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APS - ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

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14
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
CURSO: PSICOLOGIA
CAMPUS - 
 
 
 
 
 
 
ESTADOS DE CONSCIÊNCIA
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADOS DE CONSCIÊNCIA
 
 
Trabalho apresentado como exigência para obtenção de nota na disciplina Processos Psicológicos Básicos e Atividades Práticas Supervisionadas, sob a orientação do prof. 
2021
Sumário
INTRODUÇÃO	4
1	DESENVOLVIMENTO	5
1.1.	Vigília, Sono e Sonhos	6
1.2.	O sono em tempos de pandemia (COVID-19)	7
2	CONSCIÊNCIA E DROGRAS	8
2.1.	O consumo de álcool e drogas na pandemia (COVID-19)	10
3	OUTRAS FORMAS DE ALTERAR A CONSCIÊNCIA	11
3.1.	Hipnose	11
3.2.	Meditação	11
4	CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
5	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	13
3 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Neste trabalho, objetiva-se a fundamentação teórica da consciência, trazendo informações acerca do seu funcionamento e as circunstâncias que alteram o seu estado normal. 
Traça-se uma linha explicativa didática feita com base na revisão bibliográfica de livros e sites, buscando explanar o conteúdo de modo claro, para favorecer uma melhor compreensão.
 O trabalho destacará o sono e o consumo de álcool e outras drogas durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Serão abordadas também outras formas de alterar a consciência como, por exemplo, o uso da hipnose e da meditação.
Ao final do trabalho constará uma reflexão sobre essas informações.
DESENVOLVIMENTO
Quando o tema é consciência há um intenso debate entre neurocientistas, psicólogos e filósofos. Sobre a consciência, nós sentimos que temos, mas não sabemos como explicar seu funcionamento e nem o porquê de termos. É ao mesmo tempo um dos fenômenos mais familiares e menos compreendidos por nós. 
Consciência é a experiência integrada que a mente tem da realidade externa e interna, consciência do mundo mais a consciência de si ao ter consciência do mundo, ou seja, estado de estar desperto, acordado. 
De acordo com Myers (2012, p. 66), 
Para a maioria dos psicólogos atuais, consciência é nossa percepção de nos mesmos e do ambiente a nossa volta. Nosso foco de percepção nos permite reunir informações de variadas fontes ao refletirmos sobre o passado e planejarmos o futuro. E mantém nossa atenção concentrada quando aprendemos um conceito ou comportamento complexo [...].
Para Feldman (2015, p. 131), 
Consciência é o conhecimento das sensações, dos pensamentos e dos sentimentos que experimentamos em dado momento. A consciência é nossa compreensão subjetiva tanto do ambiente a nosso redor quanto de nosso mundo interno particular, inobservável as pessoas de fora.
A Consciência tem um papel regulador sobre as demais funções mentais, se ela estiver com algum tipo de alteração provavelmente outras funções mentais serão alteradas, assim a consciência interfere no funcionamento global e possui oscilações esperadas em função do ciclo regulador, também conhecido como ritmo circadiano (ciclo dia-noite que regula o relógio biológico). Ao longo do dia temos nossas oscilações, causando flutuações de consciência.
Até mesmo enquanto dormimos nossa consciência passa por uma série de transições. Essa constante transformação parece ser parte da natureza essencial da consciência (WEITEN, 2002, p.140-141).
Existem diferentes níveis ou estados de consciência, são eles: 
Na consciência desperta, estamos despertos e conscientes de nossos pensamentos, emoções e percepções. Todos os outros estados de consciência são considerados estados alterados de consciência. Entre eles, dormir e sonhar ocorre de forma natural; o uso de drogas e a hipnose, em contrapartida, são métodos de alterar deliberadamente o estado de consciência. (FELDMAN, 2015, p. 131).
Vigília, Sono e Sonhos 
O primeiro estado de consciência é denominado de experiência consciente ou estado vigil, do qual estamos cientes de vários processos mentais e em sintonia com tudo o que acontece com o ambiente interno/externo. Possuímos ciência dos sons, da música, pensamentos, memória, dos cheiros, por exemplo, quando sentimos um cheiro agradável e temos a consciência de que estamos com fome. 
O outro estado é entre sono e sonhos, do qual estamos com os estados de consciência alterados e com baixa percepção do ambiente, caracterizado por supressão de vigília, desaceleração do metabolismo, relaxamento muscular e diminuição da atividade sensorial. 
