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7. CLANICA DE EQUADEOS - NEONATOLOGIA EQUINA - 13.11.18

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NEONATOLOGIA EQUINA 
 
 
- Neonato: primeiro mês de vida do potro = mês mais crítico (mais susceptível a diversas enfermidades)  melhor 
prevenir problema do que tratar 
 
GESTAÇÃO (tudo começa com a égua) 
- Tempo: ~335-345 dias (340 dias em média)  variação: 320 (pôneis) 
até 360 dias (PSI) 
- Partos ocorrem com maior frequência de noite: 65,5% parem de 
noite (20:00 – 1:00)  difícil acompanhar 
- Sinais de aproximação do dia do parto: relaxamento dos músculos 
da região pélvica (3 semanas), relaxamento da vulva (24-48 horas), 
aumento do úbere (3 semanas), eletrólitos no leite e queda de pH 
(quando pH cai para < 7, maioria das éguas parem em 24h), 70% 
apresentam “cera” mamária (48-72 horas antes do parto = colostro 
seco no úbere) 
 
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO: 
- Histórico de potros com problema 
- Alterações de placenta  se existe inflamação/infecção de placenta, chance de potro ter problema após é grande 
- Doença sistêmica durante a gestação  infecciosas/inflamatórias, cólicas (torção uterina) 
- Aumento de volume abdominal excessivo  hidropsia das membranas fetais (produção de líquido amniótico maior 
que o normal = ligadas a alterações no feto)  chance de romper musculatura abdominal ou tendão pré-púbico (ficar 
atento: égua vai ter força para parir?) 
 ◦ Muitas vezes, é melhor terminar gestação porque potro não vai conseguir sobreviver 
- Éguas mais velhas  ruptura de tendão pré-púbico, hérnia da parede abdominal 
◦ Éguas que são muito boas (genética, atletas) muitas vezes parem velhas 
◦ Abdome abaulado = ruptura de tendão  existem cintas que podem ajudar a sustentar peso 
 
FIQUE ATENTO: primeiros sinais de placentite (placenta é responsável 
pela oxigenação e nutrição do potro) 
- Desenvolvimento prematuro do úbere  normal: 3-4 semanas 
- Secreção vaginal 
- Como ver se placenta esta inflamada? Ultrassom  para cada mês de 
gestação, tem espessura adequada da placenta = se está inflamado, 
líquido amniótico, que era para estar hipoecoico, pode estar com 
pontos hiperecoicos (hipercelular) 
◦ Durante o parto, o normal é sair com o saco amniótico  se 
placenta fica edemaciada, pode desprender do útero = 
separação prematura da 
placenta/“red bag” (se isso 
acontecer, primeira coisa que 
deve fazer é romper e tirar 
potro = se não, ele não 
consegue respirar; ter certeza 
que é placenta antes de abrir, 
pois pode ter prolapso de 
outras estruturas) 
 
ACOMPANHAR O PARTO 
- Ser discreto  não intervir se estiver tudo bem 
(apenas quando necessário) 
- Gestações de alto risco 
- Potros de alto valor 
- Tempo de gestação e sinais de aproximação do dia do 
parto 
- Moradia próxima ao piquete maternidade 
- Dispositivos: foal-alert = sutura ele na vulva de um lado, 
do outro lado tem imã que une  quando potro coloca 
pata para sair, há separação = alarme avisa 
Próximo ao parto: aumento brusco 
de cálcio e diminuição brusca de pH 
Normal Separação prematura 
 
 
ESTÁGIOS DO PARTO: ~90% dos partos equinos não precisam de assistência 
 
 ESTÁGIO 1 – POSICIONAMENTO DO POTRO 
- 2-3 horas (dias) 
- Fase de preparação para o parto 
- Égua: diminuiu apetite, sudorese, parece que está com cólica (deita e levanta) 
- Término: rompimento da placenta (8-20 litros)  se rompeu, potro tem que nascer 
 
 ESTÁGIO 2 – NASCIMENTO DO POTRO 
- 15-20 minutos (se demora mais, tem algo errado = chance de potro sobreviver é pequena  a cada 10 min em 
excesso, diminui em 10% a chance do potro sobreviver) 
- PARTO 
- Término: nascimento do potro 
 
