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ESTETICA 03

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Estética
Aula 3: História da criação artística
Apresentação
Já ouviu falar em obras clássicas ou modernas de arte? Você já dedicou parte do seu tempo para veri�car a formação e
evolução da arte? E das emoções despertadas no momento da observação de uma obra de arte, você se recorda?
Você sabe a importância do estudo da arte na formação do ser humano? Você se lembra de alguma recepção subjetiva
sobre qualquer obra de arte que tenha desenvolvido sua consciência esté tica?
Aprender sobre a história da criação artística é importante para contextualizá-la, entendê-la e, sobretudo, para apreciá-la.
Nesta aula, conheceremos o mundo fantástico das obras artísticas.
Objetivos
Descrever a importância do estudo da arte na formação do indivíduo;
Identi�car características, conceitos, imagens e personagens fundamentais na história da criação artística;
Estimular a recepção subjetiva da obra de arte para desen volvimento de uma consciência estética.
 Formação da arte
Você já pensou: preciso ir ao museu ou virar a esquina para ver determinada obra de arte? Pode ser um quadro, escultura ou,
até mesmo, um prédio, para observar sua arqui tetura.
Você se lembra de possuir conhecimentos gerais sobre a história do cinema no Brasil e no mundo? Você se lembra do contexto
histórico e social da obra Guernica, de Pablo Picas so, por exemplo? Você se lembra dos elementos estéticos que aproximam a
poesia da letra de música ou da posição dos críticos em relação ao reconhecimento da letra de música como poesia?
Quando pensamos sobre a importância do estudo da arte na forma ção do educando, deparamo-nos com um dualismo:
A sociedade in�uencia a arte ou a arte in�uencia na sociedade?
Poderíamos pensar que a arte é um paralelo com a sociedade?
Sim, a arte reproduz de forma abstrata aquilo que a so ciedade pensa ou sente em determinados momentos, bem como ajuda
na promoção de mudanças na própria sociedade, quando chama a atenção para fatos, acontecimentos, conceitos ou
sentimentos acerca da realidade concreta.
Poderíamos a�rmar que arte e socie dade se alimentam e se completam durante o percurso da humanidade.
Exemplo
 Aquarela Tabacaria (1823) de Debret
Aquarelas de Debret. O artista retratou, há mais de
200 anos, o cotidiano dos escravos nas ruas do Rio
de Janeiro.
Provavelmente, você já se perguntou ao olhar para uma obra
de arte:
Por que o autor dessa obra escolheu representar
determinada imagem, objeto ou fato histórico?
Por que o objeto retratado é tão diferente do que
costumamos observar nas obras atuais?
Olhar uma imagem, às vezes, nos faz pensar sobre muitas
situações, que podem causar perplexidade. Toda arte está
vinculada a um período histórico, a uma concepção
especí�ca ou, ainda, a um modo de pensar de um grupo em
uma época determinada.
Para entendermos melhor como isso ocorre e por que
ocorre, estudaremos a relação histórica da arte com as
ideologias no processo de produção artístico.
 Fonte: Shutterstock Por Paula Scarabelot
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Pré-História – da origem do homem até 4.000 a.C.
A arte no sentido dos museus, criada apenas para �ns de contempla ção, não corresponde à produzida nos primórdios. Se
voltássemos na his tória, e buscássemos as primeiras manifestações artísticas, teríamos objetos criados com objetivos
especí�cos (ARGAN, 2013).
Os primeiros habitantes eram homens que viviam com padrões sociais instáveis, quase desorganizados, não acreditavam em
deuses e a vida, que girava em torno da subsistência, terminava com a morte. Nesse contexto, a arte tinha como objetivo
constituir um meio para obtenção de alimentos, reconhecida como uma técnica mágica.
O mundo da �cção e da representação da pintura se misturavam: as pinturas
eram um aparato técnico da magia (uma forma de armadilha); o desenho
signi�cava a representação e a coisa representada. Pintar um animal na
rocha era o mesmo que produzir um animal real.
A pintura, no momento paleolítico, explicava o naturalismo da pintura representada, ela criava uma duplicação ao representar o
animal ou objeto (imitação).
"O animal que por artes mágicas seria evo cado à vida, mas só poderia ganhar existência
se a cópia fiel e genuína."
