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MANUAL_JOVEM_ADVOGADO_goias

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1www.oabgo.org.br 1www.oabgo.org.brComissão da Advocacia Jovem
MANUAL 
DO ADVOGADO
EM INÍCIO
 DE CARREIRA
2ª EDIÇÃO
MANUAL
JOVEM ADVOGADO
do
Ordem dos Advogados do Brasil
Seção de Goiás
Presidente
Enil Henrique de Souza Filho
 
Vice-Presidente
Antônio Carlos Monteiro da Silva
 
Secretário-Geral
Julio Cesar Meirelles
 
Secretário-Geral Adjunto
Otávio Alves Forte
 
Diretora-Tesoureira
Márcia Queiroz Nascimento
 
 
Endereço
Rua 1121, 200, Marista
Goiânia - GO, CEP: 74.175-120, Caixa Postal 15
Telefone: (62) 3238-2000
E-mail: gp@oabgo.org.br
Comissão da Advocacia Jovem
Diretoria
Wanderson de Oliveira – Presidente
Bráulio Rodrigues Duarte - Vice-Presidente
Luiz Alves de Carvalho Filho – Secretário-Geral
Silvienn Ferreira Pires – Secretária Geral Adjunta
Nota da 2ª Edição
Depois do sucesso da 1ª Edição, é com grande satisfação que lançamos a 
atual edição. Revisada, atualizada e sempre no intuito de auxiliar o advogado 
em início de carreira.
A 1ª Edição ficou a cargo da Subcomissão do Advogado em Início de 
Carreira, à época coordenada por Lorena Moura Escher. Juntamente com 
a integrante Alyne Cristine Lopes, hoje Conselheira Seccional da OAB GO. 
Escher se empenhou no desenvolvimento deste trabalho. A primeira edição 
foi impressa no ano de 2011.
Nessa segunda edição é dado destaque à Tributação na Advocacia e ao 
Processo Eletrônico que são temas atuais e de extrema relevância no dia a 
dia da advocacia.
Ainda consta nessa versão a relação ampliada de serviços oferecidos 
gratuitamente à advocacia.
Esse projeto só foi possível graças ao empenho e dedicação da diretoria da 
CAJ da gestão 2010/2012 que fez o lançamento desta importante ferramenta 
de apoio à carreira do Advogado iniciante. Coube à atual gestão apenas dar 
sequência ao trabalho.
Dessa forma não poderíamos deixar de consignar nossos sinceros 
agradecimentos à Diretoria e colaboradores da primeira edição. 
A 2ª Edição ficou a cargo da Subcomissão do Advogado em Início de Carreira, 
coordenada por Marta Rodrigues Neres que contou com a colaboração de 
toda Diretoria e Coordenação da Comissão. A revisão geral é de Lorena 
Moura Escher, Vice Presidente licenciada da comissão.
Goiânia - 2015.
Envie suas criticas e sugestões sobre o manual para caj@oabgo.org.br
POR UMA MAIOR 
ATENÇÃO AOS NOSSOS 
JOVENS ADVOGADOS 
O início da carreira é um momento particularmente delicado na vida de qualquer 
advogado. Época em que é necessário se apreender muito, em muito pouco 
tempo: não apenas sobre Direito, mas sobre a ética na advocacia, funcionamento 
do Poder Judiciário, nossas prerrogativas, novas tecnologias adotadas na área, 
honorários e tributação da atividade advocatícia e uma infinidade de outros temas 
imprescindíveis para uma melhor e mais positiva atuação.
 Essa é a razão pela qual a OAB-GO busca investir decisivamente na criação e 
disponibilização de estruturas, produtos e serviços especificamente voltados para 
esse jovem público . 
Além de fomentar o fortalecimento da atuação da Comissão da Advocacia Jovem 
(CAJ), uma maior interação da diretoria da OAB-GO e a elevação no número de 
cursos e palestras gratuitos oferecidos pela Escola Superior de Advocacia (ESA), 
a entidade considerou salutar publicar esta 2ª Edição do Manual do Advogado em 
Início de Carreira, para que se reafirme, cada vez mais, como instrumento que 
garanta segurança e informação ao advogado iniciante.
Se você é um de nossos inscritos em início de carreira, não deixe de manusear essa 
publicação, ler todos os temas, tirar suas dúvidas, enfim, utilizá-la diariamente, 
para consultas rápidas inclusive. É para isso que a OAB-GO a publicou: para 
auxiliá-lo a dominar os principais assuntos relativos ao exercício da profissão, 
com segurança e propriedade. 
Enil Henrique de Souza Filho
Presidente da OAB-GO
MENSAGEM DA DIRETORIA DA COMISSÃO
DA ADVOCACIA JOVEM (CAJ) OAB GO.
Prezado(a) Colega,
Você agora faz parte da instituição mais respeitada do país, a Ordem dos 
Advogados do Brasil. A Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) é a sua porta de 
entrada, já que é composta pelos advogados em início de carreira (até cinco 
anos de inscrição), estagiários, bacharéis e acadêmicos de direito.
A missão da CAJ é inserir os novos profissionais nas rotinas da OABGO, 
incentivando-os desde cedo a lutar e a defender a classe, a valorizar a 
profissão, bem como a conhecer o papel de nossa importante Instituição.
Além dessa tarefa institucional, a Comissão assiste os advogados iniciantes 
em sua inserção no mercado de trabalho, proporcionando-lhes gratuitamente 
diversos serviços e programas de aprimoramento profissional, tais como, 
desconto na anuidade, OAB Online (leitura de publicações), Gestão de 
Marketing,Escritório Compartilhado, Banco de Oportunidades, Fórum 
Online entre tantos outros.
A Comissão ainda desenvolve projetos voltados para as áreas sociais e de 
ensino. Programas como OAB Vai à Faculdade, OAB Vai à Escola, Fórum de 
Debates, Minicursos, Terça Prática, Bate-Papo com o Legislativo são alguns 
exemplos.
Este manual foi criado pensando em você, por isso esperamos que possa 
ajudá-lo na construção de sua carreira e que você possa alcançar o sucesso 
profissional almejado.
Deste modo, você é nosso(a) convidado(a) a participar das reuniões, 
eventos, serviços e projetos da Comissão. Venha contribuir com suas ideias 
e sugestões. Não há burocracia, nem é necessário indicação. Tome nota de 
nossas atividades por meio de nosso e-mail ou telefone.
História da Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) da OAB GO 
A CAJ foi criada em 1998 e seus comandantes tiveram sempre atuação 
de destaque, o que nos permite dizer que em sua história esta é uma das 
comissões mais atuantes da Ordem.
1. Código de Ética e Disciplina - A Ética na Advocacia
2. Direitos e Prerrogativas da Advocacia
3. Honorários Advocatícios do Estado de Goiás
4. Tributação da atividade advocatícia
5. Serviços da OAB para os Advogados
6. Marketing Jurídico
7. Gestão de Imagem
8. Áreas do Direito: Tendências de Mercado e Gestão da Carreira Jurídica
9. Várias Formas de Exercer a Advocacia
10. Montar seu próprio escritório, trabalhar como empregado 
ou associado? 
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SUMÁRIO
10 Manual do Advogado em Início de Carreira
A ordem é valorizar a advocacia em início de carreira 
Wanderson de Oliveira Presidente
Bráulio Rodrigues Duarte Vice Presidente
Luiz Alves de Carvalho Filho Secretário Geral-Adjunto
Silvienn Ferreira Pires Secretária Geral-Adjunta
Eduardo Kleber Xavier Lemos Subcomissão do Acadêmico e estagiário de Direito 
Gilson Dias de Araujo Filho Subcomissão OAB Vai à Faculdade
Marcos Filipe Machado Cruz Subcomissão do Advogado Estudante
Marcela Campos Teixeira Subcomissão OAB Vai à Escola
Marianne Cardoso Schmidt Subcomissão de Prerrogativas Jovem
Marta Neres Rodrigues Subcomissão de Estudos Jurídicos -
Matheus Scoponi José Tavares Subcomissão de Capacitação Profissional
Paulo Felipe Souza Subcomissão de Acompanhamento Forense
Pedro Henrique Mesquita de Deus Subcomissão de Comunicação
Silvia Mundim Lopes Veloso Subcomissão do Advogado em Início de Carreira
Thiago de Melo Lopes Sub. Mov. Combate Corrupção Eleitoral (MCCE)
Vilmar Altino Freire Sub. de Integração e Relações Institucionais
A OAB GO é para todos
CAJ 2013/2015.
MANUAL 
DO ADVOGADO
EM INÍCIO
 DE CARREIRA
2ª EDIÇÃO
12 Manual do Advogado em Início de Carreira
1. CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA - A ÉTICA NA ADVOCACIA
Colaboração: Dr. Enil Henrique de Souza Neto e Dr. Pedro Rafael de Moura Mei-
reles
A humanidade há vários anos discute o conceito de éticae sua importância. 
“¹Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científi-
ca ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as 
ações humanas” (livro O que é Ética, editora Brasiliense, Álvaro L. M.Valls). A 
ética na advocacia compreende os princípios e padrões que orientam o com-
portamento do profissional do direito. A ética é um dos requisitos fundamen-
tais a todos os cidadãos, inclusive ao advogado.
Ao agir com ética o profissional colaborará para um convívio harmônico da 
sociedade. Necessidade vital para se viver em coletividade. Além do mais, em 
que pese, ética não é um produto, ética agrega valor ao serviço prestado pelo 
advogado.
O advogado que age com ética, traz uma imagem positiva a si, a classe, e traz 
consequências positivas para a sociedade.
A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 133, preceitua 
que o Advogado é indispensável à administração da justiça.
O advogado que não atua com o devido zelo e ética profissional coloca em 
risco a liberdade, o patrimônio e todos os direitos de seu constituinte, po-
dendo ocasionar prejuízos imensuráveis.
Para nortear o advogado em sua conduta profissional, temos o Estatuto da 
Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, lei nº 8.906/94, além do Có-
digo de Ética e Disciplina da OAB, instituído pelo Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil.
O Estatuto da Advocacia determina que o advogado é obrigado a cumprir 
o Código de Ética e Disciplina. Este se norteou por princípios que formam 
a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua 
13www.oabgo.org.br
conduta:
• Lutar sem receio pelo primado da Justiça;
• Pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito à Lei, fazendo 
com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os 
fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum;
• Ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos 
essenciais;
• Proceder com lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em to-
dos os atos do seu ofício; 
• Empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao 
constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização práti-
ca de seus legítimos interesses; 
• Comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo 
com o mesmo denodo humildes e poderosos; 
• Exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também 
