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Intrudução Semiologia e Semiotécnica Aplicadas à Enfermagem Objetivos da Aula • Conceituar Semiologia Semiotécnica; Apresentar a Resolução COFEN-358/2000. • Conceituar Sistematização da Assistência de Enfermagem e Processo de Enfermagem(PE);Ensinar sobre as etapas do Processo de Enfermagem; • Aplicabilidade da Semiologia e Semiotécnica na Enfermagem na primeira etapa do PE. Conceitos Semiologia- inclui a investigação e o estudo de sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Semiotécnica- envolve o estudo e o método das ações que sucedem ao exame físico. RESOLUÇÃO COFEN-358/2009 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. CONSIDERANDO a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem e de Sistematização da Assistência de Enfermagem: "Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza O trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem.” Processo de enfermagem É um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e acumentação da prática profissional. A operacionalização documentação do Processo de Enfermagem evidencia a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional. Evolução Histórica do PE • A idéia de Processo de Enfermagem (PE) não é nova em nossa profissão. Pelo contrário, remonta ao surgimento da Enfermagem Moderna, quando Florence Nightingale enfatizou que OS enfermeiros deveriam ser ensinados a fazer observações e julgamentos acerca delas. No Brasil, o PE foi introduzido pela Professora Wanda de Aguiar Horta, na década de 1970, que o definiu como a dinâmica das ações sistematizadas e inter- relacionadas, visando a assistência ao ser humano, Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos (Horta, 1979). Na perspectiva de Horta (1979) o ser humano ou pessoa refere-se ao indivíduo, família (ou pessoa significante), grupo e comunidade que necessitam dos cuidados de enfermagem. Em 1986, a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem n° 7.498 determinou que a programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de enfermagem e que a consulta e a prescrição da assistência de enfermagem eram atividades exclusivas do enfermeiro. A partir da Deciaão do Conselho Regional de Enfermagem de São Paula (COREN-SP) - DIR/ 00R/1999, homologada pelo Conselho Sederal de Enfermagem, por meio da Decisão Conselho Federal de Enfermagem (CO/EN) n° 001/2000, tornou-se obrigatória implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em todas as instituições de saude, púbilicas ou privadas, no Estado de São Paulo Em termos de legislação profissional, destaca-se que o termo PE aparece pela primeira vez na Resolução COFEN 272/2002. Anos mais tarde, o COFEN publicou a Resolução 358/2009, que dispõe sobre a SAE e a implementação do PE em todos ambientes em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, incluindo serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. De acordo com essa Resolução, o PE deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, e organizado em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, a saber: - coleta de dados de enfermagem ou histórico de enfermagem - diagnóstico de enfermagem - planejamento da assistência de enfermagem - implementação - avaliação de enfermagem É somente na Resolução COFEN 358/2009 que se estabelece uma distinção entre SAE e PE. A referida Resolução considera que a SAE organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do PE. • O PE, por sua vez, é entendido como uma ferramenta metodológica que orienta O cuidado profissional de enfermagem e a documentação da prática profissional. T aos logo tecnico em enfermagem são detidos deste poder -Do tipo um minsmpbne de enfermeiras pra melhor atendimento Processo de Enfermagem • I - Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) - Processo deliberado, sistemático e contínuo - Realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas - Finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. Coleta de dados A investigação (anamnese e exame físico) é a primeira fase do processo de enfermagem, ou seja, é o primeiro passo para a determinação do estado de saúde do paciente. Essa fase consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do indivíduo, da família e da comunidade (definidos de acordo com a teoria de enfermagem utilizada como marco conceitual), com o propósito de identificar as necessidades, os e problemas, as preocupações e as reações humanas destes. Portanto, torna-se imprescindível que as informações coletadas sejam o mais precisas e fidedignas possível, para que seja estabelecido o perfil de saúde ou de necessidades do paciente. Carpenito-Moyet (2008) alerta que o formato de investigação empregado pelos enfermeiros deve ser capaz de direcionar a coleta de dados para as respostas humanas, que variam da condição da pele e da função urinária até a saúde espiritual e a capacidade de autocuidado. Os dados referentes ao estado de saúde do paciente são investigados de maneira direta ou indireta. • Os dados diretos são aqueles coletados diretamente do paciente, por meio da anamnese e do exame físico. - Dados diretos: pacientes por meio de anamnese e exame físico. - Dados indiretos: outras fontes por meio de familiares,amigos, profissionais de