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HISTÓRIA A

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1
Independência dos 
Estados Unidos
8A
História
29
Aula 
À medida que o modo de produção capitalista se 
consolidava na Europa, o Antigo Sistema Colonial entra-
va em decadência.
Como você deve lembrar, o Antigo Sistema Colonial 
repousava nas práticas mercantilistas. As colônias 
deveriam fornecer matérias-primas baratas, consumir 
produtos metropolitanos e empregar os excedentes da 
mão de obra das metrópoles. O “exclusivo comercial” 
impedia a liberdade de comércio. Porém, à medida que 
o capitalismo avançava, essas práticas tornavam-se 
obsoletas.
O capitalismo, para se expandir, necessitava de 
mercados consumidores e trabalho assalariado. Isso não 
existia no Antigo Sistema Colonial; daí as pressões, no-
tadamente da Inglaterra, para que as coisas mudassem. 
É evidente que os fatores internos não devem ser 
ignorados, nem as ideias libertárias do século XVIII, 
fruto da difusão do pensamento iluminista. É verdade, 
também, que a independência dos Estados Unidos 
abriu o caminho para que outros países buscassem a 
emancipação política. Ou seja, podemos considerar o 
processo de libertação das Treze Colônias Inglesas na 
América o movimento precursor da luta pela indepen-
dência no restante do continente americano. Portanto, 
a independência dos Estados Unidos (1776) se tornou 
um estímulo para que as demais colônias americanas 
também questionassem o Antigo Sistema Colonial e 
lutassem por sua emancipação política.
Antecedentes
A independência das Treze Colônias inglesas da Amé-
rica do Norte foi determinada, em última instância, pela 
necessidade econômica e política de romper o Pacto 
Colonial. O Pacto, expansão da política mercantilista 
metropolitana, com seu caráter monopolista e restritivo, 
tornara-se um entrave à expansão das forças produtivas 
da economia colonial. Como consequência, deixou de 
corresponder aos interesses da classe dominante das 
colônias. Os antagonismos entre a classe dominante 
metropolitana e a classe dominante das colônias 
tornaram-se cada vez mais intensos.
Um dos mais importantes antecedentes que ocasio-
nou a luta pela libertação das Treze Colônias foi a Guerra 
dos Sete Anos (1756-1763) entre a França e a Inglaterra. 
Mas de que maneira uma guerra entre ingleses e france-
ses poderia ter influenciado a independência america-
na? Após o conflito contra a França, a Inglaterra, mesmo 
vitoriosa, encontrava-se em uma grave crise econômica 
e bastante endividada em função dos investimentos 
bélicos realizados para vencer os inimigos franceses. 
Sendo assim, os ingleses, visando à superação da crise 
econômica, aumentaram os impostos e intensificaram 
a exploração colonial em suas colônias americanas. Até 
então, na relação entre metrópole e colônia predomina-
va certa liberdade econômica (comercial) e política (au-
tonomia dos colonos com relação à metrópole). Porém, 
após a guerra contra a França, os ingleses procuraram 
obter junto às suas Treze Colônias maior quantidade de 
riquezas que pudessem equilibrar as finanças abaladas 
com a guerra. Portanto, A Guerra dos Sete Anos, apesar 
de vencida pela Inglaterra, obrigou a Coroa a impor me-
didas restritivas às Treze Colônias. Procurando restaurar 
o equilíbrio financeiro, a metrópole apertava as malhas 
do Pacto Colonial, com vários atos:
 • Lei do Açúcar (1764): restringiu o comércio de açúcar 
originário diretamente das Antilhas, aumentando os 
impostos sobre o produto importado.
 • Lei do Selo (1765): impôs a obrigatoriedade de que 
todo documento impresso (documentos, livros e 
jornais), nas colônias, circulasse contendo um selo 
do governo britânico.
 • Tarifas Townshend (1767): aumentaram os impostos 
sobre diversos produtos comercializados na colônia, 
tornando-os bem mais caros para a população local.
2 Extensivo Terceirão
 • Lei do Chá (1773): decretou o monopólio de comér-
cio do chá na colônia para a Companhia das Índias 
Orientais, empresa controlada pelos ingleses.
A reação dos colonos frente ao aumento da explora-
ção inglesa foi imediata. O monopólio sobre a comercia-
lização do chá prejudicou o comércio local e deu origem 
a uma série de protestos por parte dos colonos. O prin-
cipal episódio aconteceu na noite de 16 de dezembro 
de 1773, quando um grupo de colonos, disfarçados de 
índios, invadiu o Porto de Boston e saqueou um navio 
inglês carregado de chá. A mercadoria saqueada foi 
jogada no mar, causando um prejuízo de 75 mil dólares 
à Companhia das Índias Orientais. Esse protesto ficou 
conhecido como “Boston tea party ”.
 ` Boston Tea Party
A reação inglesa às rebeliões coloniais foi bastante 
enérgica e ficou conhecida como Leis Intoleráveis, 
conjunto de medidas coercitivas que contribuiu para 
agravar ainda mais a já conturbada relação entre as colô-
nias e o governo britânico. Dentre as principais medidas 
repressoras, devemos destacar que os ingleses exigiram 
o pagamento de indenização pela carga saqueada; 
decretaram o fechamento do Porto de Boston e determi-
naram que o julgamento dos envolvidos fosse realizado 
em tribunais na Inglaterra e não na colônia. Além da 
imposição dessas Leis Intoleráveis, como chamaram os 
colonos, ficou clara a intenção da Inglaterra de aumentar 
ainda mais a exploração colonial, o que contribuiu para 
deflagrar em toda a colônia o desejo de libertação e de 
conquista da emancipação política.
Processo de 
independência
Em 1774, os representantes das colônias america-
nas, exceto a Geórgia, enviaram seus delegados a um 
Congresso em Filadélfia. Nesse Congresso, apesar de se 
manterem leais ao rei, os colonos pediram a supressão 
das “Leis Intoleráveis” e firmaram uma Declaração dos 
Direitos dos Colonos, no qual pediram a supressão das 
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limitações ao comércio e à indústria, bem como dos 
impostos abusivos. O rei reagiu, pedindo aos colonos 
que se submetessem; estes, porém, não se curvaram 
diante da Coroa britânica. Eles haviam resolvido que era 
preferível “morrer livres a viver escravos”, e o poderio do 
até então invencível Império Inglês foi desafiado e, o 
mais surpreendente, foi vencido. 
Em 1775, iniciaram-se as ações militares entre os 
ingleses e os colonos americanos. 
Depois de diversos combates e das arbitrariedades 
cada vez maiores das tropas inglesas, os representantes 
das colônias reuniram-se no Segundo Congresso de 
Filadélfia, e Thomas Jefferson, democrata de ideias 
avançadas, redigiu a Declaração de Independência dos 
Estados Unidos, promulgada a 4 de julho de 1776. 
O fazendeiro George Washington foi elevado a 
comandante das tropas dos colonos americanos.
 ` George Washington
Apesar das derrotas iniciais, o exército dos colonos, com 
bravura, conseguiu se recuperar dos insucessos. Em 1777, 
Washington obteve as vitórias de Princeton e Trenton. 
A luta de guerrilhas enfraqueceu enormemente 
o exército britânico. “... guerrilheiros como An-
drew Pickens, Thomas Sunter, Francis Marion, 
James Williams, William Davies e Elijah Clarke. 
Esses homens lutaram contra os índios e usavam 
a tática apreendida contra a Inglaterra. Dirigiam 
pequenos grupos de homens extremamente 
aguerridos nos rápidos e demolidores assaltos 
contra os ingleses.” 
Herbert Aptheker
Aula 29
3História 8A
À procura de apoio para a causa da independência, 
partiu para a Europa o americano Benjamim Franklin. 
Após a vitória de Saratoga, Franklin obteve o apoio da 
França, Holanda e Espanha. Os franceses enviaram para 
a América o jovem Lafayette e Rochambeau. A marinha 
britânica passou a sofrer ataques constantes da marinha 
espanhola, da francesa e da holandesa. 
Indiscutivelmente, o apoio das nações europeias, ini-
migas da Inglaterra, foi providencial à causa americana. 
Sobre esse assunto, eis o que diz o historiador Herbert 
Aptheker: “... Ao considerar os aspectos puramente mili-
tares, é necessário salientar o papel da França. O esforço 
dessa nação foi de grande valia... Seu valor foi inesti-
mável na obtenção de dinheiro, créditos e suprimentospara os rebeldes... Em Yorktown, havia 7 800 franceses e 
8 845 americanos; as baixas francesas foram duas vezes 
superiores às americanas”.
Finalmente, em 1781, os ingleses foram cercados 
pelos americanos e franceses. O rio York foi bloqueado 
pela esquadra francesa. Washington estava no comando 
do supremo, e os ingleses, derrotados na Batalha de 
Yorktown, renderam-se incondicionalmente. A paz só 
foi firmada, em 1783, pelo Tratado de Paris, quando 
os Estados Unidos tiveram sua independência reconhe-
cida. A Espanha recebeu a Flórida e Minorca; a França 
recebeu o Senegal e parte das Antilhas, que pertenciam 
à Inglaterra. Mais tarde, entre 1812 e 1815, ocorreu uma 
nova guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra. Essa 
guerra consolidou a independência norte-americana.
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TRUMBULL, John. Surrender of Lord Cornwallis. 1820. 1 óleo sobre tela: 
color.; 3,7 m x 5,5 m. United States Capitol Rotunda, Washington D.C.
 ` John Trumbull (1756-1843)
A Constituição
Depois de reconhecida oficialmente a indepen-
dência, os Estados Unidos precisavam elaborar sua 
constituição. Promulgada em 1787, a Constituição dos 
Estados Unidos, fundamentada em princípios liberais 
e iluministas, instituiu um governo republicano, presi-
dencialista e federalista. 