com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material 
sobreleve à finalidade social do seu trabalho; 
• Aprimorar-se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídi-
ca, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade 
como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; 
• Agir, em suma, com a dignidade das pessoas de bem e a correção dos 
profissionais que honram e engrandecem a sua classe.
De acordo com o Art. 6º do EAOAB “Não há hierarquia nem subordinação en-
tre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos 
tratar-se com consideração e respeito recíprocos”.
O artigo 31 e seus parágrafos do Estatuto da Advocacia assim preceituam:
Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de res-
peito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.
§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em 
qualquer circunstância.
14 Manual do Advogado em Início de Carreira
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autorida-
de, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exer-
cício da profissão.
As principais infrações-ético disciplinares cometidas pelos advogados são:
• Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo;
• Valer-se de agenciador ou captador de causas;
• Violar, sem justa causa, sigilo profissional;
• Estabelecer entendimento com a parte advesa sem autorização do cliente 
ou ciência do advogado contrário;
• Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
• Locupletar-se por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, 
por si ou interposta pessoa;
• Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto 
do mandato, sem expressa autorização do constituinte;
• Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias 
recebidas dele ou de terceiros por conta dele. O Advogado deve uma por-
menorizada prestação de contas ao cliente, não excluindo outras pres-
tações solicitadas pelo cliente a qualquer momento, e devolver os bens, 
valores e documentos recebidos no exercício do mandato, nos termos do 
artigo 9º do Código de Ética;
• Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou sem con-
fiança;
• Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 10 dias da 
comunicação da renúncia;
• Fazer em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação 
a terceiro de fato definido como crime;
• O Advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituí-
do, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de 
medidas judiciais urgentes e inadiáveis;
• Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
• Manter conduta incompatível com a advocacia;
15www.oabgo.org.br
• Falta de celebração de contrato escrito – o contrato escrito de prestação de 
serviços advocatícios deve estabelecer o trabalho a ser realizado pelo advo-
gado, o valor e a forma de pagamento dos honorários advocatícios e determi-
nar de quem será a responsabilidade pelo pagamento das custas e despesas 
processuais, entre elas o transporte, alimentação e hospedagem do advoga-
do;
• Vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestadamente du-
vidoso;
• Cobrar honorários advocatícios menores do que o previsto na Tabela de 
Honorários da OAB;
• Deixar de aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial.
Estas condutas acima não são aceitas. O profissional deve evita-las de todas 
as maneiras possíveis.
As sanções disciplinares consistem em:
• Censura
• Suspensão, pelo prazo de 30 dias a 12 meses, podendo perdurar em al-
guns casos até que o advogado satisfaça integralmente a dívida, e até que 
preste novas provas de habilitação.
• Exclusão
• Multa, variável entre o mínimo do valor de uma anuidade e o máximo de 
seu décuplo, podendo ser aplicada cumulativamente a censura ou sus-
pensão, em havendo circunstâncias agravantes.
É importante ressaltar que além da responsabilidade disciplinar, o advo-
gado responde civilmente pelos danos que causar ao cliente, em virtude de 
dolo ou culpa (art. 32 do Estatuto).
A responsabilidade civil do advogado assenta-se nos seguintes elementos:
a) o ato (ou omissão) de atividade profissional; 
b) o dano material ou moral; 
16 Manual do Advogado em Início de Carreira
c) o nexo de causalidade entre o ato e o dano; 
d) a culpa ou dolo do advogado; 
e) a imputação da responsabilidade civil ao advogado.
O advogado, ao observar o seu comportamento no mercado e na sociedade, 
deve observar também a maneira como ele divulga seu serviço.
O tema publicidade é disciplinado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB 
nos artigos 29 a 34. Também regulamenta o tema o provimento 94/2000 do 
Conselho Federal da OAB.
O profissional que desejar uma análise aprofundada sobre o tema deverá ler as 
normas acima citadas, além de pesquisar a jurisprudência do Conselho Federal 
e Tribunais de Ética de todo país.
Assim, segue abaixo algumas dicas sobre o tema. Lembrando que estas su-
gestões são apenas um resumo sobre a matéria, não se almejando esgotar 
o tema.
DICAS SOBRE PUBLICIDADE NA ADVOCACIA
CONDUTAS ADMITIDAS:
• O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais com discrição e 
moderação, para finalidadeexclusivamente informativa, vedada a divul-
gação em conjunto com outra atividade.
• O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da 
inscrição da OAB. É vedada a denominação de fantasia.
• O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do 
advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimen-
sões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de “outdo-
or” ou equivalente.
• O uso das expressões “escritório de advocacia” ou “sociedade de advoga-
dos” deve estar acompanhado da indicação de número de registro na OAB 
ou do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem.
17www.oabgo.org.br
• O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de 
rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qual-
quer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos 
exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de 
promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre méto-
dos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
• São admitidos como veículos de informação publicitária da advocacia: a) 
Internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhan-
tes; b) revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de impren-
sa escrita; c) placa de identificação do escritório; d) papéis de petições, de 
recados e de cartas, envelopes e pastas.
• São meios lícitos de publicidade da advocacia: a) a utilização de cartões 
de visita e de apresentação do escritório, contendo, exclusivamente, in-
formações objetivas; b) a placa identificativa do escritório, afixada no local 
onde se encontra instalado; c) o anúncio do escritório em listas de tele-
fone e análogas; d) a comunicação de mudança de endereço e de altera-
ção de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de 
comunicação escrita, assim como por meio de mala-direta aos colegas e 
aos clientes cadastrados; e) a menção da condição de advogado e, se for o 
caso, do ramo de atuação, em anuários profissionais, nacionais ou estran-
geiros; f) a divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado 
ou à sociedade de.
CONDUTAS NÃO ADMITIDAS:
• O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, 
desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a 
sobriedade da advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e 
dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil.
• São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou 
forma de pagamento, termos ou expressões que possam iludir ou confun-
dir o público, informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, 
direta ou indiretamente, captação de causa ou clientes, bem como menção 
ao tamanho, qualidade e estrutura da sede profissional.
18 Manual do Advogado em Início de Carreira
• Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante 
remessa de correspondência a uma coletividade, salvo para comunicar a 
clientes e colegas a instalação ou mudança de endereço, a indicação ex-
pressa do seu nome e escritório em partes externas de veículo, ou a inser-
ção de seu nome em anúncio relativo a outras atividades não advocatícias, 
faça delas parte ou não.
• O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, 
qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que 
tenha exercido, passível de captar clientela.
• Não são admitidos como veículos de publicidade da advocacia: a) rádio e 
televisão; b) painéis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer ou-
tros meios de publicidade em vias públicas; c) cartas circulares e panfle-
tos distribuídos ao público; d) oferta de serviços mediante intermediários.
• Não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à 
advocacia: a) menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas 
sob seu patrocínio; b) referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, 
função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido; 
c) emprego de orações ou expressões persuasivas, de auto-engrande-
cimento ou de comparação; d) divulgação de valores dos serviços, sua 
gratuidade ou forma de pagamento; e) oferta de serviços em relação a 
casos concretos e qualquer convocação para postulação de interesses nas 
vias judiciais ou administrativas; f) veiculação do exercício da advocacia 
em conjunto com outra atividade; g) informações sobre as dimensões, 
qualidades ou estrutura do escritório; h) informações errôneas ou 
enganosas; i) promessa de resultados ou indução do resultado com 
dispensa de pagamento de honorários; j) menção a título acadêmico não 
reconhecido; k) emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos 
incompatíveis com a sobriedade da advocacia; l) utilização de meios 
promocionais típicos de atividade mercantil.
Assim, cabe ao advogado atuar com extrema vinculação aos preceitos do 
Código de Ética e Disciplina da OAB e do Estatuto da Advocacia e da OAB. O 
advogado deve ir além, uma vez que não basta aplicá-lo, mas tem de defen-
dê-lo, invocando-o a todo o momento em que, diante de si, demonstrarem-
-se condutas que desmereçam as ciências jurídicas.
19www.oabgo.org.br
