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1www.oabgo.org.br 1www.oabgo.org.brComissão da Advocacia Jovem MANUAL DO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA 2ª EDIÇÃO MANUAL JOVEM ADVOGADO do Ordem dos Advogados do Brasil Seção de Goiás Presidente Enil Henrique de Souza Filho Vice-Presidente Antônio Carlos Monteiro da Silva Secretário-Geral Julio Cesar Meirelles Secretário-Geral Adjunto Otávio Alves Forte Diretora-Tesoureira Márcia Queiroz Nascimento Endereço Rua 1121, 200, Marista Goiânia - GO, CEP: 74.175-120, Caixa Postal 15 Telefone: (62) 3238-2000 E-mail: gp@oabgo.org.br Comissão da Advocacia Jovem Diretoria Wanderson de Oliveira – Presidente Bráulio Rodrigues Duarte - Vice-Presidente Luiz Alves de Carvalho Filho – Secretário-Geral Silvienn Ferreira Pires – Secretária Geral Adjunta Nota da 2ª Edição Depois do sucesso da 1ª Edição, é com grande satisfação que lançamos a atual edição. Revisada, atualizada e sempre no intuito de auxiliar o advogado em início de carreira. A 1ª Edição ficou a cargo da Subcomissão do Advogado em Início de Carreira, à época coordenada por Lorena Moura Escher. Juntamente com a integrante Alyne Cristine Lopes, hoje Conselheira Seccional da OAB GO. Escher se empenhou no desenvolvimento deste trabalho. A primeira edição foi impressa no ano de 2011. Nessa segunda edição é dado destaque à Tributação na Advocacia e ao Processo Eletrônico que são temas atuais e de extrema relevância no dia a dia da advocacia. Ainda consta nessa versão a relação ampliada de serviços oferecidos gratuitamente à advocacia. Esse projeto só foi possível graças ao empenho e dedicação da diretoria da CAJ da gestão 2010/2012 que fez o lançamento desta importante ferramenta de apoio à carreira do Advogado iniciante. Coube à atual gestão apenas dar sequência ao trabalho. Dessa forma não poderíamos deixar de consignar nossos sinceros agradecimentos à Diretoria e colaboradores da primeira edição. A 2ª Edição ficou a cargo da Subcomissão do Advogado em Início de Carreira, coordenada por Marta Rodrigues Neres que contou com a colaboração de toda Diretoria e Coordenação da Comissão. A revisão geral é de Lorena Moura Escher, Vice Presidente licenciada da comissão. Goiânia - 2015. Envie suas criticas e sugestões sobre o manual para caj@oabgo.org.br POR UMA MAIOR ATENÇÃO AOS NOSSOS JOVENS ADVOGADOS O início da carreira é um momento particularmente delicado na vida de qualquer advogado. Época em que é necessário se apreender muito, em muito pouco tempo: não apenas sobre Direito, mas sobre a ética na advocacia, funcionamento do Poder Judiciário, nossas prerrogativas, novas tecnologias adotadas na área, honorários e tributação da atividade advocatícia e uma infinidade de outros temas imprescindíveis para uma melhor e mais positiva atuação. Essa é a razão pela qual a OAB-GO busca investir decisivamente na criação e disponibilização de estruturas, produtos e serviços especificamente voltados para esse jovem público . Além de fomentar o fortalecimento da atuação da Comissão da Advocacia Jovem (CAJ), uma maior interação da diretoria da OAB-GO e a elevação no número de cursos e palestras gratuitos oferecidos pela Escola Superior de Advocacia (ESA), a entidade considerou salutar publicar esta 2ª Edição do Manual do Advogado em Início de Carreira, para que se reafirme, cada vez mais, como instrumento que garanta segurança e informação ao advogado iniciante. Se você é um de nossos inscritos em início de carreira, não deixe de manusear essa publicação, ler todos os temas, tirar suas dúvidas, enfim, utilizá-la diariamente, para consultas rápidas inclusive. É para isso que a OAB-GO a publicou: para auxiliá-lo a dominar os principais assuntos relativos ao exercício da profissão, com segurança e propriedade. Enil Henrique de Souza Filho Presidente da OAB-GO MENSAGEM DA DIRETORIA DA COMISSÃO DA ADVOCACIA JOVEM (CAJ) OAB GO. Prezado(a) Colega, Você agora faz parte da instituição mais respeitada do país, a Ordem dos Advogados do Brasil. A Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) é a sua porta de entrada, já que é composta pelos advogados em início de carreira (até cinco anos de inscrição), estagiários, bacharéis e acadêmicos de direito. A missão da CAJ é inserir os novos profissionais nas rotinas da OABGO, incentivando-os desde cedo a lutar e a defender a classe, a valorizar a profissão, bem como a conhecer o papel de nossa importante Instituição. Além dessa tarefa institucional, a Comissão assiste os advogados iniciantes em sua inserção no mercado de trabalho, proporcionando-lhes gratuitamente diversos serviços e programas de aprimoramento profissional, tais como, desconto na anuidade, OAB Online (leitura de publicações), Gestão de Marketing,Escritório Compartilhado, Banco de Oportunidades, Fórum Online entre tantos outros. A Comissão ainda desenvolve projetos voltados para as áreas sociais e de ensino. Programas como OAB Vai à Faculdade, OAB Vai à Escola, Fórum de Debates, Minicursos, Terça Prática, Bate-Papo com o Legislativo são alguns exemplos. Este manual foi criado pensando em você, por isso esperamos que possa ajudá-lo na construção de sua carreira e que você possa alcançar o sucesso profissional almejado. Deste modo, você é nosso(a) convidado(a) a participar das reuniões, eventos, serviços e projetos da Comissão. Venha contribuir com suas ideias e sugestões. Não há burocracia, nem é necessário indicação. Tome nota de nossas atividades por meio de nosso e-mail ou telefone. História da Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) da OAB GO A CAJ foi criada em 1998 e seus comandantes tiveram sempre atuação de destaque, o que nos permite dizer que em sua história esta é uma das comissões mais atuantes da Ordem. 1. Código de Ética e Disciplina - A Ética na Advocacia 2. Direitos e Prerrogativas da Advocacia 3. Honorários Advocatícios do Estado de Goiás 4. Tributação da atividade advocatícia 5. Serviços da OAB para os Advogados 6. Marketing Jurídico 7. Gestão de Imagem 8. Áreas do Direito: Tendências de Mercado e Gestão da Carreira Jurídica 9. Várias Formas de Exercer a Advocacia 10. Montar seu próprio escritório, trabalhar como empregado ou associado? 11 17 24 27 31 41 48 50 54 64 SUMÁRIO 10 Manual do Advogado em Início de Carreira A ordem é valorizar a advocacia em início de carreira Wanderson de Oliveira Presidente Bráulio Rodrigues Duarte Vice Presidente Luiz Alves de Carvalho Filho Secretário Geral-Adjunto Silvienn Ferreira Pires Secretária Geral-Adjunta Eduardo Kleber Xavier Lemos Subcomissão do Acadêmico e estagiário de Direito Gilson Dias de Araujo Filho Subcomissão OAB Vai à Faculdade Marcos Filipe Machado Cruz Subcomissão do Advogado Estudante Marcela Campos Teixeira Subcomissão OAB Vai à Escola Marianne Cardoso Schmidt Subcomissão de Prerrogativas Jovem Marta Neres Rodrigues Subcomissão de Estudos Jurídicos - Matheus Scoponi José Tavares Subcomissão de Capacitação Profissional Paulo Felipe Souza Subcomissão de Acompanhamento Forense Pedro Henrique Mesquita de Deus Subcomissão de Comunicação Silvia Mundim Lopes Veloso Subcomissão do Advogado em Início de Carreira Thiago de Melo Lopes Sub. Mov. Combate Corrupção Eleitoral (MCCE) Vilmar Altino Freire Sub. de Integração e Relações Institucionais A OAB GO é para todos CAJ 2013/2015. MANUAL DO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA 2ª EDIÇÃO 12 Manual do Advogado em Início de Carreira 1. CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA - A ÉTICA NA ADVOCACIA Colaboração: Dr. Enil Henrique de Souza Neto e Dr. Pedro Rafael de Moura Mei- reles A humanidade há vários anos discute o conceito de éticae sua importância. “¹Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científi- ca ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas” (livro O que é Ética, editora Brasiliense, Álvaro L. M.Valls). A ética na advocacia compreende os princípios e padrões que orientam o com- portamento do profissional do direito. A ética é um dos requisitos fundamen- tais a todos os cidadãos, inclusive ao advogado. Ao agir com ética o profissional colaborará para um convívio harmônico da sociedade. Necessidade vital para se viver em coletividade. Além do mais, em que pese, ética não é um produto, ética agrega valor ao serviço prestado pelo advogado. O advogado que age com ética, traz uma imagem positiva a si, a classe, e traz consequências positivas para a sociedade. A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 133, preceitua que o Advogado é indispensável à administração da justiça. O advogado que não atua com o devido zelo e ética profissional coloca em risco a liberdade, o patrimônio e todos os direitos de seu constituinte, po- dendo ocasionar prejuízos imensuráveis. Para nortear o advogado em sua conduta profissional, temos o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, lei nº 8.906/94, além do Có- digo de Ética e Disciplina da OAB, instituído pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Estatuto da Advocacia determina que o advogado é obrigado a cumprir o Código de Ética e Disciplina. Este se norteou por princípios que formam a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua 13www.oabgo.org.br conduta: • Lutar sem receio pelo primado da Justiça; • Pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito à Lei, fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum; • Ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais; • Proceder com lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em to- dos os atos do seu ofício; • Empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização práti- ca de seus legítimos interesses; • Comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo denodo humildes e poderosos; • Exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho; • Aprimorar-se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídi- ca, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; • Agir, em suma, com a dignidade das pessoas de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe. De acordo com o Art. 6º do EAOAB “Não há hierarquia nem subordinação en- tre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos”. O artigo 31 e seus parágrafos do Estatuto da Advocacia assim preceituam: Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de res- peito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. § 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. 