- HAUSER, 2003, p. 7
 Pintura rupestre, representa a arte pré-histórica
Hauser (2003) explica:
“As pinturas não eram criadas com qualquer intenção de
fornecer aos olhos prazer de ordem estética, mas
constituíam a concretização de um propósito em que o
elemento mais importante era que tais pinturas fossem
acomodadas em certas cavernas e em determinados
pontos especí�cos das cavernas – ou seja, em locais
considerados especialmente adequados para magia.”
 
 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Período Neolítico
Nesse período, a arte passou a adquirir outros aspectos, diferentes do que apenas o de imitação para �ns mágicos. Ela deixou
de ter um caráter mais naturalista e o interesse passou a ser simbólico, deixando de lado a característica de ser um relato de
fatos concretos da vida. A arte não mais se assemelhava ao objeto representado.
Na história das civiliza ções, o homem deixou de ser coletor e caçador e passou a ser produtor de seus próprios alimentos. É
um fato revolucionário para os grupos sociais, que mudou a forma como os homens passaram a se relacionar com a natureza
e com o mundo espiritual.
 Escultura do período Neolítico, produzida por volta de 3.500 a.C, originária da Necrópole de Cernavoda e confeccionada em terra cota.
 Atividades iniciadas no período Neolítico
 Clique no botão acima.
Atividades iniciadas no período Neolítico
No período Neolítico, o homem iniciou a agricultura e o processo de divisão da sociedade em camadas e estratos
sociais, em privilegiados e subalternos. O trabalho e a divisão social de tarefas deram origem à produção primária,
manufatura e ao comércio.
O apego ao lar garantiu uma mudança na vida social e econômica. A economia diária passava a ser planejada e
regulada para períodos mais extensos. Houve a modi�cação de “de sintegração social e anarquia para o estágio de
cooperação e economia de grupo”.
O lugar da magia e feitiçaria, praticado pelos grupos anteriores, foi substituído pelo culto e pela religião.
Com o sedentarismo, os homens passaram a ter consciência de sua dependência da natureza e seus fenômenos.
Junto com essa consciência, surgiu a concepção de “todas as espé cies de demônios e espíritos que distribuíam
bênçãos ou maldições” e o mundo passou a ser dividido no espiritual e no corporal. O homem passa a ter a
necessidade de ídolos, amuletos, símbolos sagrados e profanos, que conduzirão a concepção artística para essa
divisão.
Se analisarmos os aspectos históricos, te mos o entendimento da arte que mostra a magia como sensualista e
aplicada ao concreto e, no período Neolítico, marcado pelo se dentarismo, o pensamento se divide na vida deste e de
outro mundo.
Esse fato é importante para a compreensão do processo de inte lectualização e racionalização da arte.
Representação naturalista e concreta → Representação simbólica.
Saiba mais
Conheça os símbolos religiosos
 Antiguidade 4.000 a.C. a 476 d.C.
O �m do período Neolítico anunciou um novo estilo de vida: desenvolvimento do comércio de manufaturas independentes e
ascensão dos mercados e cidades.
 Na arte, buscava-se manifestar imagens de espíritos, de deuses e de homens, de utensílios decorativos e de joias.
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A máscara fúnebre — A representação de Tutancâmon, feita
em ouro e pedras preciosas. Hoje ela se encontra no Museu
do Cairo.
 Fonte: sumerianturks.org
 Fonte: sumerianturks.org
A produção artística do �m do século VII a.C. concentrou-se
na lapida ção de grandes �guras masculinas em mármore.
Mesmo imitando a arte egípcia de esculpir grandes blocos,
o artista já tinha a consciência de que as esculturas não
deveriam assemelhar-se somente a seu modelo, como
repro dução �dedigna, mas que poderia ser objeto belo emsi
mesmo.
Um exemplo foi a produção de Kourus, tipo de estátua
grega, representando um homem jovem. Com simetrias
equilibradas e perfeitas mostrava o culto ao humano e não
mais ao espiritual.
 Arquitetura na Antiguidade
 Clique no botão acima.
Arquitetura na Antiguidade
Na arquitetura, houve destaque para as edi�cações dos templos simétricos, que eram construídos não para reunir
pessoas em tor no de cultos, mas para resguardar e proteger as esculturas das divindades dos fenômenos naturais.