Não com menos importância, também destacá-lo intensamente nos meios 
que frequentar, estimulando a todos operadores do direito a sua fiel 
observância. Somente assim o advogado contribuirá para o engrandecimento 
e respeito da advocacia. E para a evolução e defesa da sociedade.
2. DIREITOS E PRERROGATIVAS DA ADVOCACIA
Colaboração: Dr. Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel 
No exercício da advocacia os atos dos advogados são invioláveis, pois pres-
tam serviço público e de relevante valor social, inexistindo hierarquia ou su-
bordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público. 
Todavia, é dever do advogado agir com respeito, discrição e independência, 
exigindo tratamento isonômico e zelando pelas prerrogativas a que tem di-
reito. 
Amparado no texto Constitucional, art. 133 que dispõe ser o “advogado 
indispensável à administração da justiça”, não podem pairar dúvidas o 
quanto é significativa e necessária à presença deste profissional no tripé 
da administração da justiça brasileira. Além deste princípio fundamental, 
o artigo 5. °, inciso XIII da Constituição Federal, assim dispõe:
“Art. 5. ° - Todos são iguais perante a lei, sem discrição de qualquer natu-
reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: 
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi-
das as qualificações profissionais que a lei estabelecer.”
Ao prefaciar o livro Prerrogativas Profissionais do Advogado de Alberto 
Zacharias Toron e Alexandra Lebelson Szafir o Ministro Celso de Melo assim 
consignou: 
“a íntima vinculação que há – e que não pode ser desconsiderada em qualquer 
20 Manual do Advogado em Início de Carreira
abordagem que se faça em torno do tema – entre as prerrogativas profissio-
nais de são titulares os advogados, de um lado, e a declaração constitucional 
de direitos e garantias” 
Como se depreende dos diplomas legais, a indispensabilidade e a liberdade 
estão diretamente ligado ao exercício profissional em razão da Lei n.°8.906, 
de 04 de julho de 1994, o denominado Estatuto da Advocacia e da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
O exercício da atividade Advocatícia, Consultoria Jurídica, Assessoria Jurídi-
ca e Direção Jurídicas1 , bem como a denominação Advogado, é privativo dos 
inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Aquele que pra-
ticar ato privativo de Advogado ou utilizar-se da denominação de advogado 
sem estar regularmente habilitado estará exercendo ilegalmente a profis-
são e, portanto,está sujeito às sansões legais, além de serem nulos todos 
os atos praticados.
No exercício da profissão, o Advogado deve ser tratado com urbanidade pelas 
autoridades, pelos servidores públicos e pelos serventuários da justiça, sendo 
indispensável à administração da justiça. 
Para que possa exercer a atividade de forma plena, ao Advogado foi conce-
dido direitos e garantias que lhes e dirigidos especificamente para o livre 
exercício da profissão. A violação das prerrogativas profissionais, em última 
analise é uma lesão aos direitos e garantias dos cidadãos. 
Para Paulo Luiz Netto Lôbo a prerrogativa profissional significa direito exclusivo 
e indispensável ao exercício de determinada profissão no interesse social. Em 
certa medida é direito-dever e, no caso da advocacia, configura condições legais 
de exercício de seu múnus público. 
Por mais que prerrogativa seja gênero e os direitos espécie, o Estatuto da 
Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil – Lei nº.8.906/1994, trata-
1 Fundamento legal: art. 1º, II, do Estatuto da Advocacia e da OAB – 
Lei nº 8.906/94.
21www.oabgo.org.br
os de forma indistinta. Não existe um dispositivo específico contendo o rol 
taxativo destas prerrogativas.
Entretanto, destaca-se o artigo 7º do Estatuto, que dispõe sobre algumas 
destas prerrogativas dos Advogados, das quais merecem destacamos 
algumas, tendo em vista o advogado em inicio de carreira, que são elas: 
a) Exercício da Advocacia em território nacional com liberdade
Todos os Advogados inscritos na OAB tem direito de exercer livremente a 
advocacia em todo território nacional. Existem, porém, algumas ressal-
vas. O Advogado pode atuar fora da Seccional de origem, sede de atua-
ção, no limite de 05(cinco) causas por ano. Quando atuar com habituali-
dade deverá requerer a inscrição suplementar na seccional.
b) Ausência de hierarquia e subordinação em relação a outras autoridades, 
servidores públicos e serventuários da Justiça: 
O direito de igualdade e a garantia para que os advogados possam atuar 
na defesa dos direitos dos cidadãos de forma autônoma e independente, 
de forma a alcançar o seu fim social. 
c) Inviolabilidade do local de trabalho
A única exceção a esta prerrogativa é no caso de ordem judicial. O juiz 
pode expedir mandato de busca e apreensão, devendo o objeto ser defi-
nido e certo para ser válido.
d) Comunicar pessoal e reservadamente com seus clientes
A garantia de comunicação com clientes, pessoal e reservadamente, 
mesmo quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em esta-
belecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. 
Tal prerrogativa é essencial para a realização do estrito cumprimento da 
advocacia e consequentemente seja alcançada a Justiça.
22 Manual do Advogado em Início de Carreira
e) Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por 
motivo ligado ao exercício da advocacia
No caso de prisão do advogado, por ato decorrente do exercício profissio-
nal, o mesmo tem direito a presença de representante da OAB no ato de 
lavratura do auto de prisão, sob pena de nulidade. 
É oportuno ressaltar que o Advogado, no exercício da profissão somente 
pode ser preso em flagrante delito, por crime inafiançável, conforme exe-
gese do artigo 7º, § 3º do Estatuto da Advocacia. 
Assim, a autoridade que “der voz” de prisão ao advogado no exercício 
profissional estará incorrendo em crime de abuso de autoridade, Lei nº 
4.898/65, que pode resultar inclusive na perda do cargo conforme dispõe 
o artigo 6º, § 3º, alinea “c” do mencionado diploma legal, processo ad-
ministrativo perante Corregedoria a que esteja vinculado a autoridade, 
Conselho Nacional de Justiça, além de eventual crime contra a honra e 
reparação por danos morais. 
f) Prisão em sala de Estado Maior, até trânsito em julgado da sentença
Conforme dispõe o inciso V, do art. 7º, do Estatuto da Advocacia, o advogado 
recolhido preso, antes de sentença com trânsito em julgado, terá direito de 
ficar em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, e 
na sua falta, em prisão domiciliar. 
g) Liberdade de acesso, permanência nas repartições públicas, assembléias e 
direito de retirada
Sendo a atividade advocatícia um serviço público e, tendo em vista, ainda, a 
essencialidade do advogado para a administração da justiça, há, no Estatuto 
da Advocacia, a previsão de prerrogativas que visam conferir ao advogado a 
liberdade necessária para sua boa atuação, principalmente perante os ór-
gãos públicos, judiciários ou não. 
23www.oabgo.org.br
Fundamento legal para tal prerrogativa esta no art. 7º, VI e VII, do Estatuto 
da Advocacia e da OAB, que tem por escopo final a garantia da realização da 
justiça e defesa do cidadão. 
h) Dirigir-se diretamente aos magistrados
A independência dos advogados e essencial para que o Estado possa 
atingir seu objetivo de prover a justiça. 
Assim, para que possa requer providências ou obter informações 
necessárias ao pleno exercício da profissão o Estatuto da Advocacia 
confere aos advogados a prerrogativa de se dirigirem diretamente aos 
magistrados nas salas e gabinetes. 
Portanto, os magistrados têm o dever funcional de receber os advogados, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, 
devendo ser observando apenas a ordem de chegada. 
i) Retirada, exame e vista de autos
Para que posso exercer a defesa dos interesses do seu constituinte, o 
Advogado necessita ter conhecimento dos fatos, documentos, provas, 
alegações decisões e atos processuais realizados, o que somente é 
possível conhecendo os autos do processo. 
Diante disso é que o Estatuto da Advocacia faculta ao advogado exame 
de autos e inquéritos, bem como a vista e retirada de autos de processos 
judiciais ou administrativos, de qualquer natureza, atendidas as exceções 
legais. 
j) Fazer uso da palavra no âmbito do Poder Judiciário, Executivo, Legislati-
vo e órgãos da Administração Pública em defesa
A palavra, escrita ou falada, constitui instrumento essencial para o exer-
cício da advocacia.
24 Manual do Advogado em Início de Carreira
Assim, o Estatuto da Advocacia, consagrou o uso da palavra como 
prerrogativa dos advogados, em especial, no que se refere ao direito às 
sustentações orais, às intervenções pela ordem e às reclamações, de 
modo que quaisquer normas contidas em regimentos internos no âmbito 
do Poder Judiciário, do Poder Executivo, representado pelos órgãos da 
Administração Pública ou do Poder Legislativo ou imposições colocadas 
pelas autoridades, quanto à forma a ser seguida pelo advogado, 
no exercício de seu direito de manifestação constituirá violação de 
prerrogativas. 
k) Ser desagravado em público
O desagravo é meio de defesa do advogado sendo exercido quando as 
ofensas forem no exercício ou em razão da profissão. Deve ser feito pelo 
Conselho Seccional da localidade onde tenha sido praticada a ofensa e tem 
como objetivo permitir a reparação moral ao ofendido de forma a resgatar 
a sua dignidade profissional, assim como conclamar a solidariedade da 
classe para com o ofendido, de modo a promover não só a sua pública 
defesa, mas, também, a da classe como um todo contra a ofensa 
perpetrada. 
Ressalta-se, que haverá Desagravo independente da aceitação do ad-
vogado ofendido, uma vez que, a ofensa é à advocacia e, não apenas, à 
pessoa do advogado. 
l) Recusar a depor mesmo com o cliente autorizando ou solicitando
Conforme dispõe o artigo 7º, XIX da lei 8.906/94 é prerrogativa do 
advogado recusar-se a depor como testemunha mesmo quando 
autorizado ou solicitado pelo constituinte. 
m) Imunidade profissional à injúria e difamação
25www.oabgo.org.br
