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RONALDO BITENCOURT LOURENÇO JUNIOR 8094339 PORTFÓLIO 1 Trabalho apresentado ao Claretiano – Centro Universitário para a disciplina de Língua Brasileira de Sinais. PROF(a): Cristiane Regina Tozzo BELÉM-PÁ 2021 Atividade no Portfólio Objetivos: Demonstrar o que é a deficiência auditiva/surdez e refletir sobre ela. Compreender e identificar as abordagens educacionais e suas repercussões na escolarização dos surdos. Compreender e demonstrar a importância da língua de sinais para a educação de surdos. Descrição da atividade Com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir: 1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. Quando estamos em um determinado local e ouvimos um ruído ou até mesmo uma pessoa nos chama de um outro lugar, percebemos que há alguém perto de nós pela intensidade do som, se está perto ou longe com isso percebemos mais ou menos e da onde está vindo a voz da pessoa. Já o surdo consegue perceber quando está na sua visão-espacial ou sente a vibração dos passos no chão. b) Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. Uma sirene de ambulância: avisa-nos que existe um acidente por perto ou está em deslocamento. O surdo consegue perceber através da sua visão-espacial, as pessoas se locomovendo para longe, os carros dando espaço para a ambulância passar, as luzes ambulância, etc. c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. A conversa entre os colegas de classe durante o recreio, os ouvintes conseguem interagir oralmente e ouvir os colegas. O surdo pode se sentir excluído da conversa se os colegas não usarem a língua de sinais. d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. Assistir uma palestra: ao escutar a voz explicando o tema o cérebro vai assimilando os conhecimentos. O surdo já não tem essa explicação sem um intérprete de Libras, assim o entendimento fica condicionado aos slides que são resumos ou frases que precisa da explicação do interlocutor. e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. Responder a uma chamada: atende para comunicar com a pessoa que te liga. O surdo se comunica por línguas de sinais em um ligação de vídeo (Ex: Skipe), ou pelo teclado do celular. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade. Depois de concluir sua atividade, poste-a no Portfólio. A história dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes, pois por muito tempo ocorreu a exclusão de todos aqueles seres que não se encaixavam na normalidade que a sociedade ouvinte acredita ser. Por muitos anos foram negados através do congresso internacional de Educação de Surdos que aconteceu em Milão no ano de 1880, o uso de Sinais nas comunicações, socialização e educação. Eram obrigados a utilizar a comunicação oral e proibidos a linguagem de sinais. Foi preciso muita luta e muitas batalhas vencidas afim de incluir as línguas de sinais no meio social e educacional, respeita-las e abranger todos os direitos humanos para todos os seres, sem distinção. Quando teve a comunicação total, o surdo ainda vivia sobre o autoritarismo dos ouvintes, pois utilizavam de sinais do português sendo que este não se encaixou e ainda continuou os índices dos surdos não atingirem graus de educação que nem os ouvintes. Na atualidade, a língua adotada pelos surdos a língua brasileira é de sinais, ensinada como a principal pela comunidade surda e a língua portuguesa como segunda língua, o que proporciona a verdadeira educação e inclusão. O autoritarismo aplicado a essa questão retardou as discussões para melhoria das condições na educação de surdos. A língua de sinais tem um valor essencial para comunicação dos surdos, contudo, para o acesso a essa comunicação é essencial que haja o contato do aluno surdo com Libras. É necessário que o professor se atualize esteja em constante sintonia com os processos de didática disponíveis, reconhecendo os graus de necessidades dos alunos e desenvolvendo métodos afim de aprimorar a comunicação com o aluno respeitando suas dificuldades. Segundo Mantelato, Pedroso e Dias (2000), sem a utilização da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, o aprendizado do surdo é parcial e precária, é importante também que haja uma atuação psicológica junto a familiares de discentes surdos visando facilitar o ensino da Língua de Sinais e oferecer apoio nessa área psico-educacional, visando ensinar a Língua de Sinais e desenvolver apoio aos pais. Ao longo da história a educação de crianças surdas no Brasil têm mostrado muitas controvérsias e poucos resultados positivos ao passo que torna-se necessário um planejamento que inclui didáticas e políticas educacionais nas escolas, como a viabilização do aprendizado por meio de Libras; a garantia de práticas pedagógicas adequadas aos alunos com deficiências auditivas independentemente da modalidade de ensino frequentada, seja classe comum, sala de recursos ou escola de oralismo e a garantia de práticas pedagógicas adequadas aos alunos com deficiências auditivas; pois o processo de inclusão não almeja apenas a matrícula e ingresso de alunos com necessidades educacionais especiais nas turmas regulares e necessário entretanto um conjunto de ações e práticas que envolvam todo o espaço escolar. 2 REFERÊNCIAS FERNANDES, S .. Educação Bilíngue para Surdos: o contexto brasileiro. In: I Seminário sobre Inclusão no Ensino Superior: trajetória a do estudante s urdo, UEL, 2008. PEDROSO, Cristina Cinto Araújo; R OC HA, Juliana Cardoso d e Melo. Língua Brasileira de Sinais. Batatais. Claretiano, 2013 Pontuação: A atividade vale de 0 a 1,0 ponto. Critérios de avaliação Na avaliação desta tarefa, serão utilizados os seguintes critérios: Utilização da norma padrão Língua Portuguesa e das normas da ABNT. Compreensão dos textos estudados. Capacidade de análise do conteúdo e síntese de ideias. Articulação entre o tema e as considerações apresentadas; O envio de mensagens se encerra em 27/09/2021
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