14 Manual do Advogado em Início de Carreira § 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autorida- de, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exer- cício da profissão. As principais infrações-ético disciplinares cometidas pelos advogados são: • Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo; • Valer-se de agenciador ou captador de causas; • Violar, sem justa causa, sigilo profissional; • Estabelecer entendimento com a parte advesa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; • Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; • Locupletar-se por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; • Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; • Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele. O Advogado deve uma por- menorizada prestação de contas ao cliente, não excluindo outras pres- tações solicitadas pelo cliente a qualquer momento, e devolver os bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, nos termos do artigo 9º do Código de Ética; • Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou sem con- fiança; • Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 10 dias da comunicação da renúncia; • Fazer em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; • O Advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituí- do, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis; • Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; • Manter conduta incompatível com a advocacia; 15www.oabgo.org.br • Falta de celebração de contrato escrito – o contrato escrito de prestação de serviços advocatícios deve estabelecer o trabalho a ser realizado pelo advo- gado, o valor e a forma de pagamento dos honorários advocatícios e determi- nar de quem será a responsabilidade pelo pagamento das custas e despesas processuais, entre elas o transporte, alimentação e hospedagem do advoga- do; • Vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestadamente du- vidoso; • Cobrar honorários advocatícios menores do que o previsto na Tabela de Honorários da OAB; • Deixar de aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial. Estas condutas acima não são aceitas. O profissional deve evita-las de todas as maneiras possíveis. As sanções disciplinares consistem em: • Censura • Suspensão, pelo prazo de 30 dias a 12 meses, podendo perdurar em al- guns casos até que o advogado satisfaça integralmente a dívida, e até que preste novas provas de habilitação. • Exclusão • Multa, variável entre o mínimo do valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, podendo ser aplicada cumulativamente a censura ou sus- pensão, em havendo circunstâncias agravantes. É importante ressaltar que além da responsabilidade disciplinar, o advo- gado responde civilmente pelos danos que causar ao cliente, em virtude de dolo ou culpa (art. 32 do Estatuto). A responsabilidade civil do advogado assenta-se nos seguintes elementos: a) o ato (ou omissão) de atividade profissional; b) o dano material ou moral; 16 Manual do Advogado em Início de Carreira c) o nexo de causalidade entre o ato e o dano; d) a culpa ou dolo do advogado; e) a imputação da responsabilidade civil ao advogado. O advogado, ao observar o seu comportamento no mercado e na sociedade, deve observar também a maneira como ele divulga seu serviço. O tema publicidade é disciplinado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB nos artigos 29 a 34. Também regulamenta o tema o provimento 94/2000 do Conselho Federal da OAB. O profissional que desejar uma análise aprofundada sobre o tema deverá ler as normas acima citadas, além de pesquisar a jurisprudência do Conselho Federal e Tribunais de Ética de todo país. Assim, segue abaixo algumas dicas sobre o tema. Lembrando que estas su- gestões são apenas um resumo sobre a matéria, não se almejando esgotar o tema. DICAS SOBRE PUBLICIDADE NA ADVOCACIA CONDUTAS ADMITIDAS: • O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais com discrição e moderação, para finalidadeexclusivamente informativa, vedada a divul- gação em conjunto com outra atividade. • O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição da OAB. É vedada a denominação de fantasia. • O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimen- sões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de “outdo- or” ou equivalente. • O uso das expressões “escritório de advocacia” ou “sociedade de advoga- dos” deve estar acompanhado da indicação de número de registro na OAB ou do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem. 17www.oabgo.org.br • O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qual- quer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre méto- dos de trabalho usados por seus colegas de profissão. • São admitidos como veículos de informação publicitária da advocacia: a) Internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhan- tes; b) revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de impren- sa escrita; c) placa de identificação do escritório; d) papéis de petições, de recados e de cartas, envelopes e pastas. • São meios lícitos de publicidade da advocacia: a) a utilização de cartões de visita e de apresentação do escritório, contendo, exclusivamente, in- formações objetivas; b) a placa identificativa do escritório, afixada no local onde se encontra instalado; c) o anúncio do escritório em listas de tele- fone e análogas; d) a comunicação de mudança de endereço e de altera- ção de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, assim como por meio de mala-direta aos colegas e aos clientes cadastrados; e) a menção da condição de advogado e, se for o caso, do ramo de atuação, em anuários profissionais, nacionais ou estran- geiros; f) a divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado ou à sociedade de. CONDUTAS NÃO ADMITIDAS: • O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil. • São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou forma de pagamento, termos ou expressões que possam iludir ou confun- dir o público, informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente, captação de causa ou clientes, bem como menção ao tamanho, qualidade e estrutura da sede profissional. 18 Manual do Advogado em Início de Carreira • Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante remessa de correspondência a uma coletividade, salvo para comunicar a clientes e colegas a instalação ou mudança de endereço, a indicação ex- pressa do seu nome e escritório em partes externas de veículo, ou a inser- ção de seu nome em anúncio relativo a outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não. • O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela. • Não são admitidos como veículos de publicidade da advocacia: a) rádio e televisão; b) painéis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer ou- tros meios de publicidade em vias públicas; c) cartas circulares e panfle- tos distribuídos ao público; d) oferta de serviços mediante intermediários. • Não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à advocacia: a) menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas sob seu patrocínio; b) referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido; c) emprego de orações ou expressões persuasivas, de auto-engrande- cimento ou de comparação; d) divulgação de valores dos serviços, sua gratuidade ou forma de pagamento; e) oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer convocação para postulação de interesses nas vias judiciais ou administrativas; f) veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade; g) informações sobre as dimensões, qualidades ou estrutura do escritório; h) informações errôneas ou enganosas; i) promessa de resultados ou indução do resultado com dispensa de pagamento de honorários; j) menção a título acadêmico não reconhecido; k) emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia; l) utilização de meios promocionais típicos de atividade mercantil. Assim, cabe ao advogado atuar com extrema vinculação aos preceitos do Código de Ética e Disciplina da OAB e do Estatuto da Advocacia e da OAB. O advogado deve ir além, uma vez que não basta aplicá-lo, mas tem de defen- dê-lo, invocando-o a todo o momento em que, diante de si, demonstrarem- -se condutas que desmereçam as ciências jurídicas. 