que apresenta como aspectos ter seu volume e forma bem definidos, sendo assim, apresentando ações de resistência a deformação do material, isto ocorre, porque no interior de um sólido, os átomos que compõem a estrutura encontram-se um tanto quanto próximos, o que o denomina de “rígidos”. Mas, muito cuidado, o fato de apresentarem rigidez não isenta que o sólido sofra ações atuantes de forças externas que provocam deformação ou compreensão, ou seja, que o mesmo deforme-se ou comprima-se (WINKIPÉDIA, 2020). 1.3 Lei do Paralelogramo Este princípio estabelece que duas forças atuantes sobre um ponto material podem ser substituídas por uma única força chamada de força resultante, esta força é obtida pela diagonal do paralelogramo cujo seus lados são iguais às forças dadas (BEER; JHONSTON JUNIOR, 1995). A Lei do Paralelogramoé utilizada para realizar a adição de apenas dois vetores, logo, como via de regra, deve-se posicionar a origem dos dois vetores no mesmo ponto e traçar uma reta paralela a cada um passando pela extremidade do outro. O vetor soma ou vetor resultante será o vetor que une a origem dos dois vetores com o cruzamento das duas retas paralelas a cada vetor, formando assim um paralelogramo, conforme o apresentado na figura 1.1. Figura 1.1- Regra do Paralelogramo Fonte: http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/vetores/somar/. Acesso em: 22.08.2020. Para determinar o módulo do vetor soma obtido graficamente pelo método do paralelogramo, você deve utilizar a Lei dos Cossenos: Onde θ é o ângulo entre os dois vetores. 1.4 Princípio da transmissibilidade No princípio da transmissibilidade há o estabelecimento em que as condições de equilíbrio ou de movimento de um corpo rígido permanecerão inalteradas se uma força que atua num dado ponto do corpo rígido for substituída por outra de mesma intensidade, direção e sentido, mas que atua em um ponto diferente, desde que ambas duas forças tenham a mesma linha de ação (BEER; JHONSTON JUNIOR, 1995). Figura 1.2 – Princípio da transmissibilidade Fonte:https://www.studocu.com/pt/document/universidade-do-porto/mecanica/ apontamentos/meca1-2017-2018-cap3/8455121/view. Acesso em: 07.09.2020. 1.5 Três Leis fundamentais de Newton A mecânica para engenharia é elaborada com base nas três leis do movimento formuladas por Isaac Newton, no final do século XVII, essas leis se aplicam ao movimento de uma partícula quando medido a partir de um sistema de referência não acelerado. Essas leis podem ser enunciadas como se segue: 1.5.1 Primeira lei de Newton Uma partícula originalmente em repouso ou movendo-se em linha reta, com velocidade constante, tende a permanecer nesse estado, desde que não seja submetida a uma força em desequilíbrio. Também chamada de Lei da Inércia, a 1° Lei de Newton, explica o surgimento das forças inerciais, ou seja, representa as forças que surgem quando os corpos estão sujeitos a alguma força capaz de produzir neles uma aceleração. Vamos pensar na seguinte situação hipotética: ao pisar no acelerador do carro, um motorista pode sentir- se comprimido em seu banco, como se houvesse uma força puxando-o para trás. Na verdade, o que ele sente é a expressão de sua inércia, ou seja, a tendência que seu corpo tem de permanecer parado 8Mecânica dos Sólidos ou em velocidade constante, um outro exemplo que podemos citar é o de um corpo que permanece em movimento após uma freada brusca de um ônibus, como mostra na Figura 1.3. É importante ressaltar que quanto maior for a massa de um corpo, maior será sua inércia. Assim, alterar o estado de movimento de um corpo de massa grande requer a aplicação de uma força maior. Já corpos de massa pequena têm seu estado de movimento alterado facilmente com a aplicação de forças menos intensas (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). Figura 1.3 – Exemplo Lei da Inércia aplicada a um ônibus em movimento retilíneo uniforme. Fonte: https://descomplica.com.br/artigo/quais-sao-as-leis-de-newton-e-como- sao-aplicadas/4pH/. Acesso: 13.09.2020. 1.5.2 Segunda lei de Newton A Segunda Lei de Newton diz que a força resultante que age sobre um corpo deve ser igual ao produto da massa do corpo por sua aceleração. Segundo Hibbeler (2011) em seu enunciado temos: “Uma partícula sob a ação de uma força em desequilíbrio F sofre uma aceleração a que possui a mesma direção da força e intensidade diretamente proporcional à força de movimento acelerado”, logo, se F é aplicada a uma partícula de massa m, essa lei pode ser expressa matematicamente como: Fonte: Hibbeler, 2011. Onde, F, m e a, representam, respectivamente, a força resultante que atua sobre a partícula, sua massa e sua aceleração determinada a partir da relação da variação da velocidade sob a variação de um instante t de tempo, expressas em um sistema de unidades coerentes (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de movimento de um objeto há a necessidade de se exercer uma força sobre ele, que deriva da