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TRABALHO DE ABORTO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPLAN LINS
CUSO ENFERMAGEM
Sonia Aparecida De Oliveira
POLÍTICAS DA SAÚDE DA MULHER
ABORTO E SUAS QUESTÕES
LINS
2021
INTRODUÇÃO
Tratar do aborto é falar de um assunto que surgiu há séculos atrás, quando o homem começou a se questionar sobre o início da vida humana, sendo esse tema controvertido até os dias de hoje, já que não há uma unanimidade de quando o embrião seria considerado como um ser humano merecedor de proteção e possuidor de direitos. Dessa forma, definir o marco inicial da vida humana é de suma importância para a sociedade, porque se não estivermos diante de um ser humano com vida até determinado mês de gestação, não poderíamos falar em crime de aborto, sendo possível interromper voluntariamente a gravidez até esse momento. Essa definição, contudo, não se trata apenas de um assunto jurídico, envolvendo também questões culturais, políticas e religiosas, o que reforça ainda mais a complexidade desse tema. Por isso é necessário fazer um estudo aprofundado sobre a história da sociedade e a sua evolução, isso porque antigamente a sociedade era completamente diferente dos dias de hoje, onde estávamos perante um cenário em que a mulher não possuía os mesmos direitos que os homens, a religião possuía forte influência no Estado e a ciência não era tão evoluída em questões sobre o início da vida. É com base nesse panorama que a lei incriminadora do aborto surgiu, mas temos que observar que a filosofia e os costumes atuais não são os mesmo daquele tempo, já que a sociedade sofreu constantes mudanças com o passar dos anos, devendo a lei se adequar às necessidades contemporâneas. Para compreender melhor esse assunto, faz-se necessário entender o que é o aborto e os tipos existentes, os métodos disponíveis para se evitar uma gravidez não planejada e o modo com que a Constituição Federal, os Tratados Internacionais, o Código Civil e o Penal disciplinam a matéria da vida e o âmbito de sua proteção. Uma das principais discussões que ronda o aborto é a de sanar o conflito existente entre o direito fundamental à vida e o direito da mulher de dispor sobre o próprio corpo, ambos garantidos pela legislação brasileira, e que acaba por gerar controvérsia sobre qual 6 desses dois direitos deveria prevalecer face ao outro, principalmente quando essa gravidez apresenta risco à saúde da gestante. No Brasil o aborto é considerado crime penal, sendo admitido apenas em 3 hipóteses: quando não há outro meio de salvar a vida da gestante, quando a gravidez é resultante de estupro ou quando se trata de feto anecéfalo. Essa criminalização faz com que muitas mulheres acabem por se submeter à procedimentos caseiros ou a clínicas clandestinas, na maioria dos casos sem condições mínimas exigentes, o que gera normalmente algum tipo de dano físico às gestantes, inclusive a própria morte. Como essa prática é recorrente, milhares de mulheres morrem todos os anos por complicações decorrentes desse procedimento, além de gerar um enorme dispêndio financeiro para o Estado, já que a curetagem é o terceiro procedimento mais realizado nas redes públicas. Esse problema é tão grave que o aborto é considerado como a quarta causa de mortalidade materna no país, chegando a configurar como a primeira a depender do Estado analisado, e é por isso que é tido como uma questão de saúde pública. Por fim analisaremos o assunto em âmbito internacional, trazendo em voga a evolução histórica de alguns países, especificamente Portugal e Espanha, onde houve a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, bem como as mudanças que foram observadas na sociedade após essa legalização, a fim de ter uma outra perspectiva sobre a temática.
1. ABORTO
A palavra aborto vem do latim abortus, que, por sua vez, deriva do termo aborior. Este conceito é usado para fazer referência ao oposto de orior, isto é, o contrário de nascer. Como tal, o aborto é a interrupção do desenvolvimento do feto durante a gravidez, desde que a gestação ainda não tenha chegado às vinte semanas. Ocorrendo fora desse tempo, a interrupção da gravidez antes do seu termo tem o nome de parto prematuro.
O aborto é também conhecido como interrupção da gravidez. Pelo mundo, o tema aborto envolve questões políticas, religiosas, morais e éticas. Por isso tem sido objetivo e constantes discussões ao longo dos últimos anos.
Existem dois tipos de abortos: o espontâneo ou natural, e o induzido ou artificial. O aborto espontâneo ocorre quando um feto se perde por causas naturais. De acordo com as estatísticas, entre 10% a 50% das gravidezes acabam num aborto natural, condicionado pela saúde e pela idade da mãe.
