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Jornada de Trabalho (1)

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Direito do Trabalho II
Prof. Marcos Dias de Castro
 Jornada de Trabalho
Jornada normal de trabalho		
Jornada extraordinária de trabalho
Prorrogação, compensação e redução da jornada de trabalho (Escala 12hx36h e Outras Escalas)
Turnos ininterruptos de revezamento		
Horas in itinere
Sobreaviso e prontidão		
Trabalho noturno
Intervalos para descanso. Intervalos: intrajornada e interjornada. Intervalos Especiais
Repouso semanal remunerado
Trabalho em tempo parcial
Fiscalização da Jornada de Trabalho e Excluídos da Duração do Trabalho
Teletrabalho
 1. Fundamentos das Normas de Duração do Trabalho: (Capítulo II da CLT)
a) Fundamento fisiológico ou biológico: tutela da integridade física e psíquica do empregado.
b) Fundamento econômico: aumento do rendimento e aprimoramento da produção, além do acréscimo de postos de trabalho.
c) Fundamento social: preservação do convívio familiar e social.
 2. Jornada e Horário de Trabalho 
Jornada de trabalho é o período de tempo no qual o obreiro permanece à disposição do empregador, prestando serviços ou aguardando ordens.
Horário de trabalho compreende o início e o término da jornada de trabalho, assim como os intervalos concedidos durante o seu cumprimento.
Duração do Trabalho
Jornada de Trabalho
Horário de Trabalho
Regra geral: limite de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, nos termos do artigo 7º, inciso XIII, da CF/88. 
O que exceder a este limite é tido como trabalho extraordinário.
Artigo 7º, inciso XIII, da CF/88: “Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
CLT 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite
Jornada normal de trabalho (8 horas diárias ou o que for acordado entre as partes/norma coletiva)
OBS: Módulo semanal (máximo de 44 horas)
 3. Jornada extraordinária de trabalho
Hora extraordinária é a unidade horária de tempo em que o empregado se coloca à disposição do empregador (prestando serviços ou aguardando ordens) além da jornada normal de trabalho fixada em lei, em contrato ou em norma coletiva.
 3. Jornada Extraordinária:
Natureza Jurídica das Horas Extras
A doutrina aponta várias correntes sobre a natureza jurídica da hora extra: “sobrecarga à hora normal” (Messias Pereira Donato), “sobressalário” (Délio Maranhão) e “instituto híbrido” (hora normal como salário e adicional como parcela indenizatória – José Martins Catharino).
Contudo, a corrente doutrinária prevalente atribui à hora extra a natureza jurídica de salário. 
Noção de “salário condição”.
 3. Jornada Extraordinária
As horas extraordinárias habitualmente prestadas pelo empregado integram o seu salário para o cálculo das demais parcelas.
Gratificação Natalina - Súmula nº 45 do TST: “A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962”.
FGTS – Súmula nº 63 do TST: “A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais”.
Aviso Prévio Indenizado – Artigo 487, § 5º, da CLT: “O valor das horas extraordinárias integra o aviso prévio indenizado”. 
Férias – Artigo 142, § 5º, da CLT: “Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias”.
Repouso Semanal e Feriado – artigo 7º da Lei nº 609/49 – Súmula nº 172 do TST: “Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas”.
 3. Jornada extraordinária de trabalho
Supressão das Horas Extras:
Indenização – Súmula nº 291 do TST: “A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão”.
O adicional extraordinário corresponde à noção de “salário condição”.
3. Jornada Extraordinária de Trabalho 
Minutos que Antecedem ou Sucedem a Jornada:
Artigo 58, § 1º, da CLT: “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”.
Súmula nº 366 do TST: “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal”.
3. Jornada Extraordinária de Trabalho 
Minutos que Antecedem ou Sucedem a Jornada:
Flexibilização - OJ nº 372 da SBDI-1 do TST: “A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 27.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras”.
