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https://doi.org/10.1590/0004-282X20190169 ARTIGO O efeito do exercício domiciliar na postura e mobilidade de pessoas com HAM/TSP: um ensaio clínico randomizado Efeitos do exercício domiciliar na postura e mobilidade de pessoas com HAM/TSP: ensaio clínico randomizado Renata de Sousa MOTA1, Maíra Carvalho MACÊDO2, Sandra CORRADINI3,4,5, Naiane Araújo PATRÍCIO6, Abrahão Fontes BAPTISTA7, Kátia Nunes SA4 ABSTRATO Fundo:A fisioterapia tem resultados positivos em pessoas com paraparesia espástica tropical (TSP). No entanto, a mobilidade e a distância dos centros de reabilitação limitam a participação em programas ambulatoriais.Objetivo:Avaliar o impacto de um programa de exercícios domiciliares na postura e mobilidade funcional de pessoas com PTS.Métodos:Um estudo controlado randomizado comparando três grupos de pessoas que realizaram exercícios guiados de um guia por seis meses: supervisionado (SG), não supervisionado (WG) e controle (GC). Desfechos primários: ângulos posturais (SAPO®) e mobilidade funcional (TUG). Resultados secundários: parâmetros de marcha (CVMob®).Resultados:O protocolo descrito no guia melhorou os ângulos posturais e a mobilidade funcional. Também houve efeitos positivos nos parâmetros da marcha (p<0,05). O GS apresentou melhores respostas do que o GT, mas ambos foram preferíveis ao GC. Conclusão:Exercícios domiciliares orientados por cartilha podem beneficiar a postura, a mobilidade funcional e os parâmetros da marcha em pessoas com TSP, e a supervisão do fisioterapeuta pode garantir melhores resultados. Palavras-chave:paraparesia espástica tropical; exercício em casa; postura; mobilidade funcional; maneira de andar. RESUMO Introdução:A fisioterapia apresenta resultados positivos em pessoas com parafernália espástica tropical (PET). No entanto, a dificuldade de localizar ou distanciar os centros de reabilitação limita-se à participação em programas ambulatoriais.Objetivo:Avaliar o impacto de um programa de exercícios domiciliares na postura e mobilidade funcional de pessoas com PET.Métodos:Um ensaio clínico randomizado compara três grupos de pessoas que realizam exercícios guiados sobre a cartilagem: com supervisão (GS), sem supervisão (GN) e controle (GC) durante seis meses. Defeitos Primários: Ângulos de Postura (SAPO®) e mobilidade funcional (TUG). Defeitos Secundários: Parâmetros de Marcha (CVMob®).Resultados:O protocolo descrito na cartilagem descreve melhor as posturas angulares e a mobilidade funcional. Os resultados também foram positivos para os parâmetros de mercado (p<0,05). O GS apresenta melhores respostas que o GN, embora prefiramos o GC.Conclusão:A cartilagem orientada para exercícios domiciliares pode ser utilizada para beneficiar a postura, mobilidade funcional e parâmetros de marcha em pessoas com PET, e a supervisão do fisioterapeuta pode garantir melhores resultados. Palavras-chave:paraparesia espástica tropical; exercício domiciliar; postura; mobilidade funcional; marcha. O retrovírus humano linfotrópico de células T tipo 1 (HTLV-1) infecta aproximadamente 10 milhões de pessoas em todo o mundo1. No Brasil, a cidade de Salvador (Estado da Bahia) tem a maior prevalência de HTLV-12. Um total de 3-5% das pessoas infectadas com HTLV-1 desenvolvem paraparesia espástica tropical ou Mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM/TSP) por volta da quarta década de vida3. Mulheres com menor escolaridade e de baixo nível socioeconômico são as mais afetadas3. HAM/TSP é um processo inflamatório crônico, degenerativo e progressivo que acomete a medula espinhal, principalmente a torácica 1Universidade Federal do Reconhecimento da Bahia, Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade, Feira de Santana BA, Brasil. 2Instituto do Cérebro - Fundação de Neurologia e Neurocirurgia, Salvador BA, Brasil. 3Universidade Estadual de Campinas, Campinas SP, Brasil. 4Escola Bahiana de Medicina e Público Saudita, Departamento de Fisioterapia, Salvador BA, Brasil. 5Universidade Federal da Bahia, Salvador BA, Brasil. 