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Gestão democrática e participativa

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GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO 
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO) 
 
 
 
 
 
 
LETÍCIA DANIELADE MATTOS PETINELLI 
 
 
 
 
Gestão democrática e participativa: o desafio da aplicabilidade no ambiente 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 
 
GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
LETÍCIA DANIELA DE MATTOS PETINELLI 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DEMICRATICA E PARTICIPATIVA: O DESAFIO DA 
APLICABILIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
Monografia apresentada á GRUPO EXATTO EDUCACIONAL, 
como requisito parcial para a obtenção do título de 
Especialista em Gestão escolar, sob supervisão do 
orientador(a): Prof. Oswaldo 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 
 
GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
LETÍCIA DANIELA DE MATTOS PETINELLI 
 
 
 
 
GESTÃO DEMOCRATICA PARTICIPATIVA:O DESAFIO DA 
APLICABILIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada á Grupo Exatto Educacional, como 
requisito parcial para a obtenção do título de Especialista 
em Gestão escolar, sob supervisão da orientador (a) : 
Prof.Oswaldo. 
 
 
Aprovado pelos membros da banca examinadora em 
___/___/___.com menção ____ (________________). 
 
Banca Examinadora 
_________________________________ 
 
_________________________________ 
São Paulo 
2020 
 
RESUMO 
 
 
A democracia no Brasil é um assunto novo. Entretanto, o conceito de educação democrática 
é um pouco mais antigo: a primeira discussão sobre o assunto ocorreu no início do século 
XX, durante o governo de Getúlio Vargas. Nas duas últimas décadas, muito se tem escrito, 
falado, pesquisado e abordado sobre o fenômeno da gestão democrática na escola. O 
presente artigo faz uma reflexão, no que diz respeito aos seus conceitos, implicações, 
práticas e teorias que fundamentam suas ações. Foi feito uma revisão literária e sobre o que 
versam alguns autores como Heloisa Lück, Vitor Paro, Carlos Libâneo, Ilma Veiga, entre 
outros. Numa perspectiva mais aprofundada, essa reflexão nos levará a certeza que uma 
parceria entre os gestores e a comunidade escolar, na qual todos possam se mobilizar e 
participar das tomadas de decisões da escola, é o caminho do sucesso da gestão 
democrática e participativa. 
 
Palavras-chave: gestão democrática. gestão participativa. educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Democracy in Brazil is a new subject. However, the concept of democratic education is a little 
older: the first discussion on the subject occurred in the early twentieth century, during the 
government of Getúlio Vargas. In the last two decades, much has been written, spoken, 
researched and addressed about the phenomenon of democratic management in schools. 
This article makes a reflection, with regard to concepts, implications, practices and theories 
that base the actions. A literary review and several authors were made, such as Heloisa Lück 
,Vitor Paro,Carlos Libâneo Ilma Veiga, among others. In a more in-depth perspective, this 
reflection leads us to ensure that a partnership between managers and the school 
community, in which all participants can mobilize and participate in the analysis of school 
decisions, or the path of success for democratic and participatory management. 
 
Key-words: democratic management, partipatory management, education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 9. 
1.1.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 9. 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................. 9. 
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 9. 
1.3 PROBLEMA..........................................................................................................10 
2 O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO ATRAVÉS DOS TEMPOS .............. 11 
3 PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO ................................................................. 13 
4 GESTÃO DEMOCRATICA E PARTICIPATIVA .................................................... 15 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 16 
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Constituição Federal de 1988, documento que marca a transição do Regime Militar (1964-
1985) à Nova República, traz no seu Artigo 206, Inciso VI, a gestão democrática do ensino 
público, na forma da lei, como um de seus princípios. Alguns anos mais tarde, a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, vem reforçar esse princípio. De acordo com 
a LDB (Lei n. 9.394/96), as instituições públicas que ofertam a Educação Básica devem ser 
administradas com base no princípio da Gestão Democrática. A gestão democrática 
pressupõe a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar – pais, 
professores, estudantes e funcionários – em todos os aspectos da organização da escola. 
LDB (1996, Art.14-15) 
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino 
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os 
seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação na elaboração do 
projeto pedagógico da escola; 
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e 
equivalentes [...]; 
Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram, progressivos graus de autonomia pedagógica, 
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro 
público. 
 
