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Terceira postagem TC Licenciatura em História RA1960211

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Unip - Universidade Paulista
Polo Catolé Do Rocha
Curso: História
A Importancia das Lâminas na História da Humanidade
David Maxwell Silva de Melo/Ra: 1960211
Catolé do Rocha-PB
2021
David Maxwell Silva de Melo
A Importancia das Lâminas na História da Humanidade
Trabalho de Curso – Licenciatura em História
Catolé do Rocha-PB
2021
AGRADECIMENTOS
resumo
As laminas a principio, não foram criadas com o intuito de combate, apesar da sua origem atrelada à criação de um dos primeiros armamentos bélicos da história. Esse fascinante objeto, descoberto ainda por homens primitivos que não sabiam se quer manipular o aço, tem sua parcela considerável na sobrevivencia e subsistencia da raça humana. Sem a descoberta da lamina, a humanidade não teria ferramentas aprópriadas para outras descobertas de semelhante importancias como a roda e o fogo. Ao longo dos séculos o homem aprendeu a extrair o ferro das rochas e manipulálo com calor e outras substancias chegando a descoberta do aço e consequentemente as armas de conbate, como por exemplo a espada. Considerado o principal instrumento de batalha dos povos da antiguidade, que ao longo dos tempos veio se modificando quanto à estrutura, ao peso, à matéria-prima e finalidade ainda hoje fascina tanto jovens quanto a velhos. Ganhou grande notoriedade e seu lugar de destaque nos livros de História na Idade Média e primeiros séculos da Idade Moderna, o manejo da espada era praticado nas cortes europeias em duelos de exibição e disputas para qualquer tipo de assunto. Com o advento das armas de fogo, a esgrima e acutelaria perderam seu briu e passaram a receber status de esporte. 
Palavras-chave: História; Lâmina; Cutelaria; Espada
ABSTRACT
The blades, at first, were not created with the intention of combat, despite their origin linked to the creation of one of the first weapons in history. This fascinating object, still discovered by primitive men who did not know whether to manipulate steel, has its considerable share in the survival and subsistence of the human race. Without the discovery of the blade, humanity would have no tools suitable for other discoveries of such importance as the wheel and fire. Over the centuries, man learned to extract iron from rocks and manipulate it with heat and other substances, leading to the discovery of steel and, consequently, weapons of combat, such as the sword. Considered the main battle instrument of ancient peoples, which over time has been changing in terms of structure, weight, raw material and purpose, it still fascinates both young and old today. It gained great notoriety and its prominent place in history books in the middle ages and first centuries of the modern age, swordplay was practiced in european courts in exhibition duels and disputes for any type of subject. With the advent of firearms, fencing and sharpwork lost its briu and received sport status.
Keywords: history; blade; cutlery; sword
sumário
introdução.................................................................................................
1. A Origem...............................................................................................
2. produção............................................................................................
3. a criação da espada e da esgrima.............................................
4. Aspectos culturais........................................................................
considerações finais.............................................................................
bibliografia................................................................................................
INTRODUÇÃO
O Presente Trabalho tem como objetivo de estudo a importância das lâminas no desenvolvimento das civilizações ao decorrer da história da humanidade. Esse tema foi escolhido com o intuito de conhecermos melhor a origem das lâminas e os feitos da humanidade conquistados através delas, e para que o homem não esqueça que mesmo com toda a tecnologia moderna que lhe rodeia, uma simples lâmina ainda pode salvar a sua vida.
Através deste, mostra-se que a evolução humana e a história, desde que nos distinguimos dos primatas comuns, cerca de 7 milhões de anos atrás, até o fim da última Era Glacial, há aproximadamente 13.000 anos atrás não seria a mesma se não fosse o advento das lâminas. 
Segundo Jared Diamond (1997, p20), os ancestrais humanos se espalharam, a partir de suas origens na África, para outros continentes, de modo a entender o estágio do mundo pouco antes dos acontecimentos frequentemente sintetizados pela expressão “surgimento da civilização”. Ocorre que o desenvolvimento humano em alguns continentes começou bem antes do que em outros e isso é explicito em relação as civilizações em que as lâminas surgiram mais cedo. 