Imunidade profissional ou inviolabilidade penal2 é “uma exigência fun-
cional para melhor desempenhar a defesa dos interesses que lhe são 
confiadose com inteira liberdade na discussão da causa”.
Dessa forma, a imunidade não é um privilegio, mas sim uma garantia para 
que o advogado possa atua com destemor, independência, honestidade, 
decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé. 
Ressalta-se que essa imunidade é relativa, é relativa, haja vista que, tanto 
a Carta Magna, quanto o Código Penal e o Estatuto da Advocacia prevêem, 
expressamente, a atuação dentro de limites legais. 
O rol de prerrogativas mencionado nesse manual não abarca se quer o rol 
contido no artigo 7º do Estatuto da Advocacia, sendo que para o exercício 
pleno da Advocacia e essencial o conhecimento dos seus direito e deveres. 
Assim, o objetivo aqui é despertar os novos profissionais da necessidade de 
conhecer os seus direito e prerrogativas para o pleno exercício da advocacia.
DA COMISSÃO DE DIREITOS E PRERROGATIVAS
A OAB-GO, visando o combate às constantes violações às Prerrogativas 
dos Advogados, criou o Disque-Prerrogativas, que funciona em regime 
de Plantão 24h por dia, a fim de prestar assistência a qualquer membro 
desta Seccional que esteja sofrendo ameaça ou violação às prerrogativas 
profissionais. O atendimento é feito pelo telefone (62) 9976-9900. 
O advogado também conta com o Núcleo de Defesa das Prerrogativas, localizado 
no Centro de Serviços da seccional, no Setor Sul, em Goiânia. O órgão funciona 
de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, para receber denúncias de violação 
de prerrogativas da advocacia sendo que o contato pode ser feito pessoalmente 
ou pelo telefone 0800-6439900.
2 Toron, Alberto Zacharias, Prerrogativas profissionais do advogado.
3. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010, pag. 11
26 Manual do Advogado em Início de Carreira
Assim, quando o advogado for violado nas suas prerrogativas profissionais 
deve informar o fato para que se possam tomar as providências judiciais e 
extrajudiciais cabíveis. 
Destaque-se que o advogado é o guardião das liberdades, da vida e do patri-
mônio do seu constituinte. Por isso, é preciso que conheçam seus direitos e 
deveres e os exerçam, lembrando que o advogado não pode estar sujeito a 
qualquer constrição. 
Há de ressaltar a seguinte frase “Pecar pelo silêncio, quando deve protes-
tar, faz do homem um covarde”. Abraham Lincoln. 
3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DO ESTADO DE GOIÁS
Colaboração: Dra. Lívia Costa
O Advogado é o profissional habilitado para atuar na defesa dos interesses 
de seu cliente, exercendo munus público, um encargo público, já que é 
peça essencial para a administração da justiça e instrumento básico para 
assegurar a defesa dos interesses das partes em juízo, sendo também um 
dos pilares da democracia, buscando incansavelmente a justiça.
O Advogado é profissional liberal, ou seja, presta serviços em áreas de 
uso intensivo de conhecimento técnico, com qualificação e habilitação 
determinadas pela lei e pode trabalhar na condição de empregado ou de 
forma independente, na condição de autônomo, exercendo sua atividade 
profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e assumindo seus 
próprios riscos.
Assim, atuando enquanto autônomo, sozinho ou em conjunto com outros 
colegas, o advogado tem de arcar com diversos custos para manter seu 
escritório em funcionamento, tais como despesas com energia, telefone, 
suprimentos, aluguel, internet, auxiliares, impostos, dentre outros, além, 
obviamente, do proveito econômico proveniente da advocacia que lhe 
27www.oabgo.org.br
permitirá o sustento próprio e de sua família. Para custear tais despesas, é 
imperioso que o advogado cobre honorários advocatícios que correspondam 
a valores justos que lhe permitam atuar na defesa de seus clientes, bem 
como permitam que todos os demais colegas advogados do mercado 
continuem exercendo suas atividades com dignidade.
De outro modo, caso o advogado aceite trabalhar mediante o recebimento 
de valores pífios, estará comprometendo as despesas de seu escritório, 
a qualidade de seu trabalho, a valoração da advocacia perante o cliente e 
perante a sociedade e as condições de sobrevivência de outros escritórios 
advocatícios.
É lamentável, e infelizmente não raro, encontrar colegas que instauram ver-
dadeiros leilões às avessas, cobrando valores cada vez menores na disputa 
por clientes. Nestes casos, o valor recebido a título de honorários pode pa-
recer simbolizar um ganho líquido, porém, ao serem subtraídas dos honorá-
rios as despesas de manutenção do escritório, não raro, o advogado obterá 
um saldo negativo e estará pagando para trabalhar, quando, na verdade, 
sua profissão deveria ter por finalidade prover seu sustento com dignidade.
Muitas vezes a falta de gerenciamento e planejamento estratégico faz 
com esta realidade passe despercebida pelo advogado, que apenas notará 
o rombo no orçamento do escritório, e consequentemente no orçamento 
pessoal, quando a situação já tiver se tornado irrecuperável.
Além de tudo isso, os preços pífios pelos serviços advocatícios simbolizam 
concorrência desleal face a outros profissionais sérios e preparados que 
zelam pela cobrança de valores justos no exercício profissional.
Por esta razão, a Ordem dos Advogados do Brasil criou a Tabela Mínima 
de Honorários Advocatícias, corrigida periodicamente, que apresenta os 
serviços e os respectivos valores mínimos a ser cobrados pelo advogado a 
fim de se evitar a situação descrita, sob pena de violação do Código de Ética 
da OAB.
28 Manual do Advogado em Início de Carreira
Frise-se que a o advogado pode cobrar acima dos valores que constam da 
tabela, não devendo, entretanto, cobrar abaixo, salvo em caso de motivo 
plenamente justificável (art. 41 do Código de Ética e Disciplina da OAB).
Das três modalidades de honorários existentes (contratados ou 
convencionados, arbitrados e de sucumbência), a responsabilidade ética do 
advogado reside na fixação dos honorários contratados ou convencionados, 
os honorários pactuados entre o advogado e seu cliente. O advogado 
fixará o preço de seu serviço de acordo com uma série de fatores como 
complexidade da causa, tempo de trabalho, o local da prestação do serviço, 
despesas a serem geradas, a experiência e renome do profissional, dentre 
outros (art.36 do Código de Ética e Disciplina da OAB).
Para segurança tanto do cliente quando do advogado, o Código de Ética e 
Disciplina da OAB determina que todo contrato de honorários deva ser fir-
mado por escrito, trazendo todas as especificidades dos serviços contrata-
dos, valores respectivos, forma e momento de pagamento, além de outras 
situações. Além disso, o Código de Ética e Disciplina da OAB preceitua:
Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem 
ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos 
de honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens 
advindas em favor do constituinte ou do cliente.
Parágrafo único. A participação do advogado em bens particulares de 
cliente, comprovadamente sem condições pecuniárias, só é tolerada em 
caráter excepcional, e desde que contratada por escrito.
O artigo 38 do Código de Ética e Disciplina permite o emprego da cláusula 
quota litis ao contrato de honorários que vincula a remuneração do causídico 
ao sucesso da demanda. O advogado neste caso assume, juntamente com o 
cliente, o risco da demanda.
Em tais casos, o percentual máximo de cobrança de honorários 
29www.oabgo.org.br
advocatícios admitido pelo Código de Ética e Disciplina da OAB é de 50% 
(cinquenta por cento) do proveito econômico obtido pelo cliente, somados 
os honorários contratados aos honorários de sucumbência.
Por esta razão, a Ordem dos Advogados do Brasil criou a Tabela Mínima 
de Honorários Advocatícias, corrigida periodicamente, que apresenta os 
serviços e os respectivos valores mínimos a ser cobrados pelo advogado 
a fim de se evitar a situaçãodescrita, sob pena de violação do Código de 
Ética da OAB.
A Tabela de Honorários válida para o estado de Goiás pode ser acessada 
pelo site da OAB-GO.
De qualquer forma, o que se espera de um advogado, seja ele experiente ou 
em início de carreira, é que sempre use de bom senso e ética para fixar os 
valores dos honorários, em respeito ao seu cliente, aos demais advogados 
que formam o mercado e a si próprio enquanto advogado.
DICAS AO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA 
• O advogado deve contratar, por escrito, a prestação dos serviços 
profissionais, fixando o valor dos honorários, reajuste e condições de 
pagamento, inclusive no caso de acordo, e observando os valores mínimos 
constantes da Tabela. 
• A forma e as condições de pagamento das custas e encargos judiciais e 
extrajudiciais, deverão integrar o contrato. 
• Todas as despesas, judiciais ou extrajudiciais, bem como de locomoção, 
alimentação, hospedagem, certidões, cópias, condução de auxiliares, etc., 
serão suportadas pelo cliente, ao qual deverá o advogado fazer prestação 
de contas. 
• Os honorários da sucumbência pertencem ao advogado e não excluem os 
contratados. 
• O advogado substabelecido deve ajustar a sua remuneração com o advogado 
substabelecente e com o cliente antes de aceitar o substabelecimento. 
30 Manual do Advogado em Início de Carreira
• Pactuar se os honorários serão devidos independente do sucesso da 
demanda. 
• O contrato de honorário escrito é título executivo extrajudicial, enquanto 
os judiciais, ou seja, arbitrados em sentença judicial ou fixados a título 
de sucumbência, são títulos judiciais. Tanto um quanto outro devem ser 
cobrados por processo de execução, a diferença é que os judiciais, poderão 
ser cobrados nos próprios autos do processo principal. 
• Para que o advogado possa reter seus honorários, caso esteja autorizado a 
receber proveitos em nome do cliente, é necessário que haja tal previsão 
no contrato de honorários. 
• Outra atitude que o advogado pode adotar é, na fase de cumprimento de 
sentença, juntar aos autos seu contrato de honorários e requerer que seja 
expedido alvará distinto para o levantamento de seus honorários. 