Para a presidência, foi eleito o comandante da luta 
pela independência, George Washington. Foi estabele-
cida a tripartição dos poderes: o Legislativo, composto 
de duas Câmaras (deputados e senadores), o Executivo, 
representado pelo presidente e vice-presidente da 
República, eleitos por quatro anos, e o Judiciário, cons-
tituído por juízes e pelos tribunais. Vale observar que 
as liberdades individuais e a cidadania não foram ple-
namente garantidas. Predominou o critério censitário 
no qual, para se obter o direito de voto, era preciso ter 
alguma propriedade de terra ou capital. Categorias so-
ciais foram excluídas, como índios, negros e mulheres, 
que não foram contemplados com o direito de votar.
CHRISTY, Howard. Assinatura da Constituição dos Estados Unidos. 
1940. 1 óleo sobre tela: color.; United States Capitol, Washington D.C.
 ` Assinatura da Constituição dos Estados Unidos (1910)
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4 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
29.01. (UECE) – O conteúdo da declaração de Independên-
cia dos Estados Unidos da América é típico do pensamento 
iluminista presente nas colônias no século XVIII. O autor de 
destaque desse documento seguramente é 
a) Abraham Lincoln. 
b) Thomas Jefferson. 
c) George Washington. 
d) Samuel Adams. 
29.02. (ESPCEX – SP) – Embora estivessem subordinadas às 
leis inglesas, as Treze Colônias norte-americanas gozavam de 
certa autonomia no que dizia respeito aos assuntos internos. 
No século XVIII, as relações entre as Colônias e Londres se 
deterioraram pouco a pouco. Os conflitos se acirraram em 
1773, levando o Parlamento britânico a aprovar medidas 
restritivas em relação à Assembleia de Massachusetts, nas 
Treze Colônias, que foram denominadas como: 
a) Atos de Navegação de Cromwell. 
b) Pacto do Mayflower. 
c) Leis Intoleráveis. 
d) Primeiro Congresso Continental. 
e) Leis Townshend. 
29.03. (ESPCEX – SP) – Em 1781, o general inglês Cornwallis 
rendeu-se aos revoltosos norte-americanos, na batalha de 
Yorktown, dando início às negociações que levaram a In-
glaterra a reconhecer os Estados Unidos da América como 
nação livre.
Na formação desse novo estado pode-se destacar 
a) um poder central forte e nenhuma autonomia política e 
administrativa aos estados membros. 
b) a adoção do sistema parlamentarista. 
c) a participação política dos indígenas e negros. 
d) um poder central muito fraco e estados membros com 
muita autonomia política e administrativa. 
e) a formação de um estado com base em ideias oriundas 
do Iluminismo. 
29.04. (CEFET – RJ) – Sobre o processo de independência 
das treze colônias inglesas, podemos afirmar as seguintes 
considerações, EXCETO: 
a) Teve amplo apoio da Espanha que inclusive liderou o 
movimento de emancipação política nas treze colônias, 
quando estas se enfraqueceram durante a guerra contra 
a Inglaterra. 
b) Contou com a influência das ideias iluministas que ques-
tionavam as formas de poder existentes, além de divulgar 
ideais de liberdade. 
c) Não trouxe mudanças significativas para os escravos tendo 
em vista que esta forma de trabalho fora mantida mesmo 
depois da independência, em 1776. 
d) Estabeleceu, no final do movimento, uma nova nação 
republicana e federalista, mas ainda com características 
econômicas e sociais bem distintas entre o norte e o sul. 
Aperfeiçoamento
29.05. (UFRGS) – Considere o enunciado abaixo e as três 
propostas para completá-lo. 
A Independência das treze colônias inglesas na costa leste 
da América está inserida na conjuntura das revoluções 
atlânticas. A declaração da independência dessas colônias 
sustentava que 
1. todos os homens nascem iguais, sendo dotados de di-
reitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a aspiração 
à felicidade. 
2. a origem de todo o poder reside no povo, cabendo a ele 
a organização de seu próprio governo.
3. os direitos inalienáveis deveriam ser estendidos a toda 
população, extinguindo-se a escravidão e o extermínio 
dos índios. 
Quais propostas estão corretas? 
a) Apenas 1. 
c) Apenas 3. 
e) 1, 2 e 3. 
b) Apenas 2. 
d) Apenas 1 e 2. 
29.06. (FGV – SP) – Em 1776, foi declarada a emancipação 
política dos Estados Unidos. Comparando o processo de 
independência estadunidense com outros casos na América, 
podemos afirmar que 
a) a independência dos Estados Unidos foi pacífica, seme-
lhante ao processo brasileiro e diferente do restante da 
América espanhola, caracterizado pelas guerras contra 
forças metropolitanas. 
b) a escravidão não foi abolida pelo governo dos Estados 
Unidos no momento da independência política, de 
maneira semelhante ao que ocorreu no Brasil e na maior 
parte da América Latina. 
c) ao contrário do caso brasileiro e latino-americano, a inde-
pendência dos Estados Unidos foi liderada pelas camadas 
populares da sociedade colonial. 
d) a instauração de repúblicas democráticas é um traço co-
mum entre o processo de emancipação política dos Estados 
Unidos e o das outras nações do continente americano. 
e) ao estabelecer a sua independência, os líderes estadu-
nidenses imediatamente concederam direito de voto às 
mulheres, o que não ocorreu no Brasil e tampouco no 
restante da América Latina. 
Aula 29
5História 8A
29.07. (UFSJ – MG) – A respeito da 
Independência dos Estados Unidos 
da América, é correto afirmar que ela 
a) derivou de um processo de nego-
ciação pacífica entre a Grã-Bretanha 
e suas treze colônias da América 
do Norte, instalou uma república 
na qual todos os cidadãos adultos 
tinham direito a voto e manteve a 
escravidão. 
b) derivou de um processo de nego-
ciação pacífica entre a Grã-Bretanha 
e suas treze colônias da América do 
Norte, instalou uma república na 
qual só os grandes proprietários 
tinham direito a voto e manteve a 
escravidão. 
c) derivou de uma guerra entre a 
Grã-Bretanha e suas treze colônias 
da América do Norte, instalou uma 
monarquia constitucional que imi-
tava o regime britânico e eliminou 
a escravidão. 
d) derivou de uma guerra entre a 
Grã-Bretanha e suas treze colônias 
da América do Norte, instalou uma 
república na qual boa parte dos ci-
dadãos adultos tinha direito a voto 
e manteve a escravidão. 
29.08. (MACK – SP) – O processo 
de emancipação política dos EUA 
esteve relacionado ao avanço do 
capitalismo na Inglaterra, à expansão 
dos princípios liberais, à rivalidade 
anglo-francesa e ao próprio desenvol-
vimento das Treze Colônias. Portanto, 
a aceleração do processo de ruptura 
entre a metrópole inglesa e suas co-
lônias americanas deveu-se 
a) às tentativas de expansão francesa 
na América do Norte e ao apoio 
recebido por parte dos colonos re-
sidentes na região e dastribos indí-
genas, simpatizantes dos franceses. 
b) ao natural desenvolvimento de um 
processo, próprio das colônias de 
povoamento, que sempre pautaram 
sua existência em uma enorme auto-
nomia perante à metrópole inglesa. 
c) às tentativas inglesas de aprofundar 
os laços de dominação colonial e 
à reação dos colonos americanos 
diante das medidas fiscais e ad-
ministrativas que anulavam sua 
relativa autonomia. 
d) ao desenvolvimento das práticas liberais dentro da economia metropolitana e 
à divulgação de princípios que combatiam o monopólio colonial, assim como 
a permanência da escravidão. 
e) à tentativa inglesa de abolir a utilização da mão de obra escrava em suas colô-
nias americanas e também de bloquear o contato comercial dos seus colonos 
nas Antilhas. 
29.09. (UFU – MG) – De acordo com Bernard Baylin, em seu livro As Origens 
Ideológicas da Revolução Americana, depois da promulgação da Lei do Selo, os 
colonos americanos começaram a pensar que havia uma conspiração inglesa para 
cercear as liberdades na América do Norte. E essa crença transformou o sentido da 
luta dos colonos e acelerou o movimento de oposição, que posteriormente acabou 
levando à independência e à criação dos Estado Unidos da América.
Em relação à Lei do Selo, é correto afirmar que 
a) essa lei foi aprovada pelo Parlamento Inglês em 1765, estabelecendo que todos 
os documentos em circulação na colônia americana deveriam receber selos 
provenientes de toda a Europa e, somente com esses, sua circulação estaria 
legalizada. 
b) essa lei durou vários anos, mas, devido às ações dos representantes dos colonos 
americanos no parlamento inglês, tal taxa foi cancelada sob forte protesto de 
parlamentares representantes dos interesses comerciais da metrópole. 
c) o rei justificava essa lei, argumentando que o tesouro inglês havia se esgotado 
com a Guerra dos Sete Anos, e que também era dever dos colonos pagar as 
dívidas, contraídas também a favor dos interesses deles. 
d) essa lei taxava também artigos de consumo, como o chá, o vidro, o papel e 
outros. Por causar a elevação de preços desses artigos, a Lei do Selo provocou 
inúmeros confrontos, considerado um dos fatores que conduziu ao processo 
de independência dos Estados Unidos da América. 
29.10. (CEFET – MG) – Consideramos estas verdades como evidentes por si 
mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador 
de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a 
procura da felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos 
da América)
Disponível em: <http://www.uel.br/pessoal/jneto/gradua/historia/recdida/declaraindepeEUAHISJNeto.pdf>. 
