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NEONATOLOGIA EQUINA

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NEONATOLOGIA EQUINA 
Neonatos são potros com até 1 mês de vida. Eles possuem uma reserva mínima de glicogênio, tendo diferentes 
parâmetros quanto aos adultos, como no processo de termorregulação, função de diferentes órgãos, distribuição de 
fluidos corporais, doses específicas para neonatos e valores de referência específicos. 
Dificilmente os neonatos, quando apresentam problemas, terão um único problema. Podemos ter: prematuridade, 
FTIP, sepse, diarreia, pneumonia e síndrome do mau ajustamento neonatal. Para que o mínimo de problemas ou até 
mesmo nenhum ocorra, é importante a prevenção, desde cuidados no pré-parto até o parto e com o potro em si. Ao 
determinar o risco de uma doença neonatal, devemos agir prontamente. 
A prevenção das doenças neonatais começa com a égua, realizando um manejo sanitário (vacina, vermifugação e 
outros) e nutricional adequados. 
 
GESTAÇÃO E PARTO – 
• Tempo de gestação: ~ 335 a 345 dias, podendo variar de 320 (pôneis) até 360 dias (PSI); 
• Partos ocorrem com maior frequência de noite, sendo os sinais de aproximação do dia do parto: 
o Relaxamento dos músculos da região pélvica (3 semanas); 
o Relaxamento da vulva (24 a 48 horas); 
o Aumento do úbere (3 semanas); 
o 70 % apresentam “cera” mamária (48 a 72 horas antes do parto); 
o Eletrólitos no leite e queda de pH (aumento de Ca e K, queda do pH) ~ 24/48 horas. 
Gestações de alto risco podem ocorrer devido a: 
• Placentite; 
• Doença sistêmica durante a gestação  infecciosas/inflamatórias e cólicas (torção uterina); 
• Alterações de conformação e fraturas; 
• Aumento de volume abdominal excessivo  hidropsia das membranas fetais; 
• Gestação gemelar; 
• Éguas mais velhas  Ruptura tendão pré-púbico e hérnia da parede abdominal; 
• Lactação prematura. 
Devemos ficar atentos com o desenvolvimento prematuro do úbere, que o normal é que aconteça com 3 a 4 semanas 
antes do parto. Ainda, devemos observar a presença de secreção vaginal e ao deslocamento precoce da placenta (“red 
bag”), que ambos podem estar relacionados a uma Placentite. 
O parto deve ser acompanhado, principalmente em gestações de alto risco e potros de alto valor. Para o 
acompanhamento devemos ser discretos e intervir apenas quando necessário. Devemos levar em consideração o 
tempo de gestação e sinais de aproximação do dia do parto. É importante que a moradia seja próxima ao piquete da 
maternidade, mas há dispositivos atuais que são instalados próximos a vulva da égua, que reconhecem o dilatamento 
do canal, avisando a proximidade do parto via aplicativo. 
• Estágios do parto: 
1) Posicionamento do potro – 
 Duração: 2 a 3 horas (até mesmo dias em primíparas) – fase de preparação para o parto; 
 Termina com o rompimento da placenta (8 a 20 litros). 
2) Nascimento do potro – 
 Duração: 15 a 20 minutos no máximo, terminando quando o animal nasce. 
 
 
3) Expulsão da placenta – 
 Duração: 15 minutos a 1/2 horas, terminando com a expulsão da placenta. 
 Se tiver retenção, tem que tratar. 
 
Nasceu, tá saudável? 
• O animal precisa ficar em posição esternal, respirar (tirar as membranas fetais da narina) e avaliar o escore de 
APGAR (sendo que valores de 7-8 pra cima é bom). 
ESCORE DE APGAR 
 
Posição esternal (min) Reflexo de sucção (min) Tempo levantar (hrs) Tempo mamar (hrs) 
5 5 – 10 0 – 1 0 – 2 
5 – 10 10 – 15 1 – 2 3 – 4 
> 10 > 15 > 2 > 4 
 
