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Lipogênese e Lipólise

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1 
 
Lipogênese e Lipólise 
 
 Lipogênese 
Introdução: sintetizados a partir de 
carboidratos e excesso de proteínas da 
dieta; essa síntese ocorre no citosol (em 
um lugar diferente da lipólise, óbvio), 
quando a relação ATP/ADP é alta, ou seja, 
quando há muita energia. Ácidos graxos 
são sintetizados a partir de acetilCoA 
formado na mitocôndria e transportado 
para o citosol através do citrato, e isso se 
dá como uma lançadeira, assim: o 
acetilCoA na matriz se une ao oxalacetato 
virando citrato. O citrato passa para o 
citoplasma, e lá gasta ATP virando 
novamente acetilCoA e oxalacetato. O 
oxalacetato vai para a matriz através de 
malato ou piruvato (formando NADPH 
assim), e na matriz volta a ser oxalacetato. 
Para a síntese dos ácidos graxos, são 
necessários: acetilCoa e malonilCoa como 
doadores de carbono, NADPH como 
agente redutor e ATP. A síntese do malonil 
é a partir do acetilCoA e a ajuda da enzima 
ACIDO GRAXO SINTASE. Essa enzima 
possui oito subunidades, sendo que as 
mais importantes são a ACP (proteína 
varreadora de grupo acil) e beta-acetil-
acpsintase-ks. Primeiro passo - 
condensação: eliminação de CO2, e o acetil 
que estava ligado a uma parte da enzima 
muda para a outra parte. Segundo passo - 
hidrogenação: você reduz e o agente 
redutor é o NADPH, tira os oxigênios e ai 
sim vira betahidroxibutirilACP. Terceiro 
passo - desidratação: vira protonilACP. 
Quarto passo: redução de novo, e vira 
butinoilACP. Sempre quem doa dois 
carbonos é o malonoil, só no primeiro 
para juntar dois mais dois que é o acetil. 
Até que tenha 16 carbonos, o 
palmitoilACP. Ele sai da enzima e liga à côa 
virando palmitoilCoA. Para ele se alongar, 
pode ser na mitocôndria, com o acetilCoA 
doando carbonos, e se for no reticulo 
endoplasmático (microssoma) é o 
malanoil. E para ter uma dupla, tem que 
desidrogenar, o que é feito por enzimas 
chamadas DESSATURAES, que 
normalmente tem o FAD como cofator. As 
nossas enzimas só agem até o nono 
carbono, não conseguimos sintetizar por 
exemplo, ômega 3 e 6. Ácidos graxos 
essenciais. 
Agora que tenho acido graxo pronto, 
posso sintetizar triacilglicerol, 
fosfolipídeos, etc. A maior síntese ocorre 
nos adipócitos e hepatócitos. O 
hepatócito produz e manda pro tecido 
adiposo armazenar. Para sintetizarmos 
triacilglicerol, precisamos do ácido graxo e 
de outra molécula essencial, o 3Pglicerol. 
Ele vem da glicose, que forma 
diidroxicetonaP que forma esse trem. Ou 
ele pode vir a partir do glicerol, mas ai é 
só o fígado que é possível, sendo que da 
glicose pode ser tanto do fígado quanto 
do tecido adiposo. Você junta o 3Pglicerol 
2 
 
com AcilCoA e forma fosfatidato. Dessa 
substância, nosso corpo decide o que vai 
fazer: se ela forma fosfolípide de 
membrana ou se vira triacilglicerol. Para 
virar triacilglierol, vira diglicerídeo 
primeiro, que se junta com outro acilCoA 
formando triacilglicerídeo. A regulação 
ocorre pelos mesmos hormônios da 
lipólise. 
 