X
CLT, Art. 611-A.  A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;    
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
=> (ARE) 1121633 (Ministro Gilmar Mendes)
4. Prorrogação, Compensação e Redução da jornada
4.1. Necessidade Imperiosa (PRORROGAÇÃO)
Artigo 61, caput, da CLT: 
“Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto”.
Artigo 61, § 1º, da CLT: 
1º - “O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho”.   (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Artigo 61, § 2º, da CLT: “Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite”.
Artigo 61, § 3º, da CLT: “Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade compete
OBS: Quanto ao artigo 61, §2º da CLT, cuja redação é original da CLT (1943), primeiramente deve haver interpretação conforme a Constituição quanto ao adicional de horas extras, que sempre é de no mínimo 50% (artigo 7º, XVI da CRFB/88), pelo o que não fora recepcionado qualquer sobrevalor menor que o mínimo constitucional. Assim, deverá haver pagamento de no mínimo 50% para qualquer forma de excesso de labor.
As hipóteses de necessidade imperiosa compreendem: 
a força maior, 
a conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízos manifestos ao empregador (artigo 61, caput e §§ 1º, da CLT).
a recuperação do tempo perdido em virtude de causas acidentais ou de força maior (§3º doartigo 61 da CLT) 
A) Força maior:
A força maior consiste em todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para realização do qual este não concorreu direta ou indiretamente (artigo 501 da CLT).
Para parte da doutrina, deve ser adotado o limite de 12 (doze) horas de trabalho. (Alice Monteiro de Barros).
Para outros, este limite estaria pautado na razoabilidade. (Mauricio Godinho Delgado). 
Percepção do adicional extraordinário (artigo 7º, inciso XVI, da CF/88).
Fim da necessidade de comunicação, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou antes deste prazo, justificado no momento da fiscalização, sem prejuízo da referida comunicação (antiga redação do artigo 61, § 1º, da CLT).
Motorista - Prorrogação da Jornada de Trabalho – Força Maior – artigo 235-E, § 9º, da CLT: “Em caso de força maior, devidamente comprovado, a duração da jornada de trabalho do motorista profissional poderá ser elevada pelo tempo necessário para sair da situação extraordinária e chegar a um local seguro ou ao seu destino”. 
Trabalho da Mulher: Revogação do artigo 376 da CLT pela Lei nº 10.244/2001, que só permitia à mulher o trabalho em hora extraordinária na hipótese de força maior.
Trabalho do Menor => O artigo 413, inciso II, da CLT autoriza a prorrogação da jornada do menor por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
Contrato de Aprendizagem => a duração do trabalho não pode exceder de seis horas diárias, sendo vedada a prorrogação e a compensação (artigo 432, caput, da CLT). Este limite aumenta para oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica (artigo 432, § 1º, da CLT).
B) Serviços Inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízos manifestos ao empregador:
São serviços emergenciais, que não podem ser postergados, sob pena de inequívoca perda do resultado útil do trabalho ou claro prejuízo reflexo.
Ex.: descarregamento e armazenamento de produtos perecíveis, aquecimento de forno e reparos em frigoríficos.
Adoção do limite de 12 (doze) horas diárias (artigo 61, § 2º, da CLT).
Fim da necessidade de comunicação, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou antes deste prazo, justificado no momento da fiscalização, sem prejuízo da referida comunicação (antiga redação do artigo 61, § 1º, da CLT).
C) Recuperação do tempo perdido por causas acidentais ou de força maior:
 As horas extras não podem exceder de duas horas diárias e por período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, consecutivos ou não (artigo 61, § 3º, da CLT).
Exige a prévia autorização da autoridade competente (artigo 61, § 3º, da CLT) => mantida pela Reforma.
Percepção do adicional extraordinário, nos termos do artigo 7º, inciso XVI, da CF/88.