4. TRIBUTAÇÃO DA ATIVIDADE ADVOCATÍCIA
Colaboração: Colaboração: Otávio Alves Forte / Thiago Miranda
Cartilha da Comissão de Direito Tributário da OAB-GO
Os serviços de advocacia, assim como uma infinidade de outros serviços, 
são tributados. Pouco importa se o serviço é prestado por advogado autôno-
mo ou por integrantes de uma Sociedade de Advogados. O não recolhimento 
dos tributos pode levar a uma série de consequências desagradáveis, den-
tre elas: autuações por parte dos fiscos Municipal e Federal, multas (que 
podem, facilmente, chegar a 225% do valor do tributo devido), além de san-
ções de natureza penal.
Com a evolução tecnológica, está cada vez mais fácil para o Fisco identificar 
a renda e o patrimônio do contribuinte. Hoje, praticamente as três esferas 
de Governo trocam informações, cruzam dados, em busca de indícios de 
possíveis fraudes e/ou sonegação fiscal.
Modernos programas de processamento de dados permitem que os Gover-
nos cruzem informações e obtenham dados das atividades do contribuinte 
com grande fidelidade e agilidade.
31www.oabgo.org.br
Deve-se ter em mente que a atividade do Advogado é pública. Basta o nú-
mero de sua inscrição na OAB para se levantar quantos e quais são os pro-
cessos em que ele atua. Se o advogado não recolhe ISS, por exemplo, nada 
impede que o Fisco Municipal, de posse desses dados, autue o profissional 
por sonegação fiscal. O Fisco Federal também tem interesse em saber de 
onde vem o patrimônio do advogado e se ele corresponde ao que ele efeti-
vamente declara.
Outra questão de suma importância é o recolhimento da contribuição previ-
denciária pelo advogado. Além de evitar autuações fiscais, o devido recolhi-
mento desse tributo garante ao advogado, autônomo ou como sócio de uma 
Sociedade, uma série de Direitos, tais como aposentadoria, pensão por mor-
te, salário-maternidade para as advogadas, auxílio-doença, entre outros.
A tributação da atividade advocatícia vai depender da forma de organização 
da prestação de serviços pelo profissional advogado.
A advocacia, hodiernamente, pode ser prestada pelo profissional liberal ad-
vogado, pessoa física (Advogados autônomos é calculado até 27,5% sobre os 
rendimentos a título de IR, paga ainda contribuição ao INSS e ISS), ou atra-
vés da reunião de advogados em sociedade de advogados, conforme faculta 
o art. 15, caput, do Estatuto da Advocacia e da OAB.
De início, ressalta-se que o tratamento tributário é uma das principais van-
tagens da sociedade de advogados que, inclusive, agora podem ser enqua-
dradas no SIMPLES. 
O tratamento tributário da sociedade de advogados segue a regra aplicável 
às pessoas jurídicas, com algumas particularidades em determinados as-
pectos.
O regime do lucro real, do lucro presumido e o SIMPLES. O regime do lucro 
presumido é mais usado pelas sociedades de advogados em detrimento do 
regime do lucro real. Basicamente isto se deve ao fato de não haver neces-
sidade de manter escrituração de livros contábeis na forma das leis fiscais e 
comerciais. Basta apenas a escrituração de livro caixa, e serão trimestrais o 
período de apuração e o recolhimento. 
Pelo SIMPLES as sociedades com receita anual de até R$ 3,6 milhões podem 
recolher de forma unificada os tributos que o Simples Nacional abrange – 
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lu-
cro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social e Programa de Formação 
32 Manual do Advogado em Início de Carreira
do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), Contribuição para Financia-
mento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industriali-
zados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e 
Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza (ISS).
Incide sobre a sociedade de advogados a contribuição social sobre o lucro 
líquido (CSLL). Para apuração da CSLL a sociedade de advogados deve ado-
tar a mesma sistemática que foi escolhida para o IRPJ, ou seja, ou regime do 
lucro real ou presumido.
A contribuição para o financiamento de seguridade social (COFINS), ape-
sar da Súmula 276 do Superior Tribunal1 , que isentava as sociedades de 
advogados do pagamento deste tributo, não ter sido, até a presente data, 
revogada. O Supremo Tribunal Federal está
analisando a constitucionalidade da matéria, sendo que por oito votos já 
entende que inexiste isenção das sociedades de advogados com relação à 
COFINS.
Logo, recomenda-se que o escritório efetue o recolhimento do tributo. 
A sociedade de advogados deve contribuir com a contribuição para o pro-
grama de integração social (PIS) com alíquota de 0,65% sobre sua receita 
apurada mensalmente, em caso de apuração do IRPJ por lucro presumido.
Com relação ao imposto sobre serviços (ISS), de competência municipal, os 
§§ 1º e 3º do Decreto-lei Federal nº 406/68 resguardam às sociedades civis 
uniprofissionais de profissões regulamentadas o direito de recolher o im-
posto (art. 156, inciso III da CF) através de alíquotas fixas, calculadas com 
base no número de profissionais habilitados e não tendo por base de cálculo 
o faturamento mensal, além de proibir, reflexamente, a retenção de
ISS pelas pessoas jurídicas que contratem as referidas sociedades civis uni-
profissionais de profissões regulamentadas.
Importante destacar que, apesar dos municípios alegarem que menciona-
dos dispositivos foram revogados pela Lei Complementar 116/2003 e cobra-
rem o ISS sobre o preço do serviço. Tal entendimento não vem vigorando nos 
tribunais pátrios.
Tanto que a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás, obteve decisão 
em Mandado de Segurança, confirmada pelo Tribunal de Justiça de Goiás2, 
que garantiu tratamento tributário privilegiadopara o ISS ser calculado pelo 
número de profissionais da categoria existentes na sociedade de advogados, 
33www.oabgo.org.br
e não com base no faturamento do serviço. Ainda, entendeu inadequada a 
substituição tributária, não se permitindo a retenção do tributo pelo toma-
dor do serviço, já que o recolhimento deverá ser feito pelo próprio contri-
buinte.
Ainda, têm-se as contribuições previdenciárias que devem ser pagas pela 
sociedade de advogados: a destinada ao pagamento da seguridade social 
é de 1% (um por cento) sobre a remuneração bruta paga aos empregados; 
também, a contribuição ao INSS é devida, mensalmente, em 20% (vinte por 
cento) sobre o total das remunerações pagas aos prestadores de serviço, 
independentemente de sua classe, tais como: sócios que receberem pro la-
bore, advogados associados, empregados e colaboradores segurados.
Mesmo apesar da incidência de vários tributos é mais vantajoso para o advo-
gado constituir uma sociedade profissional, pois sobre o advogado profissio-
nal liberal incidirá alíquotas mais altas, principalmente, quanto ao imposto 
de renda retido na fonte e a contribuição previdenciária, que, também, será 
retida na fonte.
Destaca-se que o documento fiscal para recebimento dos honorários ad-
vocatícios pelo profissional autônomo é a Requisição de Pagamento a Au-
tônomo – RPA – e, da sociedade de advogados a nota fiscal de prestação de 
serviços.
Para um melhor entendimento do assunto, tratado aqui de forma resumi-
da, sugerimos a leitura da Cartilha idealizada e executada pela Comissão 
de Direito Tributário da OAB-GO, que trata de modo prático quais tributos 
devem pagar e como realizar o recolhimento. Isto porque o advogado e os 
escritórios de advocacia devem dedicar atenção redobrada ao correto pla-
nejamento tributário de seu exercício profissional.
O advogado autônomo, em especial, deve ter o cuidado de se inscrever na 
Previdência Social e recolher sua contribuição social, de acordo com suas 
possibilidades, garantindo não só o direito a aposentadoria, mas também o 
direito a diversos benefícios sociais.
A tributação do advogado autônomo é consideravelmente maior do que a 
das sociedades de advogados. Sendo assim, dependendo do seu faturamen-
to anual, é interessante a opção pela sociedade, cuja tributação é significa-
tivamente menor.
Em relação às sociedades de advogados, estas devem ter o cuidado de man-
34 Manual do Advogado em Início de Carreira
ter em dia a escrituração dos livros contábeis, de modo que possam distri-
buir o lucro contábil em sua totalidade sem a incidência de imposto de renda 
em relação aos beneficiários.
Em relação à figura do advogado associado, por não receber lucro, será tri-
butado como advogado autônomo.
Por fim, é importante relembrar que o fisco está cada vez melhor aparelha-
do para identificar a renda e o patrimônio do contribuinte e que não há como 
fugir ao pagamento dos tributos. Lembramos ainda que é pelo recolhimento 
dos tributos, com a devida documentação dos fatos que lhe deram origem, 
que o advogado tem como justificar a licitude de sua renda e de seu patri-
mônio.
Acesse a Cartilha da Comissão de Direito Tributário e tenha mais informa-
ções: http://www.oabgo.org.br/oab/cartilhas/
5. SERVIÇOS DA OAB PARA OS ADVOGADOS
Colaboração: Colaboração: Marta Neres Rodrigues / Pedro Henrique Mesqui-
ta de Deus
CAJ - COMISSÃO DA ADVOCACIA JOVEM 
Funções: 
• Desenvolver política específica para o recém inscrito nos quadros da sec-
cional goiana da OAB, visando a sua integração no mercado de trabalho e na 
Instituição; 
• Defender os interesses do novo advogado, bem como do estagiário no Con-
selho Seccional; 
• Incentivar a criação de comissões similares nas demais seccionais do País, 
bem como no Conselho Federal; 
• Contribuir com a Comissão de Ensino Jurídico na discussão sobre a conve-
niência e oportunidade da criação e avaliação dos cursos jurídicos no Es-
tado de Goiás; 
• Manter intercâmbio com as comissões similares instaladas nas demais 
35www.oabgo.org.br
seccionais do País; 
• Contribuir com a ESA-GO na organização de eventos, seminários, encon-
tros, cursos e congressos, com o objetivo de formular propostas e estabe-
lecer programas voltados para o segmento da advocacia jovem e dos esta-
giários; 
• Programar e realizar eventos de interesse específico dos novos advogados 
e estagiários inscritos na OAB-GO. 
O que é e o que faz a CAJ?
 