19www.oabgo.org.br Não com menos importância, também destacá-lo intensamente nos meios que frequentar, estimulando a todos operadores do direito a sua fiel observância. Somente assim o advogado contribuirá para o engrandecimento e respeito da advocacia. E para a evolução e defesa da sociedade. 2. DIREITOS E PRERROGATIVAS DA ADVOCACIA Colaboração: Dr. Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel No exercício da advocacia os atos dos advogados são invioláveis, pois pres- tam serviço público e de relevante valor social, inexistindo hierarquia ou su- bordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público. Todavia, é dever do advogado agir com respeito, discrição e independência, exigindo tratamento isonômico e zelando pelas prerrogativas a que tem di- reito. Amparado no texto Constitucional, art. 133 que dispõe ser o “advogado indispensável à administração da justiça”, não podem pairar dúvidas o quanto é significativa e necessária à presença deste profissional no tripé da administração da justiça brasileira. Além deste princípio fundamental, o artigo 5. °, inciso XIII da Constituição Federal, assim dispõe: “Art. 5. ° - Todos são iguais perante a lei, sem discrição de qualquer natu- reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi- das as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” Ao prefaciar o livro Prerrogativas Profissionais do Advogado de Alberto Zacharias Toron e Alexandra Lebelson Szafir o Ministro Celso de Melo assim consignou: “a íntima vinculação que há – e que não pode ser desconsiderada em qualquer 20 Manual do Advogado em Início de Carreira abordagem que se faça em torno do tema – entre as prerrogativas profissio- nais de são titulares os advogados, de um lado, e a declaração constitucional de direitos e garantias” Como se depreende dos diplomas legais, a indispensabilidade e a liberdade estão diretamente ligado ao exercício profissional em razão da Lei n.°8.906, de 04 de julho de 1994, o denominado Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. O exercício da atividade Advocatícia, Consultoria Jurídica, Assessoria Jurídi- ca e Direção Jurídicas1 , bem como a denominação Advogado, é privativo dos inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Aquele que pra- ticar ato privativo de Advogado ou utilizar-se da denominação de advogado sem estar regularmente habilitado estará exercendo ilegalmente a profis- são e, portanto,está sujeito às sansões legais, além de serem nulos todos os atos praticados. No exercício da profissão, o Advogado deve ser tratado com urbanidade pelas autoridades, pelos servidores públicos e pelos serventuários da justiça, sendo indispensável à administração da justiça. Para que possa exercer a atividade de forma plena, ao Advogado foi conce- dido direitos e garantias que lhes e dirigidos especificamente para o livre exercício da profissão. A violação das prerrogativas profissionais, em última analise é uma lesão aos direitos e garantias dos cidadãos. Para Paulo Luiz Netto Lôbo a prerrogativa profissional significa direito exclusivo e indispensável ao exercício de determinada profissão no interesse social. Em certa medida é direito-dever e, no caso da advocacia, configura condições legais de exercício de seu múnus público. Por mais que prerrogativa seja gênero e os direitos espécie, o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil – Lei nº.8.906/1994, trata- 1 Fundamento legal: art. 1º, II, do Estatuto da Advocacia e da OAB – Lei nº 8.906/94. 21www.oabgo.org.br os de forma indistinta. Não existe um dispositivo específico contendo o rol taxativo destas prerrogativas. Entretanto, destaca-se o artigo 7º do Estatuto, que dispõe sobre algumas destas prerrogativas dos Advogados, das quais merecem destacamos algumas, tendo em vista o advogado em inicio de carreira, que são elas: a) Exercício da Advocacia em território nacional com liberdade Todos os Advogados inscritos na OAB tem direito de exercer livremente a advocacia em todo território nacional. Existem, porém, algumas ressal- vas. O Advogado pode atuar fora da Seccional de origem, sede de atua- ção, no limite de 05(cinco) causas por ano. Quando atuar com habituali- dade deverá requerer a inscrição suplementar na seccional. b) Ausência de hierarquia e subordinação em relação a outras autoridades, servidores públicos e serventuários da Justiça: O direito de igualdade e a garantia para que os advogados possam atuar na defesa dos direitos dos cidadãos de forma autônoma e independente, de forma a alcançar o seu fim social. c) Inviolabilidade do local de trabalho A única exceção a esta prerrogativa é no caso de ordem judicial. O juiz pode expedir mandato de busca e apreensão, devendo o objeto ser defi- nido e certo para ser válido. d) Comunicar pessoal e reservadamente com seus clientes A garantia de comunicação com clientes, pessoal e reservadamente, mesmo quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em esta- belecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. Tal prerrogativa é essencial para a realização do estrito cumprimento da advocacia e consequentemente seja alcançada a Justiça. 22 Manual do Advogado em Início de Carreira e) Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia No caso de prisão do advogado, por ato decorrente do exercício profissio- nal, o mesmo tem direito a presença de representante da OAB no ato de lavratura do auto de prisão, sob pena de nulidade. É oportuno ressaltar que o Advogado, no exercício da profissão somente pode ser preso em flagrante delito, por crime inafiançável, conforme exe- gese do artigo 7º, § 3º do Estatuto da Advocacia. Assim, a autoridade que “der voz” de prisão ao advogado no exercício profissional estará incorrendo em crime de abuso de autoridade, Lei nº 4.898/65, que pode resultar inclusive na perda do cargo conforme dispõe o artigo 6º, § 3º, alinea “c” do mencionado diploma legal, processo ad- ministrativo perante Corregedoria a que esteja vinculado a autoridade, Conselho Nacional de Justiça, além de eventual crime contra a honra e reparação por danos morais. f) Prisão em sala de Estado Maior, até trânsito em julgado da sentença Conforme dispõe o inciso V, do art. 7º, do Estatuto da Advocacia, o advogado recolhido preso, antes de sentença com trânsito em julgado, terá direito de ficar em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, e na sua falta, em prisão domiciliar. g) Liberdade de acesso, permanência nas repartições públicas, assembléias e direito de retirada Sendo a atividade advocatícia um serviço público e, tendo em vista, ainda, a essencialidade do advogado para a administração da justiça, há, no Estatuto da Advocacia, a previsão de prerrogativas que visam conferir ao advogado a liberdade necessária para sua boa atuação, principalmente perante os ór- gãos públicos, judiciários ou não. 23www.oabgo.org.br Fundamento legal para tal prerrogativa esta no art. 7º, VI e VII, do Estatuto da Advocacia e da OAB, que tem por escopo final a garantia da realização da justiça e defesa do cidadão. h) Dirigir-se diretamente aos magistrados A independência dos advogados e essencial para que o Estado possa atingir seu objetivo de prover a justiça. Assim, para que possa requer providências ou obter informações necessárias ao pleno exercício da profissão o Estatuto da Advocacia confere aos advogados a prerrogativa de se dirigirem diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes. Portanto, os magistrados têm o dever funcional de receber os advogados, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, devendo ser observando apenas a ordem de chegada. i) Retirada, exame e vista de autos Para que posso exercer a defesa dos interesses do seu constituinte, o Advogado necessita ter conhecimento dos fatos, documentos, provas, alegações decisões e atos processuais realizados, o que somente é possível conhecendo os autos do processo. Diante disso é que o Estatuto da Advocacia faculta ao advogado exame de autos e inquéritos, bem como a vista e retirada de autos de processos judiciais ou administrativos, de qualquer natureza, atendidas as exceções legais. j) Fazer uso da palavra no âmbito do Poder Judiciário, Executivo, Legislati- vo e órgãos da Administração Pública em defesa A palavra, escrita ou falada, constitui instrumento essencial para o exer- cício da advocacia. 