Ou seja, quando a morte do feto ou do bebê é em decorrência de alguma anomalia ou mesmo de alguma disfunção que a mão não previu e nem mesmo desejou isso trata-se de um aborto espontâneo.
Existem certas situações onde o aborto espontânea ocorre com maior frequência, sendo que elas são considerados fatores de risco, dentre as quais podemos citar: no caso de mulheres fumantes ou que consumam bebidas alcoólicas, que façam uso de drogas, que estejam acima ou abaixo do peso, se já sofreu algum aborto antes, o uso de certos medicamentos, mulheres que estejam acima dos 45 anos, entre outros.
O aborto induzido, por sua vez, é aquele que é provocado com o objetivo de eliminar o feto, seja ou não com assistência médica. Calcula-se que, todos os anos, cerca de 46 milhões de mulheres recorrem a esta prática, em todo o mundo. Desse total, cerca de 20 milhões praticam abortos inseguros, sujeitas a pôr a sua vida em risco.
A maioria das legislações nacionais faz a distinção entre duas classes de abortos induzidos: os terapêuticos e os eletivos.
Os abortos terapêuticos são justificados pelos médicos para salvar a vida da mulher grávida (se a continuação da gravidez ou o parto representar um risco grave para a sua saúde) ou para evitar que a criança nasça com uma doença congênita ou genética grave, que a coloque em risco de morte ou a condene a malformações ou deficiências bastante severas.
Os abortos eletivos costumam ser decididos se a gravidez for fruto de algum delito sexual (uma violação) ou se a mulher não puder ou não desejar guardar a criança por razões econômicas e/ou sociais. Na maioria dos países, está prática é proibida por lei à exceção de alguns casos mais raros (por exemplo, se uma menor de idade tiver sido violada).
No caso do aborto induzido, onde se tem o objetivo de eliminar o feto, existem mulheres que optam por métodos abortivos com o uso de medicamentos, o que pode colocar em risco também a sua própria vida. A maioria das mulheres recorrem a esses métodos no caso de uma gravidez indesejada. No entanto o uso desses medicamentos para tal finalidade constitui-se em crime em alguns países.
Algumas mulheres que sofrem um aborto, espontâneo ou não, acabam por desenvolver traumas. Pois tanto num caso quanto em outro a mulher passa por um processo doloroso. Mas existem casos de aborto espontâneo onde a mulher nem mesmo sabia da existência de uma gravidez. É fundamental que as mulheres grávidas que apresentem algum dos sintomas listados acima, procurem rapidamente um médico para analisar a possível ocorrência de um aborto. Todos os sintomas devem ser relatados ao especialista – que poderá realizar alguns exames de imagem para confirmar o diagnóstico. Dependendo do resultado dos exames, o médico pode indicar repouso ou prescrever alguns medicamentos. Para as mulheres que não sabem se estão grávidas e que se encontram em idade fértil com atividade sexual, também é importante eliminar a possibilidade de aborto espontâneo caso ocorram alguns dos sintomas indicados acima.
Existem diversas campanhas de conscientização quanto ao uso de método contraceptivos para evitar uma gravidez indesejada, bem como, há também campanhas quando ao planejamento familiar.
2. SINTOMAS DO ABORTO
Os abortos espontâneos são eventos muito presentes na vida de algumas mulheres. Boa parte das mulheres sofre um aborto mesmo sem saber que estava grávida, já que, nas primeirassemanas de gestação existe alguma fragilidade.
Sinais de aviso existem alguns sinais típicos, no entanto, que podem estar associados a esse tipo de aborto – que acontece até à vigésima semana de gestação. Alguns desses sintomas incluem a febre acompanhada de calafrios; os corrimentos vaginais associados a um mau odor; perda de sangue excessivo pela vagina que pode vir acompanhada de cólicas; perda de líquidos através do canal vaginal; sangue coagulado saindo pela vagina e cefaleia intensa. Quando o feto já se movimenta dentro da barriga da mãe, a ausência de movimentos por longos períodos também pode indicar um aborto – no caso de gestações mais avançadas. A lista completa de sintomas inclui: Sangramento vaginal, que pode variar de um corrimento acastanhado ou vermelho vivo leve, a uma hemorragia mais intensa. Cólicas e dor abdominal Febre Dor nas costas leve a intensa Perda de peso Descarga de fluidos pela vagina Descarça de muco branco-rosa Descarga de tecidos ou sangue em coágulos pela vagina Sensação de fraqueza e tonturas Contrações uterinas que ocorrem a cada 5 a 20 minutos Diminuição repentina dos sinais de gravidez (mudanças nos seios, por exemplo). Um aborto espontâneo pode ocorrer de forma inesperada e sem motivos aparentes, visto que o início da gravidez, por si só, possui algumas complicações inerentes. Além disso, problemas na formação fetal ou comportamentos nocivos realizados pela gestante (consumo de álcool ou drogas) também podem contribuir para um aborto. Doenças preexistentes, como por exemplo, a hipertensão e a diabetes, também fazem com que as chances de aborto aumentem, sendo essencial que estejam controladas durante a gravidez, a fim de evitar sustos indesejados. O acompanhamento ginecológico durante toda a gravidez também é imprescindível para que o especialista consiga realizar exames periódicos que consigam identificar problemas que poderiam levar a um aborto espontâneo.