proporção de massa que ele possui. E sabe-se que esta força altera a velocidade de um corpo, sendo assim o que chamamos de aceleração representa esta variação da velocidade durante certo intervalo de tempo e terá o mesmo sentido da força aplicada, como o exemplo: O valor da força F atuante em um corpo de massa m é diretamente proporcional à aceleração adquirida pelo corpo. Suponhamos de acordo com esta equação, FORÇA é a taxa temporal do momento. Experimentalmente, aceitaremos que foram atribuídos os seguintes valores. Aplicando a 2° Lei de Newton para encontrarmos a aceleração, temos: F = m.a Logo, 20 = 10.a, isolando a, temos: a= 2m/s² 1.5.3 Terceira lei de Newton Conhecida como: “toda ação possui uma reação”, sendo o seu enunciado exposto da seguinte forma: “As forças de ação e reação entre corpos em contato têm a mesma intensidade, mesma linha de ação porém com sentidos opostos”. Portanto, a lei da ação e reação afi rma que, para toda força de ação que é aplicada a um corpo surge uma força de reação em um corpo diferente, sendo esta força de reação valorada com a mesma intensidade da força de ação e com mesma direção, porém com seu sentido oposto. Partindo desse princípio físico é possível perceber que todas as forças formam-se e cancelam-se aos pares, ou seja, quando um corpo qualquer A faz força sobre um corpo qualquer B, esse corpo B resiste com a mesma intensidade à aplicação dessa força por meio da reação em sentido oposto, que atua sobre o corpo A (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). Portanto, podemos expressar matematicamente a terceira lei de Newton como: Onde, FA,B – força que o corpo A faz em B; FB,A – força que o corpo B faz em A. Figura 1.4. Exemplo de ação e reação. Fonte: https://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/4407.htm. Acesso em 22.09.2020. 9 1.6 Lei da grativação de Newton Depois de explicar suas três leis do movimento, Newton postulou a lei que governa a atração gravitacional entre quaisquer duas partículas. Esta lei pode ser expressa matematicamente da seguinte forma (EDUCAÇÃO, 2020): Onde , r = distância entre os pontos materiais, G = constante universal chamada constante de gravitação dada pelo valor de 6,67408 × D = distância. Logo, esta lei estabelece que dois pontos materiais de massas M e m são mutuamente atraídos com forças iguais e opostas F e –F, neste sentindo verifi ca-se necessidade de um equilíbrio múto entre os dois corpos remetendo-se a 3° Lei de Newton, isto é, que dois corpos atraem-se com força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa seus centros de gravidade (SOFISICA, 2020). 2- Sistema de Unidades Caros(as) alunos(as), o Sistema Internacional de Unidades (SI) será bastante utilizado no decorrer dos conceitos envolvidos na Mecânica dos Sólidos, visto que seu principal objetivo é padronizar a medida mundial. Portanto, torna-se necessário o conhecimento de algumas regras e terminologias relevantes para a mecânica dos sólidos na engenharia. Tabela 1 – Quadro Geral de Unidades Grandeza Unidade Símbolo comprimento metro m massa quilograma kg tempo segundo s corrente elétrica ampère A temperatura termodinâmica kelvin K quantidade de substância mol mol intensidade luminosa candela cd Fonte: Adaptado Inmetro, (2013). Figura 1.5 – Prefi xos do SI Fonte: Adaptado Inmetro, (2013). 10Mecânica dos Sólidos 2.1 Regras importantes para uso Quando a precisão de um número é necessária, deve- se aprender a aplicar as regras de arredondamento. É muito importante saber que precisão desnecessária desperdiça tempo e dinheiro. Por exemplo: Ao se expressar o número de pregos existentesno almoxarifado de uma determinada indústria, a resposta será expressa somente por um número inteiro, pois em nenhuma hipótese existirá no almoxarifado 10,4 ou 9,7 pregos, e sim 10 pregos. Para Melconian, (2007), temos como regras principais de arredondamento: 1. Manter inalterado o dígito anterior se o dígito subsequente for menor que “5” (< 5). Exemplo: Dado o número 365,122 arredondando o número acima tem-se: 365,2 – para 5 algarismos signifi cativos e 365,1 – para 4 algarismos signifi cativos. 2. Acrescer uma unidade ao último dígito a ser mantido quando o posterior for “≥ 5” Exemplo: Dado o número 26,666 arredondando-se temos: 26,67 – para 4 algarismos signifi cativos, 26,7 – para 3 algarismos signifi cativos e 27 – para 2 algarismos signifi cativos . 3. Manter inalterado o último dígito se o primeiro dígito a ser desprezado for “5” seguido de “zeros”. Exemplo: Suponha o número 34,650 arredonda-se para: 32,6 – para 3 algarismos signifi cativos. 4. Aumentar o último dígito em uma unidade se o número for ímpar e se o último dígito for “5” seguido de “zeros”. Exemplos: Sejam os números 235,5 e 343,50 arredonda-se o número 235,5 para: 236 – para 3 algarismos signifi cativos. Arredonda- se o número 343,50 para: 344 – para 3 algarismos signifi cativos. 