24 Manual do Advogado em Início de Carreira Assim, o Estatuto da Advocacia, consagrou o uso da palavra como prerrogativa dos advogados, em especial, no que se refere ao direito às sustentações orais, às intervenções pela ordem e às reclamações, de modo que quaisquer normas contidas em regimentos internos no âmbito do Poder Judiciário, do Poder Executivo, representado pelos órgãos da Administração Pública ou do Poder Legislativo ou imposições colocadas pelas autoridades, quanto à forma a ser seguida pelo advogado, no exercício de seu direito de manifestação constituirá violação de prerrogativas. k) Ser desagravado em público O desagravo é meio de defesa do advogado sendo exercido quando as ofensas forem no exercício ou em razão da profissão. Deve ser feito pelo Conselho Seccional da localidade onde tenha sido praticada a ofensa e tem como objetivo permitir a reparação moral ao ofendido de forma a resgatar a sua dignidade profissional, assim como conclamar a solidariedade da classe para com o ofendido, de modo a promover não só a sua pública defesa, mas, também, a da classe como um todo contra a ofensa perpetrada. Ressalta-se, que haverá Desagravo independente da aceitação do ad- vogado ofendido, uma vez que, a ofensa é à advocacia e, não apenas, à pessoa do advogado. l) Recusar a depor mesmo com o cliente autorizando ou solicitando Conforme dispõe o artigo 7º, XIX da lei 8.906/94 é prerrogativa do advogado recusar-se a depor como testemunha mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte. m) Imunidade profissional à injúria e difamação 25www.oabgo.org.br Imunidade profissional ou inviolabilidade penal2 é “uma exigência fun- cional para melhor desempenhar a defesa dos interesses que lhe são confiadose com inteira liberdade na discussão da causa”. Dessa forma, a imunidade não é um privilegio, mas sim uma garantia para que o advogado possa atua com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé. Ressalta-se que essa imunidade é relativa, é relativa, haja vista que, tanto a Carta Magna, quanto o Código Penal e o Estatuto da Advocacia prevêem, expressamente, a atuação dentro de limites legais. O rol de prerrogativas mencionado nesse manual não abarca se quer o rol contido no artigo 7º do Estatuto da Advocacia, sendo que para o exercício pleno da Advocacia e essencial o conhecimento dos seus direito e deveres. Assim, o objetivo aqui é despertar os novos profissionais da necessidade de conhecer os seus direito e prerrogativas para o pleno exercício da advocacia. DA COMISSÃO DE DIREITOS E PRERROGATIVAS A OAB-GO, visando o combate às constantes violações às Prerrogativas dos Advogados, criou o Disque-Prerrogativas, que funciona em regime de Plantão 24h por dia, a fim de prestar assistência a qualquer membro desta Seccional que esteja sofrendo ameaça ou violação às prerrogativas profissionais. O atendimento é feito pelo telefone (62) 9976-9900. O advogado também conta com o Núcleo de Defesa das Prerrogativas, localizado no Centro de Serviços da seccional, no Setor Sul, em Goiânia. O órgão funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, para receber denúncias de violação de prerrogativas da advocacia sendo que o contato pode ser feito pessoalmente ou pelo telefone 0800-6439900. 2 Toron, Alberto Zacharias, Prerrogativas profissionais do advogado. 3. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010, pag. 11 26 Manual do Advogado em Início de Carreira Assim, quando o advogado for violado nas suas prerrogativas profissionais deve informar o fato para que se possam tomar as providências judiciais e extrajudiciais cabíveis. Destaque-se que o advogado é o guardião das liberdades, da vida e do patri- mônio do seu constituinte. Por isso, é preciso que conheçam seus direitos e deveres e os exerçam, lembrando que o advogado não pode estar sujeito a qualquer constrição. Há de ressaltar a seguinte frase “Pecar pelo silêncio, quando deve protes- tar, faz do homem um covarde”. Abraham Lincoln. 3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DO ESTADO DE GOIÁS Colaboração: Dra. Lívia Costa O Advogado é o profissional habilitado para atuar na defesa dos interesses de seu cliente, exercendo munus público, um encargo público, já que é peça essencial para a administração da justiça e instrumento básico para assegurar a defesa dos interesses das partes em juízo, sendo também um dos pilares da democracia, buscando incansavelmente a justiça. O Advogado é profissional liberal, ou seja, presta serviços em áreas de uso intensivo de conhecimento técnico, com qualificação e habilitação determinadas pela lei e pode trabalhar na condição de empregado ou de forma independente, na condição de autônomo, exercendo sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e assumindo seus próprios riscos. Assim, atuando enquanto autônomo, sozinho ou em conjunto com outros colegas, o advogado tem de arcar com diversos custos para manter seu escritório em funcionamento, tais como despesas com energia, telefone, suprimentos, aluguel, internet, auxiliares, impostos, dentre outros, além, obviamente, do proveito econômico proveniente da advocacia que lhe 27www.oabgo.org.br permitirá o sustento próprio e de sua família. Para custear tais despesas, é imperioso que o advogado cobre honorários advocatícios que correspondam a valores justos que lhe permitam atuar na defesa de seus clientes, bem como permitam que todos os demais colegas advogados do mercado continuem exercendo suas atividades com dignidade. De outro modo, caso o advogado aceite trabalhar mediante o recebimento de valores pífios, estará comprometendo as despesas de seu escritório, a qualidade de seu trabalho, a valoração da advocacia perante o cliente e perante a sociedade e as condições de sobrevivência de outros escritórios advocatícios. É lamentável, e infelizmente não raro, encontrar colegas que instauram ver- dadeiros leilões às avessas, cobrando valores cada vez menores na disputa por clientes. Nestes casos, o valor recebido a título de honorários pode pa- recer simbolizar um ganho líquido, porém, ao serem subtraídas dos honorá- rios as despesas de manutenção do escritório, não raro, o advogado obterá um saldo negativo e estará pagando para trabalhar, quando, na verdade, sua profissão deveria ter por finalidade prover seu sustento com dignidade. Muitas vezes a falta de gerenciamento e planejamento estratégico faz com esta realidade passe despercebida pelo advogado, que apenas notará o rombo no orçamento do escritório, e consequentemente no orçamento pessoal, quando a situação já tiver se tornado irrecuperável. Além de tudo isso, os preços pífios pelos serviços advocatícios simbolizam concorrência desleal face a outros profissionais sérios e preparados que zelam pela cobrança de valores justos no exercício profissional. Por esta razão, a Ordem dos Advogados do Brasil criou a Tabela Mínima de Honorários Advocatícias, corrigida periodicamente, que apresenta os serviços e os respectivos valores mínimos a ser cobrados pelo advogado a fim de se evitar a situação descrita, sob pena de violação do Código de Ética da OAB. 28 Manual do Advogado em Início de Carreira Frise-se que a o advogado pode cobrar acima dos valores que constam da tabela, não devendo, entretanto, cobrar abaixo, salvo em caso de motivo plenamente justificável (art. 41 do Código de Ética e Disciplina da OAB). Das três modalidades de honorários existentes (contratados ou convencionados, arbitrados e de sucumbência), a responsabilidade ética do advogado reside na fixação dos honorários contratados ou convencionados, os honorários pactuados entre o advogado e seu cliente. O advogado fixará o preço de seu serviço de acordo com uma série de fatores como complexidade da causa, tempo de trabalho, o local da prestação do serviço, despesas a serem geradas, a experiência e renome do profissional, dentre outros (art.36 do Código de Ética e Disciplina da OAB). Para segurança tanto do cliente quando do advogado, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que todo contrato de honorários deva ser fir- mado por escrito, trazendo todas as especificidades dos serviços contrata- dos, valores respectivos, forma e momento de pagamento, além de outras situações. Além disso, o Código de Ética e Disciplina da OAB preceitua: Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente. Parágrafo único. A participação do advogado em bens particulares de cliente, comprovadamente sem condições pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde que contratada por escrito. O artigo 38 do Código de Ética e Disciplina permite o emprego da cláusula quota litis ao contrato de honorários que vincula a remuneração do causídico ao sucesso da demanda. O advogado neste caso assume, juntamente com o cliente, o risco da demanda. Em tais casos, o percentual máximo de cobrança de honorários 29www.oabgo.org.br advocatícios admitido pelo Código de Ética e Disciplina da OAB é de 50% (cinquenta por cento) do proveito econômico obtido pelo cliente, somados os honorários contratados aos honorários de sucumbência. Por esta razão, a Ordem dos Advogados do Brasil criou a Tabela Mínima de Honorários Advocatícias, corrigida periodicamente, que apresenta os serviços e os respectivos valores mínimos a ser cobrados pelo advogado a fim de se evitar a situaçãodescrita, sob pena de violação do Código de Ética da OAB. A Tabela de Honorários válida para o estado de Goiás pode ser acessada pelo site da OAB-GO. De qualquer forma, o que se espera de um advogado, seja ele experiente ou em início de carreira, é que sempre use de bom senso e ética para fixar os valores dos honorários, em respeito ao seu cliente, aos demais advogados que formam o mercado e a si próprio enquanto advogado. DICAS AO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA • O advogado deve contratar, por escrito, a prestação dos serviços profissionais, fixando o valor dos honorários, reajuste e condições de pagamento, inclusive no caso de acordo, e observando os valores mínimos constantes da Tabela. • A forma e as condições de pagamento das custas e encargos judiciais e extrajudiciais, deverão integrar o contrato. • Todas as despesas, judiciais ou extrajudiciais, bem como de locomoção, alimentação, hospedagem, certidões, cópias, condução de auxiliares, etc., serão suportadas pelo cliente, ao qual deverá o advogado fazer prestação de contas. • Os honorários da sucumbência pertencem ao advogado e não excluem os contratados. • O advogado substabelecido deve ajustar a sua remuneração com o advogado substabelecente e com o cliente antes de aceitar o substabelecimento. 