3. POSSÍVEIS CAUSA
Ainda que boa parte dos abortos espontâneos surja de forma não-programada, é possível realizar algumas medidas de precaução para evitar possíveis danos ao bebê no início da gestação. As bebidas alcóolicas, por exemplo, não são recomendadas a gestantes, nem em doses pequenas. Da mesma forma, os cigarros devem ser evitados, pois possuem substâncias nocivas à saúde fetal (e geral). Alguns medicamentos, ainda que tomados anteriormente, podem apresentar riscos às mulheres grávidas. Portanto, além de consultar o médico, é importante a mulher estar sempre atenta às bulas dos medicamentos para perceber se é permitida a sua utilização em caso de gravidez. PUBLICIDADE. As grávidas, sobretudo no início da gestação, devem praticar exercícios leves – na companhia de um profissional e, da mesma forma, participar ativamente na realização de um pré-natal para acompanhar o desenvolvimento do feto. Os exercícios excessivos podem contribuir significativamente para a possibilidade de aborto – é fundamental não realizar ações ou movimentos bruscos. Além disso, a alimentação é muito importante, sobretudo porque muitas mulheres enjoam muito no início da gravidez e, com isso, acabam desnutridas. As mulheres com doenças preexistentes no aparelho reprodutor devem ser sempre acompanhadas por um ginecologista, pois podem apresentar maiores complicações no início da gravidez. 
4. TIPOS DE ABORTO
De acordo com o período da gravidez em que ocorrem, os abortos podem ser classificados da seguinte forma:
4.1 Aborto Espontâneo
 Aborto espontâneo precoce: ocorre antes da décima segunda semana de gestação. Aborto espontâneo tardio: acontece após a décima segunda semana de gestação. Vale lembrar que, em alguns casos, o aborto pode ser induzido pelo médico, quando é identificada uma má-formação fetal ou quando o mesmo oferece riscos à saúde materna. Quando a mulher sofre um aborto, o conteúdo uterino pode sair inteiramente ou não. Tendo isso em vista, em relação ao seu conteúdo, os abortos são classificados como:
· Aborto incompleto: ocorre o desligamento parcial do conteúdo do útero, sendo expulso através do canal vaginal. Aborto completo: ocorre o desligamento total do conteúdo do útero, sendo expulso através do canal vaginal.
· Aborto retido: ocorre quando o feto já está morto no útero há mais de quatro semanas e ainda não foi expulso. Esses casos são extremamente perigosos, pois podem proporcionar infecções àgestante.
5. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 
Enfermagem, o exercício profissional inclui a atuação do enfermeiro na promoção da recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, tendo como base princípios legais e éticos. Soares, et. al. (2012) escreveu que o exercício profissional deve resguardar o respeito à dignidade e aos direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza. É de grande importância que a equipe de enfermagem, saiba identificar algumas das principais informações sobre o aborto espontâneo na vida da mulher, a equipe deve planejar e realizar com cuidado humanizado para minimizar alguns dos danos que possa vir acontecer. A qualidade da atenção pelo profissional de enfermagem, precisa de um espaço integrado e sinérgico com todos os níveis gestores para que ofereça serviços que garantam um bom acolhimento, que tenha todas as informações necessárias sobre o aborto, também o aconselhamento, e fundamental os recursos humanos que é a competência profissional de enfermagem, como a tecnologia adequada e disponível e relacionamento pessoal pontuado no respeito à dignidade e procedimentos humanizados (DOMINGOS, 2010). Algumas das contribuições do profissional da enfermagem frente a mulher que sofreu aborto, seja espontâneo ou provocado como afirma Monteiro (2016) observar o sangramento; as dores são provocadas pelas metrossístoles, fulgazes, intermitentes; solicitar repouso relativo; proibição absoluta do coito, enquanto perdurar a ameaça; procurar tranquilizar a paciente; administrar substâncias antiespasmódicas e analgésicas; ainda manter a paciente em repouso e aquecida; verificar e registrar os sinais vitais; observar e registrar o sangramento vaginal e comunicar ao médico, caso a paciente apresente sinais de choque. Dessa forma, o processo de enfermagem possibilita planejar e abordar uma assistência de qualidade, mas, para isso basta ter o conhecimento e capacitação para oferecer um atendimento de qualidade e satisfatório tanto para o paciente quanto para a sua família. Então, a mulher que passou pelo processo de abortamento ter uma assistência de qualidade, pode fazer toda a diferença, tanto física quanto psicológica e social. É fundamental que o atendimento seja realizado por profissionais que estejam capacitados a lidar com esse tipo de paciente, possibilitando o cuidado necessário que a mulher precisa desde o cuidado