A Comissão é voltada ao auxilio do (a) advogado (a) com até cinco anos de 
inscrição. Presta especial atenção também aos estagiários (as), estudantes 
e bacharéis em Direito. Possui treze coordenações divididas em subcomis-
sões. Por elas você pode fortemente atuar perante a instituição e sociedade.
 
Há trabalhos, por exemplo, em escolas prestando informações como noções 
básicas de Direito e cidadania; participação no processo eleitoral, informan-
do a sociedade sobre os riscos da corrupção eleitoral com o lema “voto não 
tem preço, tem consequência”; integração com os estudantes de Direito por 
meio do projeto “OAB vai à Faculdade” e tantos outros. Você pode ser pales-
trante nos serviços da CAJ, sendo esta, uma excelente oportunidade para 
praticar sua oratória.
 
Institucionalmente há trabalhos de preparação para o mercado com cursos 
e seminários, fomentação do estudo do Direito, busca de mecanismos para 
solucionar os problemas comuns no dia-a-dia enfrentados por advogados 
em início de carreira, interação entre capital e interior, defesa das prerro-
gativas, integração do acadêmico e bacharel nos projetos da OAB para que 
conheçam a instituição etc.
 
Principais ações da CAJ nos últimos anos:
• 13 mil alunos atendidos pelo OAB Vai à Escola.
• 10 mil acadêmicos alcançados pelo OAB Vai à Faculdade.
• 5 mil profissionais atendidos com o Minicurso, Fórum de Debates, Terça 
Prática, Bate papo com o judiciário, bate papo com o legislativo, reuniões 
36 Manual do Advogado em Início de Carreira
etc.
• Presença na semana jurídica das faculdades.
 
Principais Conquistas
• Serviço gratuito de publicações – OAB On Line.
• Sistema gratuito de gestão de processos – OAB Pro.
• Consultoria de Mercado Gratuita – Sistema de Inteligência de Mercado – 
SIM.
• Manual do Advogado em Início de Carreira.
• Escritório Compartilhado – Serviço Gratuito que conta com apoio de secre-
tária, computador e internet.
• Banco de Oportunidades.
• Fórum online – Fórum de dúvidas e debates.
• Convites para o CEL.
• Desconto de até 50% na anuidade. Todos os advogados com inscrição prin-
cipal originária que ingressarem na Ordem em 2013 terão 50% de desconto 
nesse valor. Em seu segundo ano de inscrição, 45%. Seguindo o escalona-
mento de cinco pontos percentuais, ele terá 30% de desconto em seu quinto 
ano de OAB.
• Programa meu primeiro escritório - Crédito de até R$ 25.000,00 por meio 
do Goiás Fomento. Programa do Governo Estadual.
Subcomissão de Acompanhamento Forense
Coordenador: Paulo Felipe Souza
Desenvolve atuação em conjunto com a Comissão de Acompanhamento Fo-
rense da OAB-GO no papel de estabelecer a interlocução entre a Ordem e o 
Poder Judiciário, com o intuito de facilitar o cotidiano forense dos advoga-
dos e estagiários, através do levantamento dos problemas e necessidades 
dos profissionais em início de carreira.
Subcomissão do Advogado em Início de Carreira
Coordenador: Luiz Alves de Carvalho Filho - 2013/2015
 Silvia Mundim Lopes Veloso- 2015
37www.oabgo.org.br
Tem o objetivo de criar e implementar condições que possibilitem ao pro-
fissional iniciante obter capacitação, inserir-se no mercado de trabalho 
e se destacar na profissão. É responsável por diversos projetos que dão 
suporte à carreira: Manual do Advogado em Início de Carreira, Escritórios 
Compartilhados, Banco de Currículos e Oportunidades, Fórum Eletrônico, 
Programa Meu Primeiro Escritório (concessão de crédito pormeio de par-
ceria com o Governo de Goiás) e OAB On-line.
Subcomissão do Advogado Estudante
Coordenador: Régis Rodrigues Pereira - 2013/2015
 Marcos Filipe Machado Cruz - 2015
Tem o objetivo de trabalhar em parceira constante com a Escola Superior 
de Advocacia na implantação de cursos, seminários, palestras que prepa-
rem o advogado interessado em carreiras da Advocacia Pública. Relacio-
namento com cursinhos preparatórios e instituições que oferecem pós-
-graduação.
Subcomissão de Capacitação Profissional
Coordenador: Olga Fernandes de Moura Leite - 2013
 Matheus Scoponi José Tavares - 2014/2015
Atua em conjunto com a ESA-GO, promovendo a capacitação e a inserção 
do advogado em início de carreira e do estagiário no exercício profissional, 
através do auxílio na sua qualificação. O principal projeto é o Minicurso, 
evento para advogados, estagiários e acadêmicos, que conta com oficinas 
e palestras com temas atuais e motivacionais voltados para a prática jurí-
dica e a gestão de escritórios. Esse serviço também visa aproximar o ad-
vogado da OAB e compartilhar todos os serviços prestados.
Subcomissão de Comunicação
Coordenador: Pedro Henrique Mesquita de Deus
Tem a função de divulgar e dar publicidade às ações institucionais da Co-
38 Manual do Advogado em Início de Carreira
missão da Advocacia Jovem, sendo responsável pelas ferramentas de co-
municação da Comissão (Blog da CAJ, Facebook e Twitter), além de traba-
lhar em conjunto com a Assessoria de Comunicação da OAB-GO.
Subcomissão de Cultura, Eventos e Lazer
Coordenadora: Thayza Florencio de Sousa – 2013/2014
Desempenha o papel de incentivar a prática esportiva e a promoção cultu-
ral no interior e capital, através de parcerias com o CEL e convênios com 
empresas e outras instituições. A Subcomissão realiza ainda as “Quintas-
-Culturais”, eventos já consagrados no calendário oficial da OAB-GO (Fes-
ta Junina e Réveillon). Outra importante realização é a CAJ-Solidária, que 
arrecada alimentos, roupas e outros utensílios de necessidade para se-
rem doados a instituições de caridade.
Subcomissão do Estagiário e do Acadêmico de Direito
Coordenador: Matheus Scoponi José Tavares - 2013
 Murilo Marques - 2014
 Eduardo Kleber Xavier Lemos - 2015
A presente Subcomissão tem por característica precípua a integração en-
tre estagiários e acadêmicos de Direito por meio de sua participação ins-
titucional na OAB-GO. É responsável ainda pelo levantamento das neces-
sidades e por estimular a opção dos futuros bacharéis pelo exercício da 
atividade advocatícia.
Subcomissão de Estudos Jurídicos
Coordenador: Victor Naves - 2013
 Marta Neres Rodrigues - 2014-2015
A Subcomissão de Estudos Jurídicos é responsável por fomentar o estu-
do e o debate das diversas áreas do Direito no âmbito da Comissão, das 
Instituições de Ensino Superior e da própria OAB-GO, em parceria com as 
outras Comissões, por meio da realização de fóruns de debates, seminá-
rios e palestras. O objetivo principal é inserir o profissional em início de 
39www.oabgo.org.br
carreira nas principais discussões jurídicas.
Subcomissão de Integração e Relações Institucionais
Coordenador: Bráulio Rodrigues Duarte - 2013
 Vilmar Freire - 2014/2015
É responsável pela integração entre advogados em início de carreira do 
interior e da capital e busca planejar, programar, fomentar e gerir ati-
vidades com as diversas instituições da sociedade em todos os seus se-
guimentos, inclusive parcerias junto a diferentes entidades jovens (Acieg 
Jovem, AJE, Faeg Jovem, Conjuv/GO, etc.) com vistas à troca de experiên-
cias. É responsável ainda pela organização e realização de eventos tra-
dicionais como a Terça Prática, Encontro Estadual da Advocacia Jovem e 
Colégio Estadual de Presidentes da CAJ.
Subcomissão do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)
Coordenador: Thiago de Melo Lopes
O objetivo da Subcomissão do MCCE é o de mobilizar e esclarecer a popu-
lação sobre a importância do fortalecimento e aperfeiçoamento da demo-
cracia através do voto consciente, trazendo a baila temas pertinentes às 
eleições, como a compra de votos e a Lei da Ficha Limpa. A Subcomissão 
estabelece parcerias com organizações sociais, escolas, faculdades, ins-
tituições religiosas e entidades da sociedade civil para alcançar o maior 
número de pessoas com suas ações.
Subcomissão OAB Vai à Escola
Coordenadora: Flávia Fernandes – 2013/2015
 Marcela Campos Teixeira - 2015
“OAB Vai à Escola” tem como objetivo levar aos estudantes dos ensinos 
fundamental e médio e educação de jovens e adultos (EJA) noções de ci-
dadania e demais temas legais relevantes à vida e ao cotidiano da popula-
ção, auxiliando na formação de cidadãos conhecedores de seus direitos e 
deveres.
40 Manual do Advogado em Início de Carreira
Subcomissão OAB Vai à Faculdade
Coordenador: Gilson Dias de Araujo Filho
O serviço “OAB Vai à Faculdade” tem a missão de aproximar a Ordem dos 
acadêmicos de Direito, fomentando a advocacia no meio estudantil atra-
vés de eventos, palestras e visitas nos campus, para motivar e auxiliar na 
escolha profissional do bacharelando em Direito, promovendo a qualifi-
cação, atualização e visão do mercado de trabalho.
Subcomissão de Prerrogativas para Advogados em Início de Carreira
Coordenador: Fredd Délio Miranda Martins – 2013/2014
 Marianne Cardoso Schmidt - 2015 
A Subcomissão de Prerrogativas Jovem trabalha em parceria direta com 
a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/GO, assistindo os advoga-
dos jovens ou estagiários que venham a sofrer ameaça ou efetiva violação 
aos seus direitos e prerrogativas no exercício profissional. 
ESA – ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA 
Diretor Geral: Flávio Borges Buonaduce - 2013-2015
 Ludmila Torres - 2015
Funções: 
A Escola Superior de Advocacia da OAB-GO Conselheiro Francisco Moreira 
Camarço (ESA) foi criada no dia 28 de abril de 1986 para funcionar como um 
centro de estudos e pesquisas no campo do Direito, com foco no aprimo-
ramento profissional de advogados e estagiários inscritos na OAB-GO que 
militam tanto na capital como nos municípios do interior do Estado. 
Suas atividades, que são ministradas em Goiânia e nas subseções da OAB-
-GO, abrangem todas as áreas do Direito, incluindo também temas como 
gestão de escritórios de advocacia, marketing jurídico, oratória, linguagem 
forense, espanhol, inglês, português instrumental, entre outros. Além dis-
so, seguindo a evolução do processo judicial, desde 2008, a ESA oferece 
cursos e palestras voltados para a orientação do profissional sobre o peti-
41www.oabgo.org.br
cionamento eletrônico. 
A Escola mantém parcerias com institutos de Direito e instituições de ensino 
superior para oferecer ainda mais possibilidades de aperfeiçoamento jurídi-
co aos inscritos, além de apoiar eventos acadêmicos a fim de aproximar as 
faculdades da seccional.
CASAG 
Presidente: Julio Cesar do Valle Vieira Machado
Funções: 
A Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás - CASAG é uma entidade 
beneficente, sem fins lucrativos, constituída pelos Advogados e Estagiários 
inscritos no quadro da Ordem dos Advogados Seção de Goiás e tem por fi-
nalidade prestar assistência e seguridade social aos inscritos e seus depen-
dentes. (Art. 2º - Estatuto) 
A CASAG, cumprindo seu papel institucional, definiu planejamento estraté-
gico focado em quatro perspectivas: cliente, interna, aprendizado e financei-
ra. Para tanto, foram definidos os fundamentos estratégicos, missão, visão 
e valores. 
MISSÃO 
“Atender assistencialmente os Advogados, Estagiários, dependentes e con-
veniados, oferecendo benefícios, produtos e serviços.” 
VISÃO 
“Satisfazer amplamente os nossos clientes, consolidando-se como referên-
cia assistencial em nível nacional.” 
VALORES 
- Qualidade de vida 
- Humanização 
- Transparência 
- Responsabilidade social 
- Valorizaro profissional Advogado 
- Respeito ao cidadão 
- Compromisso com a sustentabilidade 
OAB-PREV GOIÁS 
Diretor-Presidente: Enil Henrique de Souza Neto 
42 Manual do Advogado em Início de Carreira
Funções: 
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás – OAB/GO e a Caixa 
de Assistência dos Advogados de Goiás – CASAG, pensando em você e sua 
família, criaram um Fundo de Pensão – Entidade de Previdência Comple-
mentar Fechada, o OABPrev-GO, para oferecer o Plano de Benefícios Previ-
denciários do Advogado – Adv-PREV, um Plano de Benefícios ao qual todos 
os advogados e seus familiares filiados à OAB-GO e à CASAG poderão aderir. 
Posteriormente, a seccional da OAB do Tocantins e a CAATO – Caixa de As-
sistência dos Advogados do Tocantins também aderiram como instituidoras 
do Plano. Através dos benefícios oferecidos, os participantes e sua família 
terão assegurados tranqüilidade e segurança, tanto no presente como no 
futuro. 
TED 
Presidente: Frederico Augusto Auad de Gomes
Funções: 
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás – OAB/GO e O Tribunal 
de Ética e Disciplina é o órgão da OAB-GO destinado a orientar e aconselhar 
a respeito da ética profissional. 
Compete-lhe, também, por força do que dispõem a Lei nº 8.906/94 e o Có-
digo de Ética e Disciplina, instruir e julgar processos disciplinares, obser-
vando as regras do estatuto e do regulamento geral, aplicando os princípios 
expostos na legislação processual penal. 
Em sua função ética, o TED expede resoluções para que o advogado continue 
merecedor de respeito, e mantenha independência absoluta no exercício da 
profissão, contribuindo para o prestígio da classe.
CEL 
Diretor Geral: Iron Amadeu Camilo de Vasconcelos Naves
Funções: 
O Centro de Cultura, Esporte e Lazer da Advocacia de Goiás (CEL) foi criado 
para oferecer aos advogados goianos e seus familiares um espaço adequado 
para prática esportiva, descanso e diversão. Começou a ser construído em 
1999 e foi inaugurado em agosto de 2003. O projeto de arquitetura foi de-
senvolvido com base nas necessidades dos advogados e na conservação da 
43www.oabgo.org.br
exuberante natureza do lugar. 
Construído numa área de mais de 171 mil m², o CEL abrange nascentes 
que abastecem os dois lagos do clube. Um deles, com grande variedade de 
peixes, é utilizado para pesca esportiva. Para proteger as nascentes contra 
erosão, uma área de 20 mil m² foi reflorestada. O CEL compreende também 
uma reserva florestal que abriga pássaros típicos do Centro-Oeste. 
O clube conta ainda com grandioso complexo esportivo, digno de importan-
tes campeonatos regionais e nacionais; salão de festas, que é referência 
para os melhores eventos do Estado; completa estrutura de lazer; e amplo 
estacionamento. 
SIM: SISTEMA DE INTELIGÊNCIA E MERCADO ON-LINE. 
Implantado no mês de setembro de 2012, o SIM – Sistema de Inteligência 
e Mercado On-line foi instituído e disponibilizado pela OAB/GO para todos 
seus inscritos poderem acessar estudos de mercado, textos e artigos de 
consultores nacionais e internacionais sobre mercado de trabalho, marke-
ting jurídico, gestão de escritórios e planejamento estratégico. 
Além disso, o SIM conta com um profissional de marketing jurídico disponí-
vel para tirar dúvidas e auxiliar os advogados na condução de suas carrei-
ras, através de dicas sobre posicionamento de mercado e atração ética de 
clientes. 
As modalidades iniciais de atendimento são disponibilizadas através de 
consultoria on-line, pelo site da OAB/GO: http://www. oabgo.org.br/oab/
sistema-de-inteligencia-e-mercado-home, existindo ainda a possibilidade 
de agendamento para visita do consultor. 
 