A narrativa gira em torno de um universo que não seria o mesmo, seria totalmente diferente, com ferramentas diferentes e tecnologias diferentes sem o uso da lâmina. Não é exagero pensar que talvez nem mesmo a raça humana pudesse ter sobrevivido a grandes eventos de guerras, a ação de predadores naturais e a dificuldade da aquisição e trato da caça para consumo de carne vermelha tão essencial para o homem primitivo, levando assim a extinção da raça humana. Uma outra face da mesma moeda, após a descoberta da lâmina e a superação à extinção, vem os grandes feitos Históricos que só foram possíveis com o uso de grandes lâminas denominadas espadas, que eram a maior ferramenta bélica do período e que levou civilizações inteiras ao apogeu, reis ao trono e impérios a ruina.
Para elaboração desse trabalho foram observadas várias fontes como livros relacionados a idade média, idade moderna, idade dos metais, forjas e até mesmo pré-história. Foi observado que não existe muitos materiais científicos a respeito do assunto, viabilizando assim ainda mais a importância desse trabalho para fins de conhecimento acadêmico e talvez até mesmo enriquecer a rede mundial de computadores com tal material. Foi encontrado muito material de cunho fantasioso e fictício, relacionado aos games e jogos de RPG e cultura pop, como filmes e series de tv. Esse material se torna diferente pois trata desse assunto de forma séria, real e verdadeira apesar do pouco material encontrado, trazendo assim um sentimento ainda maior para a conclusão desse trabalho, sabendo que a inclusão desse material será de grande valia para as futuras gerações. Esse material traz consigo um conteúdo ainda não compilado a respeito de um assunto tão importante de se observar e tão antigo que impressiona ainda não existirem materiais relevantes sobre o assunto supracitado nesse trabalho, tais como conteúdo cientifico como também material de cunho cultural como as lendas que permeiam as culturas ao redor do mundo quando o assunto é espadas e lâminas.
Esse compilado de informações irá trazer uma visão diferenciada a respeito da evolução humana e um respeito maior as ferramentas em questão, mudando a ótica dos observadores, curiosos, estudiosos, alunos, professores e até mesmo cientistas arqueólogos que a partir de então mudarão o olhar quando estudarem a respeito de alguma civilização, procurando então saber quais tipos de ferramentas e armamentos tais povos utilizavam, aonde, quando, quanto e para quê. 
Além de tudo a leitura desse trabalho se torna uma aventura fascinante onde o estudo se mistura à ação e o leitor é transportado em uma viagem incrível pelas páginas escritas através dos séculos e das maiores civilizações já registradas em meio a criação de espadas belíssimas e combates romantizados pela literatura, sem falar na gama de conhecimento enrustido em cada entrelinha. 
As pesquisas foram embasadas em estudiosos renomados como Augusto José de Sá Campello, com seu livro “Facas Brasileiras”, Antônio Luiz Costa em “Armas brancas, como lutar sem pólvora”, Jared Diamond no livro “Armas, Germes e aço” e alguns artigos científicos como “A espada Medieval”da universidade de Lisboa, dissertações da universidade de pelotas, artigos da universidade federal de Campina Grande bem como outros utilizados para melhor embasar os estudos para melhor redigir esse trabalho valioso para os amantes das lâminas, da cultura medieval e da arte da cutelaria e da esgrima.
1. A ORIGEM
O termo “lâmina” é originário do latim e é usado para identificar qualquer objeto cortante de corte liso, confeccionado em metal ou em qualquer outro tipo de material duro o suficiente para utiliza-lo no trabalho ao qual seja necessário o emprego da mesma. As primeiras lâminas foram confeccionadas em pedras retificadas por outras pedras através do atrito e contusão até produzir uma borda suficientemente afiada para cortar, raspar ou fender.
Segundo Cris Couto, no site do editorial da revista sociedade da mesa, as primeiras facas de metal, primeiramente em cobre e depois em bronze, surgiram entre 3000 e 700 A.C.
Lâminas de pedra lascada já foram o que havia de mais moderno e tecnológico que já existiu em uma época. Ao decorrer dos séculos o homem aprendeu a extrair o ferro do minério e fundi-lo com outros metais criando ligas metálicas com dureza e tenacidade especificas para trabalhar as lâminas atingindo os objetivos que queriam. Os primeiros exemplares conhecidos como faca datam da idade do bronze. Mas os primeiros artefatos perfurocortantes confeccionados em pedra lascada datam, segundo estudos utilizando o carbono 14 em achados arqueológicos, cerca de 2 milhões de anos. Mas, foi só a 500 mil anos que a faca tomou o formato que hoje conhecemos. Existem relatos de lâminas entre os agricultores orientais a três milênios atrás, já entre os africanos e indianos há 200 mil anos atrás encontrou-se os formatos modernos de facas, e as primeiras espadas na região das penínsulas itálicas há 5 mil anos atrás. 