6Escola Bahiana de Medicina e Público Saudita, Departamento de Tecnologia da Arábia Saudita, Salvador BA, Brasil. 7Universidade Federal do ABC, Centro de Matemática, Computação e Cognição, São Paulo SP, Brasil. Renata de Sousa MOTA Sandra CORRADINI Abrahão Fontes BAPTISTA https://orcid.org/0000-0002-5176-3329; Maíra Carvalho MACÊDO https://orcid.org/0000-0003-2101-0091; Naiane Araújo PATRÍCIO https://orcid.org/0000-0001-7870-3820; Kátia Nunes SA https://orcid.org/0000-0002-8470-5838; https://orcid.org/0000-0002-9616-0898; https://orcid.org/0000-0002-0255-4379 Correspondência:Renata de Sousa Mota; Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), Universidade Federal do Reconhecimento da Bahia (UFRB), Av. Centenário, 697; 44042-280 Feira de Santana BA, Brasil; E-mail: renatasmota@gmail.com Conflito de interesses:Não há conflito de interesse a declarar. Recebido em 25 de outubro de 2018; Recebido em sua forma final em 31 de agosto de 2019; Aceito em 18 de outubro de 2019. 149 Traduzido do Africâner para o Português - www.onlinedoctranslator.com https://orcid.org/0000-0002-5176-3329 https://orcid.org/0000-0002-5176-3329 https://orcid.org/0000-0002-8470-5838 https://orcid.org/0000-0002-8470-5838 https://orcid.org/0000-0003-2101-0091 https://orcid.org/0000-0003-2101-0091 https://orcid.org/0000-0002-9616-0898 https://orcid.org/0000-0002-9616-0898 https://orcid.org/0000-0001-7870-3820 https://orcid.org/0000-0001-7870-3820 https://orcid.org/0000-0002-0255-4379 https://orcid.org/0000-0002-0255-4379 mailto:renatasmota@gmail.com https://doi.org/10.1590/0004-282X20190169 https://www.onlinedoctranslator.com/pt/?utm_source=onlinedoctranslator&utm_medium=pdf&utm_campaign=attribution região, e causa desmielinização e redução da capacidade sensório-motora4. Os sintomas mais comuns são fraqueza muscular dos membros inferiores, hiperreflexia, hipertonia, disfunção do assoalho pélvico e dor moderada a intensa5.6. Esses sintomas causam7, locomotiva8e equilíbrio9alterações, todas as quais afetam a mobilidade e causam quedas frequentes. O impacto na mobilidade funcional ocorre entre dois e cinco anos após o início dos sintomas iniciais, e um em cada cinco indivíduos sintomáticos evolui para a cadeira de rodas em um período de 10 anos8. Esse quadro evolui para dependência física, redução da participação social e incapacidade produtiva, que causam sofrimento significativo e altos custos3. Exercícios para melhorar o desempenho funcional têm sido sugeridos, pois apresentam resultados positivos na mobilidade8,10,11. Um protocolo de Pilates melhorou o alinhamento cervical e de tronco, joelho em varo e flexão de joelho12intensidade da dor e impactou positivamente na qualidade de vida13. Outro programa de exercícios em casa aumentou a força e o comprimento muscular com melhor qualidade de vida14. Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva15e exercícios funcionais16melhor mobilidade e equilíbrio. Embora os protocolos de exercícios apresentem resultados promissores para essa população, eles são reduzidos e ainda não foram testados em ensaio clínico em pessoas com HAM/ TSP. Além disso, é importante testar um protocolo de exercícios domiciliares orientado por materiais socioeducativos em cartilha, pois esse método é eficaz no tratamento de outras condições crônico-degenerativas. Além disso, estimula a autonomia do indivíduo para lidar com sua doença17. No Brasil, o baixo nível socioeconômico observado na população HAM/TSP limita seu acesso a programas ambulatoriais. Essa situação é particularmente agravante no Estado da Bahia, pois essa população, em sua maioria, vive dentro do Estado em regiões distantes dos centros de reabilitação, localizados na capital Salvador. Diante dessas considerações, a hipótese para este estudo foi que um protocolo de exercícios domiciliares pode beneficiar a população HAM/TSP. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de um programa de exercícios domiciliaresna postura e mobilidade funcional de pessoas com HAM/TSP. Salvador (Bahia), Brasil. A população do estudo foi composta por indivíduos cadastrados no Centro Multiprofissional de Assistência e Pesquisa à Família e Indivíduos com HTLV (CHTLV) da EBMSP. Seleção de participantes O recrutamento ocorreu a partir da análise do prontuário do CHTLV que continha os dados clínicos de diagnóstico e tempo de doença. Os critérios de inclusão foram: pessoas com 18 anos ou mais; Ambos os sexos; Diagnóstico HAM/TSP; classificados como definitivos ou prováveis de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS)18; capaz de permanecer em postura estática por 30 segundos e perambular por seis metros sem o uso de dispositivos auxiliares para caminhar. Os critérios de exclusão foram: pessoas acometidas por outras doenças reumáticas, ortopédicas ou neurológicas; ausência de mais de 20% do programa de exercícios proposto; pessoas que apresentaram dificuldades de compreensão das orientações do programa de exercícios ou dos instrumentos de avaliação utilizados. Tamanho da amostra O tamanho da amostra foi calculado usando a calculadora online do Laboratório de Epidemiologia e Estatística da Universidade de São Paulo19, usando um desvio padrão de 3,24 e uma diferença de 3,37 segundos como parâmetros16para a mobilidade funcional medida por meio do teste Timed Up and Go (TUG), entre o grupo supervisionado e o grupo controle (α≥0,05; potência = 80%). Uma amostra de 11 pacientes foi estimada para cada um dos três grupos. Considerando as perdas de seguimento, foram adicionados três indivíduos por grupo, totalizando 42 participantes. Randomization A randomização foi realizada com o auxílio da entrada de dados por um pesquisador que não participou do recrutamento, coleta, tabulação ou análise dos dados. Os números um e dois dos dados alocados aos participantes do grupo supervisionado (GS); os números três e quatro, no grupo sem supervisão (GT); e os números cinco e seis, no grupo controle (GC). Procedimentos de avaliação A avaliação foi realizada por um pesquisador previamente treinado e cego. Um único fisioterapeuta cego com experiência de 11 anos foi responsável pela intervenção. Os participantes foram identificados com códigos para realizar a tabulação dos dados, e o cegamento só foi quebrado após a análise estatística. Não foi possível garantir o cegamento dos participantes durante o protocolo, pois todos mantinham relacionamentos em uma associação de pacientes denominada HTLVida. Os endpoints primários e secundários do estudo foram avaliados em três momentos. A primeira avaliação (Baseline) foi realizada antes da entrada no programa de exercícios; a segunda, avaliou o efeito do programa após 12 semanas; a terceira, avaliou o efeito após 24 MÉTODOS Desenho do estudo / aspectos éticos Este ensaio clínico randomizado seguiu as recomendações do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT) e da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC), RBR-849jyv e UTN: U1111-1176-2858. Os dados foram coletados de janeiro de 2014 a agosto de 2015 em 150 Arq Neuropsiquiatr 2020; 78 (3): 149-157 semanas. Na primeira avaliação, os sujeitos selecionados receberam esclarecimentos quanto aos procedimentos e objetivos do estudo, e aqueles que concordaram em participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As principais variáveis deste estudo foram a análise da postura pelo SAPO®20software livre e mobilidade funcional com o TUG, que é um teste funcional rápido e prático baseado na determinação do tempo necessário para levantar de uma poltrona, caminhar 3 m para frente, virar, andar para trás e sentar na cadeira21. O tempo gasto para a execução do teste é cronometrado21. Também analisamos, de forma complementar, comprimento da marcha, velocidade do ciclo da marcha e ângulos articulares, joelho e tornozelo na fase final de apoio pelo CVMob®software grátis. Os participantes foram fotografados e filmados com uma câmera GoProHeron2, programada para 120 frames/seg. Esta câmera foi acoplada a um tripé e posicionada a 2,5 m do participante, a uma altura que correspondia a 50% de sua altura e a 1,5 m da cadeira utilizada no TUG no centro da trajetória de