8 - legislação tributária

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DIREITO 
TRIBUTÁRIO
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Prof. Átila Leite
Advogado Tributarista
I - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
◦ Quando nos falamos da Criação dos Tributos, nós estamos muito acostumados a usar a 
expressão “LEI”. 
◦ Pergunto: Utilizar essa expressão esta errado?
◦ Não, porque para a criação de um tributo necessita de uma Lei. 
◦ Só que nós temos que tomar CUIDADO com uma Expressão Tributária, que é muito parecida 
com a Lei, que nós chamamos de:
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. 
Nesse momento esse conceito fica muito mais amplo, porque a Legislação Tributária não fala só da 
Lei, pois ela é muito mais ampla, então vejamos: 
17/02/2022
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
1 - LEI 
2 - DECRETOS
3 - TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
4 - NORMAS COMPLEMENTARES
17/02/2022
Esse termo amplo esta definida no artigo 96 CTN:
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.
I - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
1 - LEIS
As LEIS podem ser:
Quando a Constituição Federal utiliza apenas o termo LEI refere-se a LEI ORDINÁRIA 
que é aprovada por MAIORIA SIMLES;
Quando for LEI COMPLEMENTAR só pode ser aprovada por MAIORIA ABSOLUTA.
OBS: Matérias de LEI COMPLEMENTAR só podem ser introduzidas no ordenamento 
jurídico por tal ato, se não será eivado de vício. 
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LEIS ORDINÁRIAS
LEIS COMPLEMNTARES
I - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
2 – LEI ORDINÁRIA
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do 
artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 
65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações 
nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de 
penalidades.
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Lei ordinária é o veículo por excelência da matéria tributária, pois é o 
instrumento de INSTITUIÇÃO – MODIFICAÇÃO E EXTINÇÃO dos Tributos. 
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3 – LEI COMPLEMENTAR
◦ Existem 4 tributos que só podem ser INSTITUÍDO ou MAJORADO por meio da LEI 
COMPLEMENTAR. CEGI. 
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C CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
RESIDUAL – ART. 195, §4º, CF
E EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
–
ART. 148 CF
IGF IMPOSTO SOBRE GRANDES 
FORTUNAS
ART. 153, VII, CF
I IMPOSTO RESIDUAL
ART. 154, I CF
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3 – LEI COMPLEMENTAR
◦ Além dos 4 tributos que obrigatoriamente devem ser instituídos por meio de lei complementar, a Constituição
Federal determina que ALGUMAS MATÉRIAS SÓ PODEM SER TRATADAS MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR, nesse
sentido segue o art. 146 CF.
◦ Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de
tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição
de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art.
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de
arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
observado que: (...)
◦ Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual
objetivo.
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4 – LEI DELEGADA
Nos termos do Artigo 68 da CF, é um ato normativo de feitura do Poder Executivo,
em que o Presidente da República solicita autorização do Congresso Nacional para
poder legislar sobre a matéria. A delegação do Congresso Nacional ocorrerá por
Resolução.
Art. 68. (...)
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre ...
Atualmente, a Lei delegada esta praticamente em DESUSO, dada a possibilidade de o
Presidente da República valer-se das MEDIDAS PROVISÓRIAS, para instituir e majorar
imposto, sem a necessidade de buscar a autorização do Congresso Nacional. 17/02/2022
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5 – MEDIDA PROVISÓRIA
◦ Como já vimos anteriormente, o art. 62, §2º, da CF, PERMITE A MEDIDADO 
PROVISÓRIA INSTITUIR E MAJORAR IMPOSTOS, mas desde que observe dois 
requisitos: 
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1º 
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O imposto possa ser instituído por meio de lei ordinária, pois o art. 62, § 1º, III CF,
veda a MP tratar sobre matérias reservadas a lei Complementar.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
III – reservada a lei complementar;
2º Em se tratando de IMPOSTO, EXCEPCIONADOS, o IGF sobre a Importação II, IE, IOF,
IPI, é necessário que a Medida Provisória que os Criar seja convertida em LEI ATÉ O
FINAL DO EXERCÍCIO FINANCEIRO, para que possa produzir efeitos no exercício
subsequente.
