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FICHA DE LEITURA O DUALISMO DA ESCOLA PUBLICA

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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências da Educação
Faculdade de Educação
Curso de Pedagogia 
Didática e Prática Docente no Ensino Fundamental
Lorena Cristina Torres Reis
[Digite aqui]
FICHA DE LEITURA
Título do artigo: O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres.
Referência da obra: José Carlos Libâneo. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 13-28, 2012. 17
Estrutura do artigo:
· Brasil, vinte anos de políticas educativas do Banco Mundial: o pensamento hegemônico oficial sobre as funções da escola.
· A escola que sobrou para os pobres.
· Uma aposta: uma escola que articule a formação cultural e científica com as práticas socioculturais em que se manifestam diferenças, valores e formas de conhecimento local e cotidiano.
Síntese: 
No texto é abordado a luta pela escola pública gratuita, no qual está em constante discussão em relação a quais seus objetivos e suas funções na sociedade, uma vez que, tornou-se debate entre os educadores brasileiros. 
O dualismo da escola publica está relacionado as desigualdades socias, devido as transformações nas políticas educativas, iniciadas na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em 1990, em Jomtien, Tailândia. Assim, o objetivo do texto é buscar ligações entre proposições da Conferência Mundial sobre Educação e as políticas públicas para a educação básica praticadas nestes vinte anos pelos governos brasileiros. 
Em face dos problemas educacionais, há no meio educacional uma variedade de propostas para solucionar o impasse. Entre todas as proposições surge o dualismo na escola pública, uma vez que estaria em pauta uma escola do conhecimento voltada para os filhos dos ricos, com foco conteudista e tecnológica e, a escola do acolhimento social voltado para os pobres. 
Na Declaração Mundial sobre Educação são definidas estratégias aceitáveis em relação a uma educação para todos. No entanto, autores como Rosa Maria Torres e José Corraggio, esclarecem em seus textos que a Declaração Mundial teve alterações em diferentes países, prevalecendo uma proposta encolhida, no qual deu-se para adequar-se a visão economicista do Banco Mundial. 
Avaliação Crítica: 
O dualismo produz e mantém a desigualdade social. A escola está longe de ser um instrumento de equalização, pois favorece a divisão de classe, caracterizada como a escola do conhecimento para os ricos e como a escola do acolhimento para os pobres, sendo a escola um dos meios que favorece o capitalismo. A escola pública vem desconsiderando as práticas e possibilidades de aprendizado, invertendo os papéis e esquecendo de ensinar os conteúdos de forma significativa, pois os objetivos assistenciais se sobrepõem a aprendizagem. Embora pelo nome pareça ser atraente, a escola do acolhimento social é mais um lugar de encontro e compartilhamento entre as pessoas, do que um espaço propiciador do desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos alunos, dessa forma o professor perde seu papel educador e se torna um mero treinador para a vida. A educação deixou de ensinar para apenas incluir, mas deveria se pautar na equidade em que os diretos são subordinados as diferenças e não na igualdade para todos. A falta de investimento para a formação de professores e inovação pedagógica, agrava cada vez mais as diferenças. Não há cidadania se aprendizado, a qualidade para uma minoria nos revela os privilégios a educação, que só será de fato democrática quando a inclusão e a qualidade do ensino trabalharem juntas, diminuindo a desigualdade e promovendo a formação integral do aluno.

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