teste com auxílio de um cronômetro digital (Herweg®). A calibração foi realizada antes da coleta de dados utilizando um papel milimetrado que continha dois adesivos esféricos pretos separados por 20 cm. As medidas posturais selecionadas para o estudo incluíram os alinhamentos verticais do ângulo do tronco, ângulo do corpo, ângulo do joelho e ângulo do tornozelo, todos de acordo com Macêdo et al.7. As medidas selecionadas para análise da marcha foram comprimento da marcha, comprimento da passada e ângulos do tornozelo e joelho. A fase do ciclo da marcha selecionada para análise dos vídeos correspondeu ao momento exato em que o indivíduo passou pela câmera para minimizar possíveis distorções na imagem e não envolver momentos de aceleração ou desaceleração. Antes de analisar cada vídeo, foi utilizado o aplicativo Go Pro Studio para eliminar o efeito “olho de peixe” nas imagens. As variáveis angulares investigadas bilateralmente foram amplitude articular máxima do joelho, amplitude articular máxima do tornozelo, ângulo articular no equilíbrio inicial, ângulo articular no equilíbrio medial, ângulo articular no apoio medial e ângulo articular no apoio final. o guia do livro foi compilado usando modelos cinéticos teóricos desenvolvidos por fisioterapeutas e necessidades relatadas pelo paciente. Contém exercícios ilustrados de alongamento e fortalecimento muscular para grupos musculares específicos afetados pela HAM/TSP. Uma reunião mensal avaliou o grau de força muscular alcançado durante a progressão do desafio18. Ao atingir o ponto de corte (6 ou 7 pontos em uma escala de 0 a 10), o número de repetições aumentou para 15 e depois progrediu com amplitude e carga crescentes. Os alongamentos foram mantidos estaticamente por 30 segundos em duas séries para cada grupo muscular. Todos os participantes do GP e GT receberam a cartilha, elásticos, bastão de madeira e halteres de 0,5, 1 e 2 kg para uso doméstico. A sequência de exercícios descrita nas diretrizes correspondeu a (1) alongamento da cadeia posterior; (2) alongamento dos adutores do quadril; (3) alongamento de quadríceps e iliopsoas; (4) fortalecimento dos abdutores do ombro; (5) fortalecimento dos flexores do cotovelo; (6) suporte de parede; (7) rotação do tronco sentado; (8) inclinação lateral do tronco; (9) ponte; (10) abdução do quadril; (11) adução do quadril; (12) agachamento; (13) treino de passos; (14) flexão plantar. Análise estatística Os dados foram analisados no SPSS 17.0 (α≤0,05; potência = 80%). A variável independente foi o grupo (GE, GT ou GC), e as variáveis dependentes foram as diferenças entre as médias intra e intergrupos (distribuição normal) ou medianas (distribuição não normal) nos ângulos posturais (no TUG) e no as medidas biomecânicas da marcha. Para comparar variáveis com distribuição normal, usamos análise de variância de medidas repetidas (ANOVA) e Livreto exercícios sem supervisão. 5 vezes por semana Livreto exercícios sob supervisão. 2 vezes por semana Supervisionado Grupo (SG) Procedimentos de intervenção Os detalhes da intervenção estão descritos na Figura 1. O GE participou de 12 semanas de treinamento supervisionado por fisioterapeuta via modelo presencial, em grupo, com frequência de duas vezes por semana durante 50 min. Eles continuaram por mais 12 semanas, realizando a mesma sequência em casa, de forma individual e autônoma. O GT realizou o mesmo programa por 24 semanas individualmente em domicílio seguindo orientações fornecidas por um fisioterapeutaexclusivamente no primeiro encontro. Tanto no GE quanto no GT, os exercícios de alongamento e fortalecimento muscular foram orientados por um livro-guia ilustrado. Cada sessão de treinamento físico durou 50 min. O GC recebeu apenas os cuidados habituais (médico, psicológico, enfermagem, suporte fisioterapêutico e medicamentoso). O protocolo de Sem Supervisionado Grupo (GT) Exercícios de livreto sem supervisão. 