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Uro: Câncer de Testículo Manifestações Clínicas Caso Clínico Inicial Maryanne Adriano Os principais fatores de risco dessa patologia são: -criptorquidia (não descida dos testículos para bolsa escrotal) -hipospádia (mau posicionamento do óstio externo da uretra) -presença de neoplasias prévias: o qual é importante ter uma atenção redobrada a casos de neoplasias de células germinativas in situ (é uma lesão pré maligna, que se não tratada pode levar a formação ao tipo de tumor de testículo) e o câncer testicular contralateral também -HIV, já foi visto como fator de risco principalmente para os seminomas -infertilidade -uso de estrogênio oxógeno pela mãe durante a gestação -predisposição genética -desordens genéticas (síndrome de down e klinefelter) -Hábitos de vida: foi constatado que alimentação rica em gorduras saturadas e laticínios podem aumentar chances de desenvolver tumor. Consumo de maconha e altos níveis de gordura Epidemiologia Corresponde a 5% dos cânceres entre homens no Brasil, portanto, é considerada rara. Tendo como a faixa etária prevalente a de homens em idade reprodutiva->entre os 15 e 50 anos. Possui baixa mortalidade e tendo detecção precoce, possui bom prognóstico. Fatores de risco Histopatologia Os tumores de testículos podem ser divididos em 02: -> tumores de células germinativas ->tumores de estromos Os tumores de células germinativas: normalmente são os mais comuns. Dentro dos germinativos, nossas células podem ser divididas em 02 tipos de tumores: os seminomas e não seminomas. Os seminomas vão afetar as células produtoras de espermas e corresponde a quase 50% dos casos, possui crescimento lento e responde bem ao tratamento, nos seminomas vamos ter os clássicos (que afeta principalmente homens entre os 25-45 anos) e os espermatócitos (atingem homens mais velhos e já vão crescer ainda mais devagar e tendem a não se disseminar). Já nos não seminomas, ele possui característica de crescer e ter um "espalhamento" mais rápido em comparação aos seminomas, vão se dividir em três tipos: carcinoma embrionário (cresce e espalha mais rapidamente), o carcinoma de saco vitelínico (geralmente atingem meninos e adolescentes) e o de coriocarcinoma (raro e extremamente agrssivo). Normalmente é um tumor assintomático, quando chega a aparecer sintomas, os sinais são de aumento indolor do testículo. De 30-40% dos casos paciente terá sensação de peso no escroto, na parte inferior do abdômen ou região perineal; além disso o tumor pode estar associado a presença de hidrocele (pode mascarar o tumor), pode apresentar ginecomastia por causa de alterações hormonais Diagnóstico Anamnese Exame Físico Exames de Imagem Marcadores tumorais Procedimentos A avaliação diagnóstica do câncer de testículo é parecida com a maioria, são os pilares que vamos analisar para juntar todas as informações e ter uma informação do que realmente pode ser. Nesse caso vamos usar: 1. 2. 3. 4. 5. Em relação a anamnese, analisar os fatores de risco, história de criptorquidia na infância, histórico pessoal ou familiar de câncer de testículo. Avaliar as manifestações clínicas (inchaço indolor no testículo ou aparecimento de pequeno nódulo), além da avaliação da queixa principal, precisamos avaliar outras manifestações que podem surgir como a ginecomastia No exame físico, vamos fazer palpação bimanual do conteúdo escrotal: tamanho, consistência e contorno. Um testículo normal seria um que não tem tamanho nem tão grande e nem tão pequeno, com consistência homogenea, bem contornado, sem tá aderido as bolsas Uro: Câncer de Testículo Já sobre os marcadores tumorais, precisamos lembrar que eles devem ser solicitados antes da orquiectomia. Eles fecham o diagnóstico, todavia, sua ausência não descarta a possibilidade de um câncer. Após a orquiectomia todos os marcadores devem ser testados até que sejam normalizados, se os marcadores continuarem elevados, podem indicar metástase, todavia, sua normalização não exclui a possibilidade de um tumor metastático. Temos como os principais marcadores o: BETA HCG-> ficam elevados principalmente nos tumores não seminomatosos e positivo em 10% dos seminomas puros. Já o ALFAFETOPROTEÍNA (AFP)-> ficam elevados só em tumores não seminomatosos. E a DHL que é uma enzima celular, relacionada a grandes volumes tumorais e metabolismo aumentado. Durante a quimio, espera-se que os marcadores estejam normalizados e caso não haja uma redução ou reduza pouco, pode indicar um pior prognóstico, sendo então um critério utilizado para intensificar na quimioterapia. Maryanne Adriano Na palpação do abdome, procurar outros nódulos, avaliação dos linfonodos supraclaviculares, inguinais e escalenos-> avaliação de uma doença mais avançada. Sobre os exames de imagem, dispomos de 04 principais modalidades: não determina a histologia ou o estágio da doença exame de escolha p avaliar retroperitônio Estadiamento O estadiamento vai nos caracterizar os aspectos desse tumor, o que vai por consequência nos ajudar na definição do prognóstico desse paciente, do tratamento. Portanto, é importante vermos o estágio do tumor Sobre o estadiamento, então, temos a análise de dados anatomopatológicos da orquiectomia. para estadiamento vamos usar o sistema TNM, tendo o T indicando o tamanho do tumor e se disseminou para outras áreas; o N descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais; M indicando se existe presença de metástase em outras partes do corpo; S indica o nível sérico dos marcadores tumorais no soro. Tratamento A orquiectomia radical é o primeiro passo feito na suspeita clínica de tumor. Além de fazer o diagnóstico histológico também é parte do tratamento, em muitas situações só a orquiectomia radical já é necessária para um tratamento bem sucedido. A cirurgia inicia-se através de uma inguinotomia e clampeamento precoce do cordão espermático junto ao anel inguinal interno Uro: Câncer de Testículo Maryanne Adriano SENDO TUMORES SEMINOMAS: SENDO TUMORES NÃO SEMINOMAS: Acompanhamento pós tratamento O objetivo do acompanhamento é de detectar recidivas e de monitorar o testículo controlateral. Sendo que esse acompanhamento é feito de várias formas, de acordo de cada tipo de tumor. É necessário para saber o quanto ele deve acompanhar o paciente, precisa levar em consideração: -> o risco máximo de recidivas; -> direcionar o exame de imagem ao local que pode ocorrer recidivas; -> intervalo entre exames
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