saúde, prontuário, registros e exame. Classificação dos dados - Dados Subjetivos: informações que as pessoas referem/afirma. "Estou com febre há três dias, sinto-me cansado e tenho tossido muito". Dados Objetivos :medido e observado Temperatura axilar de 38°C, frequência respiratória de 32 irpm e raio X com presença de broncograma aéreo. O conhecimento que o enfermeiro tem dos sinais e sintomas para os diagnósticos reais e dos fatores de risco para os diagnósticos de risco, Ou das possíveis complicações fisiológicas orienta a coleta de dados. Validação dos dados Comparar se os dados coletados estão corretos: comparando com os valores normais ou com valores padrões. O enfermeiro pergunta qual é a localização da dor no peito por ele relatada, e se esta dor continua muito intensa. Imagine que o paciente, por medo da morte, dê a seguinte resposta: - "Não, está fraca, e acho que é problema de estômago". Se essa for a única pergunta do enfermeiro e ele não fizer a verificação, buscando mais informações (por exemplo o resultado séricos de marcadores cardíacos ou eletrocardiograma), o profissional poderá agir com base no pressuposto de que não se trata de dor precordial, o que pode ser muito perigoso. Agrupamento dos dados • Agrupar em conjuntos de informações relacionadas, mantendo-se o enfoque de enfermagem e aproximando-se os padrões de resposta e funcionalidade humana. Proporciona um principio do pensamento crítico que exige do enfermeiro a realização de julgamentos com base em evidências e que favorece sua capacidade de ter uma visão clara da situação de saúde. Capaz de detectar indicadores significativos: - Dados subjetivos - Dados Objetivos Levando a fazer inferências corretas influenciada por sua capacidade de observação, seus conhecimentos de enfermagem e suas experiências clínicas. • Valores e crenças afetam o modo como ele interpreta alguns indicadores. Agrupamento de dados Coleta de dados - direcionada pela criação e pela utilização de instrumentos investigativos para o registro e a organização das informações coletadas. mas O paciente quase nunca sabeidentificar a gravidade ou o local do problema Moabe NA lsbmls -Doar tudo aquilo que podeser sentido , Vista ou medido . G. ↳ Elaboração dos instrumentos Devem ser elaboradas para que se obtenham informações específicas e relevantes em relação ao paciente, de forma holística, assegurando as esferas biológica, social, psicológica e espiritual do ser humano sejam levadas em conta, conforme a teoria de enfermagem adotada. Identificação dos padrões A partir dos dados listados e de suas inferências, o enfermeiro deverá identificar as impressões iniciais dos padrões de funcionamento humano e decidir o que é relevante, direcionando a investigação para a aquisição de mais informações, ou seja procurar os fatores que contribuem para a criação do padrão. Por exemplo: ao perceber que o paciente apresenta um problema respiratório, o enfermeiro deve inferir quais são os fatores relacionados com aparecimento das evidências apresentadas pelo paciente. Para enfocar sua investigação na validação dos dados e definir as peças chave que informam os padrões de saúde ou doença, o enfermeiro precisa ter em mente os seguintes princípios de pensamento crítico: determinar o que é e o que não é relevante, e descobrir como e por que o padrão se criou ( ou seja, deve buscar os fatores causais) Comunicação e registro dos dados Os dados significativos devem ser registrado e comunicados, assegurando-se com isso que os outros membros da equipe interdisciplinar tenha conhecimento da situação do paciente e garantindo a detecção precoce dos problemas. Cinco passos da fase de investigação segundo Alfaro- LeFevre. A organização dos dados é essencial para: -Interpretação - Processamento apto e crítico de inferências e julgamento. - Instrumentalizar o enfermeiro para determinar diagnóstico de enfermagem e as fases subsequentes do processo de enfermagem. Processo de Enfermagem II - Diagnóstico de Enfermagem - Processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem - Representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. - Constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. III- Planejamento de Enfermagem - Determinação dos resultados que se espera alcançar. - Ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença -Identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. V- Avaliação de Enfermagem - processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. - para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. -verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. Raciocínio Clínico O termo raciocínio clínico é utilizado na literatura científica para designar os processos mentais envolvidos no atendimento aos usuários dos sistemas de saúde. O raciocínio clínico está presente em todas as ações e decisões assistenciais do enfermeiro: no diagnóstico dos fenômenos, na escolha de intervenções apropriadas e na avaliação dos resultados obtidos. A formulação diagnóstica contém as expectativas de intervenções e resultados possíveis, em dado contexto, e depende das pessoas envolvidas (enfermeiro, paciente, família, comunidade) e dos relacionamentos que são estabelecidos entre as pessoas. → Quadro roxo pagina a
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