A cidade de Roma, em 753 a.C., estava repleta de mitos e lendas. A arte passou a receber in�uência cul tural dos
gregos e etruscos, que contribuíram para Roma se tornar um vasto império.
Na época, a produção artística mostrava um ideal de beleza e a preocupação em expressar a realidade vivida. Um dos
aspectos mais importantes da in�uência cultural dos etrus cos para a arte romana foi o uso do arco e da abóbada nas
construções.
A cidade de Roma, em 753 a.C., estava repleta de mitos e lendas. A arte passou a receber in�uência cul tural dos
gregos e etruscos, que contribuíram para Roma se tornar um vasto império.
Na época, a produção artística mostrava um ideal de beleza e a preocupação em expressar a realidade vivida. Um dos
aspectos mais importantes da in�uência cultural dos etrus cos para a arte romana foi o uso do arco e da abóbada nas
construções.
  O Hephaesteion é um templo em estilo dórico dedicado a Hefaisto, deus do fogo, cujo nome latino é Saturno. Trata-se de um dos mais bem preservados de Atenas.
Esses elementos arquitetônicos permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas.
No �m do século I, a produção artística arquitetônica superava as in�uências grega e etrusca e desenvolvia criações
artísticas originais e independentes.
A construção dos an�teatros destinados a abrigar muitos espectado res representou uma mudança da planta do teatro
grego. O maior exemplo é o Coliseu de Roma, considerado um dos mais belos dos an� teatros românicos.
 Coliseu anfiteatro mais famoso de Roma (Itália) Fórum Romano
Saiba mais
O nome românico foi criado para designar as obras arquitetônicas dos séculos XI e XII, na Euro pa, cuja estrutura se assemelhava
a das construções dos antigos romanos. Seus aspectos mais signi�cativos são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que
a sustentam, e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas (PROENÇA, 2007).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Império Bizantino
Alcançou seu apogeu político e cultural de 527 a 565. Houve a consolidação e o�cialização do Cristianismo, a arte cristã
passou a exprimir riqueza e opulência, representada na au toridade do soberano.
A arte mostrava a rigidez da personagem representada — veneração e respeito. Os pés, as mãos, as dobras das roupas, os
símbolos e o gestual possuíam signi�cados e direcionamentos, justamente pelo fato de representarem os soberanos e �guras
sagradas.
 Clássico da ideologia polí tica/ religiosa | Fonte: /onartandaesthetics.com
"Há uma mistura proposital dos personagens sagrados e oficiais nas pinturas e
representações artísticas, para causar certa confusão nos obser vadores com o intuito de
levá-los a acreditar que os próprios soberanos representavam uma figura divina".
- (FAVERO, 2012)
Em oposição, Jesus Cristo e Maria eram representados com características das persona lidades do Império. O poderio e caráter
majestoso da arte bizantina pode ser observado na arquitetura das igrejas.
 Mosaico de entrada do sudoeste da Catedral Hagia Sophia | Fonte: Wikipedia
No sécu lo VII, a Igreja continuava a contratar construtores, carpinteiros, marcenei ros, vitralistas, decoradores, escultores e
pintores, pois as eram os únicos edifícios públicos que ainda se construíam (PROENÇA, 2007).
Em 800, Carlos Magno tor nou-se imperador do Ocidente. Teve início o desenvolvimento cultural. Era a união do real com o
poder papal.
 Atividade
1. Observe a imagem a seguir e identi�que artista, obra e dê a sua interpretação.
2. De�na o conceito de ideologia, a partir do estudo da aula.
3. O Império Bizantino durou do século IV ao século XV. Comente sobre a arte nesse período.
Referências
Notas
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2013.
BENJAMIN, Walter. Estética e sociologia da arte. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
FAVERO, A. Linguagens da arte e regionalidades. Rio de Janeiro: UNESA, 2012.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
NOYAMA, Samon. Estética e Filoso�a da Arte. Curitiba: InterSaberes, 2016.
PROENÇA, G. História da arte. São Paulo: Ática, 2007.
Próxima aula
Registros no campo da expressão artística;
Arte como fenômeno histórico-social;
Forma e estilo, linguagens artísticas.
Explore mais
Leia o texto sobre o Império Bizantino .
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