Segundo Diamond, nos últimos 13.000 anos, por meio de um breve exame das consequências históricas do ambiente de algumas ilhas durante um certo período de tempo, observou-se que quando os ancestrais dos polinésios se espalharam pelo Pacífico, cerca de 3.200 anos atrás, encontraram ilhas com ambientes muito diferentes. Em poucos milênios, àquela sociedade ancestral polinésia se espalhou por diversas ilhas, gerando várias sociedades diferentes, que iam de tribos de caçadores-coletores até proto-impérios. Essa sequência pode servir de modelo para processos mais longos, em maior escala e menos compreendidos, de reprodução de sociedades nos diferentes continentes, desde o fim da última Era Glacial até se tornarem tribos caçadoras-coletoras ou impérios. O que ditava o ritmo do desenvolvimento de tais comunidades era exatamente o poderio bélico-militar, que na ocasião baseava-se praticamente de armas perfurocortantes e de contusão, travando assim uma guerra fria nos moldes de uma corrida espacial para melhor desenvolvimento de suas armas e melhores descobertas a cerca das ligas metálicas específicas para os materiais de ataque e para os materiais de defesa.
 A primeira vez que o homem fez contato com elemento ferro, foi sob a forma de meteoritos, daí a etimologia da palavra siderurgia, cujo radical latino sider significa estrela ou astro. O ferro, encontrado em meteoritos, contém normalmente 5 – 26% níquel, enquanto que o ferro produzido artesanalmente continha apenas traços deste elemento, logo, sempre foi muito fácil diferenciar os artefatos feitos à base de ferro oriundo de meteoritos. Os mais antigos artefatos de ferro que se tem notícia são dois objetos encontrados no Egito, um na Grande Pirâmide de Gizé, construída aproximadamente em 2900 A.C., e outro na tumba de Abidos, construída aproximadamente em 2600 A.C. Feitas de diferentes matérias primas, as lâminas tem seu lugar de destaque na história da sobrevivência humana e conquistas militares das civilizações em todo o globo nos últimos 20.000 anos, desde o fim da era glacial até meados do século XXI. É importante salientar que as ligas metálicas não eram exclusivamente utilizadas para utilização nas armas, mas também nas maças, nas armaduras, cotas de malha, elmos e etc.
Em diferentes partes do mundo, as sociedades se desenvolveram de formas distintas devido as condições de clima, vegetação e geografia, fazendo com que umas se desenvolvessem mais rápido do que outras. Essa diferença exacerbada não se deu devido a etnia ou inteligência de cada comunidade, mas um dos principais fatores foi exatamente a descoberta do aço e como forja-lo e maneja-lo.
Apesar de toda a distância, língua, religião e falta de comunicação, uma coisa era comum a todos os povos: a lâmina. Produzida em diversos tipos de material como metal ou pedra e em diversos formatos, tanto para ser usada como ferramenta ou para fins bélicos, certamente a Humanidade não seria a mesma sem a descoberta, o uso e o aprimoramento das lâminas.
A descoberta da pólvora pelos chineses foi um marco divisor de águas que acabou por ofuscar o uso soberano das lâminas. O homem carrega armas consigo desde sua origem. Uma relação de amor e ódio que ajudou a unificar tribos, erguer civilizações, derrubar impérios. Usadas primordialmente como instrumento de sobrevivência e para a caça, a lâmina se tornou algo indispensável para o homem primitivo levando-o a investir nessa ferramenta tão útil elevando-a ao patamar de instrumento de defesa.
As facas e espadas sempre foram algo que fascinaram. Grandes heróis da humanidade portaram uma espada, os maiores sobreviventes da História possuíam uma faca. Ao receber minha primeira faca ao termino de um treinamento de sobrevivência entendi o real valor de uma lâmina para um homem.
Será possível a humanidade desenvolver tecnologia de nível nuclear a ponto de poder substituir as lâminas de forma efetiva para qualquer tipo de serviço ou trabalho?
Hoje, com o advento da era digital as lâminas tem perdido espaço para as maquinas de corte a laser das grandes industrias trazendo o perigo da extinção das lâminas e o esquecimento da importância das mesmas na história da humanidade.