5 vezes por semana Ao controle Grupo (CG) Não realizou o exercício programa da cartilha 0 24 semanas 12 semanas efeito tardio de o programalinha de base efeito do programa Figura 1.Demonstração de grupos e etapas de avaliação de ensaios clínicos. Mota RS et al. Exercício domiciliar de pessoas com HAM/TSP 151 o Bonferronipost hocteste. Os testes de Kruskal-Wallis e Friedman foram utilizados para avaliar as variáveis que não apresentavam distribuição normal. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparar as variáveis categóricas. Após o término do ensaio clínico, o mesmo protocolo de exercícios também foi oferecido ao GP e GC por meio de uma atividade de extensão. A taxa de adesão ao programa entre a primeira e a segunda avaliação (participantes que iniciaram e permaneceram no estudo por 12 semanas) foi de 80%. A taxa de adesão ao programa entre a segunda e a terceira avaliação foi de 66,7%. As razões para essas desistências foram diversas (seis relataram dificuldades com transporte, quatro relataram lesões secundárias a quedas e duas relataram prioridades domésticas). Não houve diferenças entre os grupos quanto às características sociodemográficas (Tabela 1) no início do estudo. A evolução da mobilidade funcional medida com o TUG (desfecho principal) é mostrada na Figura 3A. A mobilidade funcional melhorou no GE e no GT quando comparado ao GC. Além disso, as melhores respostas foram encontradas no GS. Comparando as avaliações posturais dos três grupos nos três momentos (variáveis principais), o corpo estava verticalizado no GE entre a primeira e a segunda avaliação nos perfis direito (Figura 3A) e esquerdo (Figura 3C); houve também redução da flexão do joelho direito (Figura 3F), seguida de elevação do ângulo do tornozelo direito (Figura 3H). A flexão do joelho esquerdo também aumentou RESULTADOS Inicialmente, 272 pessoas foram contatadas por telefone. Destes, 72 indivíduos não foram encontrados, 12 não preencheram os critérios de inclusão e 10 foram a óbito. Das 106 pessoas que aceitaram participar da primeira avaliação, 61 não aceitaram participar, restando assim 45 participantes. Deste grupo, nove foram excluídos no período entre a primeira e a segunda avaliação por perda no seguimento. Trinta e seis participantes completaram o protocolo (Figura 2), e todos os seus dados foram analisados no modelo de intenção de tratar. 272 participantes recrutados de 12 exclusões 72 sem contato 10 mortes 106 participantes 50 participantes não atender a inclusão critérios ou não concordou em participar56 participantes participou do primeira avaliação 1ruaavaliação Randomization Com supervisão grupo n = 21 Sem supervisão grupo n = 18 Grupo de controle n = 175 exclusões por perda de seguir 2nde 3rd avaliações Com supervisão grupo n = 18 Sem supervisão grupo n = 16 Grupo de controle n = 15 13 exclusões por não fazer a marcha Funcional mobilidade avaliação Com supervisão grupo n = 21 Sem supervisão grupo n = 10 Grupo de controle n = 11 Figura 2.Fluxograma para seleção da amostra de pessoas com HAM/TSP. 152 Arq Neuropsiquiatr 2020; 78 (3): 149-157 No programa (Figura 3G), o ângulo do tornozelo esquerdo entre a primeira e a segunda avaliação diminuiu, e este último aumentou na terceira avaliação (Figura 3I). A postura ereta movia-se contra a gravidade devido ao efeito corretivo no alinhamento postural de retificação corporal e extensão do membro inferior direito. Em contraste, a flexão do joelho esquerdo se intensificou. O GT apresentou verticalização do tronco nos perfis direito (Figura 3B) e esquerdo (Figura 3C3), na eclosão anterior direita do corpo (Figura 3D) e no perfil esquerdo (Figura 3E) entre a primeira e a segunda avaliação (Figura 3F). Houve também redução do ângulo do tornozelo esquerdo (Figura 3G) e direito (Figura 3H). Houve redução angular do tornozelo esquerdo entre a linha de base e a 12ª semana e aumento na terceira avaliação (entre 12 e 24 semanas; Figura 3I). Apesar da verticalização do tronco, o GW tendeu a adotar uma postura previamente deslocada, acompanhada de tendência flexora dos membros inferiores. No GC, a verticalização do corpo foi observada nos perfis direito (Figura 3D) e esquerdo (Figura 3E). Os ângulos do tornozelo direito (Figura 3H) e