 Lipólise 
Introdução: Degradação de lipídeos. As 
crianças possuem lípase no estômago, 
mas vão perdendo e nos adultos nada 
ocorre nesse local, e sim no intestino 
apenas. Para dar tudo certo, é importante 
a liberação de sais biliares, fabricados no 
fígado e armazenados na vesícula. Eles 
emulsificam gordura para que as enzimas 
tenham maior acesso aos lipídeos das 
mesmas. A lipase quebra o triacilglicerol 
em glicerol e ácidos graxos, só assim é 
possível a travessia pela membrana das 
células que revestem a mucosa intestinal. 
Caindo na corrente sanguínea, quem os 
transporta é o quilomícron, fabricado 
dentro da célula que reveste a mucosa. 
Esses quilomícrons possuem 
apolipoproteínas, a CII com destaque, e 
transportam a estrutura inteira, ou seja, o 
triacilglicerol, e não ele separado – só 
separou para passar para a corrente 
sanguínea, depois junta de novo no 
quilomícron. Chegando aos capilares 
próximos aos tecidos que pegam os 
lipídeos, esses capilares possuem lípases 
nas membranas que são ativadas pela 
apoCII, que assim quebram o triacilglicerol 
de novo para que glicerol e ácido graxo 
atravessam as membranas. Dentro das 
células, viram triacilglicerol de novo, que 
serve para armazenar a gordura no tecido 
adiposo. 
Hipoglicemia: a liberação de glucagon e 
de adrenalina, no tecido adiposo, ativam 
a proteína quinase que ativam a lípase, 
chamada de lípase sensível ao hormônio. 
Há então quebra de triacilglicerol em 
diacilglicerol, e posteriormente em 
glicerol e ácidos graxos. O glicerol é 
transportado para o fígado porque apenas 
ele possui a enzima que o degrada. Lá, ele 
é fosforilado a 3fosfoglicerol com gasto de 
ATP (a enzima GLICEROL QUINASE faz isso 
e só existe no fígado), e é transformado 
em diidroxicetonafosfato, formando 
frutose e seguindo a cadeia respiratória 
normal. 
A albumina faz o transporte do ácido 
graxo do tecido adiposo até as outras 
células. Ele entra no citoplasma da célula 
muscular, por exemplo, mas não atravessa 
a barreira hematoencefalica. Para ser 
degradado, o acido graxo precisa ser 
ativado, ou seja, seu ácido carboxílico da 
extremidade deve ser ligado a uma CoA, 
sendo transformados em acilCoA. Nessa 
reação entra CoASH e gasta dois ATP. Isso 
tudo acontece no citoplasma, mas ele 
precisa ser metabolizado na matriz 
mitocondrial. A membrana externa é 
permeável, mas a interna não, então deve 
passar pela carnitina. Ela remove a CoA e 
se liga no lugar dela, através da 
CARNITINA ACILTRANSFERASE I. Lá 
dentro ocorre o contrário, então esse 
transporte é tipo uma lançadeira. 
 
 
 
