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PROVA G1 - EXECUÇÃO - JOÃO VÍTOR LIMA

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Prova G1 – Processo Civil II
João Vítor Severo de Lima
	Não há possibilidade de penhora de todos os itens, pois o item I o buldogue francês  não é propriedade como animais pecuários ou guarnecidos com intenção de obtenção de lucro, mas companheiro da família, portanto, é perfeitamente enquadrado como bem de família, pois o parágrafo único do art. 1º da Lei 8.009/90 abrange acerca da impenhorabilidade dos bens móveis que guarnecem a residência e faz referência até mesmo às plantações, não havendo razão plausível para se diferenciar flora e fauna, ambos protegidos constitucionalmente no art. 225, VII, da CF/88, sem distinção qualitativa. O item II também não é penhorável, tendo por base o art. 833, § X, do CPC “a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos “, sendo assim, a caderneta de poupança não se enquadra em bem executável também. Já em relação ao item III o crédito em nome do Executado em outro processo, admite a jurisprudência a penhora sobre crédito de acordo com os termos expostos no art. 855 do CPC, cabendo também destacar que o devedor responde com todos os seus bens, tanto os presentes como os futuros para cumprir as suas obrigações, vide o exposto no art.789, do NCPC. Quanto a defesa do cliente vale destacar que não se está sendo respeitado o princípio da menor onerosidade, com isso, vale destacar que além da penhora aprovada em juízo ser superior (R$ 24.500,00) ao que o executado deve ao exequente (R$ 10.000,00), além do que a impenhorabilidade dos itens acima é reforçada pelo artigo 805, do CPC que indica que a execução deve ser promovida pelo meio menos gravoso ao devedor. Embora o texto indique ser aplicável a execução de modo geral, não especificamente à penhora, pode ser invocado com intenção de mostrar positivação do princípio da menor onerosidade ao devedor, ou seja, de que todo o procedimento deve ocorrer da forma que satisfaça a pretensão do credor, mas causando o menor distúrbio possível na vida do devedor. O princípio da responsabilidade patrimonial que afirma que o devedor responde com seu patrimônio atual e futuro, indicando a possibilidade de garantir os valores, mesmo que por meio de penhora, com seu patrimônio futuro, no caso, aquele a receber em processo judicial, sendo indicada a utilização daquele indicado no item III. Não há, portanto, necessidade de responder com seu companheiro de vida ou suas reservas emergenciais, ambos impenhoráveis, pelas justificativas apresentadas acima.

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