 ESTÁGIO 3 – EXPULSÃO DA PLACENTA 
- 15 min a 3 horas 
- Término: expulsão da placenta 
- Mais de 6h  tratar como retenção de placenta = não puxar placenta se égua não expeliu 
 
PLACENTA DA ÉGUA: 
- Parte vermelha da placenta: córion-alantoide 
- Parte branca da placenta: âmnion 
- Examinar: coloração e aparência, se está intacta e completa, 
peso (11% peso do potro), torções do cordão umbilical 
 
PARÂMETROS DO NEONATO 
 
REGRA 1-2-3: 
- 1  potro deve levantar em até 1h 
- 2  potro deve mamar em até 2h 
- 3  égua deve expulsar a placenta em até 3 horas 
 
- Levantar: locomoção, deformidade flexurais 
- Aparência: prematuro (nasceu antes do tempo) ou dimaturo (nasceu no tempo correto, mas desenvolvimento não foi 
normal e tem características de prematuro), recoberto por mecônio (não é normal defecar durante parição = significa 
esforço em excesso e chance de aspirar e ter pneumonia é grande) 
- Mamar: 7-10 vezes por hora (~2 minutos por vez) 
- Urina: 6-10 horas  difícil de acompanhar = é possível haver ruptura de bexiga (compressão de bexiga no canal do 
parto, principalmente em machos) 
- Mecônio: 2-12 horas após o parto (3 horas)  sinais de cólica, não consegue defecar = retenção 
 
CUIDADOS COM NEONATO 
- Colostro (6 horas) 
- Desinfecção e exame do umbigo: iodo 2% (como iodo mancha, é melhor para acompanhar progresso), clorexidina 
diluída 1:3  mínimo 2x/dia, 2-3 dias (melhor técnica é por imersão do umbigo) 
 ◦ Infecção: artrite séptica = pode condenar vida de cavalo atleta 
- Pesar os potros diariamente: ganho de peso diário = 1-1,5 kg/dia (20-30 dias) 
- Exame físico completo (12-24 horas de vida) 
 
COLOSTRO: 
- Primeiro leite da égua, rico em imunoglobulinas 
- Placenta da égua é impermeável a anticorpos 
- Aparelho digestivo do potro é permeável a absorção de anticorpos até 18-24 horas de vida 
- Banco de colostro  armazenar colostro de qualidade por 2 anos no máximo 
- Aparência: viscoso, pegajoso (alta proteína), amarelado  égua produz em torno de 2 litros de colostro 
- IgG > 70 g/L 
- Gravidade específica > 1.060  > 1.080 = alta qualidade (colostrômetro ou refratômetro de Brix) 
 
 
EXAME FÍSICO DO NEONATO: 
 
- Potro nasce taquicárdico  vai estabilizando 
- O que chama atenção é temperatura (39ºC, em adultos, é febre, mas em potro neonatal não) 
 
- Persistência do ducto arterioso: auscultação cardíaca com sopro grau I-IV, 3-4 EIC esquerdo, contínuo (normal até uma 
semana de vida, desde que não tenha sintomatologia) 
◦ Depois que potro nasce, começa a respirar  quando está no útero, circulação pulmonar não é muito intensa, 
por isso, ducto arterioso liga aorta diretamente com artéria pulmonar  quando potro nasce, ducto se fecha, 
mas demora até 7 dias 
- Fratura de costela: pode ocorrer no momento da parição  maioria não é problema, contanto que esteja alinhada 
- Hérnia: umbilical (não costuma ser cirúrgica antes de 6 meses, tem métodos de redução não cirúrgicos), inguinal 
(problema, pois pode encarcerar alças intestinais, tende a necessitar de intervenção cirúrgica antes) 
- Deformidade: fenda palatina (exteriorização de leite pela narina), alteração na musculatura da parede abdominal (alças 
intestinais expostas) 
- Articulações e umbigo: falha de transferência da imunidade e falha na cura do umbigo = principais causas de problemas 
no potro 
 