esquerdo (Figura 3I) apresentaram o mesmo comportamento: entre a linha de base e a 12ª semana houve redução angular e entre 12 e 24 semanas houve aumento angular. Houve também deslocamento do corpo para a vertical durante todo o período de acompanhamento e oscilação do ângulo do tornozelo no primeiro momento para frente e no segundo momento para trás. A velocidade do ciclo da marcha e o comprimento da passada (variáveis secundárias), apresentados na Tabela 2, também apresentaram melhora significativa no GE e GP em relação ao GC. Tabela 1.Características sociodemográficas dos grupos de pacientes com HAM/TSP definida e provável do Centro de Referência HTLV da EBMSP, Salvador/Bahia, Brasil. SG n = 18 n (%) GT n = 16 n (%) CG n = 15 n (%)N total = 49 valor p Sexo Mulheres 12 (66,7%) 11 (68,8%) 9 (60,0%) * * 0,867 Idade (anos,X ± SD) 55,4 ± 10,5 53,3 ± 13,1 49,7 ± 8,7 0,331 Cor da pele autorreferida Branco 0 2 (12,5%) 1 (6,7%) Preto 10 (55,6%) 5 (31,3%) 10 (66,7%) - Castanho 8 (44,4%) 8 (50,0%) 4 (26,7%) Amarelo 0 1 (6,3%) 0 Escolaridade * analfabeto 1 (5,6%) 0 0 Ensino fundamental incompleto 7 (38,9%) 5 (31,3%) 4 (26,7%) Ensino fundamental completo 4 (22,2%) 5 (31,3%) 3 (20,0%) - Ensino médio completo 3 (16,7%) 4 (25,0%) 6 (40,0%) Ensino Superior Completo 3 (16,7%) 2 (12,5%) 2 (13,3%) Classe Social-ABEP* Classes B e C 11 (61,1%) 12 (75,0%) 7 (46,7%) * * 0,270 Classes D e E 7 (38,9%) 4 (25,0%) 8 (53,3%) Estado civil Casado 5 (27,8%) 6 (37,5%) 7 (46,7%) * * 0,532 Solteiro 13 (72,2%) 10 (62,5%) 8 (53,3%) Ocupação Ativo 10 (55,6%) 5 (31,3%) 7 (46,7%) * * 0,359 Inativo 8 (44,4%) 11 (68,8%) 8 (53,3%) SG: Grupo com supervisão; GT: Grupo sem supervisão; GC: grupo controle * Classificação Econômica Brasileira-ABEP 2013, ** Qui-quadrado, *** Anova; p<0,05. Mota RS et al. Exercício domiciliar de pessoas com HAM/TSP 153 UMA Mobilidade Funcional 40 35 30 25 20 15 10 5 0 33,91 32,5 34,72 29.42 29.03 27.41 28,54 26,79 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação SG (n = 15) GT (n = 10) GC (n = 11) B Alinhamento de Tronco Vertical - Perfil Direito C Alinhamento de Tronco Vertical - Perfil Esquerdo 1,5 1 0,5 0 - 0,5 - 1 - 1,5 - 2 - 2,5 - 3 - 3,5 0 - 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 1,20,5 0,60,4 - 2,85 - 0,75 - 2,50 0,3 1.1 - 3,15 - 1,4 - 1,8 - 1,7- 1,8 - 2,5 - 3,05 - 3,6 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação D Alinhamento Vertical do Corpo - Perfil Direito E Alinhamento Vertical do Corpo - Perfil Esquerdo 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 3,05 2.9 3.2 2,65 2.6 2,5 2.1 2.2 2,05 1,95 1,91,71,75 1,71,61,35 1.2 1,4 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação F Ângulo do Joelho Direito G Ângulo do Joelho Esquerdo 8 6 4 2 0 - 2 - 4 - 6 10 8 6 4 2 0 - 2 - 4 - 6 6,35 5.4 6,55 6 8.15 5.95.63.7 3.6 1,9 5.3 5,5 1,9 3 2,8 2,5 - 3.1 - 3.2 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação H Ângulo do tornozelo direito eu Ângulo do tornozelo esquerdo 88 87 86 85 84 83 82 81 80 79 78 89 88 87 86 85 84 83 82 81 80 88,5 86,7 85,6 85,4 85,2 84,55 83,8 84,8 83,8 85,15 84,05 83,05 82,6 82,8 82,1582,45 81 83 1ruaAvaliação 2ndAvaliação3rdAvaliação 1ruaAvaliação 2ndAvaliação 3rdAvaliação SG (n = 18) GT (n = 16) GC (n = 15) SG: Grupo de Supervisão; GT: Grupo Sem Supervisão; GC: Grupo Controle; Teste ANOVA de Medidas Repetidas e Pós Teste de Bonferroni; α≤0,05, poder estatístico de 80%. Os gráficos de barras correspondem ao desvio padrão. Figura 3.Variáveis Primárias: A - Evolução da mobilidade funcional medida com o TUG - GS vs.GC (p = 0,047; Pós-teste: p < 0,05); GP vs.GC (p = 0,041; Pós-teste: p < 0,05); SG vs. GP (p = 0,07); B - Análise intragrupo do alinhamento vertical do tronco no perfil direito (p<0,001); C - Análise intragrupo do alinhamento vertical do tronco no perfil esquerdo (p = 0,013); D - Análises intragrupo do alinhamento vertical do corpo no perfil direito (p = 0,004); E - Análise intragrupo do alinhamento vertical do corpo no perfil esquerdo (p = 0,027); F - Análise intragrupo do ângulo direito do joelho (p = 0,029); G - Análise intragrupo do ângulo do joelho esquerdo (p = 0,025); H - Análise intragrupo do ângulo reto (p<0,001); I - Análise intragrupo do ângulo esquerdo (p<0,001) em pessoas com TSP/HAM que participaram de um programa de exercícios domiciliares com e sem supervisão no 1ºruaavaliação (linha de base / 1ruaavaliação), após 12 semanas (2ndavaliação) e 24 semanas (3rdavaliação) ou acompanhamento. 