Desse modo, a pesquisa consiste em primeiro lugar em entendermos por que e para quê foi necessário que o homem primitivo desenvolvesse uma ferramenta de corte e em segundo lugar qual será o futuro das lâminas na estrutura moderna do mundo.
2. PRODUÇÃO
Em suma, a ciência envolvida para criação de uma lâmina de qualidade tem sido aprimorada desde a idade média até os dias atuais através do conhecimento empírico, como também, pelos estudos científicos, tipo de aço, quantidade de carbono, temperatura da forja, coloração do metal após aquecido, têmpera, diminuição de tenção do aço são fatores de extrema importância na confecção de uma lâmina de qualidade. Na Idade Moderna, com o advento das armas de fogo, a arte de manejar a espada começa a receber uma nova configuração. A eficiência do novo armamento vista nos combates fez com que aos poucos a espada fosse perdendo espaço nos exércitos, porém, este foi um processo longo e vagaroso que perdurou por vários séculos mas maximizou-se após a descoberta da pólvora pelos chineses. Pode-se dizer que este foi o pontapé para a esportivização desta arte marcial, transformando-a mais tarde em esgrima. Todavia, durante a Idade Moderna, ainda eram comuns e frequentes os duelos, estes mantiveram com os mesmos propósitos, como, por exemplo, resolver desentendimentos e disputas. A ficção intitulada “Os Três Mosqueteiros”, publica no século XIX, apresenta uma reapresentação ou uma representação da história da França durante Idade Moderna. A figura da espada e a arte de manipulá-la são de extrema importância para o enredo desta estória/trama, sendo uma obra que demonstra toda a popularidade da arte marcial entre exército e o povo francês. Contudo, cabe destacar, que a organização militar francesa foi uma das principais responsáveis pela institucionalização desta arte na Europa, fazendo com que mais tarde esta viesse a se tornar um esporte.
A arte de manejar a espada foi sim uma arte marcial que representou vários povos ao longo da história da humanidade. A cadaépoca, a espada tinha diferentes representações para os diferentes povos. Porém, neste contexto existem aspectos comuns que perpassaram o tempo e as culturas. A espada sempre foi um símbolo de batalha, guerra, conflito ou luta, que contribuiu com a construção do imaginário de homem que imperou durante aqueles períodos. Homem este, considerado bravo, corajoso, masculino, rude e provedor, que daria sua vida em nome de sua nação e de suas convicções/crenças. Apesar de estes aspectos fazerem parte do imaginário social, eles também foram características que ajudaram a definir as identidades dos povos e nações, pois estas características se materializaram em ações ou práticas típicas destes grupos. Ao se praticar uma mesma arte marcial ou mesmo um esporte, pode-se dizer que existe uma identidade cultural que compreende e qualifica este coletivo. Na construção da prática da esgrima a construção de identidades culturais pode ser percebida.
3. A CRIAÇÃO DA ESPADA E DA ESGRIMA
Neste capítulo serão abordados aspectos gerais referentes à esgrima, tendo como ponto de partida o entendimento da necessidade do homem em se defender, passando pela criação da espada até chegar aos primórdios do esporte.
Desde que o homem surgiu no mundo ele necessitou se alimentar para manter-se vivo e assim perpetuar sua espécie. Porém, naquele momento ele também precisou criar estratégias e artifícios para garantir sua sobrevivência. Os perigos de uma natureza inóspita, a necessidade de caçar para comer e de se defender de predadores e outros semelhantes, fez com que o homem arquitetasse instrumentos ou utensílios com a finalidade de proteção e de caça. Alguns autores defendem esta ideia e dizem que isto começou na idade da pedra lascada e/ou na idade da pedra polida, período este, no qual os homens se utilizavam das pedras para os fins já citados. Outros autores defendem que o homem se utilizou de galhos ou pedaços de pau para isso. Apesar de haver certa divergência sobre o tipo e material, todos conferem que o homem precisou sim de uma espécie de “armamento”, pois, senão, não se manteria vivo. Indo ao encontro da História Cultural, podemos dizer que estas eram as práticas de um determinado povo, ou melhor, de todos os povos da terra daquele momento histórico.