No entanto, mais do que o exigir o cumprimento de uma determinação legal, e necessária a 
busca pelo fortalecimento dessa parceria escola/família, no atual contexto social, como um 
dos poucos caminhos viáveis para que a comunidade escolar e a comunidade no qual o 
aluno está inserido, consigam superar as dificuldades que vêm enfrentando na educação de 
seus filhos/alunos. Pode-se assim traduzir a busca pela promoção de uma parceria 
permanente entre família e escola como um esforço com interesses mútuos envolvidos - um 
caminho de colaboração de mão dupla. 
Conforme Luck (2006, p. 35) “a participação tem sido exercida sob inúmeras formas e 
nuances no contexto escolar”, assim ela pode assumir o caráter de participação “como 
manifestação de vontades individualistas, algumas vezes camufladas, até a expressão 
efetiva de compromisso social e organizacional, traduzida em atuações concretas e 
objetivas, voltadas para a realização conjunta de objetivos”. Pela participação, os 
professores podem aprender várias coisas, como tomar decisões coletivamente, dividir com 
8 
 
os colegas as preocupações, desenvolver o espírito de solidariedade e investir no seu 
desenvolvimento profissional. 
A escola, assim, só será uma organização humana e democrática na medida em que 
a fonte desse autoritarismo, que ela identifica como sendo a administração (ou a 
burocracia, que é o termo que os adeptos dessa visão preferem utilizar), for 
substituído pelo espontaneísmo e pela ausência de todo tipo de autoridade ou 
hierarquia nas relações vigentes na escola.PARO, 2002, p.12). 
O Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2001), também se referiu à gestão democrática 
para as escolas brasileiras em sua meta 22. O texto consta que os sistemas de ensino 
deveriam criar “normas de gestão democrática do ensino público, com participação da 
comunidade”. O referido tratava do assunto de forma mais detalhada, propondo metas de 
maior poder às escolas no sentido da autonomia e desburocratização: 
24 – Desenvolver padrão de gestão que tenha com elementos a destinação de 
recursos para as atividades fim, a descentralização, a autonomia da escola, a 
equidade o foco na aprendizagem dos alunos e a participação da comunidade. 
28- Assegurar a autonomia administrativa e pedagógica das escolas e ampliar sua 
autonomia financeira para pequenas despesas de manutenção e cumprimento de 
sua proposta pedagógica. (BRASIL, 2001) 
 
 O que se pode perceber, diante do que foi relatado é que a gestão democrática passou a 
ser instituída legalmente, deixando de ser apenas o “desejo de alguns educadores”, para se 
tornar um dever educacional em todas as escolas da rede pública brasileira. 
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento fundamental para a construção de uma 
gestão democrática, e é considerado indispensável para a realização de ações democráticas 
dentro da escola, 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
Reconhecer a gestão democrática como modelo de gestão a ser seguido, 
fundamentado na revisão literária sobre o tema. 
 
 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Demonstrar através de revisão literária as dificuldades para o exercício da gestão 
democrática e participativa e como sana-las. 
 
 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Analisar os autores que versam sobre o tema 
 Conhecer através de relatos de experiências locais que usam essa metodologia. 
 Identificar as possíveis dificuldades e enumera-las. 
 Distinguir as ações passiveis de êxito, para a melhoria das dificuldades. 
 Propor soluções cabíveis de realização Explicativos (analisar, avaliar, verificar, explicar) 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 Consiste na apresentação, de forma clara, objetiva e rica em detalhes, das 
razões de ordem teórica ou prática que justificam a realização da pesquisa ou o tema 
proposto para avaliação inicial. No caso de pesquisa de natureza científica ou acadêmica, 
a justificativa deve indicar: 
 A relevância social do problema a ser investigado. 
 As contribuições que a pesquisa pode trazer, no sentido de proporcionar respostas aos 
problemas propostos ou ampliaras formulações teóricas a esse respeito. 
10 
 
 O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema. 
 A possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade proposta pelo tema. 
 