154 Arq Neuropsiquiatr 2020; 78 (3): 149-157 Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s TU G e m s eg un do s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s Ân gu lo d a Ar tic ul aç ão e m D re gr ee s DISCUSSÃO o efeito do tratamento corretivo no GE, houve uma resposta concomitante de extensão do membro inferior direito com realce da flexão no joelho esquerdo. Essa discrepância entre os membros inferiores pode se traduzir em fraqueza muscular assimétrica, que envolve padrões motores neuromecânicos mais complexos8. Um estudo de micrografia eletrônica realizado em pessoas com HAM/TSP sugere a presença de neuropatia periférica com predominância assimétrica24. Um bom alinhamento preliminar do segmento corporal melhora as reações de equilíbrio durante os movimentos22. Esse conceito foi reforçado pelos resultados do TUG entre os grupos. A comparação das médias do TUG nos três momentos revelou que o SG respondeu melhor que o GT. No entanto, o GT também apresentou melhores resultados quando comparado ao GC. Esse achado permite afirmar que o uso da cartilha melhora a mobilidade funcional, mesmo que apenas com orientações básicas. No entanto, melhores resultados são alcançados com treinamento prévio supervisionado por um fisioterapeuta. Alguns motivos para a implantação de programas de exercícios domiciliares podem ser observados, como restrição de locais com serviços de reabilitação, dificuldades de transporte e falta de acompanhantes. Essa modalidade foi aplicada em outras condições crônicas semelhantes com impactos positivos na melhora da mobilidade funcional17,25. A pesquisa também revelou que a velocidade do ciclo da marcha e o comprimento da passada medidos durante o TUG exibiram diferenças entre os grupos. Tanto o SG quanto o GW aumentaram a velocidade da marcha, embora fosse esperada uma perda de 0,5 m/seg para um período de acompanhamento de 6 meses 26. Estudos anteriores nesta população aplicaram testes de velocidade de marcha Os resultados do presente estudo confirmaram que um programa de exercícios domiciliares pode beneficiar a postura e a mobilidade funcional de indivíduos com HAM/TSP. As comparações entre os grupos sugerem que tanto o GE quanto o GT apresentaram melhores resultados que o GC nos parâmetros avaliados. A ortostase é a postura preliminar para uma marcha eficiente. O alinhamento do segmento corporal permite um deslocamento fluido e preciso com menor gasto de energia22. A flexão do joelho, observada na presente amostra, prediz o comprometimento da execução da marcha. Existem fortes correlações entre os níveis funcionais de deambulação e a força dos extensores do joelho e flexores plantares8. Devido à natureza complementar das informações, o presente estudo optou por analisar tanto a postura ortostática quanto a mobilidade funcional. Houve melhor alinhamento postural no GE em relação ao GT, dados que reforçam a necessidade de treinamento supervisionado profissionalmente para obter melhores resultados com a cartilha. Execução de exercícios com padrões compensatórios pode gerar plasticidade mal adaptativa no cérebro22. O GC apresentou maior verticalização, o que pode indicar maior dificuldade para o controle postural e maior risco de quedas23, porque uma postura mais flexionada pode tentar abaixar o centro de gravidade para melhorar o equilíbrio. Futuros estudos longitudinais devem avaliar a correlação da altura do centro de gravidade com a ocorrência de quedas para confirmar essa hipótese. Em relação aos resultados globais do protocolo sobre postura, apesar da tendência de assumir uma postura mais alinhada por Mesa 2.Comparações de velocidades e comprimento da passada de indivíduos com