Acesso em 12 de setembro de 2019
Em agosto de 1776, Harry, escravo de propriedade de George Wa-
shington, fugiu em direção ao território ocupado pelas tropas britâni-
cas, atraído pela promessa de liberdade feita pela Inglaterra. Em julho de 
1783, embarcou num navio inglês e partiu junto com as tropas vencidas 
em Nova York; outros 2774 negros embarcaram com ele. Harry Washing-
ton, como foi registrado, passou a viver numa comunidade de negros 
livres na província de Nova Escócia, Canadá.
Traduzido e adaptado de LEPORE, Jill. These truths: a history of the United States. New York, W. W. Norton & 
Company, 2008, p.94-107.
A leitura dos trechos acima permite afirmar que a luta pela independência das treze 
colônias britânicas na América do Norte 
a) gerou intensos combates nas cidades e grande imigração de pessoas para o 
continente. 
b) excluiu determinados grupos sociais das prerrogativas humanas defendidas 
pelos ideais do movimento. 
c) eliminou a possibilidade de convivência pacífica entre britânicos e estaduni-
denses no continente americano. 
d) estendeu o conceito de cidadania às populações que ocupavam o continente 
antes da chegada dos europeus. 
6 Extensivo Terceirão
Aprofundamento
29.11. (PUCCAMP – SP) – Os homens reunidos em socie-
dade (relevem-me este tom meio pedante) estão virtual 
e tacitamente obrigados a obedecer às leis formuladas 
por eles mesmos para a conveniência comum. Há, po-
rém, leis que eles não impuseram, que acharam feitas, 
que precederam as sociedades, e que se hão de cumprir 
não por uma determinação de jurisprudência humana, 
mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, 
e antes de todas, figura a da luta pela vida (...)
(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) 
A imposição, pelas metrópoles, de leis severas às populações 
de suas colônias, contribuiu para acirrar movimentos pela 
independência nas Américas. Isso pode ser constatado ao 
examinarmos o impacto 
a) da aprovação da Reforma Bourbônica nas colônias hispâni-
cas, instituindo leis que reforçavam o pacto colonial e o poder 
da igreja, por meio da Companhia de Jesus, causando, assim, 
revoltas populares cujo alvo era a figura do Rei da Espanha. 
b) da imposição da Lei do Chá, nas Treze Colônias (atuais 
Estados Unidos), coroando uma sequência de leis consi-
deradas intoleráveis pelos colonos por restringirem a liber-
dade de comércio e aumentarem a taxação de impostos. 
c) da instituição de uma monarquia independente na Nova 
Espanha (atual México) por sua própria metrópole, a fim 
de manter elos coloniais sob nova roupagem e sem a 
interferência da Igreja, causando violenta reação popular. 
d) de medidas segregacionistas de cunho racista em Saint Do-
mingue (atual Haiti) pela França, cujo governo censurou os 
ideais da Revolução Francesa nessa sua colônia caribenha. 
e) da aplicação da Devassa no Brasil colonial, cobrança 
coletiva aplicada reiteradamente para completar a quota 
de ouro devida à Coroa portuguesa que despertou, na 
população colonial, fortes sentimentos antilusitanos. 
29.12. (FGV – SP) – “Consideramos (...) que todos os ho-
mens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de 
certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, 
a liberdade e a busca da felicidade. Que para garantir 
esses direitos são instituídos entre os homens governos 
que derivam os seus justos poderes do consentimento 
dos governados; que toda vez que uma forma qualquer 
de governo ameace destruir esses fins, cabe ao povo o 
direito de alterá-la ou aboli-la e instituir um novo go-
verno, assentando a sua fundação sobre tais princípios 
e organizando-lhe os poderes da forma que pareça mais 
provável de proporcionar segurança e felicidade.”
A Declaração de Independência dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004, 
p. 53.
Sobre a Declaração de Independência dos Estados Unidos, 
é correto afirmar que: 
a) Defendia o princípio da igualdade de direitos dos seres 
humanos, mas condenava o direito à rebelião como uma 
afronta à ordem social. 
b) O radicalismo da sua formulação, com respeito ao direito 
de rebelião dos escravos, provocou forte reação dos pro-
prietários de escravos em toda a América. 
c) Sua formulação foi baseada no ideário liberal-iluminista 
e acabou influenciando outros movimentos políticos na 
América e na Europa. 
d) Influenciada pelos tratadistas espanhóis, a declaração 
defendia a origem do poder divino e condenava a deso-
bediência dos subordinados. 
e) A declaração sustentava que os governos poderiam cer-
cear a liberdade dos indivíduos em nome da segurança 
e da felicidade coletivas. 
29.13. (ESPM – SP) – Em 1773, procurando aliviar as difi-
culdades financeiras da Companhia das Índias Orientais, 
o governo britânico concedeu-lhe o monopólio do chá 
nas colônias. Os colonos reagiram e disfarçados de índios, 
patriotas de Boston, abordaram navios que transportavam 
chá, lançando a mercadoria nas águas do porto.
(H. C. Allen. História dos Estados Unidos da América)
A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a 
promulgar, em 1774, as Leis Coercitivas ou, como foram 
chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis: 
a) lançavam impostos sobre vidro e corantes; 
b) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o 
prejuízo causado pelos colonos; 
c) proibiam aemissão de papéis de crédito na colônia que, 
até então, eram usados como moeda; 
d) impunham aos colonos os custos do alojamento e for-
necimento de víveres para as tropas britânicas enviadas 
para a colônia; 
e) enfraqueceram a autoridade do governador de Massa-
chusetts. 
29.14. (UPF – RS) – Na Declaração de Independência dos 
Estados Unidos da América, em 1776, os colonos, na escrita 
de Thomas Jefferson, registraram: 
“Estas colônias unidas são, e têm o direito a ser, 
Estados livres e independentes e toda ligação política 
entre elas e a Grã-Bretanha já está e deve estar total-
mente dissolvida.”
É correto dizer que a afirmação de liberdade e independência 
presente no documento está relacionada: 
a) ao interesse das colônias do Norte de se separarem das 
colônias do Sul, em função dos entraves que a organização 
social escravista sulina criava ao desenvolvimento capitalista. 
b) à vontade dos colonos norte-americanos de se aliarem 
com a França revolucionária, que lhes oferecia oportuni-
dades mais promissoras para as trocas comerciais. 
c) ao propósito dos colonos de alcançar a autonomia po-
lítica, embora preservando o monopólio comercial, que 
favorecia a economia das colônias do Norte. 
d) à formalização de uma separação política que, na prática, 
já existia, como comprova a liberdade comercial da qual 
gozavam tanto as colônias do Norte quanto as do Sul. 
e) à reação dos colonos norte-americanos, baseada nas 
ideias dos filósofos iluministas, contra a tentativa de 
reforçar as medidas de exploração colonial impostas 
pela Inglaterra. 
Aula 29
7História 8A
29.15. (UFPR) – Alexis de Tocqueville, um dos grandes teóri-
cos da democracia na América, afirma em sua obra de 1835:
“Quando comparo as repúblicas gregas e roma-
nas com essas repúblicas da América, as bibliotecas 
manuscritas das primeiras e seu populacho grosseiro 
com os mil jornais que circulam nas segundas e com 
o povo esclarecido que as habita; quando em segui-
da penso em todos os esforços que ainda são feitos 
para julgar uns com a ajuda dos outros e prever, pelo 
que aconteceu há dois mil anos, o que acontecerá em 
nossos dias, sou tentado a queimar meus livros, a fim 
de aplicar apenas ideias novas a um estado social tão 
novo”.
TOCQUEVILLE, Alexis. de. “A Democracia na América”. São Paulo: Martins Fontes, 
2005, p. 355-356.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a formação da 
democracia nos Estados Unidos da América, é correto afirmar:
a) O “estado social tão novo” apregoado pelo autor refere-se 
à existência de uma democracia fundamentada nos pres-
supostos do Despotismo Esclarecido que caracterizava o 
sistema político no Antigo Regime na Europa.
b) Tocqueville sugere que, diferente das repúblicas gregas e 
romanas, a experiência democrática americana resultou 
na formação de uma população grosseira e iletrada, con-
sequência da leitura de jornais em vez de livros.
c) A instituição precoce da democracia liberal nos Estados 
Unidos foi responsável pela implementação da “missão 
civilizadora” que possibilitou a incorporação pacífica das 
populações indígenas nativas na sociedade nacional e 
assegurou a manutenção do seu modo de viver.
d) Por considerar a democracia na América uma ruptura 
histórica, Alexis de Tocqueville afirma que a democracia 
norte-americana foi um episódio original e sem prece-
dentes em experiências históricas anteriores.
e) Ao destacar o ineditismo da democracia norte-americana, 
Tocqueville refere-se ao fato de a Declaração de Indepen-
dência dos Estados Unidos (1776) ter conferido igualdade, 
liberdade e direitos irrestritos às mulheres e aos escravos.
29.16. (PUC – RJ) – Às vésperas da independência das 13 
colônias inglesas na América, em janeiro de 1776, Thomas 
Paine publica o seu famoso panfleto Senso Comum, no qual 
defendia enfaticamente a separação da Inglaterra: 
“A Inglaterra é, apesar de tudo, a pátria-mãe, di-
zem alguns. Sendo assim, mais vergonhosa resulta 
sua conduta, porque nem sequer os animais devo-
ram suas crias nem fazem os selvagens guerra a suas 
famílias; de modo que esse fato volta-se ainda mais 
para a condenação da Inglaterra. [...] Europa é a nossa 
pátria-mãe, não a Inglaterra. Com efeito, este novo 
continente foi asilo dos amantes perseguidos da liber-
dade civil e religiosa de qualquer parte da Europa [...] 
a mesma tirania que obrigou os primeiros imigrantes 
a deixar o país segue perseguindo seus descendentes”.