4.2. Acordo de Prorrogação de Jornada de Trabalho:
Artigo 59, caput, da CLT: 
“A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho”. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Desta forma, o acordo de prorrogação de jornada de trabalho, observado o limite de duas horas diárias, pode ser firmado por acordo individual escrito, ou através de instrumento coletivo.
4.2. Acordo de Prorrogação de Jornada de Trabalho:
Artigo 59, § 1º, da CLT: 
§ 1o - ”A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal”.  (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Percepção do adicional extraordinário, nos termos do artigo 7º, inciso XVI, da CF/88.
4.2. Acordo de Prorrogação de Jornada de Trabalho:
Motorista - Limite de Prorrogação de Jornada – artigo 235-C, § 1º, da CLT: 
“Admite-se a prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas extraordinárias”. 
Bancário – Súmula nº 199, item I, do TST: 
“A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário”.
4.2. Acordo de Prorrogação de Jornada de Trabalho:
Súmula nº 376, itens I e II, do TST: 
“I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. 
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no ‘caput’ do art. 59 da CLT”. 
OBS: Prorrogação de Jornada em Condições Insalubres:
Artigo 60 da CLT: “Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo “Da Segurança e Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim”.
Parágrafo único.  ”Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso”.  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)  
Principal questão: trata-se de relativização legal que alcança norma de saúde e segurança do trabalhador, permitida inclusive através de acordo individual escrito.
Pergunta: o que fazer?
Pergunta: será que o parágrafo único não está em dissonância com o conteúdo do seu caput?
Referências Internacionais – Convenções 155 e 161, OIT
Princípio da Vedação do Retrocesso Social (Efeito Cliquet)
O efeito "cliquet" dos direitos humanos significa que os direitos não podem retroagir, só podendo avançar nas proteções dos indivíduos. No Brasil esse efeito é conhecido como princípio da vedação do retrocesso, ou seja, os direitos humanos só podem avançar. Esse princípio, de acordo com Canotilho, significa que é inconstitucional qualquer medida tendente a revogar os direitos sociais já regulamentados, sem a criação de outros meios alternativos capazes de compensar a anulação desses benefícios (CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição . 5ª ed. Coimbra: Almedina, 2002, p. 336.)
OBS: lembrar do conteúdo do art. 611-A, CLT, que admite prorrogação em ambientes insalubres sem licença prévia da autoridade competente do MTE
ENUNCIADO 15 – 2ª JORNADA DE DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO
JORNADA 12x36
2. ARTIGO 60, PARÁGRAFO ÚNICO DA CLT. DISPENSA DE LICENÇA PRÉVIA PARA A REALIZAÇÃO DE JORNADA 12X36. MATÉRIA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO. INCONSTITUCIONALIDADE POR INFRAÇÃO AO ARTIGO 7º, XXII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
4.3. Compensação de Jornada de Trabalho:
Compensação = ocorre quando houver aumento da jornada em um dia pela correspondente diminuição em outro.
Artigo 7º, inciso XIII, da CF/88: 
“(...) facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Artigo 59, §6º da CLT
§ 6o - É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
4.3. Compensação de Jornada de Trabalho:
Súmula nº 85, item I, do TST: 
“A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva”. 
Súmula nº 85, item II, do TST: 
“O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário”.
COMPENSAÇÃO podeser:
Tradicional
Horário de trabalho é fixado previamente
Banco de Horas
Relação de crédito/débito
Pode ser fixo ou variável (aleatório)
Módulo semanal é respeitado
4.3. Compensação de Jornada de Trabalho:
Súmula nº 85, item III, do TST: “O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional”.
Súmula nº 85, item IV, do TST: “A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário”.
4.3.1. Banco de Horas:
 Artigo 59, § 2º, da CLT: “Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias”.