ESCRITÓRIO COMPARTILHADO
Serviço gratuito que você pode utilizar tendo a disposição secretária, com-
putador e internet.
No local, os advogados que ainda não possuem seu próprio espaço de traba-
lho têm à disposição secretária, computador com internet, impressora, fax e 
ambiente adequado para atendimento a clientes e peticionamento. O serviço 
é oferecido aos advogados com até cinco anos de inscrição na seccional e 
44 Manual do Advogado em Início de Carreira
que estão com o pagamento da anuidade em dia. O profissional poderá uti-
lizar as salas três vezes por semana, durante duas horas em cada dia, das 
8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Entretanto, é necessário agendar 
o horário desejado com, pelo menos, um dia de antecedência pelo telefone 
(62) 3901-1405.
O Escritório Compartilhado em Goiânia fica no Centro de Serviços, na Rua 
101, nº 123, Setor Sul. O horário de funcionamento é das 8 às 18 horas, de 
segunda a sexta-feira. Mais informações pelo telefone (62) 3901-1405. 
OPORTUNIDADES
 
O Banco de Oportunidades Profissionais é um espaço no Portal da OAB-GO 
para o cadastramento de currículos de estagiários e de advogados em início 
de carreira (com até cinco anos de inscrição na Seccional goiana), bem como 
para Sociedades de Advogados e empresas de todo o País registrarem suas 
vagas de emprego. Assim, o profissional poderá pesquisar as vagas dispo-
níveis para o seu perfil e entrar em contato com o empregador. Da mesma 
forma, os escritórios de advocacia e as empresas terão acesso aos currícu-
los dos profissionais cadastrados. BANCO DE OPORTUNIDADES 
FÓRUM ON LINE
 