A partir da leitura do documento acima, responda os itens 
a seguir.
a) Explique as razões para a referência que o autor do panfle-
to faz à “vergonhosa conduta” e à “tirania” para descrever as 
relações da Inglaterra com suas colônias nesse momento.
b) Indique duas ações empreendidas pela coroa inglesa que 
exemplifiquem essa conduta. 
29.17. (UFJF – MG) – Leia atentamente um trecho da De-
claração de Independência dos Estados Unidos, de 1776.
Quando, no curso dos acontecimentos huma-
nos, se torna necessário a um povo dissolver os la-
ços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre 
os poderes da Terra, posição igual e separada, a que 
lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da 
natureza, o respeito digno para com as opiniões dos 
homens exige que se declarem as causas que os levam 
a essa separação. Consideramos estas verdades como 
evidentes por si mesmas, que todos os homens são 
criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos 
inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade 
e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar es-
ses direitos, governos são instituídos entre os homens, 
derivando seus justos poderes do consentimento dos 
governados; que, sempre que qualquer forma de go-
verno se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o 
direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo gover-
no, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe 
os poderes pela forma que lhe pareça mais conve-
niente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. (...) 
8 Extensivo Terceirão
Mas quando uma longa série de 
abusos e usurpações, perseguindo 
invariavelmente o mesmo objeto, 
indica o desígnio de reduzi-los ao 
despotismo absoluto, assistem-
-lhes o direito, bem como o dever, 
de abolir tais governos e instituir 
novos Guardiães para sua futura 
segurança. Tal tem sido o sofri-
mento paciente destas colônias e 
tal agora a necessidade que as for-
ça a alterar os sistemas anteriores 
de governo. A história do atual 
Rei da Grã-Bretanha compõe-se 
de repetidas injúrias e usurpações, 
tendo todos por objetivo direto o 
estabelecimento da tirania absolu-
ta sobre estes Estados.
Fonte: Disponível em: <http://www.arqnet.pt/portal/
teoria/declaracao_vport.html>. Acesso em: 28 ago. 
2014.
a) Segundo os autores da declaração, 
quais as justificativas para a ruptura 
com a metrópole?
b) Relacione a Declaração a um ideário 
político do período. 
Desafio
29.18. (UERJ) – 
` Fac-símile da Declaração Unânime de Independência dos Treze Estados Unidos da 
América, 4 de julho de 1776.
Disponível em: <htttp://www.commons.wikimedia.org.>
Por que os direitos devem ser apresentados numa declaração? Por que 
os países e os cidadãos sentem a necessidade dessa afirmação formal? Em 
1776, as palavras “carta”, “petição” pareciam inadequadas para a tarefa de 
garantir os direitos. “Petição” implicava um pedido ou apelo a um poder 
superior, e “carta” significava frequentemente um antigo documento ou 
escritura. “Declaração” tinha um ar menos submisso. Jefferson, portanto, 
começou a Declaração de Independência com a seguinte explicação da ne-
cessidade de declará-la: “Quando, no curso dos acontecimentos humanos, 
torna-se necessário que um povo dissolva os laços políticos que o ligam a 
outro e assuma entre as potências da terra a posição separada e igual a que 
lhe dão direito as Leis da Natureza e do Deus da Natureza, um respeito 
decente pelas opiniões da humanidade requer que ele declare as causas que 
o impelem à separação.” 
Adaptado de HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história.São Paulo: Cia. Das Letras, 2009.
A Declaração Unânime de Independência dos Treze Estados Unidos da América 
representou, à época, uma mudança quanto ao entendimento dos direitos dos 
habitantes das colônias. 
Aula 29
9História 8A
Gabarito
29.01. b
29.02. c
29.03. e
29.04. a
29.05. d
29.06. b
29.07. d
29.08. c
29.09. c
29.10. b
29.11. b
29.12. c
29.13. b
29.14. e
29.15. d
29.16. a) O autor está inconformado com a política Inglesa diante dos Es-
tados Unidos. A Inglaterra venceu a França na Guerras dos Sete 
Anos, 1756-1763, porém contraiu dívidas e repassou o prejuízo 
para os colonos na forma de impostos. O autor critica a tirania da 
política inglesa bem como a exploração econômica.
b) Criação de diversos impostos como as leis do chá, açúcar, alo-
jamento, selo, etc. Inconformados com tais desmandos e ins-
pirados pelos escritos dos pensadores John Locke e Thomas 
Paine, grandes opositores da dominação colonial, os colonos 
norte-americanos começaram a se opor à presença britânica 
nas Treze Colônias. Em dezembro de 1773, organizaram uma 
revolta contra o monopólio do chá que ficou conhecida como 
Boston Tea Party. Intransigente aos protestos coloniais, a Ingla-
terra decidiu fechar o porto de Boston (local da revolta) e impor 
as chamadas Leis Intoleráveis.
29.17. a) O texto se apoia nas ideias do pensador inglês John Locke, de-
fensor dos “direitos naturais” do homem, tais como o direito à 
vida, liberdade, propriedade e à busca da felicidade. Caso o go-
verno instituído não garanta estes direitos cabe à sociedade civil 
se rebelar. A metrópole inglesa, segundo o texto, tem abusado 
do poder político e explorado muito a colônia.
b) A Declaração está vinculada ao ideário Iluminista, movimento 
filosófico do século XVIII que defendia ideias como liberdade 
política, religiosa e de expressão, igualdade política, entre outras.
29.18. a) Um dos aspectos:
– defesa do direito à liberdade dos povos
– utilização de uma declaração como estratégia de luta política
– defesa do direito ao estabelecimento de governos autônomos
– repúdio às políticas alfandegárias e tributárias associadas à 
dominação metropolitana
b) Dois dos movimentos:
– defesa do liberalismo político
– revoltas de colonos, na América Espanhola
– Inconfidência Mineira, na América Portuguesa
– críticas ao absolutismo real, em sociedades europeias
a) A partir do texto, apresente um aspecto que caracteriza essa mudança. 
b) Identifique, também, dois movimentos políticos, ocorridos no mundo ocidental, associados às repercussões internacionais 
dessa declaração. 
10 Extensivo Terceirão
História
8AAula 30
Independência na América 
Espanhola
Assim como contextualizamos a independência das Treze Colônias inglesas dentro do processo de Crise do Sis-
tema Colonial, a libertação colonial ocorrida na América Espanhola também se inseriu dentro desse contexto mais 
amplo que se manifestava no continente americano desde o final do século XVIII. Ou seja, fatores externos como a 
difusão dos ideais iluministas e o exemplo da Independência dos Estados Unidos motivaram as colônias ocupadas 
pela Espanha a lutarem contra o domínio da Metrópole nas primeiras décadas do século XIX.
Acompanhe no mapa a seguir a cronologia dos principais movimentos de independência ocorridos na América Latina.
Independência na América Latina
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Podemos destacar os seguintes fatores que, conjugados, contribuíram para o processo de emancipação das colô-
nias espanholas da América:
 • O desenvolvimento industrial inglês: com a Revolu ção Industrial, a Inglaterra torna-se a principal nação exporta-
dora de produtos manufaturados. O monopólio comercial exercido pela Espanha restringia as relações mercantis. 
Por isso, os ingleses estavam interessados em apoiar os movimentos emancipacionistas. 
 • O desenvolvimento das colônias: gerava o apa recimento de novas camadas sociais, de núcleos urbanos e de 
quadros administrativos. 
 • Os interesses entre colônia e metrópole tornam-se antagônicos. A política mercantilista desenvolvida pela Espa-
nha prejudicava enormemente as colônias; daí as reações. 
Aula 30
11História 8A
 • A política fiscal, extremamente severa, provocou di-
versas reações (Nova Granada e Chile). Os espa nhóis 
adotavam uma política mercantilista. 
 • A influência das ideias iluministas: foi muito gran-
de para os intelectuais criollos. 
 • Exemplo da independência dos Estados Unidos: 
Com a independência, as jovens nações america nas, 
muitas vezes, transcrevem literalmente textos da 
Constituição dos Estados Unidos. 
 • A invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão: o 
rei da Espanha foi deposto e no lugar dele foi colocado 
José Bonaparte, irmão de Napoleão. Nas colônias, os 
criollos declararam-se fiéis ao monarca deposto. Po-
rém, ao mesmo tempo que afirmavam a sua lealdade, 
faziam uma série de exigências (liberdade de comércio, 
igualdade entre chapetones e criollos e autonomia) 
que colocavam em risco todo o sistema colonial. Os 
cabildos (ór gãos equivalentes às Câmaras Municipais 
no Brasil) passaram a depor as autoridades metropoli-
tanas. O Império Colonial Espanhol esfacelava-se.
 • A desigualdade de tratamento: favorecia os chape-
tones (nascidos na Espanha) e prejudicava os criollos 
(brancos nascidos na América). A aris tocracia crioula, 
poderosa economicamente, porém barrada nas possi-
bilidades de progresso social e político, sendo espoliada 
pela Coroa espanhola e seus representantes na América, 
vai lutar para romper com a metrópole que a explora.
Sobre o assunto, eis uma feliz síntese de Pierre 
Chaunu: “A Revolução foi, antes de mais nada, uma 
obra da aristocracia crioula, com ou sem o apoio da 
população mestiça. Os índios foram quase sempre 
testemunhas passivas dos acontecimentos que os 
ulltrapassavam, isto quando não tomavam partido, 
primeiro, pela Espanha, senhor distante contra o 
criollo, senhor imediato. A Revolução da América 
Latina, a região mais aristocrática da Terra, foi es-
sencialmente um empreendimento aristocrático. É 
na perspectiva “criolla” que devemos nos colocar”.