Na mesma direção, de que o homem criou instrumentos com objetivo de defesa e caça, temos a criação da espada. Sua primeira forma data séculos anteriores à Cristo, com a descoberta da têmpera do aço ou metal. Nesta época o processo de fabricação era extremamente rudimentar, fazendo com que as lâminas fossem muito pesadas e grossas. Cramer (1973) afirma que a espada mais antiga que se tem registro, trata-se da espada de Saragon, Rei da Caldéia, em 5000 a.C.. Posteriormente a esta data, em 1190 a.C., registros de imagens nas paredes do templo egípcio de Madinet-Habu revelam homens manipulando espadas (LOHMANN; AVILA, 2006). A história dos povos da China, Japão, Pérsia, Grécia e Babilônia, além do povo romano e hindu, também registram a prática do manejo da espada, como uma arte de batalha (CRAMER, 1973; LOHMANN; AVILA, 2006).
Porém, ao longo dos séculos que se seguiram após os períodos acima citados, as espadas foram sendo refinadas através de novos processos. Elas se tornaram mais leves, ágeis e de fácil manuseio. Juntamente as mudanças físicas, ou melhor, estruturais do objeto, também vieram o aprimoramento das técnicas de combate e manejo da espada. Fazendo menção a este momento histórico, ao qual a espada passar a ter papel significativo dentro da cultura de guerra dos povos na antiguidade, destaca-se as atrocidades feitas pelos romanos na busca pela expansão de seu império, sendo utilizadas as espadas como os principais instrumentos bélicos na dominação de outros povos. Os romanos conquistaram inúmeros povos através o manejo cruel e eficaz das espadas, chegando a estender seu império à Ásia, África e Europa. Naquele momento, as lutas com espadas também se tornam uma forma de entretenimento, estas lutas, por sua vez, eram vistas nas batalhas entre gladiadores na arena do Coliseu de Roma, por exemplo.
Durante a Idade Média os duelos com espadas aconteceram como uma maneira de resolver disputas e/ou desentendimentos entre os homens. As espadas neste período voltam aumentar de peso, para que seus golpes fossem mais eficientes e destrutivos. Concomitante a isto, surgem às armaduras de metal enquanto uma indumentária capaz de proteger os corpos destes homens. Estas (as armaduras) faziam com que houvesse maior sobrevida dos combatentes, apesar de, ao mesmo tempo, limitarem os movimentos corporais devido a todo peso e a imobilidade das estruturas. Alguns autores defendem que manejo da espada era naquele momento uma arte de percussão e impacto.
Uma questão que cabe ser destacada referente à era das cruzadas que atinge a Idade Média, na qual as espadas eram elementos intimamente presentes na cultura dos povos e nações, foi parceria, ou talvez, o quase mutualismo entre o homem e o cavalo. Os homens montados sobre os cavalos e empunhando espadas mostravam toda a força e imponência de seus impérios por onde passavam. Dominavam nações, duelavam e guerreavam sobre o animal. Estes cavaleiros também participavam competições medievais conhecidas por justas.
Os séculos se passaram e no final da Idade Média e início da Idade Moderna, as espadas se tornaram ainda mais leves e finas, para que pudessem atingir os espaços criados pelas articulações das armaduras e assim atingir/ferir os combatentes. A partir disto, as técnicas de luta são aprimoradas cada vez mais, fazendo com que fossem criados centros de treinamento destinados ao ensino e ao aperfeiçoamento da arte de manejar a espada para os membros dos exércitos das nações europeias.
Além de arte marcial de batalha, a prática do manejo da espada se torna uma forma de entretimento da nobreza nas cortes europeias, como se observa na imagem a seguir, onde estão representados duelistas manejando a espada.
Na Idade Moderna, com o advento das armas de fogo, a arte de manejar a espada começa a receber uma nova configuração. A eficiência do novo armamento vista nos combates fez com que aos poucos a espada fosse perdendo espaço nos exércitos, porém, este foi um processo longo e vagaroso que perdurou por vários séculos. Pode-se dizer que este foi o pontapé para a esportivização desta arte marcial, transformando-a mais tarde em esgrima. Todavia, durante a Idade Moderna, ainda eram comuns e frequentes os duelos, estes mantiveram com os mesmos propósitos, como, por exemplo, resolver desentendimentos e disputas.