técnico até psicológico (MARIUTTI, 2005). Precisando estar apto a cuidar desta mulher, conhecer suas alterações físicas e emocionais de forma a auxiliá-la na hospitalização como no desenvolvimento de ações educativas de contracepção e de promoção da saúde para famílias e clientes em escolas, instituições de saúde e comunidade em geral (PERES, et. al., 2016). O profissional de enfermagem precisa buscar entender a história da paciente de acordo com suas limitações, é através da confiança e assistência prestada que o profissional conseguirá ajudar da melhor maneira possível, pois entendendo os fatos o que levou ao abortamento. Dentro desse contexto é fundamental que passe confiança e credibilidade para a paciente, realizando assim, um bom trabalho com essas mulheres. Realizando um trabalho de qualidade, não tem que está só nas ações, na parte prática e técnica mais sim, no saber agir no cotidiano, nas práticas vivenciadas (MARIANA, et. al., 2007). A equipe de enfermagem tem como papel educar e orientar. Para que ocorra um trabalho assistencial de qualidade à mulher, os profissionais necessitam estar integrados quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais do aborto, evitando-se o julgamento e o preconceito. A comunicação é um instrumento fundamentalpara uma educação efetiva, representando a base de sustentação das ações de enfermagem, e é apresentada nos aspectos éticos profissionais e jurídicos da Atenção Humanizada ao Abortamento (BRASIL, 2011).
 É fundamental, ter um olhar voltado para os direitos humanos, sobretudo, acreditar na construção do protagonismo das mulheres em busca da conscientização e do exercício dos seus direitos. Essa perspectiva favorecerá a produção da cidadania, da autonomia, e de relações mais justas entre homens e mulheres, influenciando positivamente os modos de compreender e buscar a saúde da mulher como um todo. É importante e necessário não esquecer que a mulher é um ser humano que com todas as emoções aflora e que está sofrendo, não fazendo julgamentos próprios, mas sim, procurar realizar o procedimento de forma humanizada. Pois, todas as mulheres devem ter acesso e orientação aos métodos anticoncepcionais eficazes. Tornando-se essencial um trabalho com responsabilidade e competência e humanizada, onde priorize todos os aspectos dessa paciente, sejam culturais, sócias ou educativos. . De acordo com, Mariana, et., “a finalidade é proporcionar assistência de qualidade a essas mulheres, conscientizando-as, informando-as e ajudando-as numa situação que não tem retorno”. A enfermagem precisa trabalhar com essa mulher para que ela consiga aceitar o fato acontecido para que lá na frente quando se deparar com uma possível gestação seja tranquila e sem medo de uma nova perda. Dentre as principais causas de gestações não planejadas que culminam em aborto induzido, destaca Strefling, “as necessidades insatisfeitas de planejamento familiar e as precárias condições de atenção à mulher nos serviços de saúde”. Em vista disso, considera-se importante que os profissionais de saúde, em especial a enfermagem, que proporcionem um atendimento responsável e satisfatório à mulher que sofreu aborto, que precisa do atendimento hospitalar. Dessa forma, fazes necessárias ações de promoção da saúde e interação a fim de promover a autonomia da mulher, prevenir a reincidência de gestações não planejadas, qualificar o cuidado e contribuir na redução da demanda e dos custos destinados ao tratamento do processo abortivo. De acordo com Silva et. “A escuta é considerada uma forma de acolhimento, que faz parte de um tratamento digno e respeitoso oferecido à mulher”. A atenção às necessidades psicossociais da mulher que passa por um aborto seja espontânea ou provocado permite um cuidado integral, contemplando o atendimento humanizado. Nesse contexto, a equipe de enfermagem possui um Oimportante papel pois, geralmente, é quem recebe a mulher no centro obstétrico e a acompanha nos procedimentos e recuperação clínica. Portanto, neste momento a escuta qualificada caracteriza-se como um instrumento fundamental de contribuição ao atendimento humanizado. Nesse sentido, aconselha-se ao profissional de enfermagem a adoção de abordagens comunicativas que respeitando a autonomia das mulheres que abortaram e seu poder de decisão, procurando estabelecer uma relação de confiança no atendimento à mulher em processo de abortamento vai ao encontro da atenção humanizada e qualificada (SILVA, et. al., 2015). O profissional precisa saber identificar isso, apesar de ser algo que muitas vezes não precisa de nenhuma conversa para saber que essa mulher sofre com que esta vivenciando e tem muito medo de possíveis consequências, como não poder mais engravidar ou até mesmo ficar ansiosa para querer uma nova gestação ou ficar se culpando pelo o que aconteceu (ASSUNÇÃO, 2003).