1.3 PROBLEMA 
 
Um dos grandes desafios da educação é construir uma escola que caminhe junto 
com a comunidade, favorecendo condições necessárias para que todos possam ter 
acesso a uma educação de qualidade, uma escola igualitária onde alunos de classes 
populares possam ter as mesmas oportunidades dos alunos das classes mais beneficiadas. 
Mas, isso não é uma tarefa fácil, principalmente no país em que vivemos onde os interesses 
políticos estão acima da moral e da ética, assim a educação pública não consegue avançar 
 
 A escola é uma organização social constituída pela sociedade para cultivar e 
transmitir valores sociais elevados e contribuir para a formação de seus alunos, 
mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional condizentes com 
os fundamentos, princípios e objetivos da educação. (LUCK,2009,p.20) 
 
Segundo Paro (1997) a sociedade deva assumir o controle da escola, atuando 
efetivamente, participando, dividindo responsabilidade e reivindicando seu espaço. 
Quando isso acontecer existirá condições para que a gestão democrática exerça seu 
papel. Do mesmo modo, haverá subsídios para a prestação de uma educação de 
qualidade, visto que estarão criadas as bases necessárias para a prática de pressão 
sobre os setores educacionais responsáveis pela concessão de recursos e real 
autonomia ás escolas . 
11 
 
2 O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO ATRAVÉS DOS TEMPOS 
 
O sistema educacional brasileiro passou por várias mudanças que deixaram marcas que até 
hoje podemos sentir. 
Quando em 1549 os jesuítas chegaram ao Brasil, sob a liderança do Padre Manoel de 
Nobrega foi fundada a primeira escola, e durante 210 anos eles foram ao únicos educadores 
do Brasil. 
De fato, os jesuítas empreenderam no Brasil uma significativa obra missionária e 
evangelizadora, especialmente fazendo uso de novas metodologias, das quais a 
educação escolar foi uma das mais poderosas e eficazes. Em matéria de educação 
escolar, os jesuítas souberam construir a sua hegemonia. (SANGENIS, 2004, p. 93). 
Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos 
jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de 
colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer 
modalidades de estudos equivalentes ao nível superior. 
Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme 
vazio que não foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas tomadas pelo Marquês de 
Pombal. 
Influenciado pelos ideais iluministas, Pombal tinha convicção de que era preciso modificar a 
educação no Brasil. E isso ocorre formalmente em 1772, com a chamada reforma pombalina. 
Após a instauração dessas mudanças, o Brasil dá seus primeiros passos na criação de um 
ensino público. A desestruturação da escola jesuíta, porém, fez com que os índios 
perdessem espaço no sistema de ensino. Por outro lado, a reorganização tornou o professor 
uma figura central do processo educacional. Neste período, foram criadas as aulas régias, 
ministradas por docentes concursados, que eram funcionários do Estado. 
Um dos momentos mais importantes da história da educação no Brasil ocorre com a chegada 
da família real ao Brasil, em 1808, fugida da Europa por conta da invasão napoleônica a 
Portugal. Em um dos navios vindos da Europa, desembarcaram no Rio de Janeiro cerca de 
60 mil livros que, mais tarde, dariam origem à Biblioteca Nacional, na própria capital carioca. 
A presença da coroa portuguesa impulsionou alguns investimentos na área da educação, 
aportes que culminaram na criação das primeiras escolas de ensino superior. Estes locais 
12 
 