A ficção intitulada “Os Três Mosqueteiros”, publica no século XIX, apresenta uma reapresentação ou uma representação da história da França durante Idade Moderna. A figura da espada e a arte de manipulá-la são de extrema importância para o enredo desta estória/trama, sendo uma obra que demonstra toda a popularidade da arte marcial entre exército e o povo francês. Contudo, cabe destacar, que a organização militar francesa foi uma das principais responsáveis pela institucionalização desta arte na Europa, fazendo com que mais tarde esta viesse a se tornar um esporte.
4. ASPECTOS CULTURAIS
A arte de manejar a espada foi sim uma arte marcial que representou vários povos ao longo da história da humanidade. A cada época, a espada tinha diferentes representações para os diferentes povos. Porém, neste contexto existem aspectos comuns que perpassaram o tempo e as culturas. A espada sempre foi um símbolo de batalha, guerra, conflito ou luta, que contribuiu com a construção do imaginário de homem que imperou durante aqueles períodos. Homem este, considerado bravo, corajoso, masculino, rude e provedor, que daria sua vida em nome de sua nação e de suas convicções/crenças. Apesar de estes aspectos fazerem parte do imaginário social, eles também foram características que ajudaram a definir as identidades dos povos e nações, pois estas características se materializaram em ações ou práticas típicas destes grupos. Ao se praticar uma mesma arte marcial ou mesmo umesporte, pode-se dizer que existe uma identidade cultural que compreende e qualifica este coletivo. Na construção da prá Dependendo do país, as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japão, ela é conhecida como katana; as espadas japonesas são feitas artesanalmente e podem levar até um ano ou mais para ficarem prontas, contudo seu corte e peso são precisos para que seja possível manejá-las com extrema facilidade.
Talvez devido à influência da cultura de massa, em especial dos filmes de artes marciais e videogames japoneses, alimentou-se o mito de que as espadas ocidentais, de dois gumes e lâmina reta, eram pesadas e de difícil manejo, em comparação com a katana e outras armas orientais. A comparação entre peças históricas do Ocidente e do Oriente mostra muitas das vezes o contrário, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos livros de histórias medievais.
A espada era o instrumento bélico favorito na Idade Média (seguido pelo arco e pela lança). É uma arma de curto alcance e, pelos conceitos da época, bem perigosa. A espada era utilizada em grande escala nessa época, nas Guerras Santas, nas batalhas contra os mouros etc.
Entre 1300 e 1550, durante o Renascimento, a espada era um instrumento bastante utilizado nos conflitos ocorridos na época, assim, novos projetos quanto à forma da lâmina foram desenvolvidos a um ritmo bastante rápido comparativamente com a Idade Antiga. Uma das alterações mais significativas foi o aumento do cabo, permitindo o uso a duas mãos, e, consequentemente, uma maior lâmina. Este tipo de espada, designada Langes Schwert (espada longa / montante) ou Spadone, era relativamente frequente entre 1350 d.C. e 1550 d.C.
Esta variante era uma espada especializada para perfurar as armaduras. O montante ou espada longa foi popularizado pela capacidade de circunscrever uma grande distância, de corte e de pressão, para além de permitir golpear o adversário do alto.
No século XVI, houve uma tendência significante no aumento do tamanho das espadas e na diminuição da armadura, visto que a força em conciliação com a rapidez seriam fulcrais para determinação da vida ou da morte.
Outra espada utilizada nesse período da história foi a Rapieira. Com uma lâmina comprida e estreita, esta espada foi popular desde o período Medieval até à Renascença, sendo a arma mais comum daquela época, principalmente em Itália, Portugal, Espanha e França nos séculos XVI e XVII.
Esta arma era ideal para golpes de perfurações, possuindo uma proteção guarda-mão. Apesar da sua finura, esta tinha a largura suficiente para cortar a golpe, no entanto o seu poder encontra-se na habilidade de perfuração. Estas características distinguem-nas das mais antigas espadas europeias de um punho como é exemplo o gládio. Este era diferente tanto no seu curto tamanho, como na espessura e capacidade de perfuração. O desenvolvimento da Rapieira começou em meados de 1500 nas cortes reais da Espanha, evoluindo para uma forma mais delgada, onde os guarda-mãos com filetes de metal extensivos de proteção da mão, com anéis que se estendiam deste pela lâmina, sofrendo uma pequena alteração. Esses mesmos anéis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluíram para os punhos de copo da Rapieiras do século XVII.