VALORES HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS: utilizar valores de referência para neonatos 
- Proteína plasmática diminuída (logo após nascimento)  se não mamou colostro ou mamou e não absorveu, tem 
menor quantidade 
- Hematócrito aumentado  passa muito sangue pela placenta 
- Fosfatase alcalina aumentada  metabolismo ósseo 
- Glicose (pequena reserva de glicogênio)  horas sem mamar é problema 
- Aumento dos níveis de creatinina em potros  pode ter origem renal (alteração no próprio rim), pré-renal 
(desidratação) ou pós-renal (obstrução)  líquido amniótico é urina que potro produz = se existe insuficiência na 
placenta, drenagem de líquido fica comprometida  pode absorver mais creatinina 
◦ Com menos de 48 horas: 3-25 mg/dl (redução pela metade em 24 horas) 
◦ Diminui rapidamente à medida que o tempo passa = origem placentária  se for alteração renal, ↓ + devagar 
 
URINÁLISE: 
- Potro produz mais urina = 149 ml/kg/dia (mais diluída)  adultos = 15-30 ml/kg/dia 
- Gravidade específica = 1.001-1.015  adultos = 1.025 
- Proteinúria nas primeiras 36 horas  absorção de colostro e excreção urinária 
 
POTRO ORFÃO 
- Colostro- Sucedâneos do leite de égua 
- Adoção: ama de leite ou égua multípara (existe protocolo para lactar, mas concentração do leite não vai ser igual a de 
uma égua que produziu leite normalmente) 
 
OBS: leite mais próximo do leite de égua é o de cabra  leite de vaca tem muita gordura e menos proteína (se for 
fornecer, tem que ser desnatado) 
 
CUIDADOS COMEÇAM ANTES DO PARTO 
- Problemas na fazenda: enfermidades prévias  Rhodococcus equi (plasma hiperimune no potro), diarreia 
- Problemas durante gestação: perda de colostro precoce, sinais de placentite 
 
 
MANEJO SANITÁRIO DA ÉGUA: 
- Vacinação 30 dias antes do parto  colostro de alta qualidade = tétano, raiva (potro protegido contra enfermidades 
nos primeiros meses por meio dos anticorpos) 
- Vermifugação 30 dias antes do parto 
 
SINAIS DE QUE ALGO ESTÁ ERRADO COM POTRO 
- Atividade diminuída 
- Perda do reflexo de sucção 
- Diminuição da interação com a égua 
- Maior tempo dormindo e menor tempo mamando 
- Alterações na temperatura corporal 
- Égua com úbere muito cheio, extravasando leite  potro não está mamando 
 
*** ENFERMIDADES *** 
- Dificilmente é um único problema  prematuridade, falha na transferência da imunidade passiva (FTIP), septicemia 
- Primeiras 24h de vida: momento mais crítico 
 
EMERGÊNCIAS 
- Avaliação do paciente: depende do que está acontecendo 
- Exame físico completo: identificar alterações principais  desidratação, hipovolemia, cianose 
- Exame laboratorial: glicose, hematócrito, proteína, hemograma, bioquímico, hemogasometria 
- Estabilização do paciente: cateter, fluido, aquecedores, oxigênio 
- Outros diagnósticos: tratamento adequado 
 
** FALHA NA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) ** 
- Imunidade passiva: anticorpos transferidos diretamente da égua ao potro  colostro (aparelho digestivo do potro é 
permeável à absorção de anticorpos até 18-24h de vida) 
- Tipo de placenta em equinos: impede a transferência de anticorpos ao feto  se não mamar colostro, não adquire 
anticorpos 
- Potros, ao nascimento, são imuno-competentes, porém, nascem sem nenhum anticorpo  período de grande 
susceptibilidade à infecções 
 
CAUSAS 
- NEONATO: inabilidade de mamar (prematuro, dismaturo, letargia), inabilidade em absorver as imunoglobulinas 
inferidas (TGI deve estar funcionando bem para absorção) 
- ÉGUA: inabilidade de produzir colostro em quantidade adequada, inabilidade em produzir colostro de boa qualidade 
(imunoglobulina – lactação prematura = gestação gemelar, placentite, doença sistêmica) 
 ◦ Nas multíparas, qualidade do colostro é melhor 
 