6. O QUE A LEI DIZ SOBRE O ABORTO
6.1 O aborto no Brasil
Em nosso país, o aborto induzido é considerado crime contra a vida humana previsto pelo Código Penal Brasileiro desde 1984.
Fazer um aborto induzido pode acarretar em detenção de um a três anos para a mãe que causar o aborto ou que dê permissão para que outra pessoa o cometa. Neste último caso, a pessoa que realizou o procedimento pode pegar de um a quatro anos de prisão.
Quando o aborto induzido é provocado sem o consentimento da mãe, a pessoa que o provocou pode pegar de três a dez anos de reclusão.
6.2 Situações em que o aborto não é considerado crime contra a vida humana
O aborto no Brasil somente não é qualificado como crime em três situações:
· Quando a gravidez representa risco de vida para a gestante.
· Quando a gravidez é o resultado de um estupro.
· Quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último item foi julgado pelo STF em 2012 e declarado como parto antecipado com fins terapêuticos.
As gestantes que se enquadrarem em uma dessas três situações tem respaldo do governo para obter gratuitamente o aborto legal através do SUS (Sistema Único de Saúde).
Alguns países consideram o aborto legal e, as gestantes brasileiras que optarem pelo procedimento nestes países, não estão passíveis de punição, uma vez que o aborto fora do território nacional não poderá ser considerado como crime.
7. CONSEQUÊENCIAS DO ABORTO CLANDESTINO
Por ser considerado crime previsto de reclusão, muitas mulheres procuram clínicas clandestinas que apresentam condições precárias e profissionais sem a qualificação necessária para conduzir o procedimento.
Por isso, a prática realizada fora do ambiente hospitalar e nas condições descritas acima é responsável por cerca de pouco mais de 70 mil mortes de mulheres ou lesões permanentes por ano em todo o mundo.
Mesmo sendo considerada crime em muitos países, a prática do aborto totaliza aproximadamente 44 milhões anuais.
8. MOVIMENTO PRO ABORTO
Parte da população, principalmente a feminina, luta para que as mulheres tenham o direito de escolher se desejam ou não levar uma gestão até o fim.
Motivos religiosos e demagogos à parte, uma das principais alegações dos grupos a favor da legalização da prática é que o fato de o aborto ser ilegal não evita que ele seja realizado, porém coloca em risco a vida de muitas mulheres que recorrem à clandestinidade.
No entanto, a grande maioria da população é contra a prática e há grupos que protestam pedindo que o aborto seja também considerado crime nas três situações descritas acima.
O debate sobre o aborto é extenso, polêmico e ainda levará muito tempo para que se alcance um consenso.
9. ABORTO X LEI
O aborto pode ser definido como a interrupção dolosa de uma gestação com a conseqüente morte do produto da concepção, sendo irrelevante que a morte do nascituro tenha ocorrido no ventre materno ou depois da prematura expulsão provocada sendo considerado crime, portanto, o aborto provocado e intencional, que traz o perecimento do feto.
É de fundamental importância, para que haja a caracterização do aborto, a determinação do início da vida intra-uterina, pois, é apartir desse momento que o nascituro para a ter a proteção penal.
A maioria dos autores dizem ter início a vida com o encontro do óvulo com o espermatozóide, quando as duas células passam a constituir uma só, da qual se formará o novo ser. Essa célula denomina-se ovo ou zigoto.
Outros autores dizem que a vida só se inicia apartir da nidação do zigoto, ou seja, o enraizamento na cavidade uterina, pois somente apartir deste momento o zigoto encontrará condições para biológicamente desenvolver-se.