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6 – TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
Tratados e Convenções são atos firmados entre dois ou mais Estados, no intuito de estabelecer
normas comuns a serem observadas no campo internacional.
No campo tributário utilizamos muito os Tratados e Convenções Internacionais, para evitar a
BITRIBUTAÇÃO internacional de renda.
Quem possui competência para celebrar os tratados e convenções internacionais?
O Presidente da República, porém, esta sujeito a referendo do Congresso Nacional, nos termos do 
art. 84, VIII CF.
Os Tratados serão inseridos no ordenamento jurídico por meio de DECRETO LEGISLATIVO –
Art. 49, I CF sem a necessidade de SANÇÃO DO PODER EXECUTIVO. 
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6.1 – TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS E A INSENÇÃO HETERÔNOMA
◦ O STF tem decisões reiteradas no sentido de que os TRATADOS E
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS podem conceder ISENÇÃO de
tributos ESTADUAIS E MUNICIPAIS, uma vez que o Presidente da República,
ao assina-los, o faz como CHEFE DE ESTADO, e não como chefe de governo
e por isso não seria considerada isenção heterônoma, vedada pela Constituição
Federal 151, III.
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7 – DECRETOS LEGISLATIVOS
No ditame dos artigo 59 da CF, o Decreto legislativo é o ato emanado do Congresso Nacional que não esta
Sujeito a sanção do Presidente da República.
No campo tributário, têm maior relevância os decretos legislativos que ratificam tratados e convenções
internacionais e para disciplinar os efeitos da medida provisória não convertida em lei.
Art. 62. (...)
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por
igualperíodo, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas
delas decorrentes.
(...)
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda
de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados
durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
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8 – DECRETOS LEGISLATIVOS
Trata-se de instrumento normativo, utilizado pelo Presidente da República consoante a previsão do 
Art. 84, IV CF para obter correta aplicação e execução da lei, sem aplicar ou restringir o conteúdo 
por ela definido. 
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais 
sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas 
nesta Lei. 
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a) Veicular os regulamentos de Impostos como: 
RIR (regulamento do Imposto de Renda);
RIPR (regulamento do IPI);
RICMS (regulamento do ICMS)
b) Veicular alterações de alíquotas de Tributos, nos limites e condições estabelecidas em Lei.
No direito tributário os DECRETOS são muito utilizados para: 
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SOMENTE POR MEIO DE LEI PODE SER REGULADO POR DECRETO
INSTITUIÇÃO E EXTINÇÃO DE TRIBUTO MUDANÇA DE PRAZO DE PAGAMENTO DE TRIBUTOS,
INCLUSIVE ANTECIPAÇÃO;
MAJORAÇÃO OU REDUÇÃO DE TRIBUTO ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS DE: art. 153, §1º CF - II 
– IE – IOF – IPI
DEFINIÇÃO DO FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO 
TRIBUTÁRIA PRINCIPAL
REDUÇÃO E RESTABELECIMENTO DE CIDE COMBUSTÍVEL -
art. 177, §4º, I, “b” CF
FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS DO TRIBUTO E DE SUA 
BASE DE CÁLCULO
LOCAIS DE PAGAMENTO DE TRIBUTO
COMINAÇÃO DE PENALIDADES PARA AS AÇÕES
OU OMISSÕES CONTRARIAS A SEU DISPOSITIVO
ATUALIZAÇÃO DO VALOR MONETÁRIO DA RESPECTIVA 
BASE DE CÁLCULO 
HIPÓTESES DE EXCLUSÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO 
DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (REGULAÇÃO 
DO RIR, RIPI, RICMS)
HIPÓTESES DE DISPENSA OU REDUÇÃO DE 
PENALIDADES
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9 - RESOLUÇÃO
Resolução é a espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência privativa da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional. (art. 51 e 52 da CF/88).
No Direito tributário são utilizadas para a fixação de alíquotas mínimas ou máximas de impostos
dos Estados Membros (art. 155, parágrafos 1º e 2º da Constituição de 1988).
Têm maior relevância as resoluções editadas pelo Senado Federal, que estipulam as alíquotas
mínimas e máximas de alguns impostos. Ex: “Resolução do Senado Federal de iniciativa do
Presidente da República ou de 1/3 dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação” (art
155, IV da CF/88).
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