30 Manual do Advogado em Início de Carreira • Pactuar se os honorários serão devidos independente do sucesso da demanda. • O contrato de honorário escrito é título executivo extrajudicial, enquanto os judiciais, ou seja, arbitrados em sentença judicial ou fixados a título de sucumbência, são títulos judiciais. Tanto um quanto outro devem ser cobrados por processo de execução, a diferença é que os judiciais, poderão ser cobrados nos próprios autos do processo principal. • Para que o advogado possa reter seus honorários, caso esteja autorizado a receber proveitos em nome do cliente, é necessário que haja tal previsão no contrato de honorários. • Outra atitude que o advogado pode adotar é, na fase de cumprimento de sentença, juntar aos autos seu contrato de honorários e requerer que seja expedido alvará distinto para o levantamento de seus honorários. 4. TRIBUTAÇÃO DA ATIVIDADE ADVOCATÍCIA Colaboração: Colaboração: Otávio Alves Forte / Thiago Miranda Cartilha da Comissão de Direito Tributário da OAB-GO Os serviços de advocacia, assim como uma infinidade de outros serviços, são tributados. Pouco importa se o serviço é prestado por advogado autôno- mo ou por integrantes de uma Sociedade de Advogados. O não recolhimento dos tributos pode levar a uma série de consequências desagradáveis, den- tre elas: autuações por parte dos fiscos Municipal e Federal, multas (que podem, facilmente, chegar a 225% do valor do tributo devido), além de san- ções de natureza penal. Com a evolução tecnológica, está cada vez mais fácil para o Fisco identificar a renda e o patrimônio do contribuinte. Hoje, praticamente as três esferas de Governo trocam informações, cruzam dados, em busca de indícios de possíveis fraudes e/ou sonegação fiscal. Modernos programas de processamento de dados permitem que os Gover- nos cruzem informações e obtenham dados das atividades do contribuinte com grande fidelidade e agilidade. 31www.oabgo.org.br Deve-se ter em mente que a atividade do Advogado é pública. Basta o nú- mero de sua inscrição na OAB para se levantar quantos e quais são os pro- cessos em que ele atua. Se o advogado não recolhe ISS, por exemplo, nada impede que o Fisco Municipal, de posse desses dados, autue o profissional por sonegação fiscal. O Fisco Federal também tem interesse em saber de onde vem o patrimônio do advogado e se ele corresponde ao que ele efeti- vamente declara. Outra questão de suma importância é o recolhimento da contribuição previ- denciária pelo advogado. Além de evitar autuações fiscais, o devido recolhi- mento desse tributo garante ao advogado, autônomo ou como sócio de uma Sociedade, uma série de Direitos, tais como aposentadoria, pensão por mor- te, salário-maternidade para as advogadas, auxílio-doença, entre outros. A tributação da atividade advocatícia vai depender da forma de organização da prestação de serviços pelo profissional advogado. A advocacia, hodiernamente, pode ser prestada pelo profissional liberal ad- vogado, pessoa física (Advogados autônomos é calculado até 27,5% sobre os rendimentos a título de IR, paga ainda contribuição ao INSS e ISS), ou atra- vés da reunião de advogados em sociedade de advogados, conforme faculta o art. 15, caput, do Estatuto da Advocacia e da OAB. De início, ressalta-se que o tratamento tributário é uma das principais van- tagens da sociedade de advogados que, inclusive, agora podem ser enqua- dradas no SIMPLES. O tratamento tributário da sociedade de advogados segue a regra aplicável às pessoas jurídicas, com algumas particularidades em determinados as- pectos. O regime do lucro real, do lucro presumido e o SIMPLES. O regime do lucro presumido é mais usado pelas sociedades de advogados em detrimento do regime do lucro real. Basicamente isto se deve ao fato de não haver neces- sidade de manter escrituração de livros contábeis na forma das leis fiscais e comerciais. Basta apenas a escrituração de livro caixa, e serão trimestrais o período de apuração e o recolhimento. Pelo SIMPLES as sociedades com receita anual de até R$ 3,6 milhões podem recolher de forma unificada os tributos que o Simples Nacional abrange – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lu- cro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social e Programa de Formação 32 Manual do Advogado em Início de Carreira do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), Contribuição para Financia- mento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industriali- zados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza (ISS). Incide sobre a sociedade de advogados a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). Para apuração da CSLL a sociedade de advogados deve ado- tar a mesma sistemática que foi escolhida para o IRPJ, ou seja, ou regime do lucro real ou presumido. A contribuição para o financiamento de seguridade social (COFINS), ape- sar da Súmula 276 do Superior Tribunal1 , que isentava as sociedades de advogados do pagamento deste tributo, não ter sido, até a presente data, revogada. O Supremo Tribunal Federal está analisando a constitucionalidade da matéria, sendo que por oito votos já entende que inexiste isenção das sociedades de advogados com relação à COFINS. Logo, recomenda-se que o escritório efetue o recolhimento do tributo. A sociedade de advogados deve contribuir com a contribuição para o pro- grama de integração social (PIS) com alíquota de 0,65% sobre sua receita apurada mensalmente, em caso de apuração do IRPJ por lucro presumido. Com relação ao imposto sobre serviços (ISS), de competência municipal, os §§ 1º e 3º do Decreto-lei Federal nº 406/68 resguardam às sociedades civis uniprofissionais de profissões regulamentadas o direito de recolher o im- posto (art. 156, inciso III da CF) através de alíquotas fixas, calculadas com base no número de profissionais habilitados e não tendo por base de cálculo o faturamento mensal, além de proibir, reflexamente, a retenção de ISS pelas pessoas jurídicas que contratem as referidas sociedades civis uni- profissionais de profissões regulamentadas. Importante destacar que, apesar dos municípios alegarem que menciona- dos dispositivos foram revogados pela Lei Complementar 116/2003 e cobra- rem o ISS sobre o preço do serviço. Tal entendimento não vem vigorando nos tribunais pátrios. Tanto que a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás, obteve decisão em Mandado de Segurança, confirmada pelo Tribunal de Justiça de Goiás2, que garantiu tratamento tributário privilegiadopara o ISS ser calculado pelo número de profissionais da categoria existentes na sociedade de advogados, 33www.oabgo.org.br e não com base no faturamento do serviço. Ainda, entendeu inadequada a substituição tributária, não se permitindo a retenção do tributo pelo toma- dor do serviço, já que o recolhimento deverá ser feito pelo próprio contri- buinte. Ainda, têm-se as contribuições previdenciárias que devem ser pagas pela sociedade de advogados: a destinada ao pagamento da seguridade social é de 1% (um por cento) sobre a remuneração bruta paga aos empregados; também, a contribuição ao INSS é devida, mensalmente, em 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas aos prestadores de serviço, independentemente de sua classe, tais como: sócios que receberem pro la- bore, advogados associados, empregados e colaboradores segurados. Mesmo apesar da incidência de vários tributos é mais vantajoso para o advo- gado constituir uma sociedade profissional, pois sobre o advogado profissio- nal liberal incidirá alíquotas mais altas, principalmente, quanto ao imposto de renda retido na fonte e a contribuição previdenciária, que, também, será retida na fonte. Destaca-se que o documento fiscal para recebimento dos honorários ad- vocatícios pelo profissional autônomo é a Requisição de Pagamento a Au- tônomo – RPA – e, da sociedade de advogados a nota fiscal de prestação de serviços. Para um melhor entendimento do assunto, tratado aqui de forma resumi- da, sugerimos a leitura da Cartilha idealizada e executada pela Comissão de Direito Tributário da OAB-GO, que trata de modo prático quais tributos devem pagar e como realizar o recolhimento. Isto porque o advogado e os escritórios de advocacia devem dedicar atenção redobrada ao correto pla- nejamento tributário de seu exercício profissional. O advogado autônomo, em especial, deve ter o cuidado de se inscrever na Previdência Social e recolher sua contribuição social, de acordo com suas possibilidades, garantindo não só o direito a aposentadoria, mas também o direito a diversos benefícios sociais. A tributação do advogado autônomo é consideravelmente maior do que a das sociedades de advogados. Sendo assim, dependendo do seu faturamen- to anual, é interessante a opção pela sociedade, cuja tributação é significa- tivamente menor. Em relação às sociedades de advogados, estas devem ter o cuidado de man- 34 Manual do Advogado em Início de Carreira ter em dia a escrituração dos livros contábeis, de modo que possam distri- buir o lucro contábil em sua totalidade sem a incidência de imposto de renda em relação aos beneficiários. Em relação à figura do advogado associado, por não receber lucro, será tri- butado como advogado autônomo. Por fim, é importante relembrar que o fisco está cada vez melhor aparelha- do para identificar a renda e o patrimônio do contribuinte e que não há como fugir ao pagamento dos tributos. Lembramos ainda que é pelo recolhimento dos tributos, com a devida