tinham como foco, exclusivamente, preparar academicamente os filhos da nobreza 
portuguesa e da aristocracia brasileira. 
O golpe de misericórdia que prejudicou de vez a educação brasileira vem, no entanto 
de uma emenda à Constituição, o Ato Adicional de 1834. Essa reforma descentraliza 
o ensino, atribuindo à Coroa a função de promover e regulamentar o ensino superior, 
enquanto às províncias (futuros estados) são destinados a escola elementar e a 
secundária. Dessa forma, a educação da elite fica a cargo do poder central e a do 
povo, confiada às províncias. (ARANHA, 2005, p. 152). 
No período de 1889 a 1929, que compreende a primeira república, tentaram substituir a 
predominância literária pela científica através da filosofia positivista, mais não houve 
sucesso. Em 1930/1936 na segunda república, houve o interesse de se investir na educação 
devido à necessidade de mão de obra especializada. No período do estado Novo o principal 
foco da educação era o ensino profissional, que tinha o objetivo de qualificar maior número 
de mão de obra. Nesse momento o ensino profissional passa a ser oferecido as classes 
inferiores, enquanto o ensino intelectual era oferecido para os de melhor condição social. No 
período de 1946 a 1963 conhecido como Nova República, surgem as primeiras discussões 
sobre a Lei de Diretrizes e Bases. 
A educação brasileira passou por momentos de atrasos, em 1964 muitos professores e 
estudantes foram presos pelo golpe militar, isso fezcom que na educação predominasse o 
caráter político em vez do pedagógico. 
Que a intenção da ditadura em ‘educar’ politicamente a juventude se revela no 
decreto-lei baixado pela Junta Militar em 1969, que torna o ensino de Educação Moral 
e Cívica obrigatório nas escolas em todos os graus e modalidade de ensino. No final 
do grau médio a denominação muda para Organização Social e Política Brasileira 
(OSPB) e no curso superior, para Estudos de Problemas Brasileiros (EPB). Nas 
propostas curriculares do governo transparece o caráter ideológico e manipulador 
dessas disciplinas. (ARANHA, 2005, p. 211). 
 Com a nova constituição e o fim do período militar, em 1996 um projeto de Lei de Diretrizes 
e Bases é enviado a Câmara e enfim é aprovado. Segundo o artigo 1° da Lei n° 9.394 
(BRASIL, 1996), “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida 
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos 
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. 
13 
 
O que vemos hoje é uma luta para um sistema educacional de qualidade, onde o aluno seja 
visto na sua integralidade, e saia da escola acima de tudo como cidadão atuante e 
participativo, em um ambiente propicio para que isso se dê de forma efetiva. 
Educar é uma tarefa que depende de todos, não aprendemos sozinhos, e não 
conseguiremos construir saberes isoladamente. Lutar pela democracia pela participação de 
todos os envolvidos no processo é prezar pela formação de cidadãos pensadores, de um 
ser integral de uma escola de direitos, um espaço rico de cultura, que a comunidade escolar 
possa realmente existir. 
 
 
 
14 
 
3 PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO 
 
A escola como uma organização social, tem como objetivo estabelecer uma comunidade de 
ensino efetivo, onde não se dissocie o saber produzido socialmente, do aprender escolar, 
criando um ambiente de continuo desenvolvimento para os alunos, professores, funcionários 
e gestores. A escola deve cultivar e transmitir valores sociais elevados e contribuir para a 
formação de seus alunos, mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional 
condizentes com os fundamentos, princípios e objetivos da educação. O conhecimento da 
realidade ganha novas perspectivas: a organização do projeto político-pedagógico da escola 
e o seu currículo; o papel da escola e o desempenho de seus profissionais, que devem 
renovar-se e melhorar sua qualidade continuamente, tendo o aluno como centro de toda a 
sua atuação. 
Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico: 
É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do 
cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, 
o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar 
a ação de todos os agentes da instituição (p.143). 
É um documento que definirá diretrizes, metas e métodos para que a instituição de 
ensino consiga atingir os objetivos a que se propõe. O PPP visa melhorar a capacidade de 
ensino da escola como uma entidade inserida em uma sociedade democrática e 
de participação de todos. 
O projeto busca uma direção, é uma ação concreta que será executada em um tempo 
determinado. Político no sentido de compromisso com a formação de cidadãos conscientes, 
responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, 
proporcionando a ela novos rumos. “A dimensão política, se cumpre na medida em que ela 
se realiza especificamente enquanto prática pedagógica” (Saviani 1983, p. 93). Na dimensão 
pedagógica, reside a organização do que será necessário para a efetivação da 
aprendizagem através da organização de atividades, execução de projetos educativos. 
 