DIAGNÓSTICO 
- Histórico 
- Níveis de IgG < 800 mg/dl = marcador de quanto colostro potro ingeriu 
 ◦ Falha parcial: IgG entre 400-800 mg/dl 
 ◦ Falha total: IgG < 400 mg/dl 
▪ Nível pode estar adequado quando coletou (coleta no 1º dia de vida), mas, nos dias seguintes, como 
potro está sem anticorpos para defesa, está susceptível a doenças (alto risco de desenvolver septicemia) 
 
MEDIR CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE IGG: 
- Diversos testes 
- Quantitativo  imunodifusão radial (problema: demora 24h = quer resposta o quanto antes) 
- Teste comercial: kit  porta da baia (semi-quantitativo) 
- Quando testar: 12 horas em potros de alto risco (máximo)  à medida que tempo passa, ↓ capacidade de absorção 
 ◦ Para ter quantidade adequada de IgG, deve mamar entre 6-8 horas de vida 
 ◦ 24h de vida: perde janela ideal para tratar potro com colostro = não vai absorver 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
- Específicos: anticorpos  colostro, plasma, outros produtos comerciais 
- Seguir protocolo para tratamento de septicemia, de acordo com o caso  antibiótico, AINES, suporte (fluido, oxigênio, 
nutrição, etc, se necessário) 
 
COLOSTRO: 
- < 12h 
- Trato gastrointestinal funcionando 
- Sistema cardiovascular e temperatura normais 
- 1-2 litros dividido em 3-4 alimentações  preferencialmente, durante as primeiras 8-10 horas de vida 
- Vias de administração: mamadeira ou sonda nasogástrica  atentar-se ao reflexo de sucção (se não tiver bom, pode 
comprometer = pneumonia por aspiração = às vezes, é melhor utilizar sonda) 
 
PLASMA: 
- > 12-24h 
- Trato gastrointestinal comprometido 
- Sistema cardiovascular e temperatura alterados 
- Comercial: hiperimune  ideal é comprar já pronto, pois tem níveis de garantia = preferência para potros pré-maturos 
- 20 (mínimo) a 40 ml/kg, IV  normalmente, 1-2 L = mas quantidade necessária depende do nível de IgG do potro e do 
plasma do doador 
- Administrar quantidade suficiente para aumentar níveis de IgG > 800 mg/dl 
- Plasma comercial: > 2.500 mg/dl de IgG 
- 15-20 min lentamente  se não teve reação, pode começar a fazer rápido 
 ◦ Se houver alteração leve, pode fazer lentamente e administrar flunixim para melhorar 
 ◦ Se houverem alterações graves, ideal é parar administração e fornecer corticoide para debelar efeitos 
 
** SEPTICEMIA ** 
- Causa mais importante de mortalidade neonatal  principal risco: não mamar colostro 
- Principais portas de entrada: umbigo, TGI, respiratório 
◦ Bactérias gram – (principal) e +  importante utilizar ATB de amplo espectro (costuma usar penicilina com 
amicacina = não usa muito em adultos pelo valor elevado) 
- Infecção de vários tecidos 
- Pode ocorrer: no útero, durante o nascimento, após o nascimento 
 
CAUSAS 
- Placentite bacteriana 
- Condições de manejo inadequadas (limpeza) 
- Falha de transferência de imunidade passiva 
- Secundária a outras doenças neonatais 
- Umbigo 
 
SINAIS CLÍNICOS 
- Sinais iniciais não são muito pronunciados: letargia, diminuição do reflexo de sucção, mamando menos 
- Progressão: depressão grave, decúbito, hipovolemia, temperatura baixa ou alta (febre nem sempre constante), 
membros e orelhas gelados (choque), petéquias, mucosas hiperêmicas 
 
DIAGNÓSTICO 
- Cultura sanguínea: definitivo  grande importância em potros com septicemia (iniciar ATB antes do resultado) 
- Hemograma: leucopenia (neutropenia, desvio à esquerda, alterações tóxicas), ↑ fibrinogênio (se tem aumento de 
fibrinogênio e potro tem menos de 24h de vida, indica que infecção aconteceu no útero) 
- Sinais clínicos 
- IgG  dosar (FTIP é uma das causas mais comuns) 
 