Contudo, foi na Renascença que as armas de fogo tiveram o seu lugar. Estas, tal como o arcabuz, o bacamarte e o canhão de mão, foram introduzidas para combatentes individuais, o que determinou o destino da espada em todo o mundo.tica da esgrima a construção de identidades culturais pode ser percebida. Dependendo do país, as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japão, ela é conhecida como katana; as espadas japonesas são feitas artesanalmente e podem levar até um ano ou mais para ficarem prontas, contudo seu corte e peso são precisos para que seja possível manejá-las com extrema facilidade.
Talvez devido à influência da cultura de massa, em especial dos filmes de artes marciais e videogames japoneses, alimentou-se o mito de que as espadas ocidentais, de dois gumes e lâmina reta, eram pesadas e de difícil manejo, em comparação com a katana e outras armas orientais. A comparação entre peças históricas do Ocidente e do Oriente mostra muitas das vezes o contrário, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos livros de histórias medievais.
A espada era o instrumento bélico favorito na Idade Média (seguido pelo arco e pela lança). É uma arma de curto alcance e, pelos conceitos da época, bem perigosa. A espada era utilizada em grande escala nessa época, nas Guerras Santas, nas batalhas contra os mouros etc.
Entre 1300 e 1550, durante o Renascimento, a espada era um instrumento bastante utilizado nos conflitos ocorridos na época, assim, novos projetos quanto à forma da lâmina foram desenvolvidos a um ritmo bastante rápido comparativamente com a Idade Antiga. Uma das alterações mais significativas foi o aumento do cabo, permitindo o uso a duas mãos, e, consequentemente, uma maior lâmina. Este tipo de espada, designada Langes Schwert (espada longa / montante) ou Spadone, era relativamente frequente entre 1350 d.C. e 1550 d.C.
Esta variante era uma espada especializada para perfurar as armaduras. O montante ou espada longa foi popularizado pela capacidade de circunscrever uma grande distância, de corte e de pressão, para além de permitir golpear o adversário do alto.
No século XVI, houve uma tendência significante no aumento do tamanho das espadas e na diminuição da armadura, visto que a força em conciliação com a rapidez seria fulcral para determinação da vida ou da morte. 
Outra espada utilizada nesse período da história foi a Rapieira. Com uma lâmina comprida e estreita, esta espada foi popular desde o período Medieval até à Renascença, sendo a arma mais comum daquela época, principalmente em Itália, Portugal, Espanha e França nos séculos XVI e XVII.
Esta arma era ideal para golpes de perfurações, possuindo uma proteção guarda-mão. Apesar da sua finura, esta tinha a largura suficiente para cortar a golpe, no entanto o seu poder encontra-se na habilidade de perfuração. Estas características distinguem-nas das mais antigas espadas europeias de um punho como é exemplo o gládio. Este era diferente tanto no seu curto tamanho, como na espessura e capacidade de perfuração. O desenvolvimento da Rapieira começou em meados de 1500 nas cortes reais da Espanha, evoluindo para uma forma mais delgada, onde os guarda-mãos com filetes de metal extensivos de proteção da mão, com anéis que se estendiam deste pela lâmina, sofrendo uma pequena alteração. Esses mesmos anéis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluíram para os punhos de copo da Rapieiras do século XVII.
Contudo, foi na Renascença que as armas de fogo tiveram o seu lugar. Estas, tal como o arcabuz, o bacamarte e o canhão de mão, foram introduzidas para combatentes individuais, o que determinou o destino da espada em todo o mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bibliografia
DIAMOND, JARED. Armas, Germes e Aço – 
COSTA, M. C; ANTÔNIO LUIZ. Armas Brancas, Lanças, espadas, maças e flechas: como lutar sem pólvora da pré-história ao século XXI –
Grebe, Paul, J. (1963). Duden Etymologie (Duden 7): Das Herkunftswörterbuch. Etymologie. In: Dudenredaktion (Hrsg.). Mannheim: Bibliographisches Institut, Mannheim. ISBN 3-411-00907-1
 Gerhard Seifert, Glossário de Especialização de Armas Brancas: dt. Abc der europäischen blanken Trutzwaffen; (cortando, choques, impactos e armas de mão lançada), Seifert Verlag, 1981
Alchin, Linda. «Falchion sword». The Middle Ages. Consultado em 6 de novembro de 2014
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-Facas brasileiras Augusto José de Sá Campello
- A espada medieval – universidade de Lisboa
- Disertação: por tras da capa e da espada.
- Evolução dos materiais art. UFCG

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