• Colostragem: 
O colostro possui uma aparência viscosa, pegajosa (alta quantidade de proteínas) e é amarelado, havendo > 3000 
mg/dL de IgG em um de boa qualidade. Ainda, o colostro possui uma gravidade específica (> 1080  alta qualidade, 
avaliado no colostrômetro). No refratômetro de Brix um colostro de boa qualidade possui > 30%, mas a partir é >23% 
é considerável. 
• Comportamento neonatal: 
Os neonatos fazem a ingestão 7 a 10x/h de leite, inicialmente 10% do peso vivo (variando 20 e 25%). Também, eles 
passam 33% do tempo em decúbito durante os 2 primeiros meses. 
Ainda, os neonatos urinam pela primeira vez com 6 hrs (machos), 11 hrs (fêmeas) após o parto. O mecônio é eliminado 
com 2 a 12 horas após o parto (média de 3 horas). 
• Placenta: 
Devemos analisar a placenta quanto a sua coloração e aparência, se saiu intacta e completa, quanto ao seu peso e as 
torções do cordão umbilical. 
ATÉ O MOMENTO UM POTRO DE ALTO RISCO É AVALIADO QUANTO: 
• Gestação normal? 
• Fase 2 do parto em menos de 20 minutos? 
• Potro levantou em até 1 hora? 
• Mamou em até 2 horas? 
• Avaliação da placenta normal? 
• Outros. 
 
 
 
EXAME FÍSICO E CUIDADOS COM O NEONATO – 
Idade FC (bpm) FR (mpm) Temperatura (°C) 
Nascimento 60 – 80 Agônica 37 – 39 
0 – 2 horas 120 – 150 40 – 60 37 – 39 
12 horas 80 – 120 30 – 40 37 – 39 
24 horas 80 – 100 30 – 35 37 – 39 
 
É normal, até uma semana de vida, auscultarmos um sopro contínuo grau 1 a 4 no 3° espaço intercostal esquerdo, 
devido ao ducto arterioso (comunica a aorta e a artéria pulmonar na vida fetal até o período de adaptação neonatal). 
Caso o animal apresente outras alterações, como cianose, insuficiência cardíaca e outros, deve ser investigado. 
Outros exames: 
• Avaliar articulações; 
• Avaliar umbigo – onfalopatias, persistência/patência do úraco, hérnias umbilical ou inguinal; 
• Possíveis fraturas na hora do parto; 
• Deformidades; 
• Aparência: prematuro ou dismaturo?? Recoberto por mecônio?? 
* A aspiração do mecônio pode ocorrer por estresse uterino e/ou inalado em casos de distocia, podendo causar 
pneumonia e sepse. Podemos identificar pela aparência do potro e por presença de secreção nasal. 
Cuidados: 
• Colostragem em até 6 horas (hora de ouro), para evitar FTIP; 
• Desinfecção do umbigo com iodo 2% ou clorexidina 0,5%; 
• Pesar o animal diariamente p/ avaliar o ganho de peso diário, tendo que ser de 1 a 1,5kg/dia; 
• Exame físico completo. 
Valores hematológicos e bioquímicos: 
• Proteína plasmática diminuída (logo após nascimento); 
• Hematócrito aumentado; 
• FA aumentada (metabolismo ósseo e hepático); 
• Glicose (possuem pequena reserva de glicogênio, mas a referência é igual de adulto); 
• Urinálise (bem diferente do adulto): densidade baixa, proteinúria nas primeiras horas de vida; 
• Valores de creatinina altos que diminui ao longo dos dias. 
Potro órfão: 
• Oferecer colostro, sucedâneo e tentar a adoção por outra égua (ama de leite, égua multípara); 
• Leite de cabra pode ser usado. 
TEM ALGO DE ERRADO COM O MEU POTRO?? 
• Atividade diminuída; 
• Perda do reflexo de sucção; 
• Diminuição da interação com a égua; 
• Maior tempo dormindo e menor tempo mamando; 
• Alterações na temperatura corporal; 
• Égua com úbere muito cheio, extravasando leite: potro não está mamando. 
* Alguns potros podem nascer sem alteração, mas desenvolver sinais clínicos em 6 a 24 horas após o parto. 
 