TRATAMENTO 
- Antibiótico intravenoso e anti-inflamatório 
- Suporte: fluidoterapia IV, glicose IV/nutrição parenteral, manter aquecido, oxigênios intra-nasal, etc 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
- Artrite séptica: aumento de volume articular, claudicação 
- Meningite: sinais neurológicos 
- Infecções cardíacas, hepáticas e ósseas 
- Pneumonia 
- Diarreia 
 
PROGNÓSTICO 
- 30-70% dos casos se recuperam 
- Reconhecimento rápido dos sinais clínicos, tratamento adequado no início do quadro, tratamento de suporte 
adequado = ideal  quanto antes tratar, melhor 
- 1-4 semanas de tratamento 
 
** PREMATURIDADE ** 
- Prematuro: < 320 dias (nasceu antes do tempo de gestação)  se nasceu até 1 mês antes ainda é possível tentar salvar, 
mas mais de 1 mês é difícil 
- Causas: placentite, problemas congênitos nos potros, estresse (cirurgia de cólica), gestação gemelar 
- Sinais de prematuridade: orelhas moles e caídas, fonte/testa abaulada/côncava, pequeno porte, pelos finos, tendões 
relaxados = reconhecimento imediato 
- Confirmação: raio-X  ossificação incompleta dos ossos do 
carpo e do tarso 
 ◦ Se conseguir salvar potro, ossos crescem 
◦ Problema: se potro levantar e colocar peso na pata, 
esmaga articulação  grande maioria está tão fraca 
que permanece deitado (ideal)  porém, se potro quer 
levantar, tem que suportar membro para não apoiar 
na articulação (bandagem com tala ou gesso) 
- Alto risco  imaturidade dos órgãos, ausência de reflexo de 
sucção, dificuldades de se levantar e locomover, susceptíveis 
à septicemia 
 
** GESTAÇÃO GEMELAR ** 
- Raras 
- Alto risco 
- Tamanho do útero limita crescimento 
 
** COMPACTAÇÃO POR MECÔNIO ** 
- Defecam mecônio 2-12 horas após o parto 
- Sinais de dor abdominal: balançar o rabo, rolar, postura frequente de defecação (normalmente, confunde-se postura 
comtentativa de urinar) 
- Outros sinais: distensão abdominal, taquicardia, taquipneia, tenesmo 
- Quadro clássico: potro, 24-48 horas de vida, com sinais de desconforto abdominal intermitente, sem febre  quando 
não está com dor, potro mama e está alerta 
- Observar sinais clínicos  se estiver na baia, observar se defecou 
 
DIAGNÓSTICO 
- Maioria das compactações se resolve sozinha, mas é possível realizar diagnóstico terapêutico (enema) 
- Palpação digital retal  muitas vezes consegue retirar conteúdo se compactação for próxima ao reto 
- Sinais clínicos  pode ter alterações de delgado (intussuscepção) 
- US abdominal 
- Radiografia abdominal 
- Diferenciais (causas de cólica): enterite (febre, mucosa congesta, apático), intussuscepção (mais dor, pode ter refluxo), 
vólvulo intestinal, ulceras gástricas, rupturas de bexiga, atresia de cólon 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
- 500 ml de água morna + sabão neutro, introduzida através de sonda de borracha macia no reto (Foley)  máximo 10 
cm, administrar por gravidade 
◦ Vantagens: custo menor, menos irritante, possível fazer volume maior (normalmente, não faz mais de 3x no dia, 
1-2x costumam ser suficientes para resolver) 
- Aplicação de enema humano (“fleet enema”)  sulfato de magnésio 
◦ Desvantagens: não pode ser feito várias vezes (começa a irritar e mucosa absorve, podendo ter 
hipermagnesemia) 
- Mucosa retal é extremamente sensível: cuidado com traumatismo 
 
** ISOERITRÓLISE NEONATAL ** 
- Síndrome hemolítica 
- Incompatibilidade de grupo sanguíneo entre o potro e a égua 
 potro tem sangue diferente da mãe (igual o do pai, que é 
diferente do da mãe) 
- Ingestão de aloanticorpos (presentes no colostro da mãe) 
contra as hemácias do feto e consequente hemólise 
- Mais frequente em potros de éguas multíparas (tiveram várias 
gestações) 
◦ Primeira gestação: égua entra em contato com sangue 
do potro durante parto  não tinha anticorpos  
produz anticorpos  depois, se tiver outro potro com 
incompatibilidade = anticorpos passam pelo colostro  
sinais clínicos (mais de um dia de vida, hemólise, 
icterícia, febre) 
 