documentação dos fatos que lhe deram origem, que o advogado tem como justificar a licitude de sua renda e de seu patri- mônio. Acesse a Cartilha da Comissão de Direito Tributário e tenha mais informa- ções: http://www.oabgo.org.br/oab/cartilhas/ 5. SERVIÇOS DA OAB PARA OS ADVOGADOS Colaboração: Colaboração: Marta Neres Rodrigues / Pedro Henrique Mesqui- ta de Deus CAJ - COMISSÃO DA ADVOCACIA JOVEM Funções: • Desenvolver política específica para o recém inscrito nos quadros da sec- cional goiana da OAB, visando a sua integração no mercado de trabalho e na Instituição; • Defender os interesses do novo advogado, bem como do estagiário no Con- selho Seccional; • Incentivar a criação de comissões similares nas demais seccionais do País, bem como no Conselho Federal; • Contribuir com a Comissão de Ensino Jurídico na discussão sobre a conve- niência e oportunidade da criação e avaliação dos cursos jurídicos no Es- tado de Goiás; • Manter intercâmbio com as comissões similares instaladas nas demais 35www.oabgo.org.br seccionais do País; • Contribuir com a ESA-GO na organização de eventos, seminários, encon- tros, cursos e congressos, com o objetivo de formular propostas e estabe- lecer programas voltados para o segmento da advocacia jovem e dos esta- giários; • Programar e realizar eventos de interesse específico dos novos advogados e estagiários inscritos na OAB-GO. O que é e o que faz a CAJ? A Comissão é voltada ao auxilio do (a) advogado (a) com até cinco anos de inscrição. Presta especial atenção também aos estagiários (as), estudantes e bacharéis em Direito. Possui treze coordenações divididas em subcomis- sões. Por elas você pode fortemente atuar perante a instituição e sociedade. Há trabalhos, por exemplo, em escolas prestando informações como noções básicas de Direito e cidadania; participação no processo eleitoral, informan- do a sociedade sobre os riscos da corrupção eleitoral com o lema “voto não tem preço, tem consequência”; integração com os estudantes de Direito por meio do projeto “OAB vai à Faculdade” e tantos outros. Você pode ser pales- trante nos serviços da CAJ, sendo esta, uma excelente oportunidade para praticar sua oratória. Institucionalmente há trabalhos de preparação para o mercado com cursos e seminários, fomentação do estudo do Direito, busca de mecanismos para solucionar os problemas comuns no dia-a-dia enfrentados por advogados em início de carreira, interação entre capital e interior, defesa das prerro- gativas, integração do acadêmico e bacharel nos projetos da OAB para que conheçam a instituição etc. Principais ações da CAJ nos últimos anos: • 13 mil alunos atendidos pelo OAB Vai à Escola. • 10 mil acadêmicos alcançados pelo OAB Vai à Faculdade. • 5 mil profissionais atendidos com o Minicurso, Fórum de Debates, Terça Prática, Bate papo com o judiciário, bate papo com o legislativo, reuniões 36 Manual do Advogado em Início de Carreira etc. • Presença na semana jurídica das faculdades. Principais Conquistas • Serviço gratuito de publicações – OAB On Line. • Sistema gratuito de gestão de processos – OAB Pro. • Consultoria de Mercado Gratuita – Sistema de Inteligência de Mercado – SIM. • Manual do Advogado em Início de Carreira. • Escritório Compartilhado – Serviço Gratuito que conta com apoio de secre- tária, computador e internet. • Banco de Oportunidades. • Fórum online – Fórum de dúvidas e debates. • Convites para o CEL. • Desconto de até 50% na anuidade. Todos os advogados com inscrição prin- cipal originária que ingressarem na Ordem em 2013 terão 50% de desconto nesse valor. Em seu segundo ano de inscrição, 45%. Seguindo o escalona- mento de cinco pontos percentuais, ele terá 30% de desconto em seu quinto ano de OAB. • Programa meu primeiro escritório - Crédito de até R$ 25.000,00 por meio do Goiás Fomento. Programa do Governo Estadual. Subcomissão de Acompanhamento Forense Coordenador: Paulo Felipe Souza Desenvolve atuação em conjunto com a Comissão de Acompanhamento Fo- rense da OAB-GO no papel de estabelecer a interlocução entre a Ordem e o Poder Judiciário, com o intuito de facilitar o cotidiano forense dos advoga- dos e estagiários, através do levantamento dos problemas e necessidades dos profissionais em início de carreira. Subcomissão do Advogado em Início de Carreira Coordenador: Luiz Alves de Carvalho Filho - 2013/2015 Silvia Mundim Lopes Veloso- 2015 37www.oabgo.org.br Tem o objetivo de criar e implementar condições que possibilitem ao pro- fissional iniciante obter capacitação, inserir-se no mercado de trabalho e se destacar na profissão. É responsável por diversos projetos que dão suporte à carreira: Manual do Advogado em Início de Carreira, Escritórios Compartilhados, Banco de Currículos e Oportunidades, Fórum Eletrônico, Programa Meu Primeiro Escritório (concessão de crédito pormeio de par- ceria com o Governo de Goiás) e OAB On-line. Subcomissão do Advogado Estudante Coordenador: Régis Rodrigues Pereira - 2013/2015 Marcos Filipe Machado Cruz - 2015 Tem o objetivo de trabalhar em parceira constante com a Escola Superior de Advocacia na implantação de cursos, seminários, palestras que prepa- rem o advogado interessado em carreiras da Advocacia Pública. Relacio- namento com cursinhos preparatórios e instituições que oferecem pós- -graduação. Subcomissão de Capacitação Profissional Coordenador: Olga Fernandes de Moura Leite - 2013 Matheus Scoponi José Tavares - 2014/2015 Atua em conjunto com a ESA-GO, promovendo a capacitação e a inserção do advogado em início de carreira e do estagiário no exercício profissional, através do auxílio na sua qualificação. O principal projeto é o Minicurso, evento para advogados, estagiários e acadêmicos, que conta com oficinas e palestras com temas atuais e motivacionais voltados para a prática jurí- dica e a gestão de escritórios. Esse serviço também visa aproximar o ad- vogado da OAB e compartilhar todos os serviços prestados. Subcomissão de Comunicação Coordenador: Pedro Henrique Mesquita de Deus Tem a função de divulgar e dar publicidade às ações institucionais da Co- 38 Manual do Advogado em Início de Carreira missão da Advocacia Jovem, sendo responsável pelas ferramentas de co- municação da Comissão (Blog da CAJ, Facebook e Twitter), além de traba- lhar em conjunto com a Assessoria de Comunicação da OAB-GO. Subcomissão de Cultura, Eventos e Lazer Coordenadora: Thayza Florencio de Sousa – 2013/2014 Desempenha o papel de incentivar a prática esportiva e a promoção cultu- ral no interior e capital, através de parcerias com o CEL e convênios com empresas e outras instituições. A Subcomissão realiza ainda as “Quintas- -Culturais”, eventos já consagrados no calendário oficial da OAB-GO (Fes- ta Junina e Réveillon). Outra importante realização é a CAJ-Solidária, que arrecada alimentos, roupas e outros utensílios de necessidade para se- rem doados a instituições de caridade. Subcomissão do Estagiário e do Acadêmico de Direito Coordenador: Matheus Scoponi José Tavares - 2013 Murilo Marques - 2014 Eduardo Kleber Xavier Lemos - 2015 A presente Subcomissão tem por característica precípua a integração en- tre estagiários e acadêmicos de Direito por meio de sua participação ins- titucional na OAB-GO. É responsável ainda pelo levantamento das neces- sidades e por estimular a opção dos futuros bacharéis pelo exercício da atividade advocatícia. Subcomissão de Estudos Jurídicos Coordenador: Victor Naves - 2013 Marta Neres Rodrigues - 2014-2015 A Subcomissão de Estudos Jurídicos é responsável por fomentar o estu- do e o debate das diversas áreas do Direito no âmbito da Comissão, das Instituições de Ensino Superior e da própria OAB-GO, em parceria com as outras Comissões, por meio da realização de fóruns de debates, seminá- rios e palestras. O objetivo principal é inserir o profissional em início de 39www.oabgo.org.br carreira nas principais discussões jurídicas. Subcomissão de Integração e Relações Institucionais Coordenador: Bráulio Rodrigues Duarte - 2013 Vilmar Freire - 2014/2015 É responsável pela integração entre advogados em início de carreira do interior e da capital e busca planejar, programar, fomentar e gerir ati- vidades com as diversas instituições da sociedade em todos os seus se- guimentos, inclusive parcerias junto a diferentes entidades jovens (Acieg Jovem, AJE, Faeg Jovem, Conjuv/GO, etc.) com vistas à troca de experiên- cias. É responsável ainda pela organização e realização de eventos tra- dicionais como a Terça Prática, Encontro Estadual da Advocacia Jovem e Colégio Estadual de Presidentes da CAJ. Subcomissão do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) Coordenador: Thiago de Melo Lopes O objetivo da Subcomissão do MCCE é o de mobilizar e esclarecer a popu- lação sobre a importância do fortalecimento e aperfeiçoamento da demo- cracia através do voto consciente, trazendo a baila temas pertinentes às eleições, como a compra de votos e a Lei da Ficha Limpa. A Subcomissão estabelece parcerias com organizações sociais, escolas, faculdades, ins- tituições religiosas e entidades da sociedade civil para alcançar o maior número de pessoas com suas ações. Subcomissão OAB Vai à Escola Coordenadora: Flávia Fernandes – 2013/2015 Marcela Campos Teixeira - 2015 “OAB Vai à Escola” tem como objetivo levar aos estudantes dos ensinos fundamental e médio e educação de jovens e adultos (EJA) noções de ci- dadania e demais temas legais relevantes à vida e ao cotidiano da popula- ção, auxiliando na formação de cidadãos conhecedores de seus direitos e deveres. 