 
ENFERMIDADES – 
As enfermidades dos neonatos são direcionadas como emergência, pois podem se agravar rapidamente. A avaliação 
do paciente deve ser rápida e devemos realizar a estabilização do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. FALHA DE TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) – 
O colostro deve ser fornecido em até 6 horas para que haja a transferência de imunidade passiva para o neonato, pois 
na gestação não há essa passagem (devido ao tipo de placentas das éguas). O sistema digestório do potro é permeável 
para a absorção de Ac até 18-24 horas de vida. Os potros são imuno-competentes, mas não possuem Ac prontos para 
combater possíveis infecções. 
Etiologia: 
• Pelo neonato: inabilidade de mamar (letargia, prematuridade, decúbito e outros fatores) ou por inabilidade 
em absorver Ig ingeridas; 
• Pela égua: inabilidade de produzir colostro em quantidade adequada ou por inabilidade em produzir colostro 
de boa qualidade (sem muitas Ig); ou por lactação prematura ou pelo estado geral da mesma. 
 
Diagnóstico: 
• Histórico; 
• Dosagem da concentração sérica de IgG (<800 mg/dL): 
o Falha parcial: entre 400 e 800; 
o Falha total: < 400. 
o Há diversos testes, tendo quantitativos (imunodifusãoradial – padrão ouro) e semi-quantitativos 
(teste comercial/rápido – permite saber esses valores citamos acima). 
o Devemos testar os potros em até 12 horas para aqueles de alto risco. 
 
Tratamento: 
• Prover colostro OU plasma OU outros produtos comerciais. 
• Tratar sepse neonatal, se presente. 
 
 
 
Exame físico 
imediato
• Identificar alterações principais e fazer acesso venoso:
•Desidratação/hipovolemia/decúbito/cianose...
Exames 
laboratoriais
•Glicose, Hematócrito, Proteína, Lactato, 
Hemograma, Bioquímico, Hemogasometria
Estabilização 
do paciente
•Tratamento de suporte: fluido, oxigênio, 
aquecedores e outros.
Outros 
diagnósticos
•Exame físico mais detalhado
•Outros exames complementares
•Tratamento adequado
 
COLOSTRO PLASMA 
• < 12 horas 
• TGI funcionando 
• Sistema cardiovascular e temperatura normais 
 
 1 a 2 litros divididos em 3 a 4 alimentações, 
preferencialmente durante as primeiras 8 a 10 
horas de vida. 
 Via sonda (melhor) ou mamadeira (cuidado para 
não causar pneumonia por aspiração). 
• > 12 – 24 horas 
• TGI comprometido 
• Sistema cardiovascular e temperatura alterados 
 
 Uso de solução comercial hiperimune com > 2500 
mg/dL de IgG. 
 20 (mínimo) a 40 ml/kg por IV. 
 A quantidade necessária depende da 
concentração sérica de IgG do potro, sendo que 
devemos administrar a quantidade suficiente para 
aumentar os níveis de IgG para > 800 mg/dL. 
 
Obs.: podemos usar colostro com + de 12 horas, desde que o animal esteja saudável, pois estimula o desenvolvimento 
do TGI. 
 
B. SEPSE NEONATAL EQUINA – 
É a causa mais comum de morte neonatal, sendo necessário intervenção imediata no intuito de haver maiores chances 
de resposta e o prognóstico ser melhor. É preciso ação coordenada do proprietário e do veterinário. 
Conceitos: 
- SIRS: resposta inflamatória sistêmica, inespecífica; 
- SEPSE: SIRS causada por infecção, com presença de manifestações sistêmicas; 
- SEPSE GRAVE: sepse + disfunção de órgãos/hipoperfusão secundaria a sepse; 
- CHOQUE SÉPTICO: hipotensão grave induzida pela sepse – hipoperfusão persistente após fluido de ressuscitação; 
- MODS: síndrome da disfunção de múltiplos órgãos. 
 
Critérios para SIRS neonatal equina: 
• Febre ou hipotermia; 
• Taquicardia; 
• Taquipneia; 
• Leucocitose ou leucopenia com neutropenia; 
• Lactato elevado; 
• Hipoglicemia. 
Obs.: tem que ter 3 a 6 parâmetros. 
 