OBS: égua primípara em que potro teve isoeritrólise: histórico 
 égua pode ter recebido transfusão sanguínea e ter produzido 
anticorpos por conta disso 
 
PRÉ-REQUISITOS 
- Potro deve herdar do pai e expressar antígeno eritrocitário 
que é diferente da égua 
- A incompatibilidade não é rara, mas a maioria dos antígenos 
do grupo sanguíneo não são fortemente antigênicos  fator Aa 
do sistema A e o fator Qa do sistema Q são altamente 
imunogênicos 
- Égua deve ser exposta ao aloantígeno incompatível e produzir anticorpos contra ele 
- Ingestão de colostro pelo potro antes das 24h de vida 
 
SINAIS CLÍNICOS 
- Febre, mucosa ictéricas, taquicarcia, taquipneia e fraqueza 
- 12-72 horas após o nascimento 
- Severidade  varia com a quantidade de anticorpos ingeridos 
- Achados laboratoriais: anemia, hiperbilirrubinemia 
- Quando suspeitar: potro nasceu sadio e mamou colostro  depois de mamar colostro = febre, mucosas ictéricas, 
taquicardia, taquipneia, fraqueza, anemia, aumento de bilirrubina 
◦ Icterícia severa/intensa: diagnósticos diferenciais para icterícia além de hemólise  babesiose, alterações 
hepáticas, herpesvirus (potro pode morrer no final da gestação ou potro nasce ictérico = já na isoeritrólise, potro 
só apresenta icterícia após mamar colostro) 
 
DIAGNÓSTICO 
- Sinais clínicos 
- Teste de aglutinação: presença de aloanticorpos no colostro da égua contra as hemácias do potro 
- Teste de Coomb: presença direta de anticorpos nas hemácias do potro (muitos falsos negativos) 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
- Impedir que o potro mame até a absorção do colostro estar diminuída (24-48h) 
◦ Como é muito estressante retirar o potro da égua, solução é colocar “focinheira” no potro = mas precisa de 
fonte de leite alternativa (ex: sucedâneo) 
- Ordenhar úbere frequentemente (a cada 4h) e descartar o leite  após 24h, potro não consegue absorver anticorpos 
- Transfusão (VG abaixo de 12): apenas hemácias da égua (tirar plasma) = papa de hemácias 
◦ Se não for possível  doador negativo para Aa ou Qa = macho castrado (chance de ter anticorpos é menor 
devido à impossibilidade de gravidez, o fato de ser castrado é por teoricamente ser mais manso) 
OBS: bilirrubina é nefrotóxica  fluido terapia ajuda na recuperação do rim 
- Aumento de bilirrubina pode causar até sinal neurológico 
 
PREVENÇÃO 
- Éguas que já tiveram potros com IN  evitar colostro 
- Éguas negativas para Aa ou Qa  maior chance de produzir potros com NI (tipagem sanguínea) = cruzar estas éguas com 
garanhões negativos para Aa e Qa 
- Testar o sangue da égua próximo ao parto para aloanticorpos (Aa e Qa) 
- Alta prevalência de Aa e Qa em PSI e Árabes 
 
** SÍNDROME DO MAL AJUSTAMENTO NEONATAL – SÍNDROME DA ASFIXIA PERINATAL ** 
- Oxigenação anormal dos tecidos: hipóxia  hipóxia durante gestação, parto prolongado 
- Sinais: dependem da gravidade, duração e do órgão acometido 
◦ Neurológicos (+ comum): potro pode até nascer normal, mas depois apresentam alterações que os 
caracterizam como “dummy foal”  potro mais “retardado”/alienado, não encontra úbere, deixa de interagir 
com égua, mantém língua para fora da boca = síndrome normalmente é leve, mas animais podem chegar à ter 
convulsões (alteração neurológica nos 2 primeiros dias de vida) 
 ◦ Gastrointestinais (diarreia) e Respiratórios 
 