Visando integrar advogados e estagiários inscritos na OAB Goiás, o Fórum 
Online é uma ferramenta no qual os usuários podem participar de grupos de 
discussão de direito, enviando e respondendo dúvidas de colegas e comen-
tários em diversos tópicos. FÓRUM ONLINE. 
OAB ONLINE 
Além de receber suas publicações gratuitamente via e-mail o Advogado 
regularmente inscrito e adimplente na OAB/GO, contam com um sistema 
on-line de gerenciamento de publicações, andamento processual, Proces-
sos digitais, Agenda para administrar seus compromissos, Jurisprudências, 
Modelos de práticas jurídicas, além de várias outras funcionalidades. 
O sistema ainda disponibiliza de forma organiza suas publicações por áreas, 
com definições de prazos, garantindo ao Advogado comodidade, rapidez e 
segurança. 
O acesso ao Sistema OAB Online pode ser feito diretamente pelo site da 
45www.oabgo.org.br
OAB-GO: www.oabgo.org.br. 
SERVIÇOS EXCLUSIVOS 
A Ordem dos Advogados do Brasil tem como principal objetivo garantir o 
irrestrito cumprimento dos direitos profissionais dos advogados, pois só 
assim os cidadãos comuns poderão ter pleno acesso à justiça. O trabalho 
é realizado em várias frentes, que incluem desde a realização de eventos 
técnicos e cursos de capacitação até campanhas de conscientização e servi-
ços de apoio exclusivos para advogados. Veja abaixo algumas das principais 
conquistas da OAB em benefício dos advogados goianienses: 
• Disque Prerrogativas: em defesa das prerrogativas da advocacia o advoga-
do conta com um serviço de atendimento especializado, através do telefone 
9976.9900, fazendo com que seus direitos profissionais sejam garantidos. 
• Recorte: a OAB-GO oferece gratuitamente aos advogados o serviço gratui-
to de envio de intimações judiciais. Basta fazer o cadastro no site. 
• Sala dos Advogados e Serviços: a OAB-GO conta com mais de ... salas de 
apoio ao advogado em todo o Estado. São salas equipadas com computado-
res e outras ferramentas de trabalho para uso exclusivo dos advogados em 
sua rotina de trabalho. 
• Escritório Compartilhado: 
• Estacionamento: 
• Biblioteca do Advogado: biblioteca exclusiva para advogados na sede de 
serviços da OAB-GO. 
• Revista da OAB: trimestralmente os advogados recebem gratuitamente 
a Revista da OAB-GO, uma publicação que traz os destaques da advocacia, 
conquistas da OAB e dos advogados, além de reportagens e matérias jurí-
dicas diversas. 
• Site OAB-GO: informações, notícias sempre atualizadas, eventos, versão 
digitalizada deste manual e muito mais no site www. oabgo.org.br.
 
6. MARKETING JURÍDICO 
Colaboração:Victor Furtado, Consultor em Marketing Jurídico e Gestor do 
46 Manual do Advogado em Início de Carreira
Sistema de Inteligência e Mercado (SIM ) da OAB de Goiás
O conceito que baliza o Marketing Jurídico é a moderação. O Provimento 
94/2000 aponta algumas restrições visando garantir a respeitabilidade da 
imagem profissional da categoria impedindo a auto promoção exacerbada 
ou mesmo o fomento artificializado de demandas. 
Podemos até chamar de “modelo” o conjunto de técnicas utilizadas para 
execução do marketing jurídico, dos quais o marketing pessoal é uma das 
ferramentas principais.
Marketing Jurídico é composto por dezenas de aspectos importantes, entre 
eles: Estratégias de construção de marca do escritório, estabelecimento 
de diferenciais competitivos valorizados pelo mercado onde atua, foco na 
satisfação do cliente, fidelização dos clientes lucrativos, marketing pessoal 
dos advogados, postura profissional, compromisso e bom atendimento 
ao cliente, gestão profissionalizada, captação de clientes, formulação de 
propostas de serviços e honorários e muitos outros temas.
Marketing Jurídico pode ser definido como um conjunto de conceitos, ações 
e estratégias com objetivo de construir um diferencial de mercado capaz 
de gerar reputação, captação de clientes e sucesso profissional. Mas, na 
verdade Marketing Jurídico trata e dá atenção a tudo o que acontece da 
“porta para fora do escritório”, e também da “porta para dentro”, pois de 
nada adianta o advogado ou escritório encontrar um promissor nicho de 
mercado para atuar com alta demanda e lucratividade e construir uma 
reputação positiva no mercado se ao chegar ao escritório o cliente – atraído 
pela reputação e perfil de serviços oferecidos – não for bem recepcionado 
em sua chegada, não for bem atendido pelo advogado, ou então de nada 
adiantará ele ser muito bem recebido quando do primeiro contato, mas não 
conseguir contato com seu advogado durante o processo ou mesmo não 
ficar satisfeito com o serviço prestado.
A advocacia é um negócio baseado na exposição profissional, construção 
de redes de relacionamento, competência, gestão de imagem profissional e 
47www.oabgo.org.br
conquista da confiança dos clientes, amigos e parceiros. 
A exposição profissional tem por objetivo geral fazer com que o advogado 
seja conhecido por seu mercado alvo, pois ninguém contrata um advogado 
que não conhece ou nunca ouviu falar. Para contratar os serviços do 
advogado o cliente deve primeiro ficar sabendo que ele existe, seja por ter 
lhe conhecido em algum evento, ter lido um artigo seu, presenciado alguma 
palestra sua ou mesmo que seu nome tenha sido indicado por algum amigo, 
familiar ou algum outro advogado.
Aproximadamente 70% das captações nascem da indicação dos atuais 
clientes, amigos e familiares, e ainda de parceiros como outros advogados. 
Desta forma, uma boa rede de relacionamentos associada a um bom projeto 
de exposição profissional, permite ao advogado amplas oportunidades 
de captação e solidificação de sua imagem profissional, desde que este 
profissional seja verdadeiramente competente, pois esta é base de tudo.
A melhor estratégia para captar novos clientes ainda é manter seus atuais 
clientes com alto de satisfação, pois, são eles os principais responsáveis pela 
imagem do escritório, juntamente da competência e do profissionalismo dos 
advogados que compõe a marca da banca. Porém, a satisfação dos clientes 
não deve estar somente ancorada no resultado do processo, pois este 
muitas vezes não depende somente da competência e do compromisso dos 
advogados.
Desta forma é foco do marketing jurídico gerenciar a satisfação dos clientes 
ao longo do processo via contatos frequentes visando mantê-los informados 
sobre os passos e prognósticos do processo, evitando assim atrelar 
unicamente o nível de satisfação dos clientes ao resultado final. O advogado 
deve buscar um nível mínimo de satisfação por meio do atendimento 
diferenciado, demonstração de compromisso e competência ao longo do 
processo, a assim estará resguardando sua imagem e potencializando 
eventuais indicações de seu nome sem ficar refém apenas do resultado do 
processo.
48 Manual do Advogado em Início de Carreira
A utilização das mídias sociais como ferramenta de marketing pessoal e 
divulgação de serviços tem chamado muito a atenção no segmento e desde 
que moderada no tempo de dedicação e na abordagem é permitida e pode 
agregar valor para imagem. As mídias sociais devem ser utilizadas como 
fonte de divulgação de informações e não como provocação de demanda, ou 
seja, podem ser publicados artigos pessoais e de outros advogados (citando 
fonte), comentários sobre novas leis que são sancionadas visando “traduzir” 
seus teores para que pessoas comuns entendam. O que não pode ser feito 
é perguntar que alguém precisa de advogado e oferecer abertamente seus 
serviços nas redes sociais.
Caso deseje usar tal ferramenta que seja moderado em seus comentários 
e sóbrio em seus argumentos, saiba que sua imagem está sendo modelada 
por cada palavra publicada. Mantenha seus contatos profissionais em redes 
separadas dos relacionamentos pessoais. 
As redes sociais são ferramentas complementares que bem utilizadas 
podem agregar valor para a imagem e reputação do advogado, expandir sua 
rede de relacionamento e produzir efeito residual da captação de clientes, 
principalmente no segmento de atuação Pessoas Físicas. Contudo, tais 
ferramentas e táticas de ação somente proporcionarão eventuais resultados 
positivos se forem corretamente utilizadas.
Desta forma, tendo ciência que a advocacia se baseia fortemente em 
relacionamentos podemos presumir que a internet e as redes sociais - se 
corretamente utilizadas - podem ajudar de forma efetiva tanto na construção 
sua rede de relacionamentos, de seu marketing pessoal, quanto em futuras 
oportunidades de captações de clientes, porém tais ações em mídias sociais 
e internet devem ser acompanhadas da postura profissional, competência 
jurídica, inteligência emocional, frequência, dedicação e estratégias de ação 
condizente com o segmento e área de atuação do advogado. 
O primeiro critério é criar um canal de rede social profissional sem adição 
de familiares e amigos íntimos, onde serão postados apenas informações 
e artigos relacionados com as áreas e assuntos de direito selecionados, 
49www.oabgo.org.br
bem como eventuais comentários seus sobre fatos e artigos também 
desta natureza. Postagem de fotos com família e amigos, comentários 
despropositados, brincadeiras e outras ações que não contribuam 
para a formação de uma imagem de profissional sério, competente e 
compromissado devem ser sempre evitadas.
Normalmente a estratégia de redes sociais tem como base um Blog onde 
serão originalmente postados artigos escritos por você ou reproduzidos de 
outras fontes acrescidos de comentários. Estes artigos poderão ser postados 
em seu Facebook e Twitter profissional. Além de servir de plataforma de 
publicação este Blog também será mapeado pelo Google conforme volume 
de palavras chaves relacionadas ao Direito, o que permitirá um bom 
“ranking” de aparição no Google quando algum potencial cliente estiver em 
busca de algum advogado na internet.
O segundo critério é o da relevância, ou seja, não poste artigos ou comentários 
que não sejam relevantes evitando saturar sua comunicação e associar sua 
imagem apenas aquilo que é verdadeiramente importante. Fuja de opiniões 
repletas de “juízo de valor”.
O terceiro critério é o da frequência e provocação, pois de nada adianta 
uma rede social onde não acontecem interações, sejam elas de via única 
ou de “feedback”. Para isso devemos estimular a participação dos 
interlocutores solicitando opinião sobre os artigos de outros autores 
publicados em sua rede social, mas nunca sobre aquilo que você escreveu 
ou comentou

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