Etiopatogenia: 
Pode acontecer no útero, durante o nascimento ou após o nascimento. As causas são diversas, como: FTIP, cura do 
umbigo incorreta, placentite bacteriana, condições de manejo inadequadas (limpeza), secundárias a outras alterações 
neonatais (prematuridade, síndrome da asfixia perinatal, etc.). 
As principais portas de entrada para os agentes causadores são o umbigo, TGI (translocação), trato respiratório 
(aspiração) e a placenta (infecção da placentária), sendo que podemos ter bactérias gram – e +. 
 
Diagnóstico: 
• Histórico + exame físico + exames laboratoriais. 
No exame físico, os sinais iniciais não são muito pronunciados, como letargia, diminuição do reflexo de sucção e o 
potro mama menos. Com a progressão da doença o animal passa a ficar em decúbito (até depressão grave), 
hipovolemia, temperatura baixa ou alta (não constante), extremidades frias (choque), mucosas hiperêmicas, 
petéquias, taquicardia, taquipneia. Ainda, temos que reconhecer possíveis focos sépticos. 
Exames laboratoriais – 
 Hemograma: 
o Leucopenia (neutropenia, desvio a esquerda e alterações tóxicas); 
o Aumento de fibrinogênio (se o potro tiver menos de 1 dia de vida é por que ele já nasceu séptico). 
 
 Cultura sanguínea: 
o Resultado demora mais de 48 horas para sair, mas é o que nos dá um resultado definitivo. 
 
 Dosagem de IgG sérica. 
Exames imediatos Envio imediato 
Glicose* 
Ht e Pt* 
Lactato* 
IgG 
Hemogasometria 
Hemograma* e bioquímico 
Cultura sanguínea e antibiograma 
 
Exames complementares: imagem. 
 
Escore de sepse: 
• Varia de 0 a 4, sendo avaliado diversos fatores. 
 
Tratamento: 
• Antibioticoterapia (preferencialmente bactericidas inicialmente, de amplo aspecto, até sair o antibiograma); 
• Suporte hemodinâmico; 
• Suporte (plasma hiperimune IV, nutrição, oxigenioterapia, aquecedores, trocar o decúbito – posição esternal, 
sondar para urina, pesar diariamente e outros. 
• Pode variar de 1 a 4 semanas, a depender do prognóstico. 
 
C. PREMATURIDADE – 
Potros prematuros são aqueles que nascem com menos de 320 dias de gestação, sendo que causar comuns para que 
isso aconteça são a placentite, estresse, gestação gemelar ou até mesmo algum problema congênito do potro. 
São potros de alto risco, com diversas alterações sistêmicas, com ausência de reflexo de sucção (ou não), com 
dificuldade de se levantar e locomover e susceptíveis a septicemia. 
Sinais: 
• Orelha moles, fronte abaulada, pequeno porte, pelos finos, tendões relaxados. 
 
Confirmação diagnóstica: 
• Raio X de carpo e tarso, demonstrando ossificação incompleta dos ossos do carpo e do tarso. 
 
D. SÍNDROME DO MAU AJUSTAMENTO NEONATAL – 
Também chamada de Síndrome da asfixia perinatal ou Encefalopatia hipóxico-isquêmica, sendo caracterizada pela 
oxigenação anormal dos tecidos, levando a hipóxia. 
Sinais: 
• Depende da gravidade, duração e do órgão acometido. 
• Neurológicos (“dummy foal”), no TGI, respiratórios, renais e outros. 
Etiologia: 
• Materna: doença respiratória, endotoxemia, hemorragia, anemia; 
• Placenta: placentite, separação crônica útero-placenta; 
• Fetal: gestação gemelar, anormalidade congênitas, distocia, aspiração de mecônio, sepse, prematuro ou 
dismaturo. 
Tratamento: 
• No caso de convulsões: Diazepam ou midazolam; 
• Suporte: oxigênio, fluido e nutrição; 
• Antioxidantes: alopurinol, DMSO, tiamina, vitamina C e E; 
• Sulfato de magnésio; 
• Tratar FTIP + sepse (quando presente). 
Obs.: com tratamento intensivo a melhora é súbita. 
 