3 
 
Beta oxidação: agora que ele está na 
matriz, ele vai sofrer o processo de 
oxidação. O acilCoA é transformado em 
acetilCoA com a produção de FADH2 e 
NADH; se chama beta porque sempre 
modificamos o carbono beta. Depois de 
feito isso uma vez, precisamos 
transformar os outros carbonos em beta 
também. Para isso, precisamos formar 
carbonila e quebrar a CoA, e nesse 
processo são necessárias quatro reações. 
1. o acilCoA vira enoilCoA, formando 
uma dupla entre o alfa e o beta, saindo 
um hidrogênio de cada carbono, que é 
captado pelo FAD e sai FADH2; forma-se 
uma dupla trans. 
2. vira hidroxiacilCoA; o oxigênio é 
colocado pela água; a substância fica 
hidratada. 
3. vira ketoacilCoA com uma dupla ali 
do outro lado saindo NADH e H+ em 
colução. 
4. forma acetilCoA, entrando a CoA 
com a thiolase e havendo quebra da nova 
bichinha para a antiga; a bichinha que saiu 
é a acetilCoA e o que sobra é acilCoA com 
menos carbonos do que a acilCoA que 
iniciu esse ciclo. 
Daí vai cada vez tirando mais, em 
duplas. Cada dupla de carbonos formando 
uma acetilCoA e deixando uma acilCoA 
menor. No final, os últimos quatro 
carbonos formam dois acetilCoA, porque 
não tem mais para cortar. 
Fazendo as contas, em 16 carbonos, 
cada dois carbonos formam um NADH e 
um FADH. Ou seja, no total formam 7 
NADH e 7 FADH e 8 moléculas de 
acetilCoA. O total é de 28 ATPs no total 
por causa desses FADH e NADH. Maaas, 
um acetilCoa forma um ciclo de Krebs, e 
em cada ciclo ocorre a formação de 
3NADH, 1FADH e 1ATP, ou seja, cada 
acetilCoA forma 10ATP, e como tivemos 8 
acetilCoa, temos 80ATPs. Total de 
108ATPs, mas como gasto dois para ativar, 
é 106ATPs na verdade. 
Em ácidos graxos monoinsaturados: vai 
degradando de bobs até chegar na dupla, 
mas quando chega, a dupla é cis. É um 
pouco melhor, não tenho que formar a 
dupla, mas preciso mudá-la e transformá-
la em trans. Mas nesse ponto deixo de 
formar FADH. 
No ácido graxo de numero impar, 
quando chegarem nos últimos cinco 
(pentanoilCoA), fazemos o esquema 
normal na ultima quebra, sobrando um 
acetilCoA e uma molécula de três 
carbonos, que é propionilCoA. Esses dois 
juntos viram metil, que vira succinil e 
entra no ciclo de Krebs. Essa é a vantagem 
de ser ímpar (os ímparvem de frutos do 
mar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma pessoa que faz regime retira 
carboidratos da dieta, e precisa obter 
energia através de ácidos graxos. Então 
ela come muitos de numero par, que 
formam acetilCoA pra caramba. Porém, 
ela não come carboidratos, não rodando o 
4 
 
ciclo direito e acumulando acetilCoA. 
Então a pessoa não emagrece. Dieta sem 
carboidrato não adianta! O lipídeo 
queima na chama do carboidrato. 
O diabético não tratado não possui 
insulina nenhuma, então o pâncreas libera 
glucagon, que sinaliza para o fígado fazer 
gliconeogênese. Então retira o 
oxalacetato do ciclo de Krebs, e da 
mesma maneira que a pessoa do regime, 
sobra acetilCoA. O ciclo não roda! Pois 
preciso degradar lipídeos e carboidratos 
ao mesmo tempo, e isso não dá certo. 
Corpos cetônicos: acetona, 
acetoacetato e Dbetahidroxibutirato. 
Tem uma via para o colesterol através da 
glicose. Eles são sintetizados pela 
acetoacetilCoA e pelo 
betahidroxibetametilglutarilCoA. Vira 
acetoacetato, vira acetona irreversível e 
Dbetahidroxibutirato reversível. O 
acumulo de corpos cetônicos pode gerar 
cetoacidose e matar uma pessoa. Corpos 
cetônicos podem se formar com o 
acúmulo de acetilCoA. 
Em um cérebro com glicose normal, ele 
transforma em dois piruvatos, que vira 
acetilCoA e oxalacetato, rodando o ciclo 
de Krebs. Em jejum prolongado, a glicose e 
os corpos cetônicos chegam ao cérebro, 
convertidas em duas moléculas de 
acetilCoA. A glicose vira dois 
oxalacetatos, os corpos cetônicos fazem 
rodar dois ciclos. Não é interessante usar 
sempre porque o acumulo pode fazer a 
pessoa morrer. Regulação: via insulina e 
glucagon. A insulina inibe a lipólise, e o 
glucagon e a adrenalina estimulam a 
lipólise. 
 
Referências 
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica 
Básica, 4ª ed., Ed. Guanabara Koogan, 
2015. 
LEHNHNGER, A.L., NELSON, D.L., COX, 
M.M. Princípios de Bioquímica, 6ª ed., 
Artmed, 2014.

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