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção 
a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e 
famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e 
flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. 
15 
 
4 GESTÃO DEMOCRATIVA E PARTICIPATIVA 
 
 Pode se entender por gestão democrática o processo onde todos os envolvidos no contexto 
escolar identificam os possíveis problemas, discutem, planejam, e avaliam as ações que 
priorizem sanar os problemas e melhorar o desenvolvimento escolar. 
 
Assim sendo, o termo gestão democrática pode ser definido como um processo, onde são 
criadas as condições necessárias para que todos os membros da comunidade escolar 
assumam um compromisso e tenham responsabilidade nas tomadas de decisões. 
 
Segundo Heloísa Luck (2005), podemos destacar algumas estratégias para facilitar a 
participação: 
1. Identificar as oportunidades apropriadas para a ação e decisão e decisão compartilhada; 
2. Estimular a participação dos membros da comunidade escolar; 
3. Estabelecer normas de trabalho em equipe, acompanhar e orientar sua efetivação; 
4. Transformar boas ideias individuais em ideias coletivas; 
5. Garantir os recursos necessários para apoiar os esforços participativos; 
6. Prover reconhecimento coletivo pela participação e pela conclusão de tarefas. 
 
Portanto, a participação de todos é uma maneira de promover a aproximação dos membros 
da escola, buscando formas de garantir uma administração democrática.É de fundamental 
importância a participação da família, pois esta é o elo de ligação escola-comunidade no 
processo ensino aprendizagem. Essa união família escola exerce um papel crucial na 
construção dos valores da criança, pois formam a base da vida social do indivíduo. Por ser 
de suma importância na construção da identidade do indivíduo devem caminhar juntas, para 
que gerem no individuo resultados efetivos. 
 
A participação dos pais na educação dos filhos é insubstituível, e uma parceria de qualidade 
entre escola e família, traz benefícios para os dois lados, quando caminham juntas escola e 
família, fica mais fácil enfrentar desafios que possam surgir, e transforma a criança bem 
assistida em adultos consciente do seu papel de cidadão. 
 
 
16 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após essa revisão bibliográfica, surge a dúvida do futuro incerto, de onde esse caminho vai 
nos levar. A gestão deve ter seu olhar ampliado sobre a escola, essa por sua vez deve se 
comprometer a gerar saber, deve ter um olhar para as problemáticas da escola. 
A escola precisa abrir suas portas para a comunidade, precisa faze-los entender a 
importância de estarem atuando nas decisões, a importância da participação nos conselhos, 
e a gestão estar aberta a ouvir atentamente, para que a escola construa seus ideais a 
parceria com a sociedade precisa e deve ser verdadeira. 
Dessa revisão tiro que a gestão democrática e participativa gera um processo de construção 
de uma escola comprometida com a sociedade que está inserida, criando uma visão de 
conjunto da escola e de sua responsabilidade social, construindo, assim, um ambiente 
participativo, em que os profissionais têm fundamental importância no desenvolvimento 
escolar garantindo a plena autonomia da escola, como também um espaço propício para a 
efetivação de uma educação com qualidade. 
17 
 
REFERÊNCIAS 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática - 5. Ed. Goiânia: 
Alternativa, 2004. 
LUCK, H. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 2. ed. Rio de Janeiro: 
DP&A,1998. 
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ed. Ática, 1997. 
PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São Paulo: 
Ática, 2007. 120p. 
LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. 8. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. Série 
Cadernos de Gestão. 124p. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. – 16. ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 
2004. 
________. Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional: (Lei9394/96) / 9º. Ed. – Rio de 
Janeiro: DP&A, 2005. 
SAVIANI, Demerval. “Para além da curvatura da vara”. In: revista Ande no 3. São Paulo, 
1983. 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de ensino-aprendizagem e Projeto 
Educativo. São Paulo: Libertat, 1995

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