Considerando-se como início da vida o momento exato da concepção onde o óvulo e o espermatozóide se encontram muitas dúvidas nos surgem, como o uso do DIU e a fecundação in vitro. O DIU não impede que ocorra a fecundação. O encontro das células ocorre normalmente. Ele apenas impede que ocorra a nidação. Neste caso, o DIU seria um método abortivo e não anticoncepcional. No caso da fecundação in vitro, ocorre fora do organismo humano sob manipulações científicas. No caso de se perder por algum motivo a célula ovo, estaria, então, caracterizado um crime de aborto.
Parece-me mais maduro e lógico considerar o início da vida, o momento da nidação, pois como já dissemos, somente apartir daí, obtém o zigoto, condições biológicas de sobrevivência, mas, levando em conta a communis opinio doctorum, a vida inicia-se com a fecundação,caracterizando-se crime todo e qualquer método anticonceptivo, bem como, a eliminação proposital do zigoto na fecundação in vitro. O que ocorre é que não há como se provar que o uso de métodos anticonceptivos provocou um aborto.
Para que ocorra o crime de aborto é necessária a existência de uma gravidez em curso e que a mesma seja normal e os meios executivos postos em prática voltem-se contra ser vivente.
O nosso código distingue três espécies de aborto: provocado pela própria gestante, por terceiro sem consentimento desta, por terceiro com este consentimento, apresentando todos um elemento nuclear comum, o comportamento de provocar o aborto com ou sem consentimento .
O crime de auto-aborto ou aborto consentido é punido com pena de detenção de uma a três anos.
· Art. 124 do CP.: “Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
No aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante, a punição é de três a dez anos de reclusão para o agente provocador.
· Art. 125 do CP.: “Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
A prenhez pode conter pluralidade de nascituros (gêmeos, trigêmeos…). Sendo único o estado gravídico que se interrompe, o crime de aborto não perde sua singularidade, e, portanto, não haverá concurso de crimes.
No caso de ocorrer a superfetação ou a superfecundação, que consiste na fecundação de óvulos de postura diferente, o que quer dizer que surgirá uma segunda gravidez, após e independente da primeira, por existirem, simultaneamente, mais de um processo de prenhez em curso e mais de uma nascituro, o fato se decomporá e desmembrará em tantos crimes de aborto quantos tiverem sido os produtos da concepção destruídos.
Como já vimos anteriormente o código penal prevê três espécies criminosas de aborto, apresentando todas um elemento nuclear comum: o comportamento de provocar aborto com ou sem o consentimento da gestante.
O elemento nuclear do crime de aborto ostenta índole comissiva, pressupondo, portanto, na sua ralização, comportamento dotado de fiscidade, id est, que o agente aja com desprendimento de energia, desenvolvendo um movimento físico, corpóreo ou muscular, ou seja, fazendo alguma coisa positiva e dinâmica para a consecução do delito.
Os meios abortivos são muito variados podendo ser químicos, físico, ou ainda, psíquicos, também chamados morais ou biodinâmicos.
Se o recurso utilizado pelo agente carece totalmente de potencialidade causual, faltando-lhe qualquer eficácia para que pudesse ele atingir o fito criminoso há de se ter por configurado o crime impossível, ou tentativa inidônea.
Embora a conseqüência normal e ordinária do ato abortivo seja a expulsão do nascituro, não é esta necessária para a configuração do aborto.
No caso de a gestante ingerir substância química abortiva com o fim de expulsar o feto e logo após, acidentalmente, antes de ter surgido o efeito do produto, cair da escada, unicamente pode ser responsabilizada a gestante pela sua simples ação, pelo que houver feito até o momento da interrupção causal, devendo, portanto, responder apenas por tentativa de aborto.
Ocorrendo parto prematuro, a eliminação do ser expulso do álveo materno configurará homicídio se ostentar ele maturidade, ou será fato atípico se imaturo.
Morrendo o nascituro por imaturidade fetal ou em conseqüência da própria manobra que visava a antecipação do parto curial é que ao agente será atribuível a prática de aborto consumado.
Havendo esforços e condutas que se coordenam e cooperam para a realização de um mesmo fato, definido na lei penal como crime, todos serão solidariamente responsáveis pelo mesmo crime, que conserva a sua unidade.
9.1 O aborto na Espanha
Em março de 2010, passou a valer na Espanha a lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, também chamada “lei de prazos”, porque não observa causas e sim limites de tempo para a prática legal do aborto. Por livre decisão da mulher, até a 14ª semana de gestação, e até a 22ª de gestação em casos de risco de morte para a gestante ou anomalias fetais incompatíveis com a vida. Segundo dados do Ministério da Saúde, Consumo e Bem-estar social, cerca de 70% dos abortos legais praticados no país em 2016 aconteceram até as oito primeiras semanas de gestação. Em 62% dos casos, essa foi a primeira interrupção legal da gravidez da mulher que a realizou.