Podemos afirmar, portanto, que o processo de eman-
cipação das colônias espanholas consistiu em uma luta 
da elite colonial, composta pelos criollos (aristocracia 
rural) contra a Metrópole. Sem manifestar preocupação 
com as massas populares (índios, mestiços e escravos), 
os criollos protagonizaram uma luta de caráter elitista, a 
fim de conquistarem maior autonomia política. Embora 
o movimento de independência tivesse contado com a 
participação popular, a elite criolla conduziu todo o pro-
cesso temendo que lideranças populares conquistassem 
direitos e alterassem a ordem social vigente. Aos criollos 
pouco importava garantir melhores condições de vida 
aos camponeses; ao contrário, almejavam a manutenção 
dos seus privilégios econômicos.
Fases 
1a. fase: de 1810 a 1816 – Os colonos foram derrota-
dos, pela inex periência e falta de apoio externo. 
2a. fase: de 1817 a 1824 – Os revolucionários recebe-
ram apoio ex terno, especialmente da Inglaterra. 
México 
Em 1810, o padre Miguel Hidalgo liderou milhares 
de campo neses numa luta contra o domínio espanhol. 
Os rebeldes, além do fim do domínio espanhol, exigiam 
a igualdade racial e a distribuição de terras. Os revolu-
cionários foram reprimidos de forma violenta, po rém a 
causa sobreviveu.
Em 1820, a Revolução Liberal, na Espanha, obrigou o 
reacionário rei Fernando a aceitar uma Constituição libe-
ral. Os conservadores mexicanos ficaram atemorizados 
e, sob a lide rança de Agustín de Iturbide, expul saram as 
guarnições espanholas.
Iturbide publicou o Plano de Iguala que assegurava 
os privilégios da religião católica “sem tolerância de ne-
nhuma outra”, um governo mo nárquico, a conservação e 
o respeito à propriedade tal qual existia, a ma nutenção 
de estrutura estatal. Além disso, o plano convidava Fer-
nando VII, rei da Espanha, para trasladar-se ao México 
ou enviar alguém de sua dinastia para usar a coroa do 
Imperador.Em 1822, Agustín de Iturbide tornou-se 
Imperador. Teve de sus tentar uma renhida luta com os 
re publicanos comandados por Antônio Lopes de Santa-
na. Acabou deposto e executado.
América andina
No século XVIII, a região foi palco de diversas revol-
tas. A mais grave ocorreu no Peru, em 1780: os índios 
eram liderados por Tupac Amaru. Descendente dos 
incas por linha materna, era um índio culto e de posição 
econômi ca abastada. Lutou para que os impostos abu-
sivos fossem revoga dos. Percebendo a insensibilidade 
da Coroa espanhola, reuniu o seu povo e anunciou a 
anulação do tributo. Apesar do heroísmo dos indígenas, 
Tupac Amaru foi vencido, teve a língua cortada e depois 
tentaram esquartejá-lo sem sucesso. Mais de 80 mil 
índios foram mortos.
Francisco Miranda foi o mais célebre dos precursores 
da Independência das nações ame ricanas. Participou, ao 
lado dos colonos norte-americanos, das lutas que estes 
travaram para conseguir a Independência dos Estados 
Unidos. Lutou ao lado dos revolucionários franceses 
(1792-1797), esteve na África, lutando como soldado 
espanhol. Com o auxílio dos ingleses e norte-ame ricanos, 
Miranda tentou libertar a Venezuela. Sucumbiu em 1812, 
foi preso e deportado para a Espa nha, onde veio a falecer.
12 Extensivo Terceirão
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 ` Francisco Miranda
Argentina e Chile 
José de San Martin e Mator ras, 
nascido na Argentina, em 1778, recebeu, 
graças à posição de sua família, esme-
rada educa ção. Foi indiscutivelmente o 
maior estratego da independência, pois 
compreendeu que o centro da resistên-
cia estava no Peru.
A Argentina tornou-se indepen dente 
em 1810; contudo, a união só é realizada 
no Congresso de Tucumã, em 1816. Nes-
te mesmo ano (9 de julho de 1816), uma 
de claração formal de independência 
vem a cimentar a unidade recen temente 
estabelecida. San Martín está livre para 
ajudar o Chile.
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No Chile, venceu a batalha de Chacabuco. O herói chileno Bernardo 
O’Higgins consolidou a independência de sua pátria após a vitória na 
Batalha de Maipu. 
San Martin, com o apoio do almirante inglês Lord Cochrane, entrou no 
Peru. A independência foi proclamada (1821). O general Antonio Sucre 
con solidou a independência do Peru (Batalha de Ayacucho, 1824), e 
também ajudou a consolidar a independência da Bolívia.
Paraguai e Uruguai 
A independência do Paraguai foi concluída por José Gaspar Rodri-
gues de Francia, doutor em Direito, que ditatorialmente exerceu uma 
efetiva defesa da soberania nacional. Governou procurando amparar os 
interesses da massa de pequenos camponeses.
O Uruguai, antiga Província Cisplatina, estava sob ocupação brasileira.
José Artigas, democrata pro gressista e de grande sensibilidade 
social, foi o líder das lutas pela independência. Em 1825, um grupo de 
pa triotas, conhecido como “os 33 orientais”, iniciou uma bem conca-
tenada campanha militar contra o Império do Brasil. A independência 
efetivou-se em 1828.
Haiti
A Ilha de São Domingos acabou sendo dividida entre espanhóis e 
franceses.
Os franceses passaram a dominar a parte ociden tal da ilha, onde 
estabeleceram grandes plantações de açúcar.
Milhares de escravos foram importados do Da omé e do Senegal. Em 
1789, 85% dos 800 000 habitantes do Haiti eram escravos.
Em todo o século XVIII, ocorreram diversas re beliões de escravos, 
sendo todas reprimidas com violência.
Após a Revolução Francesa, a luta pela indepen dência intensificou-
-se. Toussaint Louverture conse guiu unificar os diferentes grupos 
em um exército disciplinado. Aproveitando-se da situação interna da 
França, deu início a uma bem-sucedida rebelião. Lou verture conseguiu 
que a convenção nacional francesa ratificasse o decreto que abolia a 
escravidão na Ilha de São Domingos e o nomeasse general. 
Com a ascensão de Napoleão Bonaparte, a escra vidão foi restabele-
cida e Louverture foi preso. Acabou morrendo na França, em 1803.
Em 1802, os líderes negros Alexandre Pétion, Henri Christophe 
e Jean-Jacques Dessalines se uni ram para combater os franceses. A 
1o. de janeiro de 1804 a colônia francesa de São Domingos tornou-se 
independente, adotando o nome nativo de Haiti. Os escravos foram 
libertados. Dessalines autocoroou-se imperador com o título de Jacques I. 
Acabou sendo assassinado em 1806. Houve uma Guerra Civil. O país 
foi dividido. Pétion governava o sul e Henri Christophe tornou-se rei 
(Henri I), governan do a região ao norte. Com a morte de Pétion (1818) e 
de Henri I (1820), Jean Pierre Boyer unificou o país e conquistou a parte 
oriental da ilha de colonização espanhola. Em 1843, a divisão definitiva: 
República do Haiti, na parte ociden tal, e República Dominicana, na 
parte oriental.
Aula 30
13História 8A
América Latina após a 
independência
Sob o aspecto socioeconômico, o processo de 
independência na América de colonização espanhola 
guardou certa semelhança com relação à indepen-
dência do Brasil, que também se configurou como 
um movimento liderado e conduzido pela elite e que 
manteve o povo à margem do processo, sem que pro-
vocasse rupturas na ordem econômica e social. Com 
relação à organização política e territorial, no entanto, 
as independências do Brasil e das ex-colônias espa-
nholas apresentam significativas diferenças. Enquanto 
no Brasil, por exemplo, não ocorreu fragmentação 
político-territorial, pois o Império Brasileiro manteve 
a unidade do seu território. Na América Latina, essa 
foi uma das principais características do processo de 
independência. Ou seja, na América Espanhola, surgi-
ram várias novas nações independentes após as lutas 
de libertação dos diversos vice-reinos e capitanias até 
então subordinadas à Espanha. A formação de diversos 
países, substituindo os grandes vice-reinos espanhóis, 
deveu-se à falta de unidade na luta das colônias pela 
liberdade e aos interesses divergentes entre as várias 
lideranças políticas pró-independência (disputa pelo 
poder entre as oligarquias regionais). 
Simón Bolívar (1783-1830), um dos principais líde-
res do processo de luta pela independência na América 
Latina, sonhava com a unidade entre as novas nações 
americanas.
Bolívar defendeu um projeto de unificação para for-
talecer a luta pela emancipação das colônias, afirman-
do que o isolamento entre elas dificultaria o processo, 
porém seu sonho de formar uma América forte e unida 
não se efetivou, pois na medida em que as colônias 
americanas se libertaram do domínio espanhol, deram 
origem a diversos países e a América se fragmentou 
politicamente.
Simón Bolívar manifestou seu ideal de unidade da 
América do Sul na chamada Carta da Jamaica, de 1815, 
e, posteriormente, convocou as principais lideranças 
para participarem do Congresso do Panamá (1826).
O projeto de Bolívar fracassou, em parte devido às 
pressões contrárias dos Estados Unidos e da Inglaterra, 
mas também em função dos interesses das elites 
locais pelo poder político. No que se refere à posição 
das grandes potências, é claro que uma América frag-
mentada (dividida politicamente em diversos países) 
seria mais facilmente dominada sob o ponto de vista 
econômico.