As flutuações vigília-sono são flutuações típicas esperadas que todos tenham no decorrer de 24 horas. 
O Primeiro estágio do sono é o estado de transição entre a vigília e o sono, caracterizado por ondas cerebrais relativamente rápidas de baixa amplitude.
Segundo estágio, sono mais profundo do que o da primeira etapa, caracterizado por um padrão de ondas mais lentas e regulares, com interrupções passageiras de “fusos do sono”.
Terceiro estágio, sono caracterizado por ondas cerebrais lentas, com cristas e vales maiores no padrão de ondas do que no segundo estágio.
Quarto estágio, estágio mais profundo do sono, durante o qual somos menos responsivos a estimulação externa (FELDMAN, 2015, p.134).
O estado de sono é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais que é chamado de delta, diferente do padrão do estado de vigília que é chamado de beta, passar do estado de vigília para o estado de sono é chamado de alfa.
Outro período de sono é chamado sono de REM (sono de movimento rápido dos olhos), geralmente é acompanhado de sonhos.
Em relação aos sonhos existem diversas teorias, para Freud sonhos são como a realização dos desejos. Cartwright enfatizava a função de solução dos problemas nos sonhos. Hobson e McCarley afirmavam que os sonhos são meramente um subproduto da ativação neural periódica (WEITEN, 2002, p. 155).
Embora os sonhos tendam a ser subjetivos para a pessoa que o está́ tendo, elementos comuns ocorrem nos sonhos de todo mundo (FELDMAN, 2015, p. 139).
Também podemos apresentar transtornos do sono, ou seja, problemas com o sono, alguns desses problemas são: narcolepsia (excesso de sono), insônia (ausência de sono) e apneia do sono (dificuldade para respirar durante o sono) (FELDMAN, 2015, p.142). 
O sono em tempos de pandemia (COVID-19)
A pandemia do novo Coronavírus acarretou um grande impacto no cotidiano, na saúde mental e na vida em geral das pessoas. Para diminuir a disseminação do vírus a população teve de se submeter ao isolamento social e com isso desencadeou alguns efeitos colaterais. 
Em um estudo publicado na base de dados do Scielo, os profissionais de saúde brasileiros mostraram aspectos da qualidade de vida que foram mais afetados durante a pandemia do COVID-19 do que a prevalência observada em pesquisas de estudos internacionais para a população em geral (MOTA et al., 2021). 
Neste estudo observaram-se queixas dos profissionais da saúde relacionadas à insatisfação com o padrão de sono e dificuldades para dormir. Outro ponto que chama a atenção são os seguintes dados referentes ao uso de medicamentos para regular o sono: 
[...] 28,7% referiram fazer uso de medicamentos, sendo que a maioria se automedicava. Entre os medicamentos mais usados ​​estavam os antidepressivos, os benzodiazepínicos, os fitoterápicos, os hipnóticos não benzodiazepínicos e melatonina (MOTA et al., 2021).
A insônia com alguma gravidade foi o transtorno do sono que prevaleceu nesse estudo, em sua maioria nos profissionais que atuaram na linha de frente ao combate do novo coronavírus, especificamente a equipe de enfermagem e do gênero feminino. 
O sono exerce influência direta na manutenção da imunidade e na resposta imunológica. As alterações do ritmo circadiano, associadas aos problemas psicológicos impostos pela pandemia de COVID-19, comprometem a qualidade do sono e, por isso, o sistema imunológico (SILVA; ONO; SOUZA, 2020).
Dessa forma, longe de ser um processo simples, o sono, além de sua influência considerável na regulação do humor, concentração, memória, temperatura corporal, entre outros processos, é também um regulador essencialdo sistema imunológico e da resposta. A falta de sono, portanto, pode comprometer negativamente a imunidade, aumentando as chances de doenças (SILVA; ONO; SOUZA, 2020). 
Diante disso, muitos estudos já correlacionaram o sono a uma boa qualidade de vida e associaram que os distúrbios do sono impactam na saúde mental e aumentam na incidência de depressão. 
No entanto, o excesso de sono também é prejudicial, mudanças na rotina, junto com o aumento do tempo de sono, ambos muito comuns durante a pandemia, podem facilitar a exposição inadequada à luz solar, afetando o metabolismo da vitamina D (SILVA; ONO; SOUZA, 2020). 