Na avaliação de Lola Liceras, da Anistia Internacional Espanha, a lei de 2010 trouxe maior transparência para uma prática que já era realizada a partir de manobras interpretativas da lei anterior, que legalizava o aborto em casos de estupro, risco para a vida ou saúde física e psíquica da gestante ou anomalias fetais incompatíveis com a vida.
“Nos países onde o aborto é permitido em determinados casos sempre existe uma causa que abre a porta para que as mulheres possam decidir. Portanto, as leis de prazos são mais claras, não obrigam as mulheres a argumentar de maneira fictícia ou os médicos a fazer o mesmo”, aponta. 
Segundo dados do Ministério de Saúde da Espanha, entre 2001 e 2009, último ano antes da entrada em vigor da nova norma, os abortos por motivos de saúde da gestante superaram 95% em todos os anos da década. Em 2010, quando o país legalizou a prática, os abortos por motivo de saúde corresponderam a 50% dos procedimentos, enquanto 42,9% das interrupções da gravidez foram realizadas por decisão da gestante.
Nos três primeiros anos da legalização, a Espanha registrou um leve aumento no número absoluto de abortos legais em relação ao último ano da proibição. A partir de 2013, a tendência foi de redução, o que se manteve até 2016, último ano com dados disponíveis do Ministério de Saúde. Em 2009, o país registrou 111.482 interrupções voluntárias de gravidez, enquanto em 2016 houve 93.131 abortos legais. Destes, 90% foram motivados por decisão da mulher.
A legalização veio acompanhada também da redução de abortos em todas as faixas etárias, mas especialmente entre adolescentes com até 19 anos. Enquanto em 2010 a taxa para esse grupo era de 13 abortos por cada mil adolescentes, em 2016 não chegou a 9.
Em dezembro de 2013, o Conselho de Ministros do governo do ex-presidente Mariano Rajoy (PP) apresentou um projeto de lei ainda mais restritivo do que a norma vigente entre 1985 e 2010. Na proposta, o aborto seguiria legal até a 12ª semana de gestação em casos de estupro e até a 22ª em casos de risco de morte para a gestante, mas eliminava a possibilidade de abortar legalmente em caso de anomalias fetais incompatíveis com a vida.
Sem consenso para aprovação, o projeto de lei foi retirado pelo próprio governo. No entanto, em 2015 o governo conseguiu incluir a obrigatoriedade de acompanhamento de responsáveis ou tutores para menores de 18 anos que desejem realizar um aborto legal. 
9.2 O aborto em Portugal
Em 1998, o Parlamento português aprovou uma lei de interrupção voluntária da gravidez, para substituir a lei que desde 1984 despenalizava o aborto em casos de risco de morte ou à saúde da gestante, anomalia fetal incompatível com a vida e gestação decorrente de estupro. A punição de até três anos de prisão para mulheres que abortavam fora desses casos foi mantida.
Na ocasião, em meio a uma forte pressão da Igreja Católica, então primeiro-ministro António Guterres, hoje Secretário-Geral da ONU, anunciou um acordo com a oposição para que o direito ao aborto fosse submetido a um referendo popular.
Em uma votação que contou com 68% de abstenção, 50% dos votantes responderam não à pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado? ” Pelo resultado apertado da votação, o pleito não teve efeito vinculante, mas a falta de acordo político impediu o Parlamento de avançar na matéria.
Alexandra Alves Luis, pesquisadora e presidente da Associação Mulheres sem Fronteiras, conta que, naquele momento, os argumentos comfoco na saúde das mulheres ganharam força e se uniram aos dos movimentos feministas, que defendem a autonomia da mulher e seu direito a decidir sobre o próprio corpo. “Começou-se a debater sobre o impacto em mulheres pobres e de classe baixa, que morriam, que chegavam ao hospital em condições muito difíceis. Os profissionais de saúde foram muito importantes, porque trouxeram casos muito práticos”. Em 2007, um segundo referendo repetiu a mesma pergunta feita nove anos antes à população portuguesa. Dessa vez, com uma abstenção de 56%, ganhou o sim, escolhido por quase 60% dos eleitores.
O aborto passou a ser legal dentro das 10 primeiras semanas de gestação por opção da mulher e mantiveram-se os prazos vigentes para os casos já previstos pela lei anterior. A mulher precisa passar por um período de reflexão de, no mínimo, três dias a partir da primeira consulta, durante os quais pode acudir a atenção psicológica ou assistência social.
