Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
25 DE MARÇO DE 2022 Edição 1047/2022 DADOS DO INFORMATIVO 25 de Março de 2022 Edição 1047/2022 http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_Dados/Dados_InformativosSTF.xlsx Secretaria-Geral da Presidência Pedro Felipe de Oliveira Santos Gabinete da Presidência Patrícia Andrade Neves Pertence Diretoria-Geral Edmundo Veras dos Santos Filho Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação Alexandre Reis Siqueira Freire Coordenadoria de Difusão da Informação Thiago Gontijo Vieira Equipe Técnica Jean Francisco Corrêa Minuzzi Anna Daniela de Araújo M. dos Santos Diego Oliveira de Andrade Soares João de Souza Nascimento Neto Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior Mariana Bontempo Bastos Renan Arakawa Pamplona Ricardo Henrique Pontes Tays Renata Lemos Nogueira Capa e projeto gráfico Flávia Carvalho Coelho Arlant Diagramação Gabriela Alves Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal) Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – . Semanal. O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF ISSN: 2675-8210. 1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação. CDDir 340.6 Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte. ISSN: 2675-8210 INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1047/2022. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 25 de Março de 2022. http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF EDIÇÃO 1047/2022 | INFORMATIVO STF SUMÁRIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL MINISTRO LUIZ FUX Presidente [3.3.2011] MINISTRA ROSA MARIA PIRES WEBER Vice-presidente [19.12.2011] MINISTRO GILMAR FERREIRA MENDES Decano [20.6.2002] MINISTRO ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI [16.3.2006] MINISTRA CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA [21.6.2006] MINISTRO JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI [23.10.2009] MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO [26.6.2013] MINISTRO LUIZ EDSON FACHIN [16.6.2015] MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES [22.3.2017] MINISTRO KASSIO NUNES MARQUES [5.11.2020] MINISTRO ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA [16.12.2021] EDIÇÃO 1047/2022 | INFORMATIVO STF SUMÁRIO Nota Explicativa Colegiado 1 INFORMATIVO O Informativo STF, periódico semanal de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. A seleção dos processos noticiados leva em consideração critérios de relevância, novidade e contemporaneidade da temática objeto de julgamento. 1.1 PLENÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL – ORGANIZAÇÃO DOS PODERES Prerrogativa de foro: defensor público e procurador de Estado AMICUS CURIAE ÁUDIO DO TEXTO TESE FIXADA Nos termos do artigo 102, I, r, da Constituição Federal (CF) (1), é competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar, originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) proferidas no exercício de suas competências constitu- cionais, respectivamente, previstas nos artigos 103-B, § 4º, e 130-A, § 2º, da CF (2). RESUMO Possui plausibilidade e verossimilhança a alegação de que constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades diversas daque- las arroladas na Constituição Federal (CF). As normas que estabelecem hipóteses de foro por prerrogativa de função são excepcionais e, como tais, devem ser interpretadas restritivamente (ADI 2.553) (1). Ramo do Direito Tese oficial Notícia do jul- gamento com ênfase nas conclusões e nos principais fundamentos Título do resumo INFOGRÁFICO Indica a realização de audiência pública no STF AUDIÊNCIA PÚBLICA Estudo bibliográ- fico relacionado ao processo LEITURAS EM PAUTA Indica a participação de “amigos da Corte” AMICUS CURIAE Vídeo da sessão de julgamento VÍDEO DO JULGAMENTO Áudio da notícia ÁUDIO DO TEXTO Objetivo de Desenvolvimento Sustentável com o qual o processo se relaciona Resumo em síntese http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ EDIÇÃO 1047/2022 | INFORMATIVO STF SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INFORMATIVO 1.1 PLENÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL » Direitos e Garantias Fundamentais; Poder Judiciário • Interceptação telefônica e prorrogações sucessivas - RE 625263/PR (Tema 661 RG) » Ordem Social • FUNDEF/FUNDEB: precatório e pagamento de pessoal - ADPF 528/DF DIREITO DA SAÚDE • COVID-19: observância das decisões proferidas pelo STF em relação à obrigatoriedade de vacinação - ADPF 754 16ª TPI-Ref/DF DIREITO TRIBUTÁRIO » Contribuições Sociais • PIS e COFINS: parcela não dedutível da base de cálculo - RE 1049811/SE (Tema 1024 RG) » Imunidade Tributária • Caracterização das entidades religiosas como instituições de assistência social para fins de imunidade tributária - RE 630790/SP (Tema 336 RG) » IPI • Incidência de IPI sobre bacalhau seco e salgado e questão infraconstitucional - RE 627280/RJ (Tema 502 RG) » Procedimento Administrativo Fiscal • Art. 38 da