Artigo 59, § 5º, da CLT:  O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
4.3.1. Banco de Horas:
Artigo 59, § 3º CLT:  ”Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão”. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)     
4.3.1. Banco de Horas:
Art. 59-B. da CLT “O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional”.  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Parágrafo único. “A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas”.  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)   
4.3.1. Banco de Horas:
Súmula nº 85, item V, do TST: 
“As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva”.
Súmula terá que ser revista, diante da Lei 13.467 de 2017
4.3.2 Regime 12 x 36 horas de trabalho:
Jornada de Trabalho – Escala 12 por 36 – Validade – Súmula nº 444 do TST: “É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas”.
4.3.2. Regime 12 x 36 horas de trabalho:
Prorrogação da Jornada Noturna - OJ nº 388 da SBDI-1 do TST: “O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã”.
Motorista - Regime 12 x 36 – Negociação Coletiva - artigo 235-F da CLT: “Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista profissional empregado em regime de compensação”. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
4.3.2. Regime 12 x 36 horas de trabalho:
Art. 59-A. da CLT: Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)  
Parágrafo único.  A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)   
MAURÍCIO GODINHO DELGADO: Relembre-se ademais que a Constituição de 1988 apresenta regra expressa determinando o pagamento de “remuneração do trabalho noturno superior à do diurno” (inciso IX do artigo 7º, CF). Dessa maneira, relativamente a esse pagamento (no caso, o adicional noturno previsto pela própria CLT, art. 73, caput – 20%), não há como excluir a imperatividade de seu adimplemento se a jornada de plantão abranger, no todo ou em parte, o horário entre 22:00 horas e 05:00 horas da manhã no segmento urbano. O fato é que a sobrerremuneração do trabalho noturno é imperativa, resultante da Constituição de 1988 (art. 7º, IX, CR). Os horários da jornada noturna e os percentuais do adicional noturno é que podem, sim, ser distintos em conformidade com a legislação aplicável (trabalho urbano; trabalho rural; trabalho no setor portuário, etc.) (A Reforma Trabalhista no Brasil, página 132)
OBS: Semana espanhola: 
OJ nº 323 da SBDI-1 do TST: 
“É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada ‘semana espanhola’, que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
5. Turnos Ininterruptos de Revezamento:
O regime em turno ininterrupto de revezamento consiste no trabalho que se alterna em turnos diferentes, laborando o empregado nos períodos diurno e noturno.
A redução da jornada de trabalho se impõe, uma vez que a alternância de horários (diurno e noturno) prejudica o metabolismo humano.
Jornada de Trabalho - Artigo 7º, inciso XIV, da CF/88: “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”.
5. Turnos Ininterruptos de Revezamento:
Ampliação da Jornada – Negociação Coletiva - Súmula nº 423 do TST: 
“Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras”.
Eficácia Retroativa – Invalidade - OJ nº 420 da SBDI-1 do TST: 
“É inválido o instrumento normativo que, regularizando situações pretéritas, estabelece jornada de oito horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento”.
5. Turnos Ininterruptos de Revezamento:
O repouso semanal e os intervalos intrajornadas não descaracterizam, por si só, o turno ininterrupto de revezamento.
Súmula nº 360 do TST: “A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988”. 
Súmula nº 675 do STF: “Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da Constituição”.
5. Turnos Ininterruptos de Revezamento:
Caracterização - OJ nº 360 da SBDI-1 do TST: 
“Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, poissubmetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta”.
Perfeitamente aplicáveis o adicional noturno e a hora noturna reduzida nos regimes de turno ininterrupto de revezamento.
Hora Noturna Reduzida - OJ nº 390 da SBDI-1 do TST: 
“O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, § 1º, da CLT e 7º, XIV, da Constituição Federal”.
6. Horas in itinere (de Trajeto)
Art. 58 § 2º, CLT - O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.   (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)   
Antigo §2o do Art. 58, CLT: O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
6. Horas in itinere (de Trajeto)
Tempo portaria => local de trabalho
Súmula nº 429 do TST: “Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários”.
	
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