A preocupação excessiva com o avanço da pandemia, com a própria saúde, ou das pessoas próximas, e com os aspectos financeiros, além das restrições sociais, colaboram para o comprometimento do sono (SILVA; ONO; SOUZA, 2020). 
A associação entre saúde mental e qualidade do sono tem sido consistentemente reportada. Pesquisa desenvolvida em município brasileiro detectou que a presença de transtornos mentais comuns se associava a um aumento de 61% na prevalência de má qualidade do sono, mesmo após ajustes por variáveis sociodemográficas, comportamentais e de condição de saúde (BARROS et al., 2020). 
Os principais impactos psicológicos ocasionados pela quarentena de acordo com pesquisas foram:
[...] os principais fatores de estresse identificados foram a duração da quarentena, o medo da infecção, os sentimentos de frustração e de aborrecimento, a informação inadequada sobre a doença e seus cuidados, as perdas financeiras e o estigma da doença. Os estudos revistos relatavam a ocorrência, nas pessoas em quarentena, de sintomas psicológicos, distúrbios emocionais, depressão, estresse, humor depressivo, irritabilidade, insônia e sintomas de estresse pós-traumático (BARROS et al., 2020). 
O sono ruim prejudica a resposta imunológica, facilitando a disseminação de doenças infecciosas e a piora da saúde mental. 
CONSCIÊNCIA E DROGRAS
As drogas podem produzir um estado alterado de consciência. Drogas que afetam a consciência de uma pessoa são chamadas de psicoativas, essas drogas influenciam as emoções, as percepções e o comportamento de uma pessoa. (FELDMAN, 2015, p. 163).
As drogas aditivas produzem dependência fisiológica ou psicológica (ou ambas) no usuário, e a retirada delas acarreta um intenso desejo (uma “fissura”) que, em alguns casos, pode ser quase irresistível (FELDMAN, 2015, p.152).
É evidente que as drogas variam amplamente em relação aos efeitos que produzem nos usuários, em parte porque elas afetam o sistema nervoso de formas muito diferentes (FELDMAN, 2015, p.152).
De acordo com Weiten (2002, p. 160), existem algumas categorias de drogas psicoativas, que podem aliviar dores, ansiedade e promover o relaxamento, são chamados de Narcóticos, que incluem heroína e morfina. Outra categoria é dos sedativos ou barbitúricos, drogas que induzem ao sono. E por fim outra droga depressora do sistema nervoso central (SNC) que faz com que os neurônios disparem mais lentamente é o álcool, ele produz nas pessoas que o usam: alívio da tensão e do estresse, sentimentos de satisfação e perda de inibições.
Temos também outros tipos de drogas, às chamadas estimulantes do sistema nervoso central (SNC), substância que têm um efeito de excitação no SNC, causando um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e na tensão muscular (FELDMAN, 2015, p. 154). 
A cocaína quando usada em quantidades relativamente pequenas, produz sentimentos de profundo bem-estar psicológico, aumento da confiança e prontidão. Em casos extremos, a cocaína pode causar alucinações – uma delas inclui a de insetos rastejando sobre o corpo (FELDMAN, 2015, p. 156).
A anfetamina é outra droga do grupo das estimulantes, de acordo com Feldman (2015 p. 155), quando consumidas durante longos períodos de tempo, podem causar delírios persecutórios, além de uma sensação geral de suspeita.
Para encerrar sobre as drogas que alteram os estados de consciência, citaremos o grupo dos alucinógenos, que alteram a percepção do mundo exterior, causando sensações de paisagens e cenários imaginários.
O alucinógeno mais comum é a maconha, seus efeitos variam de pessoa para pessoa, mas normalmente abrangem sentimentos de euforia e bem-estar geral. As experiências sensoriais parecem mais vívidas e intensas (FELDMAN, 2015, p. 161).
A LSD produz alucinações vívidas. A percepção de cores, sons e formas altera-se a tal ponto que mesmo a experiência mais banal – como observar os nós em uma mesa de madeira – podem parecer tocantes e excitantes (Baruss, 2003; Wu, Schlenger, & Galvin, 2006, apud. Feldman, 2015, p. 162). 
1.1. O consumo de álcool e drogas na pandemia (COVID-19)
Devido às medidas de seguranças para o combate do vírus (COVID-19), como a implantação do lockdown, por exemplo, com bares e baladas fechados, o consumo de álcool passou a ser no âmbito do lar, no privado. 