40 Manual do Advogado em Início de Carreira Subcomissão OAB Vai à Faculdade Coordenador: Gilson Dias de Araujo Filho O serviço “OAB Vai à Faculdade” tem a missão de aproximar a Ordem dos acadêmicos de Direito, fomentando a advocacia no meio estudantil atra- vés de eventos, palestras e visitas nos campus, para motivar e auxiliar na escolha profissional do bacharelando em Direito, promovendo a qualifi- cação, atualização e visão do mercado de trabalho. Subcomissão de Prerrogativas para Advogados em Início de Carreira Coordenador: Fredd Délio Miranda Martins – 2013/2014 Marianne Cardoso Schmidt - 2015 A Subcomissão de Prerrogativas Jovem trabalha em parceria direta com a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/GO, assistindo os advoga- dos jovens ou estagiários que venham a sofrer ameaça ou efetiva violação aos seus direitos e prerrogativas no exercício profissional. ESA – ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA Diretor Geral: Flávio Borges Buonaduce - 2013-2015 Ludmila Torres - 2015 Funções: A Escola Superior de Advocacia da OAB-GO Conselheiro Francisco Moreira Camarço (ESA) foi criada no dia 28 de abril de 1986 para funcionar como um centro de estudos e pesquisas no campo do Direito, com foco no aprimo- ramento profissional de advogados e estagiários inscritos na OAB-GO que militam tanto na capital como nos municípios do interior do Estado. Suas atividades, que são ministradas em Goiânia e nas subseções da OAB- -GO, abrangem todas as áreas do Direito, incluindo também temas como gestão de escritórios de advocacia, marketing jurídico, oratória, linguagem forense, espanhol, inglês, português instrumental, entre outros. Além dis- so, seguindo a evolução do processo judicial, desde 2008, a ESA oferece cursos e palestras voltados para a orientação do profissional sobre o peti- 41www.oabgo.org.br cionamento eletrônico. A Escola mantém parcerias com institutos de Direito e instituições de ensino superior para oferecer ainda mais possibilidades de aperfeiçoamento jurídi- co aos inscritos, além de apoiar eventos acadêmicos a fim de aproximar as faculdades da seccional. CASAG Presidente: Julio Cesar do Valle Vieira Machado Funções: A Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás - CASAG é uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, constituída pelos Advogados e Estagiários inscritos no quadro da Ordem dos Advogados Seção de Goiás e tem por fi- nalidade prestar assistência e seguridade social aos inscritos e seus depen- dentes. (Art. 2º - Estatuto) A CASAG, cumprindo seu papel institucional, definiu planejamento estraté- gico focado em quatro perspectivas: cliente, interna, aprendizado e financei- ra. Para tanto, foram definidos os fundamentos estratégicos, missão, visão e valores. MISSÃO “Atender assistencialmente os Advogados, Estagiários, dependentes e con- veniados, oferecendo benefícios, produtos e serviços.” VISÃO “Satisfazer amplamente os nossos clientes, consolidando-se como referên- cia assistencial em nível nacional.” VALORES - Qualidade de vida - Humanização - Transparência - Responsabilidade social - Valorizaro profissional Advogado - Respeito ao cidadão - Compromisso com a sustentabilidade OAB-PREV GOIÁS Diretor-Presidente: Enil Henrique de Souza Neto 42 Manual do Advogado em Início de Carreira Funções: A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás – OAB/GO e a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás – CASAG, pensando em você e sua família, criaram um Fundo de Pensão – Entidade de Previdência Comple- mentar Fechada, o OABPrev-GO, para oferecer o Plano de Benefícios Previ- denciários do Advogado – Adv-PREV, um Plano de Benefícios ao qual todos os advogados e seus familiares filiados à OAB-GO e à CASAG poderão aderir. Posteriormente, a seccional da OAB do Tocantins e a CAATO – Caixa de As- sistência dos Advogados do Tocantins também aderiram como instituidoras do Plano. Através dos benefícios oferecidos, os participantes e sua família terão assegurados tranqüilidade e segurança, tanto no presente como no futuro. TED Presidente: Frederico Augusto Auad de Gomes Funções: A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás – OAB/GO e O Tribunal de Ética e Disciplina é o órgão da OAB-GO destinado a orientar e aconselhar a respeito da ética profissional. Compete-lhe, também, por força do que dispõem a Lei nº 8.906/94 e o Có- digo de Ética e Disciplina, instruir e julgar processos disciplinares, obser- vando as regras do estatuto e do regulamento geral, aplicando os princípios expostos na legislação processual penal. Em sua função ética, o TED expede resoluções para que o advogado continue merecedor de respeito, e mantenha independência absoluta no exercício da profissão, contribuindo para o prestígio da classe. CEL Diretor Geral: Iron Amadeu Camilo de Vasconcelos Naves Funções: O Centro de Cultura, Esporte e Lazer da Advocacia de Goiás (CEL) foi criado para oferecer aos advogados goianos e seus familiares um espaço adequado para prática esportiva, descanso e diversão. Começou a ser construído em 1999 e foi inaugurado em agosto de 2003. O projeto de arquitetura foi de- senvolvido com base nas necessidades dos advogados e na conservação da 43www.oabgo.org.br exuberante natureza do lugar. Construído numa área de mais de 171 mil m², o CEL abrange nascentes que abastecem os dois lagos do clube. Um deles, com grande variedade de peixes, é utilizado para pesca esportiva. Para proteger as nascentes contra erosão, uma área de 20 mil m² foi reflorestada. O CEL compreende também uma reserva florestal que abriga pássaros típicos do Centro-Oeste. O clube conta ainda com grandioso complexo esportivo, digno de importan- tes campeonatos regionais e nacionais; salão de festas, que é referência para os melhores eventos do Estado; completa estrutura de lazer; e amplo estacionamento. SIM: SISTEMA DE INTELIGÊNCIA E MERCADO ON-LINE. Implantado no mês de setembro de 2012, o SIM – Sistema de Inteligência e Mercado On-line foi instituído e disponibilizado pela OAB/GO para todos seus inscritos poderem acessar estudos de mercado, textos e artigos de consultores nacionais e internacionais sobre mercado de trabalho, marke- ting jurídico, gestão de escritórios e planejamento estratégico. Além disso, o SIM conta com um profissional de marketing jurídico disponí- vel para tirar dúvidas e auxiliar os advogados na condução de suas carrei- ras, através de dicas sobre posicionamento de mercado e atração ética de clientes. As modalidades iniciais de atendimento são disponibilizadas através de consultoria on-line, pelo site da OAB/GO: http://www. oabgo.org.br/oab/ sistema-de-inteligencia-e-mercado-home, existindo ainda a possibilidade de agendamento para visita do consultor. ESCRITÓRIO COMPARTILHADO Serviço gratuito que você pode utilizar tendo a disposição secretária, com- putador e internet. No local, os advogados que ainda não possuem seu próprio espaço de traba- lho têm à disposição secretária, computador com internet, impressora, fax e ambiente adequado para atendimento a clientes e peticionamento. O serviço é oferecido aos advogados com até cinco anos de inscrição na seccional e 44 Manual do Advogado em Início de Carreira que estão com o pagamento da anuidade em dia. O profissional poderá uti- lizar as salas três vezes por semana, durante duas horas em cada dia, das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Entretanto, é necessário agendar o horário desejado com, pelo menos, um dia de antecedência pelo telefone (62) 3901-1405. O Escritório Compartilhado em Goiânia fica no Centro de Serviços, na Rua 101, nº 123, Setor Sul. O horário de funcionamento é das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Mais informações pelo telefone (62) 3901-1405. OPORTUNIDADES O Banco de Oportunidades Profissionais é um espaço no Portal da OAB-GO para o cadastramento de currículos de estagiários e de advogados em início de carreira (com até cinco anos de inscrição na Seccional goiana), bem como para Sociedades de Advogados e empresas de todo o País registrarem suas vagas de emprego. Assim, o profissional poderá pesquisar as vagas dispo- níveis para o seu perfil e entrar em contato com o empregador. Da mesma forma, os escritórios de advocacia e as empresas terão acesso aos currícu- los dos profissionais cadastrados. BANCO DE OPORTUNIDADES FÓRUM ON LINE Visando integrar advogados e estagiários inscritos na OAB Goiás, o Fórum Online é uma ferramenta no qual os usuários podem participar de grupos de discussão de direito, enviando e respondendo dúvidas de colegas e comen- tários em diversos tópicos. FÓRUM ONLINE. OAB ONLINE Além de receber suas publicações gratuitamente via e-mail o Advogado regularmente inscrito e adimplente na OAB/GO, contam com um sistema on-line de gerenciamento de publicações, andamento processual, Proces- sos digitais, Agenda para administrar seus compromissos, Jurisprudências, Modelos de práticas jurídicas, além de várias outras funcionalidades. O sistema ainda disponibiliza de forma organiza suas publicações por áreas, com definições de prazos, garantindo ao Advogado comodidade, rapidez e segurança. O acesso ao Sistema OAB Online pode ser feito diretamente pelo site da 45www.oabgo.org.br OAB-GO: www.oabgo.org.br. SERVIÇOS EXCLUSIVOS A Ordem dos Advogados do Brasil tem como principal