O processo de independência das colônias es-
panholas terminou, portanto, com o surgimento de 
vários países economicamente frágeis e dependentes 
do mercado internacional. Estes se libertaram do 
controle espanhol, mas foram vítimas do imperialismo 
inglês e estadunidense no decorrer dos séculos XIX e 
XX. Outra realidade do período pós-independência foi 
a manutenção dos privilégios políticos e econômicos 
apenas de uma pequena elite que, de maneira geral, foi 
protagonista das lutas pela independência na grande 
maioria das colônias. De maneira geral, a independên-
cia não resultou em mudanças na estrutura social que 
pudessem gerar significativas melhorias à condição 
de vida para a população local. Governos autoritários,comandados pelos caudilhos (grandes proprietários), 
excessiva concentração de renda e da propriedade, 
juntamente com profunda desigualdade social, foram 
características predominantes nas novas nações latino-
-americanas do século XIX.
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14 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
30.01. (UFRGS) – A partir da segunda metade do século XVIII, 
o chamado antigo sistema colonial, baseado nas práticas e 
nos princípios mercantilistas, enfrentou uma profunda crise.
Desta crise resultou um conjunto de movimentos de inde-
pendência nas áreas coloniais da América Latina. Considere 
os seguintes elementos.
I. A Revolução Industrial na Inglaterra.
II. A luta pela liberdade de comércio e pela autonomia.
III. O desenvolvimento socioeconômico das colônias.
IV. A influência das ideias iluministas.
V. A política napoleônica.
VI. A rivalidade entre a elite local e os representantes da elite 
metropolitana.
Quais dentre eles contribuíram para a emancipação das 
colônias e rompimento do pacto colonial?
a) Apenas I e II
b) Apenas I e IV 
c) Apenas I, III e V
d) Apenas II, IV e VI 
e) I, II, III, IV, V e VI
30.02. (FUVEST – SP) – “Neste território não poderá 
haver escravos.
A servidão foi abolida para sempre. Todos os ho-
mens nascem, vivem e morrem livres...”
“Todo homem, qualquer que seja sua cor, pode ser 
admitido em qualquer emprego.”
Artigos 3 e 4 da Constituição do Haiti, assinada 
por Toussaint L’Ouverture, 1801.
Lendo o texto anterior e associando-o ao processo de in-
dependência das Américas espanhola e francesa, é possível 
concluir que:
a) como no Haiti, em todos os demais movimentos houve 
uma preocupação dominante com as aspirações populares;
b) a independência do Haiti foi um caso especial nas Amé-
ricas, pois foi liderada por negros e mulatos;
c) na mesma década da independência do Haiti, as demais 
colônias do Caribe alcançaram a libertação;
d) o movimento de independência do Haiti foi inspirado 
pelo modelo dos Estados Unidos;
e) a independência do Haiti foi concedida por Napoleão 
Bonaparte, com base nos princípios liberais.
30.03. (CEFET – RJ) – Sobre o processo de independência 
das colônias espanholas, em comparação com o do Brasil, 
podemos afirmar que: 
a) nas colônias espanholas, o processo de emancipação foi 
mais elitista que no Brasil, já que aqui o movimento de 
independência foi muito popular, incluindo as classes 
mais pobres e revolucionárias nas decisões políticas. 
b) a escravidão no Brasil foi abolida como sistema de traba-
lho, enquanto em todas as ex-colônias espanholas houve 
um esforço amplo e imediato de manter toda forma de 
trabalho compulsório. 
c) tanto no Brasil como nas colônias espanholas, a Repú-
blica foi o sistema de governo mais aceito, por isso fora 
implantado logo após a independência sob o controle e 
regulação das elites coloniais locais. 
d) no Brasil, o processo de independência não resultou no 
esfacelamento do território, mantendo uma unidade geo-
gráfica, enquanto, na América Espanhola, surgiram vários 
países a partir do movimento de emancipação política. 
30.04. (FATEC – SP) – O nome com que foi batizado o 
maior torneio entre clubes de futebol sul-americano 
homenageia o conjunto de líderes dos processos de 
independência dos países da América do Sul. Os prin-
cipais “libertadores” foram Simón Bolívar e José de San 
Martín, que atuaram nos processos de independência 
de diversos países.
Disponível em: <https://tinyurl.com/y72ma2xo>. Acesso em: 31.05.2018. Adaptado.
Sobre esses processos de independência, é correto afirmar que 
a) Bolívar foi o responsável pela opção monarquista, adotada 
nas novas nações independentes. 
b) Venezuela, Bolívia e Panamá se tornaram, a partir do ideal 
dos libertadores, uma nação única. 
c) Bolívar fracassou em seu projeto de formação de uma 
grande nação pan-americana. 
d) Argentina, Paraguai e Uruguai se uniram ao Brasil para a 
criação de uma grande nação monarquista. 
e) San Martín ficou conhecido como “libertador” por seu 
papel na abolição da escravidão na Guatemala. 
Aperfeiçoamento
30.05. (UNESP – SP) – ... os continentes americanos, pela 
condição livre e independente que assumiram e man-
têm, não deverão, daqui por diante, ser considerados 
objetos de futura colonização por parte de quaisquer 
potências europeias...
Mensagem da presidência dos Estados Unidos ao 
Congresso, em 1823.
Sobre essa mensagem, é correto afirmar que:
a) tornou-se letra morta, pelo fato de esse mesmo governo 
iniciar uma política neocolonial no continente;
b) alardeou os desígnios dos Estados Unidos no sentido de 
justificar sua futura dominação sobre a América Latina;
c) nasceu da necessidade de o governo norte-americano ser 
aceito como parceiro no clube das potências da época;
Aula 30
15História 8A
d) provocou entre as potências europeias uma perda de 
interesse pelo continente americano em geral;
e) ficou conhecida como a doutrina Monroe, a qual, naque-
le momento, expressava os interesses de toda a América.
30.06. (ACAFE – SC) – Acerca do processo de independên-
cia da América espanhola e suas consequências, todas as 
alternativas estão corretas, exceto a: 
a) No Congresso do Panamá, em 1826, Simon Bolívar 
propôs uma integração entre as nações do continente. 
Os poderes locais não abriram mão de sua autonomia 
e a ideia fracassou. 
b) Ao propor a Doutrina Monroe “a América para os Ameri-
canos”, os Estados Unidos eram contrários a interferência 
europeia na América, porém, tal doutrina expressava 
uma política imperialista estadunidense no continente. 
c) As estruturas políticas após a independência e o sur-
gimento de vários países, não efetivou uma grande 
mudança no poder; as camadas populares foram alijadas 
do poder e os caudilhos garantiram um poder absoluto 
em seus domínios. 
d) O início da luta pela ruptura com a Espanha foi co-
mandada pelos chapetones e articulada nos moldes 
da Independência dos Estados Unidos da América, 
unificando-se todas as juntas governamentais num 
governo unitário. 
30.07. (ACAFE – SC) – No rastro dos movimentos influen-
ciados pela ideologia Iluminista e até pela independência 
dos Estados Unidos da América, no século XVIII, acentua-
ram-se os movimentos pela ruptura da América espanhola 
com a Metrópole, na primeira metade do século XIX.
Nesse contexto é correto afirmar, exceto: 
a) Organizando-se a partir dos cabildos e formando as 
juntas governativas, os revoltosos depuseram autori-
dades metropolitanas e assumiram a administração 
das colônias. 
b) Os chapetones, com o ideal nacionalista de quem já 
havia nascido na América, foram os principais organiza-
dores das lutas contra o domínio metropolitano. 
c) Simon Bolívar, conhecido como um dos “libertadores 
da América”, foi um exemplo típico da ideologia da 
elite criolla. 
d) A Doutrina Monroe, instituída pelos Estados Unidos 
apoiou as independências da América Latina na guerra 
contra a Metrópole espanhola. 
30.08. (UFRGS) – A ocupação napoleônica na Espanha 
criou condições propícias aos movimentos de libertação 
ocorridos na América espanhola. Em relação a esses pro-
cessos de emancipação, assinale a alternativa correta.
a) Graças à fraqueza temporária da Espanha, as emanci-
pações políticas ocorreram de forma pacífica, mediante 
negociações diplomáticas.
b) As elites da América espanhola desejavam a emanci-
pação para estabelecer monopólios mercantis, pois a 
Espanha praticava o livre comércio em suas colônias.
c) Influenciada pelos princípios franceses dos Direitos Uni-
versais, a aristocracia “criolla” pretendia, com o processo 
de independência, promover mudanças estruturais, 
instaurando regimes democráticos e estendendo o voto 
ao conjunto da sociedade.
d) Os processos de independência da América espanhola 
foram incentivados pela Independência americana, pela 
Revolução Francesa e pelo pensamento do Iluminismo.
e) O latifúndio e a escravidão foram abolidos, pois foram 
consideradosprejudiciais à modernização econômica 
do continente latino-americano.
30.09. (PUC – SP) – Quanto aos processos de independên-
cia na América Hispânica e no Brasil no início do século XIX, 
pode-se afirmar que:
a) ambos foram marcados por guerras, mas no pós-inde-
pendência a América Hispânica conservou a unidade 
do período colonial e o Brasil foi dividido politicamente;
b) ambos receberam auxílio francês e inglês, mas no pós-
-independência o Brasil rompeu os laços com a Inglater-
ra e a América Hispânica se aproximou mais da França;
c) ambos foram influenciados pelo pensamento iluminis-
ta, mas no pós-independência na América Hispânica 
predominou a ideia republicana e o Brasil se tornou 
uma monarquia;
d) ambos contaram com apoio militar dos Estados Unidos, 
mas no pós-independência o Brasil se aliou aos norte-
-americanos e a América Hispânica entrou em conflito 
com eles;
e) ambos foram negociados, mas no pós-independência a 
autonomia da América Hispânica foi apenas provisória 
e a brasileira se tornou definitiva.