CAUSAS 
- Materna: doença respiratória, endotoxemia, hemorragia, anemia 
- Placenta: placentite, separação crônica útero-placenta 
- Fetal: gestação gemelar, anormalidades congênitas, distocia, aspiração de mecônio, sepse, prematuro/dismaturo 
 
TRATAMENTO 
- Sintomático: com tratamento intensivo, potros que sobrevivem à primeira semana tem vida normal = melhora súbita 
- Convulsões: diazepam, midazolam (CRI) 
- Suporte nutricional: sonda, parenteral 
- Tratamento de suporte: oxigênio, fluido 
- Antibiótico 
- Antioxidantes: alopurinol, DMSO, tiamina, vitamina C, vitamina E, sulfato de magnésio 
 
“THE SQUEEZING CURE” 
- Estudo de John Madigan – UCDAVIS 
- Descobriu que progesterona funciona como sedativo no feto (ovinos) 
- Nível alto em recém-nascidos  queda rápida após o nascimento (efeito sedativo desligado)  contudo, isso não 
acontece em potros com “síndrome do mal ajustamento neonatal” = progesterona aumentada em potros com a 
síndrome 
◦ Se estímulo de compressão não acontece no canal do parto (potros que nascem muito rapidamente, por 
exemplo), níveis de progesterona permanecem altos = funciona como sedativo  a compressão do parto seria 
o estímulo para o potro diminuir quantidades de progesterona e ficar normal 
- Técnica de corda: mimetizar o que acontece no canal do parto (aperto de 20 min)  se segurar potro forte por tempo 
suficiente, eles jogam peso e dormem  depois que dorme e levanta, potro fica normal = somente nos casos não 
relacionados à hipóxia/septicemia 
- Progesterona administrada a potros sadios: causa sinais semelhantes ao da síndrome 
 
 
 
 
 
 
** DIARREIA DO CIO DO POTRO ** 
- 9-14 dias de vida 
- Transitória, devido à adaptação da flora intestinal do potro à ingestão, principalmente, de forragem 
- Auto-limitante 
- Égua pare  cio  nessa época, potro desenvolve diarreia 
- Durante muito tempo, acreditaram que era devido à alterações hormonais da égua  mas, hoje, sabe-se que é alteração 
da microbiota no potro (coincidência) 
- Quando suspeitar: potro de 10 dias de idade, apresenta diarreia não fétida, não apresenta febre nem desidratação, 
continua mamando e aleta, exame físico normal 
- Diferenciar de diarreias patológicas: febre, apatia, desidratação, potros não mamam  rotavirus, Samonella, E. coli, 
Clostridium perfringens A e C, Clostridium difficile 
◦ Tratamento de suporte necessário para rotavirus: destrói vilosidades (produzem lactase)  mesmo que 
rotavirus não esteja mais presente no local, animal persiste com diarreia = como está se alimentando de leite, 
tem intolerância àlactose  leva tempo para mucosa se recompor (fornecer enzima como tratamento)  
tratamento é necessário, pois diarreia é intensa, mas o vírus em si é eliminado naturalmente 
 
** RUPTURA DE BEXIGA ** 
- Comum em potro macho no parto  comprime bexiga e pode romper 
- Sinal clínico: animal não urina ou urina em menor quantidade (ruptura tende a ser dorsal e urina acumula 
ventralmente); presença de urina na cavidade abdominal (distensão abdominal); US demonstra líquido na cavidade; se 
coletar líquido, vê que tem características de urina (creatinina 2x mais alta que do sangue) 
◦ Alterações eletrolíticas: soro tem muito sódio e pouco potássio  urina é o contrário (pouco sódio e muito 
potássio)  quanto tem líquido no abdome, concentrações começa a se equilibrar = sódio vai do sangue para 
urina (cavidade), potássio vai da urina para o sangue = hiponatremia e hipercalemia no sangue 
- Tratamento cirúrgico 
- Casos de resolução sem cirurgia: coloca cateter e retira urina  urina é estéril (reabsorvida na cavidade)  espera 
bexiga cicatrizar por segunda intenção 
 
** ASPIRAÇÃO POR MECÔNIO ** 
- Potros que nascem cobertos por mecônio: tem que fazer antibiótico, anti-inflamatório e suporte  inflamação 
pulmonar intensa

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