O álcool é uma substância depressora do SNC, e seu consumo é fortemente associado a outros transtornos mentais. Durante o isolamento, essa associação é potencializada e pode desencadear ou exacerbar episódios depressivos e ansiosos, como também aumentar o risco de suicídio (GARCIA; SANCHEZ, 2020).
Também há estudos que apontam intensificação do uso de álcool em situações de luto. Assim, à medida que a COVID-19 desponta como uma das principais causas de morte surge à preocupação adicional sobre os padrões de consumo de álcool durante o isolamento e nos próximos anos. Sendo a pandemia uma vivência de potencial iminência de morte e por se assemelhar à experiência de episódios traumáticos naturais, é possível imaginar que os padrões de consumo de álcool posteriores serão aumentados, com implicações para a mortalidade e morbidade associadas (GARCIA; SANCHEZ, 2020).
 
Segundo uma pesquisa realizada nos munícipes de Volta Redonda (RJ), o uso de substâncias psicoativas na região investigada, principalmente cigarro e maconha, teve um aumento no período de isolamento social decorrente da pandemia (MOURA; CARVALHO; RESENDE, 2021).
De acordo com os questionários divulgados pelos autores da pesquisa, eles obtiveram os seguintes resultados:
[...] para medicações como ansiolíticas e antidepressivas sem prescrição médica, para as quais houve uma apuração de 3,5%. Sobre o uso de drogas como o cigarro e a maconha, houve um resultado de 10,6% e 12,3% respectivamente. No geral, 46,3% das pessoas relataram ter tido vontade de usar algum tipo de droga (lícita ou ilícita) em tempos de pandemia, ainda que apenas 40,5% tenham declarado que, de fato, fizeram algum uso (MOURA; CARVALHO; RESENDE, 2021).
A porcentagem de pessoas que desejavam fazer consumo de álcool e drogas foi alta. Sugere-se que esta elevação no uso, bem como a grande porcentagem de pessoas que relata desejo de uso, esteja relacionada ao aumento de problemas emocionais em tempos de pandemia (MOURA; CARVALHO; RESENDE, 2021).
Comprovado pelo estudo “ConVid Pesquisa de Comportamento”, coordenado pela Fiocruz (2020), para entender como a pandemia afetou os brasileiros, os dados levantados foram, 18% dos entrevistados relataram um aumento no consumo de álcool durante a pandemia e esse aumento foi associado á sentimentos de tristeza e depressão, quanto maior a frequência desses sentimentos maior o consumo; alcançando uma porcentagem de 24% de pessoas que disseram se sentirem assim a maior parte do tempo durante a pandemia.
OUTRAS FORMAS DE ALTERAR A CONSCIÊNCIA
1.2. Hipnose
A hipnose se caracteriza pelo estado alterado de consciência reduzida e atenção concentrada, e que pode ser induzido por outra pessoa, o que ocasiona um aumento na sugestionabilidade do indivíduo (WEITEN, 2002, p. 156). 
A hipnose pode produzir diversos efeitos, incluindo anestesia, distorção sensorial, desinibição e amnésia pós-hipnótico (WEITEN, 2002, p.173).
Ao que difere as especulações do senso comum, pessoas sob o transe hipnótico não realizam atos antissociais, nem cometem atos autodestrutivos, não revelam segredos sobre si mesmas, sendo capazes de mentir e nãopodem ser hipnotizadas contra sua vontade (Gwynn & Spanos, 1996; Raz, 2007 apud. Feldman, 2015, p. 148). 
1.3. Meditação
É uma técnica adquirida para reajustar a atenção que ocasiona um estado alterado de consciência. A meditação consiste na repetição de um mantra – um som, uma palavra ou sílaba – muitas vezes (FELDMAN, 2015, p. 149). 
Qualquer que seja a natureza do estímulo inicial, o segredo para o procedimento é concentrar-se nele de forma tão completa que aquele que medita torna-se inconsciente de qualquer estimulação externa e alcança um estado diferente de consciência (FELDMAN, 2015, p. 149).
Conforme pesquisa realizada pela Fiocruz (2021), mais da metade da população brasileira recorreu as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) em 2020, e a meditação foi à prática mais procurada. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os referenciais bibliográficos pesquisados, foi possível observar que a consciência é a experiência integrada que a mente tem da realidade externa e interna, e a mesma pode ser alterada de diversas formas, seja em uma sessão de hipnose ou através do uso de drogas, que por sua vez tem um efeito negativo quando usada em longo prazo. 