E. FALHA DE NEUROESTERÓIDES – 
Os neuroesteróides são responsáveis por causar a “sedação” fetal, estando em altas concentrações em recém-
nascidos. Após o nascimento, onde este efeito sedativo é “desligado”, há uma queda rápida dos níveis. Para que haja 
o nascimento, os neuroesteróides precisam diminuir para que os níveis de cortisol fetal aumentem e promovam o 
estresse fetal, que estimula o parto. 
Potros com síndrome do mau ajustamento neonatal não realizam essa diminuição de neuroesteróides, fazendo com 
que os níveis ainda façam com que ele fique em estado de sonolência. 
A técnica de “the squeezing cure” faz com que o animal, por meio de cordas, seja apertado por 20 minutos, simulando 
o aperto do canal do parto, o que faz com que o mesmo levante após estes minutos, mas não funciona em animais 
com hipóxia. 
 
F. RETENÇÃO DE MECÔNIO – 
Normalmente os potros defecam o mecônio entre 2 a 12 horas após o parto, se passar disso ele está retido, 
desenvolvendo alguns sinais de dor abdominal (balançar o rabo, rolar, postura frequente de defecação), distensão 
abdominal, taquicardia, taquipneia e tenesmo. 
É característico de potros com 1 a 2 dias de vida, com sinais de desconforto abdominal intermitente, sem febre. 
Quando o potro não tem dor, ele mama e está alerta. 
 
Diagnóstico: 
• Palpação digital retal + sinais clínicos + exames de imagem + diagnóstico terapêutico. 
Tratamento: 
• Enema com 500 ml de água morna + sabão neutro  introduz a sonda de borracha (foley) pelo reto, no 
máximo 10 cm, sendo administrada por gravidade; 
• Edema humano (“fleet enema”). 
 
G. ISOERITRÓLISE NEONATAL – 
É uma síndrome hemolítica devido a incompatibilidade de grupo sanguíneo entre o potro e a égua, principalmente em 
éguas multíparas, em que ocorre ingestão de aloanticorpos contra as hemácias do feto e consequente hemólise 
(icterícia logo após ingerir o colostro) e anemia (acompanha de taquicardia, febre, taquipneia e fraqueza). 
Pré-requisitos: 
• Potro deve herdar do pai e expressar antígeno eritrocitário que é diferente da égua;• A incompatibilidade não é rara, mas a maioria dos antígenos do grupo sanguíneo de equinos não são 
• fortemente antigênicos; 
o Fator Aa do sistema A e o fator Qa do sistema Q são altamente imunogênicos 
• Égua deve ser exposta ao aloantígeno incompatível e produzir anticorpos contra ele; 
• Ingestão de colostro pelo potro antes das 24 horas de vida. 
Quando suspeitar: nasceu sadio e mamou colostro, apresentando sinais clínicos logo após, com 12 a 72 horas após o 
nascimento. 
Achados laboratoriais: 
• Ht, hemácia e hemoglobina baixos; 
• Hiperbilirrubinemia; 
• Hemoglobinúria. 
 
Diagnóstico: 
• Histórico e sinais clínicos + achados laboratoriais 
• Teste de aglutinação; 
• Teste de coombs. 
 
Tratamento: 
• Impedir que o potro mame até a absorção do colostro estar diminuída; 
• Fonte de leite alternativa; 
• Ordenhar úbere frequentemente (a cada 4 horas) e descartar o leite; 
• Transfusão: 
o Teste de compatibilidade; 
o Apenas hemácias da égua; 
o Se não for possível – doador negativo para Aa ou Qa; 
o Macho castrado. 
• Oxigênio 
* FTIP comum = risco sepse 
 
Prevenção: 
• Éguas que já tiveram potros com IN – evitar colostro; 
• Éguas negativas para Aa ou Qa – maior chance de produzir potros com NI (tipagem sanguínea); 
o Cruzar estas éguas com garanhões negativos para Aa e Qa. 
• Testar o sangue da égua próximo ao parto para aloanticorpos (Aa e Qa). 
Obs.: alta prevalência de Aa e Qa em PSI e e Árabes. 
 
H. DIARREIA DO CIO DO POTRO – 
Ocorre entre o 9° e 14° dia de vida, sendo transitória devido a adaptação da flora intestinal do potro a ingestão, 
principalmente de forragem, sendo autolimitante. 
A diarreia não fede, o potro não apresenta febre, continua mamando e alerta, além de não haver alterações no exame 
físico. É importante diferenciar de diarreia infecciosas (febre, apatia, desidratação, não mamam).

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