objetivo garantir o irrestrito cumprimento dos direitos profissionais dos advogados, pois só assim os cidadãos comuns poderão ter pleno acesso à justiça. O trabalho é realizado em várias frentes, que incluem desde a realização de eventos técnicos e cursos de capacitação até campanhas de conscientização e servi- ços de apoio exclusivos para advogados. Veja abaixo algumas das principais conquistas da OAB em benefício dos advogados goianienses: • Disque Prerrogativas: em defesa das prerrogativas da advocacia o advoga- do conta com um serviço de atendimento especializado, através do telefone 9976.9900, fazendo com que seus direitos profissionais sejam garantidos. • Recorte: a OAB-GO oferece gratuitamente aos advogados o serviço gratui- to de envio de intimações judiciais. Basta fazer o cadastro no site. • Sala dos Advogados e Serviços: a OAB-GO conta com mais de ... salas de apoio ao advogado em todo o Estado. São salas equipadas com computado- res e outras ferramentas de trabalho para uso exclusivo dos advogados em sua rotina de trabalho. • Escritório Compartilhado: • Estacionamento: • Biblioteca do Advogado: biblioteca exclusiva para advogados na sede de serviços da OAB-GO. • Revista da OAB: trimestralmente os advogados recebem gratuitamente a Revista da OAB-GO, uma publicação que traz os destaques da advocacia, conquistas da OAB e dos advogados, além de reportagens e matérias jurí- dicas diversas. • Site OAB-GO: informações, notícias sempre atualizadas, eventos, versão digitalizada deste manual e muito mais no site www. oabgo.org.br. 6. MARKETING JURÍDICO Colaboração:Victor Furtado, Consultor em Marketing Jurídico e Gestor do 46 Manual do Advogado em Início de Carreira Sistema de Inteligência e Mercado (SIM ) da OAB de Goiás O conceito que baliza o Marketing Jurídico é a moderação. O Provimento 94/2000 aponta algumas restrições visando garantir a respeitabilidade da imagem profissional da categoria impedindo a auto promoção exacerbada ou mesmo o fomento artificializado de demandas. Podemos até chamar de “modelo” o conjunto de técnicas utilizadas para execução do marketing jurídico, dos quais o marketing pessoal é uma das ferramentas principais. Marketing Jurídico é composto por dezenas de aspectos importantes, entre eles: Estratégias de construção de marca do escritório, estabelecimento de diferenciais competitivos valorizados pelo mercado onde atua, foco na satisfação do cliente, fidelização dos clientes lucrativos, marketing pessoal dos advogados, postura profissional, compromisso e bom atendimento ao cliente, gestão profissionalizada, captação de clientes, formulação de propostas de serviços e honorários e muitos outros temas. Marketing Jurídico pode ser definido como um conjunto de conceitos, ações e estratégias com objetivo de construir um diferencial de mercado capaz de gerar reputação, captação de clientes e sucesso profissional. Mas, na verdade Marketing Jurídico trata e dá atenção a tudo o que acontece da “porta para fora do escritório”, e também da “porta para dentro”, pois de nada adianta o advogado ou escritório encontrar um promissor nicho de mercado para atuar com alta demanda e lucratividade e construir uma reputação positiva no mercado se ao chegar ao escritório o cliente – atraído pela reputação e perfil de serviços oferecidos – não for bem recepcionado em sua chegada, não for bem atendido pelo advogado, ou então de nada adiantará ele ser muito bem recebido quando do primeiro contato, mas não conseguir contato com seu advogado durante o processo ou mesmo não ficar satisfeito com o serviço prestado. A advocacia é um negócio baseado na exposição profissional, construção de redes de relacionamento, competência, gestão de imagem profissional e 47www.oabgo.org.br conquista da confiança dos clientes, amigos e parceiros. A exposição profissional tem por objetivo geral fazer com que o advogado seja conhecido por seu mercado alvo, pois ninguém contrata um advogado que não conhece ou nunca ouviu falar. Para contratar os serviços do advogado o cliente deve primeiro ficar sabendo que ele existe, seja por ter lhe conhecido em algum evento, ter lido um artigo seu, presenciado alguma palestra sua ou mesmo que seu nome tenha sido indicado por algum amigo, familiar ou algum outro advogado. Aproximadamente 70% das captações nascem da indicação dos atuais clientes, amigos e familiares, e ainda de parceiros como outros advogados. Desta forma, uma boa rede de relacionamentos associada a um bom projeto de exposição profissional, permite ao advogado amplas oportunidades de captação e solidificação de sua imagem profissional, desde que este profissional seja verdadeiramente competente, pois esta é base de tudo. A melhor estratégia para captar novos clientes ainda é manter seus atuais clientes com alto de satisfação, pois, são eles os principais responsáveis pela imagem do escritório, juntamente da competência e do profissionalismo dos advogados que compõe a marca da banca. Porém, a satisfação dos clientes não deve estar somente ancorada no resultado do processo, pois este muitas vezes não depende somente da competência e do compromisso dos advogados. Desta forma é foco do marketing jurídico gerenciar a satisfação dos clientes ao longo do processo via contatos frequentes visando mantê-los informados sobre os passos e prognósticos do processo, evitando assim atrelar unicamente o nível de satisfação dos clientes ao resultado final. O advogado deve buscar um nível mínimo de satisfação por meio do atendimento diferenciado, demonstração de compromisso e competência ao longo do processo, a assim estará resguardando sua imagem e potencializando eventuais indicações de seu nome sem ficar refém apenas do resultado do processo. 48 Manual do Advogado em Início de Carreira A utilização das mídias sociais como ferramenta de marketing pessoal e divulgação de serviços tem chamado muito a atenção no segmento e desde que moderada no tempo de dedicação e na abordagem é permitida e pode agregar valor para imagem. As mídias sociais devem ser utilizadas como fonte de divulgação de informações e não como provocação de demanda, ou seja, podem ser publicados artigos pessoais e de outros advogados (citando fonte), comentários sobre novas leis que são sancionadas visando “traduzir” seus teores para que pessoas comuns entendam. O que não pode ser feito é perguntar que alguém precisa de advogado e oferecer abertamente seus serviços nas redes sociais. Caso deseje usar tal ferramenta que seja moderado em seus comentários e sóbrio em seus argumentos, saiba que sua imagem está sendo modelada por cada palavra publicada. Mantenha seus contatos profissionais em redes separadas dos relacionamentos pessoais. As redes sociais são ferramentas complementares que bem utilizadas podem agregar valor para a imagem e reputação do advogado, expandir sua rede de relacionamento e produzir efeito residual da captação de clientes, principalmente no segmento de atuação Pessoas Físicas. Contudo, tais ferramentas e táticas de ação somente proporcionarão eventuais resultados positivos se forem corretamente utilizadas. Desta forma, tendo ciência que a advocacia se baseia fortemente em relacionamentos podemos presumir que a internet e as redes sociais - se corretamente utilizadas - podem ajudar de forma efetiva tanto na construção sua rede de relacionamentos, de seu marketing pessoal, quanto em futuras oportunidades de captações de clientes, porém tais ações em mídias sociais e internet devem ser acompanhadas da postura profissional, competência jurídica, inteligência emocional, frequência, dedicação e estratégias de ação condizente com o segmento e área de atuação do advogado. O primeiro critério é criar um canal de rede social profissional sem adição de familiares e amigos íntimos, onde serão postados apenas informações e artigos relacionados com as áreas e assuntos de direito selecionados, 49www.oabgo.org.br bem como eventuais comentários seus sobre fatos e artigos também desta natureza. Postagem de fotos com família e amigos, comentários despropositados, brincadeiras e outras ações que não contribuam para a formação de uma imagem de profissional sério, competente e compromissado devem ser sempre evitadas. Normalmente a estratégia de redes sociais tem como base um Blog onde serão originalmente postados artigos escritos por você ou reproduzidos de outras fontes acrescidos de comentários. Estes artigos poderão ser postados em seu Facebook e Twitter profissional. Além de servir de plataforma de publicação este Blog também será mapeado pelo Google conforme volume de palavras chaves relacionadas ao Direito, o que permitirá um bom “ranking” de aparição no Google quando algum potencial cliente estiver em busca de algum advogado na internet. O segundo critério é o da relevância, ou seja, não poste artigos ou comentários que não sejam relevantes evitando saturar sua comunicação e associar sua imagem apenas aquilo que é verdadeiramente importante. Fuja de opiniões repletas de “juízo de valor”. O terceiro critério é o da frequência e provocação, pois de nada adianta uma rede social onde não acontecem interações, sejam elas de via única ou de “feedback”. Para isso devemos estimular a participação dos interlocutores solicitando opinião sobre os artigos de outros autores publicados em sua rede social, mas nunca sobre aquilo que você escreveu ou comentou
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