Muitas pessoas sofreram com os “efeitos colaterais” do novo coronavírus (COVID-19) que ocasionou um aumento nos níveis de ansiedade, estresse, depressão e má qualidade do sono, acarretando danos à saúde mental, a qualidade do sono e com isso piora da qualidade de vida. Essas flutuações entre vigília-sono são importantes para a regulação do nosso sistema imunológico. Para reparar os danos causados a população, principalmente aos profissionais da área da saúde, que tiveram a qualidade de sono comprometida, se tornaram usuários de medicamentos para dormir, e os enlutados que com a má qualidade de sono desencadearam quadros depressivos serão necessárias medidas que respaldem essas pessoas, e o papel do psicólogo diante desse cenário será de extrema importância para a promoção de saúde. 
Em relação ao uso de álcool e drogas no período da pandemia para alterar a consciência, nos remete a ideia de que a intenção dos que fazem esse uso seja para proporcionar um aumento na dopamina que oferece uma sensação de prazer momentânea. Percebe-se que as pessoas buscam usar as drogas como uma maneira de fuga, escape da realidade, por motivos financeiros, familiares, emocionais, perdas etc., de primeiro momento as drogas podem parecer inofensivas e de que temos o algum controle sobre elas, porém é ilusório, a partir de um determinado momento podemos desenvolver um quadro de dependência. Por isso, assim como os problemas relacionados ao sono, as drogas lícitas e ilícitas precisam de um programa de redução de danos com enfoque pós-pandêmico.
Até o momento estudos sobre os estados alterados de consciência em relação à pandemia são poucos, devido ser um momento atípico, mas conforme as pesquisas vão avançando espera-se que tenhamos mais dados sobre os efeitos da pandemia em todas as esferas das nossas vidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 3.
FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 4.
WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002, cap. 5.
MOTA, Isabella Araújo; SOBRINHO, Gilberto Diniz de Oliveira; MORAIS, Luara Paiva Silva; DANTAS, Thamires Ferreira. Impact of COVID-19 on eating habits, physical activity and sleep in Brazilian healthcare professionals. Arquivos de Neuropsiquiatria [online], may 2021. v. 79, n. 5, pp. 429-436. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/anp/a/HZyYRd5634Pp4hhqcGWrhPB/?lang=en>. Acesso em: 2 out. 2021.
SILVA, Eduardo de Sousa Martins e; ONO, Ben Hur Vitor Silva; SOUZA, José Carlos. Sleep and immunity in times of COVID-19. Revista da Associação Médica Brasileira [online], 2020. v. 66, pp. 143-147. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ramb/a/3zxxdsLZyvdMYYcRqkX5f5q/?lang=en>. Acesso em: 2 out. 2021.
BARROS, Marilisa Berti de Azevedo et al. Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2020, v. 29, n. 4. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ress/a/nFWPcDjfNcLD84Qx7Hf5ynq/?lang=pt >. Acesso em: 3 out. 2021. 
GARCIA, Leila Posenato; SANCHEZ, Zila M. Consumo de álcool durante a pandemia da COVID-19: uma reflexão necessária para o enfrentamento da situação. Cadernos de Saúde Pública [online], 2020. v. 36, n. 10. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/csp/a/FbtYqzqTP35S8qhYxqhhrVc/?lang=pt>. Acesso em: 3 out. 2021.
MOURA, Cristian Silva Tavares de; CARVALHO, Daniele Ferreira Silva de; RESENDE, Camila Miranda de Amorim. O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E SEUS POSSÍVEIS FATORES DE PROTEÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA. Episteme Transversalis, v. 12, n. 1, abr. 2021. Disponível em: <http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2373>. Acesso em: 03 out. 2021.
CONVID - Pesquisa de Comportamentos: Bebida Alcoólica. Convid Fiocruz, 2020. Disponível em: <https://convid.fiocruz.br/index.php?pag=bebiba_alcoolica>. Acesso em: 3 out. 2021
FIOCRUZ mapeia hábitos do brasileiro durante a pandemia.19 jul. 2021. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-mapeia-habitos-do-brasileiro-durante-pandemia>. Acesso em: 3 out. 2021.

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