30.10. (UFG – GO) – Na primeira metade do século XIX, 
a América Latina foi convulsionada pelos movimentos 
de independência, provocando instabilidade na política 
internacional. Diante desse contexto, o governo norte-
-americano anunciou a Doutrina Monroe (1823), que se 
relaciona com:
a) a defesa do continente americano de possíveis inter-
venções político-militares por parte das monarquias 
europeias.
b) o incentivo a projetos políticos de expansão colonial dos 
EUA em direção ao continente sul-americano.
c) o apoio ao projeto de unidade política entre os países 
da América Central, defendida pelo líder Simón Bolívar.
d) a garantia da ampliação do mercado externo para 
escoamento da produção industrial do norte dos EUA.
e) a criação de acordos comerciais entre EUA e os recém-
-criados países latino-americanos.
16 Extensivo Terceirão
Aprofundamento
30.11. (UFSC) – Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s) 
referente(s) às lutas pela independência das colônias da 
América Latina.
O amor da liberdade deve ser, [...] invencível como 
é a morte; deve [...] ter a sede do infinito; deve ser gran-
de como o universo que o contém.
ANDRADA, José Bonifácio de. Discursos Parlamentares. Apud HOLANDA, S. B. História 
da civilização. São Paulo: Nacional, 1979.
01) O surgimento de líderes nacionalistas na América do Sul, 
como Simón Bolívar e José de San Martin, influenciou o 
êxito das lutas pela independência.
02) O longo período de submissão à política praticada por 
Portugal e Espanha nas colônias provocou descontenta-
mentos que, com o tempo, transformaram-se em mani-
festações pela independência.
04) Na Espanha e em Portugal, a difusão das ideias de pen-
sadores como Locke, Voltaire e Rousseau desempenhou 
papel relevante nos esforços de manter o controle sobre 
as colônias na América.
08) Os argentinos, na sua maioria descendentes de nações 
indígenas, mantiveram o regime monárquico, mais pró-
ximo de suas tradições culturais milenares.
16) O Brasil proclamou sua independência de Portugal em 
1822, sendo a única colônia sul-americana a adotar o 
regime monárquico de governo ao se tornar indepen-
dente.
30.12. (UDESC) – Analise as proposições em relação à Inde-
pendência dos países latino-americanos, e assinale (V) para 
verdadeira e (F) para falsa.
( ) As guerras da independência dos países da América, 
de colonização espanhola, ocorreram principalmente 
na primeira metade do século XIX e estão vinculadas à 
ocupação da Espanha pelo exército francês de Napoleão 
Bonaparte.
( ) Ao se tornarem independentes de suas metrópoles, na 
primeira metade do século XIX, a maioria dos novos pa-
íses latino-americanos também proclamaram a liberta-
ção dos escravos e o fim da escravidão.
( ) Muitos países latino-americanos independentes tinham 
uma população majoritariamente descendente de gru-
pos indígenas. Um exemplo é o México que em 1821, 
ano da independência, tinha 40% da população indí-
gena, 40% da população mestiça e 20% da população 
europeia ou de seus descendentes.
( ) Um dos países mais pobres da América Central, na 
atualidade, é o Haiti, que teve sua capital, Porto Prín-
cipe, arrasada por um terremoto em 12 de janeiro de 
2010. Este país foi colônia francesa e sua economia era 
baseada em grandes propriedades para a exportação 
com a utilização do trabalho escravo. Foi o último país 
da América Latina a se tornar independente e a abolir 
a escravidão.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de 
cima para baixo.
a) F – F – V – F b) V – F – V – F c) V – F – F – V 
d) V – F – V – V e) F – V – F – F
30.13. (PUCCAMP – SP) – A proclamação das repúblicas nas 
ex-colônias hispano-americanas, na América do Sul, ocorreu
a) concomitantemente às proclamações de independência, 
uma vez que, ao avaliarem o resultado de décadas de 
Império no Brasil, as elites desses países decidiram-se pelo 
regime republicano e democrático.
b) concentradamente nas primeiras décadas do século XIX, 
com forte atuação das elites criollas e a circulação de proje-
tos políticos visando à formação de grandes confederações.
c) lentamente, efetivando-se décadas após a emancipação 
política em relação à Espanha, por meio de processos 
internos de lutas sangrentas entre elites monarquistas e 
liberais federalistas.
d) precocemente, uma vez que o exemplo norte-americano e 
os ideais da Revolução Francesa orientaram o desencadear 
de processos revolucionários que resultaram na instituição 
de repúblicas nessa região, no século XVIII.
e) naturalmente, considerando que as elites criollas, total-
mente avessas aos baluartes do poder espanhol, apoiaram 
as reformas bourbônicas, declarando-se republicanas e 
decididas a abolir as instituições coloniais.
30.14. (FPP – PR) – A partir de meados do século XVIII, os 
ideais iluministas atravessaram o Atlântico, influenciando em 
grande medida o início dos movimentos de independência 
dos países americanos. Observe as afirmações a seguir sobre 
esse tema: 
I. A independência das trezes colônias britânicas na Amé-
rica teve influência direta de autores iluministas, como o 
inglês John Locke, que afirmava que o governo deveria 
garantir os direitos naturais aos homens, como a liberda-
de, a felicidade e a prosperidade. 
II. No Brasil, não chegaram os ideais iluministas; por esse 
motivo, quando o país tornou-se independente, em 
1822, continuou sendo uma Monarquia, já que o ideal 
republicano não circulava na colônia. 
III. Os ideais iluministas de liberdade e de igualdade esti-
veram presentes nos movimentos de independência da 
América Espanhola, iniciados entre o final do século XVIII 
e o começo do século XIX, e que foram liderados pela elite 
letrada colonial, que se mostrava insatisfeita com a sua 
diferença em relação às elites metropolitanas. 
IV. Um dos principais líderes dos movimentos de independên-
cia das Américas foi Simón Bolívar. Por esse motivo, atual-
mente, governos que questionam a interferência externa 
em suas economias são denominados de “bolivarianos”. 
Estão CORRETAS apenas as afirmações: 
a) I e III. 
d) II, III e IV. 
b) I, III e IV. 
e) I, II e III. 
c) I e IV. 
Aula 30
17História 8A
30.15. (UFPR) – Leia o texto a seguir:
É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o 
mundo novo uma só nação com um só vínculo, que 
ligue suas partes entre si e com o todo. Já que tem uma 
mesma origem, uma mesma língua, mesmos costumes 
e uma religião, deveria, por conseguinte, ter um só go-
verno que confederasse os diferentes Estados que have-
rão de formar-se [...]. 
Fonte: <http://www.iela.ufsc.br/noticia/sim%C3%B3n-bol%C3%ADvar-e-carta-da-
-jamaica>. Acesso em: 06 agosto 2017. 
Considerando o extrato da “Carta de Jamaica”, de Simón Bolívar, 
e com base nos conhecimentos sobre as independências na 
América espanhola, assinale a alternativa correta. 
a) Os movimentos de independência na América espanhola 
foram impulsionados pela tentativa de invasão napoleônica 
no Haiti recém-libertado.A Carta de Jamaica foi o docu-
mento que fundamentou esses movimentos. 
b) Os movimentos de independência foram liderados por 
mestiços e escravos que ansiavam conseguir a liberdade 
expulsando os espanhóis. Aproveitando a ausência do rei 
Fernando VII, encarcerado por Napoleão, Bolívar escreveu a 
carta na Jamaica, chamando todas as colônias a se unirem 
para formar uma grande federação contra a coroa espanhola. 
c) Simón Bolívar foi o grande artífice das independências da 
América espanhola. Seu carisma e poder de mando per-
mitiram unir todos os movimentos em uma grande frente 
libertadora, que começou na Argentina em 1816 e chegou 
até a Colômbia em 1821. 
d) O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias governa-
das pela Espanha em uma grande confederação de estados 
nos moldes das colônias americanas do Norte, porém as 
diferenças entre alguns líderes no interior do movimento 
anticolonial não viam com bons olhos esse projeto. 
e) A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de independên-
cia das colônias espanholas. Escrita no formato da declaração 
de independência haitiana, declarava o fim da escravidão nas 
colônias e a expulsão dos peninsulares das terras americanas. 
30.16. (UFPR) – Considere o seguinte extrato da declaração 
de independência haitiana:
1º de janeiro de 1804 
O General em Chefe ao Povo do Haiti, 
Cidadãos – compatriotas –, eu reuni, neste dia solene, 
os corajosos comandantes que, às vésperas de receber o 
último suspiro da liberdade agonizante, derramaram seu 
sangue para preservá-la. Estes generais, que comandaram 
as lutas de vocês contra a tirania, ainda não terminaram. 
A reputação francesa ainda obscurece nossas planícies: 
todas as coisas evocam a lembrança das crueldades da-
quele povo bárbaro. Nossas leis, nossos costumes, nossas 
cidades, tudo encerra características dos franceses. Ou-
çam o que estou dizendo! Os franceses ainda têm um pé 
em nossa ilha! E vocês se creem livres e independentes 
daquela república, que combateu todas as nações, é ver-
dade, mas nunca conquistou aqueles que seriam livres!
(Transcrição a partir da versão publicada em David Armitage, Declaração de indepen-
dência: uma história global. São Paulo: Companhia das Letras, 2011).
Com base nesse fragmento e nos conhecimentos sobre o 
assunto, considere as seguintes afirmativas sobre a Revolução 
Haitiana (1791-1804) e seu significado para as independên-
cias americanas:
1. Antes de se chamar Haiti, a ilha se chamava Santo Domin-
go e estava sob domínio espanhol, sendo invadida pelos 
franceses a mando de Napoleão. 
2. O Haiti foi a primeira república das Américas a se libertar 
da dominação europeia e abolir a escravidão. 
3. A particularidade da revolução haitiana é que foi dirigida por 
escravos, libertos e mulatos e inspirada nos princípios que os 
próprios franceses teriam levantado durante sua revolução. 