Assim como na Espanha e no Uruguai, em Portugal, nos primeiros anos da nova lei, o número de abortos legais aumentou. Em 2008, foram realizados 18.607 procedimentos, com pico de 20.480 em 2011, ano em que o país aprofundou medidas de austeridade em obediência ao programa da troika – uma comissão formada por integrantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE).
“Em Portugal, mulheres e homens têm direito a anticoncepcionais gratuitos oferecidos pelos serviços de saúde pública. Porém, durante 2011 nós tivemos um grave problema a partir do momento em que o país adotou medidas de austeridade. Não deixou de haver distribuição, mas o acesso ficou mais restrito”, explicou Alves Luis.
Já em 2012, o número de interrupções voluntárias da gravidez iniciou uma tendência de queda. Segundo a Direção Geral da Saúde (DGS), em 2016, último ano com dados disponíveis, houve 15.959 procedimentos, uma queda de 22% em cinco anos.
“Quando é atendida, a mulher tem apoio e aconselhamento – não vou dizer em todos os lugares, mas na maioria – que não a culpabilizam. Ela recebe informação e é acompanhada. Os números mostram que a não culpabilização tem resultados positivos”, avalia a pesquisadora. “E nós sabemos hoje que nunca mais morreu uma mulher em Portugal por tentar fazer um aborto. ”
Ao longo dos anos em que o aborto passou a ser legal em Portugal, entre 94% e 97% das mulheres que interromperam a gravidez no sistema de saúde escolheram um método anticoncepcional após o procedimento.
O sistema público de saúde é responsável por cerca de 75% das práticas de aborto legal em Portugal. Dentro dele, o método farmacológico é utilizado em cerca de 98% dos casos. Já no sistema de saúde privado, cerca de 93% dos procedimentos são realizados por método cirúrgico, com anestesia geral.
Segundo a DGS, cerca de 70% das mulheres que acudiram ao sistema de saúde para realizar um aborto legal em 2016 nunca haviam realizado o procedimento antes e 50% delas já tinham um ou dois filhos. Naquele ano, 379 brasileiras abortaram em Portugal.
CONCLUSÃO
Após concluídos os estudos, minha posição sobre o aborto, como crime contra a vida deve ser punido, salvo as exceções legais, que são perfeitamente justificáveis do ponto de vista jurídico, pois não se pode admitir que uma pessoa elimine uma vida por simples vontade, em tempos onde todos têm acesso a meios de se evitar a fecundação, como os anticoncepcionais.
A própria Igreja Católica que sempre foi totalmente contra o uso de anticoncepcionais, admite o planejamento familiar desde que usados os meios naturais.
Estando nós às margens do terceiro milênio, não podemos ignorar um problema tão sério como o aborto. Já nos é sabido e mesmo consabido que biologicamente e juridicamente, a vida inicia-se no momento exato do encontro do espermatozóide e do óvulo, portanto, nada mais injusto do que o aborto, afinal, seria o mesmo que matar uma pessoa que estivesse presa por correntes sob um manto negro cuja identidade não se pudesse saber pelo simples fato de não ser o local e nem a hora dela estar ali.
O aborto nada mais é do que matar um ser inocente e indefeso, que não pediu para estar onde está e também não pede favores, simplesmente espera um pouco de amor para que possa desenvolver-se e vir ao mundo como todos nós viemos.
Como matar é crime, concordo plenamente com a lei penal que pune o crime de aborto com detenção, tanto para a mãe que consentiu como para quem o executou, neste caso, independentemente de ter ou não o consentimento da gestante.
Ao encerrarmos o presente trabalho lançamos uma questão a todas as pessoas, mas especialmente às que têm ou chegaram a ter a intenção de provocar um aborto… imaginem-se rodeados de filhos, todos sorridentes, alegres, brincando, transmitindo todo amor que só um filho é capaz de transmitir, e você no centro dos mesmos escolhendo dentre o todo, um para sacrificar. Você teria coragem para fazer isso?
Vamos aplicar uma injeção de amor no coração das pessoas, tentando, quem sabe, construir um mundo mais digno, onde todos tenham os mesmos direitos, indefesos ou não.
Explanação
Minha opinião sobre esse assunto, é que vida é dom de Deus e quando Ele intercede com uma benção devemos estar preparadas para cuidar e amar essa criança.
Sou totalmente contra o aborto, exceto, em casos como: estrupo e em casos que lei fornece respaldos para o aborto.
Não acho legal alguém matar uma criança inocente com tantas crianças no mundo lutando para viver.
Enfim lógico que como profissional da saúde respeitaria a opinião de todos mas sou contra
BIBLIOGRAFIA
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