3- Vetores de Força A força sobre um plano material é a resultante de duas forças, esta força que representa a ação de um corpo sobre o outro é caracterizada por seu ponto de aplicação, sua intensidade, direção e sentido. Esta direção é defi nida por sua linha de ação, ou seja, a reta que passa ao longo da qual a força atua, sendo está caracterizada pelo ângulo formado com um eixo fi xo. Outro ponto importante é que esta força representada por um segmento desta linha pode ser determinada a intensidade desta força em um dado comprimento deste segmento, já o sentido desta força pode ser indicado por uma seta (BEER; JHONSTON JUNIOR, 2005). Vejamos a seguinte fi gura. Figura 1.6 – Representação de uma força com direção e intensidade. Fonte: Beer; Jhonston Junior, (2005). 3.1 Escalares e vetores Todas as quantidades físicas na mecânica para engenharia são medidas usando escalares ou vetores. Quando tratamos de escalar, nos referimos a qualquer quantidade física positiva ou negativa que pode ser especifi cada em sua intensidade, alguns exemplos são: comprimento, massa e tempo. Agora para vetor podemos classifi car neste sentido, quando qualquer quantidade física positiva ou negativa possui intensidade e também requer uma direção para sua completa exposição. Sua representação é feita de forma gráfi ca por uma seta. Figura 1.7 – Representação gráfi ca de um vetor. Fonte: Hibbeler, 2011. 3.2 Adição de Vetores A soma de um vetor é feita de acordo com a regra do paralelogramo, desta forma deve-se ter duas forças F1 e F2 e a sua resultante será dada por . Vejamos um exemplo de aplicação: Fonte: Hibbeler, 2011. Para esta resolução podemos utilizar 3 simples passos: 1° Identifi car e juntar as origens dos vetores; 2° Trace uma linha paralela a cada um dos vetores formando um paralelogramo; 3° Realize a soma da diagonal do paralelogramo. É importante ressaltar que a regra do paralelogramo só é aplicável quando há apenas 2 vetores de força de cada vez, caso haja mais de 2 vetores podemos utilizar a regra do poligonal. Beer; Jhonston Junior (2005), em seus estudos, trazem como exemplo a seguinte aplicação da lei do paralelogramo. Neste exemplo temos duas forças, Q e P, que atuam sobre um parafuso A. Como deveremos determinar a sua força resultante? A B 11 EDUCAÇÃO, Mundo. Leis de Newton. 2020. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ as-leis-newton.htm. Acesso em: 22.set. 2020. Quadro geral de Unidades de medida no Brasil. Inmetro. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/ rtac/pdf/rtac002050.pdf . Acesso em 29.set.2020. SOFISICA. Gravitação Universal. 2020. Disponível em: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/ GravitacaoUniversal/gu.php. Acesso em: 28 set. 2020. Vale a pena acessar BEER, Ferdinand P.; JHONSTON JUNIOR, E. Russell. Mecânica dos Materiais. 5. ed. São Paulo: McGraw- Hill, 2005. BEER, Ferdinand P.; JHONSTON JUNIOR, E. Russell. Resistência dos Materiais. 3. ed. São Paulo: McGraw- Hill, 1995. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: mecânica. 10. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2016. HIBBELER, Russell Charles. Estática: mecânica para a engenharia. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. 265 p. Vale a pena ler Vale a pena A solução para este problema será dada a partir da aplicação da soma destes vetores pela Lei do paralelogramo. Desta forma, devemos idealizar uma solução gráfi ca a partir da construção de um paralelogramo com lados na mesma direção de P e Q, onde a sua resultante será a equivalente a diagonal em direção e proporção em módulo. Assim temos: Onde o ângulo α é determinado entre o vetor R e o eixo de referência. Aplicando a lei dos cossenos temos: = (40N)² + (60N)² - 2(40N)(60N)cos155° = 97,73N – aplicando a regra de arredondamento R = 98N Para encontrar α: Utilizaremos a lei dos senos, = A = 15,04° α = 20° + A = 35,04° Ao fi nal desta primeira aula, vamos recordar sobre o que aprendemos até aqui. Retomando a aula 1- Mecânica e princípios fundamentais Na seção 1, estudamos que a Mecânica dos Sólidos é um dos ramos da Mecânica aplicada que tem como principal objetivo o estudo do comportamento dos sólidos quando estes estão sujeitos a diferentes tipos de carregamento. É conhecida por diversos nomes, como, por exemplo: Resistência dos Materiais e Mecânica dos Corpos deformáveis. 2- Sistema de Unidades Na seção 2, vimos que este sistema tem sido o sistema de medição mais utilizado no mundo, tendo como principal objetivo apresentar um conjunto sistematizado e padronizado de defi nições para unidades de medida, que visa uniformizar e facilitar as medições e as relações internacionais do sistema métrico. 3 - Vetores de força Na seção 3, aprendemos que vetores podem ser representados por setas que têm como características a direção, o módulo e o sentido. Na Física, além dessas características, os vetores possuem nomes, isto se dá porque eles representam grandezas como: força e aceleração.
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