4. A revolução haitiana contou com o apoio de escravos e 
libertos da colônia espanhola de Cuba. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
30.17. (UFJF – MG) – No processo de Independência e ao lon-
go do século XIX muitas nações latino-americanas foram mar-
cadas pelo fenômeno político conhecido como Caudilhismo.
Documento 1
Sugestão de tradução:
VIVA A FEDERAÇÃO
Aos amantes da pessoa do Ilustre Restaurador das Leis 
Governador e Capitão Geral da Província D. Juan Manuel 
de Rosas Aos Verdadeiros Federais.
` Cartaz com a imagem do argentino Juan Manuel de 
Rosas, considerado um dos grandes caudilhos do 
século XIX.
Fonte: <htttps://www.goo.gl/1xWbzp.>
18 Extensivo Terceirão
Documento 2 
“Na América Latina o termo 
caudilho ainda continua a ser usa-
do, como o de cacique, para de-
signar chefes de partido local ou 
de aldeia, com características de-
magógicas. Presentemente, parte 
dos estudiosos da ciência política 
creem que o Caudilhismo é par-
ticularmente significativo para a 
compreensão da gênese do milita-
rismo na América Latina.” 
Adaptado de BOBBIO, Norberto. Dicionário de Políti-
ca, Brasília: Editora UnB, 2000.
Com base nestas informações e em 
seus conhecimentos, assinale a alter-
nativa CORRETA: 
a) O caudilhismo foi um fenômeno 
político típico dos países europeus, 
e que foi exportado para o Brasil e 
demais países americanos. 
b) Os caudilhos se opunham ao 
poder do Exército e da Igreja e 
defendiam a centralização em 
oposição ao federalismo. 
c) Pode-se afirmar que o caudilhismo 
foi um fenômeno tipicamente 
urbano, ligado ao processo de 
expansão da industrialização. 
d) Os caudilhos foram fundamentais 
para o estabelecimento das demo-
cracias que caracterizaram os países 
americanos desde o século XIX. 
e) O caudilhismo tem vinculação 
com as elites locais, e é um poder 
baseado no carisma do líder (o 
caudilho), no uso da força e no 
apoio dos proprietários de terra. 
30.18. (UERJ) – Haiti é um farol ele-
vado sobre as Antilhas, em direção 
ao qual os escravos e seus senho-
res, os oprimidos e os opressores, 
voltam seus olhares.
HENRI GRÉGOIRE, 1824
Citado por MOREL, M. O abade Grégoire, o Haiti e o 
Brasil: repercussões no raiar do século XIX. Revista 
Almanack Braziliense, nº 2, novembro/2005.
A Revolução Haitiana, iniciada em 
1791, causadora da independência 
daquela região de colonização fran-
cesa, gerou repercussões que impac-
taram tanto as sociedades americanas 
quanto as europeias. A imagem e o 
texto exemplificam algumas impres-
sões sobre esse movimento.
Indique um aspecto da Revolução Haitiana que a diferenciou dos outros pro-
cessos de emancipação política de colônias americanas. Em seguida, identifique 
duas repercussões desse episódio para as sociedades americanas e europeias. 
Desafio
30.19. (UNICAMP – SP) – Leia atentamente o trecho da carta escrita em 1830 por Simón 
Bolívar ao General J. J. Flores. A partir da leitura e de seus conhecimentos, responda 
às questões.
Meu querido General:
V. Ex.ª sabe que governei durante vinte anos e deles tirei apenas pouco 
resultados certos: 1º) a América é ingovernável para nós; 2º) aquele que serve 
a uma revolução ara no mar; 3º) a única coisa que se pode fazer na América é 
emigrar; 4º) este país cairá infalivelmente em mãos da multidão desenfreada, 
para depois passar a pequenos tiranos quase imperceptíveis, de todas as cores 
e raças; 5º) devorados por todos os crimes e extintos pela ferocidade, os eu-
ropeus não se dignarão a nos conquistar; 6º) se uma parte do mundo voltasse 
ao caos primitivo, este seria o último período da América.
Adaptado de Simón Bolívar, Escritos políticos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992, p. 32.
a) Identifique dois aspectos políticos do processo de independência da América 
espanhola.
b) Explique como o texto contradiz o projeto político inicial de Bolívar para a América. 
Aula 30
19História 8A
30.20. (UERJ) – 
DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA NA AMÉRICA DE 
COLONIZAÇÃO ESPANHOLA (1808-1850)
VICE-REINADOS 
(1808)
CAPITANIAS-
-GERAIS (1808)
ESTADOS INDEPENDENTES (ATÉ 
1850, EXCETO QUANDO INDICADO)
Nova Espanha 
Guatemala 
Honduras, El Salvador, Guatemala 
Nicarágua 
Costa Rica 
México 
Cuba
Cuba (1898) 
Haiti 
República Dominicana
Nova Granada Venezuela 
Venezuela 
Colômbia 
Equador 
Panamá (1903) 
Peru Chile 
Chile 
Peru 
Prata –
Bolívia 
Argentina 
Uruguai 
Paraguai 
Adaptado de FREIRE, Américo et al. História em curso. São Paulo: Editora do Brasil,2008.
Apesar da fragmentação da 
América Espanhola em dez repú-
blicas no momento da indepen-
dência (até meados do século já 
havia 16), políticos, intelectuais 
e escritores, nos anos 1850 e 
1860, mantinham a ideia ante-
riormente propagada (não só por 
Simón Bolívar) de que existe uma 
consciência e identidade hispa-
no-americana/latino-americana 
comum que supera os “naciona-
lismos” locais e regionais.Eles 
argumentavam que a “América 
Latina” era fundamentalmente 
distinta dos Estados Unidos, a 
“outra” América. Acima de tudo, 
também acreditavam que os Es-
tados Unidos eram seu inimigo.
Adaptado de BETHELL, Leslie. O Brasil e a ideia de 
“América Latina” em perspectiva histórica. Revista 
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 22, n. 44, 2009.
A noção de América Latina, construí-
da a partir de meados do século XIX, 
está associada a processos internos e 
externos aos países da região.
Apresente um fator de ordem interna responsável pela dinâmica territorial retratada na tabela.
Cite, ainda, uma ação política dos Estados Unidos, entre 1840 e 1910, que reforçava o entendimento de políticos, intelec-
tuais e escritores, ressaltado no texto, diante desse país. 
20 Extensivo Terceirão
Gabarito
30.01. e
30.02. b
30.03. d
30.04. c
30.05. e
30.06. d
30.07. b
30.08. d
30.09. c
30.10. a
30.11. 19 (01, 02, 16)
30.12. b
30.13. b
30.14. b
30.15. d
30.16. b
30.17. e
30.18. Um dos aspectos:
– Levou à criação da primeira República Negra das Américas.
– O processo de independência foi iniciado por violentas rebeli-
ões escravas.
– A emancipação política acarretou também o fim da escravidão.
Duas das repercussões:
– difusão das ideias liberais
– ampliação das críticas à legalidade da escravidão
– ocorrência de outras rebeliões escravas nas Antilhas
– alterações nos fluxos do tráfico intercontinental de escravos
– crescimento da oposição britânica à continuidade do tráfico de 
escravos
– difusão do medo em relação à violência de revoltas escravas 
(haitianismo) 
30.19. a) No contexto da independência da América Espanhola, 1800-
1830, ocorreu uma fragmentação política surgindo vários países 
adotando repúblicas.
b) As diferenças regionais e disputas políticas impossibilitaram a 
realização do ideário político de Bolívar que era o pan-america-
nismo, ou seja, a unificação política da América Espanhola.
30.20. A colonização na América possui diversas particularidades. A colo-
nização portuguesa foi mais centralizada (Governo Geral) quando 
comparado com a colonização espanhola. No decorrer do século 
XIX, diversos fatores contribuíram para o processo de fragmentação 
na América de colonização espanhola, frustrando diferentes ideias 
pan-americanistas de unidade (Simon Bolívar), esforço coletivo de 
políticos, intelectuais e escritores que buscaram construir um sen-
so de unidade e identidade por meio da noção de América Latina. 
Dentre os fatores de ordem interna que explicam o processo de 
fragmentação na América de colonização espanhola, devem ser 
realçados a colonização fragmentada em Vice-reinos e Capitanias 
Gerais, o quadro de instabilidade política com golpes de Estado e 
levantes miliares; as disputas entre os caudilhos, representantes do 
poder local; os constantes conflitos entre liberais e conservadores, 
na luta entre os defensores da centralização e da descentralização, 
traço destacado em obras literárias como “Cem Anos de Solidão”, 
do escritor colombiano Gabriel Garcia Marques. Na construção da 
noção de América Latina, conforme salientado no texto por Leslie 
Bethell, a ideia de que os Estados Unidos eram hostis à América 
Latina foi construída e influenciada por diversas ações daquele país. 
Um primeiro exemplo pode ser encontrado na expansão territo-
rial diante do México, com a anexação do Texas pelos E.U.A. e as 
diversas guerras travadas, que acarretariam significativas perdas 
resumidas na frase do ex-presidente Porfírio Dias: “pobre México, 
tão distante de Deus, tão perto dos Estados Unidos.” Outros exem-
plos conhecidos são decorrentes da Guerra hispano-americana e 
de seus desdobramentos, com a independência de Cuba diante da 
Espanha e o questionamento da soberania da ilha, devido à emen-
da Platt que autorizava intervenções militares dos E.U.A. Por fim, as 
muitas intervenções e mobilizações de tropas na América Central 
possuem no apoio à independência do Panamá diante da Colôm-
bia e nas condições para construção do Canal e sua exploração um 
outro conjunto de ações que permitem compreender a percepção 
negativa construída diante dos EUA na região.

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