HAM/TSP. Mais baixo membro GRUPO Total (n = 36) 1ruaAvaliação X (SD) 2ndAvaliação X (SD) 3rdAvaliação X (SD) Intra grupo p* Intergrupo p*Variável SG (n = 15) 0,53 (± 0,28) 0,56 (± 0,24) 0,59 (± 0,22) 0,039 SGvs.CG 0,002 Certo GT (n = 10) 0,49 (± 0,25) 0,48 (± 0,26) 0,53 (± 0,33) 0,042 SGvs.WG 0,043 Velocidade do ciclo de marcha (metros / segundos) GC (n = 11) 0,58 (± 0,29) 0,58 (± 0,31) 0,56 (± 0,28) 0,097 WGvs.CG 0,035 SG (n = 15) 0,52 (± 0,29) 0,57 (± 0,27) 0,59 (± 0,26) 0,041 SGvs.CG 0,019 Deixou GT (n = 10) 0,48 (± 0,27) 0,51 (± 0,31) 0,55 (± 0,33) 0,041 SGvs.WG 0,047 GC (n = 11) 0,57 (± 0,28) 0,58 (± 0,29) 0,57 (± 0,24) 0,086 WGvs.CG 0,021 SG (n = 15) 0,80 (± 0,26) 0,82 (± 0,21) 0,85 (± 0,21) 0,048 SGvs.CG 0,044 Certo GT (n = 10) 0,78 (± 0,17) 0,77 (± 0,23) 0,77 (± 0,32) 0,092 SGvs.WG > 0,05 Comprimento do passe (metros) GC (n = 11) 0,81 (± 0,26) 0,81 (± 0,31) 0,80 (± 0,25) 0,073 WGvs.CG > 0,05 SG (n = 15) 0,83 (± 0,26) 0,82 (± 0,24) 0,79 (± 0,24) 0,746 SGvs.CG > 0,05 Deixou GT (n = 10) 0,74 (± 0,28) 0,75 (± 0,28) 0,74 (± 0,32) 0,732 SGvs.WG > 0,05 GC (n = 11) 0,83 (± 0,25) 0,86 (± 0,28) 0,85 (± 0,27) 0,802 WGvs.CG > 0,05 * valor p atribuído a α≤0,05 e potência de 80%. X: média; DP: desvio padrão; O NOVO: Pós-Teste Bonferroni; MID: membro inferior direito; MIE: membro inferior esquerdo; SG: Grupo com supervisão; GT: Grupo sem supervisão; GC: Grupo controle. Mota RS et al. Exercício domiciliar de pessoas com HAM/TSP 155 com a justificativa de avaliação da aptidão cardiorrespiratória, aceleração e cadência23. No entanto, este parâmetro é limitado pela idade, peso, altura, força muscular e presença de espasticidade8. O TUG é uma ferramenta intrigante para o monitoramento da mobilidade funcional de pessoas com HAM/TSP, pois permite avaliações mais complexas do controle motor. Embora os exercícios domiciliares já tenham sido avaliados em pessoas com HAM/TSP14, o presente estudo testou essa modalidade com um guia desenvolvido dentro de um modelo de prática clínica baseada em evidências (ensaio clínico randomizado). O protocolo testado nesse contexto incluiu as melhores evidências disponíveis, experiência clínica de fisioterapeutas, recursos de baixo custo e percepções dos próprios pacientes. Assim, buscou-se responder ao modelo preconizado pela OMS para a assistência biopsicossocial, ao mesmo tempo em que estimula a autonomia e promove a dignidade humana27. Notavelmente, a degradação da marcha em indivíduos com HAM/TSP é conhecida e esperada ao longo da evolução funcional da doença progressiva5,12,26,28. As perdas de seguimento observadas no presente estudoconfirmam a dificuldade de adesão aos programas ambulatoriais. Portanto, é importante entender que a simples manutenção da condição em si representa um resultado positivo, pois era esperado que a condição piorasse nessa população no seguimento de 6 meses. Embora tenhamos que aplicar o método de intenção de tratar na análise estatística, observamos melhora em vários parâmetros avaliados com os exercícios domiciliares propostos no guia. O presente estudo tem várias limitações. Não analisou a marcha no percurso recomendado para análises biomecânicas clássicas e respostas cardiorrespiratórias aos exercícios aeróbicos, fator que deve ser testado em estudos futuros. Além disso, o uso da fotogrametria aplicada às fotografias ao invés da filmagem pode representar uma limitação para os ganhos reais dos ângulos avaliados29. De maneira geral, o protocolo de exercícios proposto desenvolvido por meio da prática clínica baseada em evidências descrita em um guia para uso domiciliar beneficiou as pessoas com HAM/TSP nos parâmetros de postura, mobilidade funcional e medidas de marcha. O grupo que recebeu treinamento supervisionado por fisioterapeutas apresentou os melhores resultados, e a supervisão deve ser adotada sempre que possível. Quando a supervisão for impossível, a cartilha ainda deve ser realizada em casa após uma reunião com um fisioterapeuta para orientações básicas. Referências 1. Gessain A, Cassar O. 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