Lei 9.430/1996: representação fiscal para fins penais e crimes contra a Previdência Social - ADI 4980/DF EDIÇÃO 1047/2022 | INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA 2.1 EVOLUÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL 2.2 PASSO A PASSO DAS SESSÕES VIRTUAIS 2.3 PROCESSOS SELECIONADOS • Notificação pessoal do consumidor por meio de AR para vistoria do medidor de energia elétrica - ADI 3703/RJ • Prorrogação da competência do STF em caso de mandatos cruzados - Inq 4342 QO/PR • Compensação de títulos de empresa pública com débitos de ICMS - ADI 5882/SC • Isenção a combustível na Zona Franca de Manaus - ADPF 893/DF • Proibição da substituição de trabalhador da iniciativa privada em greve por servidor público - ADI 1164/DF 3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF EDIÇÃO 1047/2022 | 8 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 1 INFORMATIVO O Informativo, periódico semanal de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. A seleção dos processos noticiados leva em consideração critérios de relevância, novidade e contemporaneidade da temática objeto de julgamento. 1.1 PLENÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS; PODER JUDICIÁRIO DIREITO PROCESSUAL PENAL – PROVA; INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA Interceptação telefônica e prorrogações sucessivas - RE 625263/PR (Tema 661 RG) AMICUS CURIAE REPERCUSSÃO GERAL ÁUDIO DO TEXTO VÍDEO DO JULGAMENTO VÍDEO DO JULGAMENTO Parte 1 Parte 2 TESE FIXADA: “São lícitas as sucessivas renovações de interceptação telefônica, desde que, veri- ficados os requisitos do artigo 2º da Lei 9.296/1996 e demonstrada a necessidade da medida diante de elementos concretos e a complexidade da investigação, a decisão judicial inicial e as prorrogações sejam devidamente motivadas, com jus- tificativa legítima, ainda que sucinta, a embasar a continuidade das investigações. São ilegais as motivações padronizadas ou reproduções de modelos genéricos sem relação com o caso concreto.”http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3906320 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3906320&numeroProcesso=625263&classeProcesso=RE&numeroTema=661 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3906320&numeroProcesso=625263&classeProcesso=RE&numeroTema=661 https://drive.google.com/file/d/1YAZfCBYfrhQ7sd_IfIyPKijIOdyhJ5-7/view?usp=sharing https://www.youtube.com/watch?v=istjoBZYW_M&list=PLippyY19Z47vXyceiJ7aDVm3r83Qz1Za0&index=1 https://www.youtube.com/watch?v=mEPEWqpYVG4&list=PLippyY19Z47vsfv2GY11GMDbfLA7cXptq&index=1 http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ EDIÇÃO 1047/2022 | 9 INFORMATIVO STF SUMÁRIO RESUMO: A interceptação telefônica pode ser renovada sucessivamente se a decisão judicial inicial e as prorrogações forem fundamentadas, com justificativa legítima, mesmo que sucinta, a embasar a continuidade das investigações. Para tanto, devem estar presentes os requisitos do art. 2º da Lei 9.296/1996 (1) e ser demonstrada a necessidade concreta da interceptação, bem assim a complexidade da investigação. Em qualquer hipótese — decisão inicial ou de prorrogação —, a moti- vação deve ter relação com o caso concreto. No tocante às prorrogações, não precisa ser, necessariamente, exauriente e trazer aspectos novos. Cumpre observar que a ausência de resultado incriminatório obtido com eventual interceptação de comunicações telefônicas não impede a continuidade da diligência. Quanto à duração total de medida de interceptação telefônica, atualmente não se reco- nhece a existência de um limite máximo de prazo global a ser abstratamente imposto. Por oportuno, o prazo máximo de duração do estado defesa (CF, art. 136, § 2º) (2) não é fundamento para limitar a viabilidade de renovações sucessivas. Com esses entendimentos, ao apreciar o Tema 661 da repercussão geral, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário, para declarar a validade, no caso concreto, das interceptações telefônicas realizadas e de todas as provas delas decorrentes. Vencidos os ministros Gilmar Mendes (relator), Dias Toffoli, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski. (1) Lei 9.296/1996: “Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: I – não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; II – a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; III – o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.” (2) CF/1988: “Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I – restrições aos direitos de: (...) c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; (...) § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.” RE 625263/PR, relator Min. Gilmar Mendes, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 17.3.2022 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3906320&numeroProcesso=625263&classeProcesso=RE&numeroTema=661 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3906320 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3906320 EDIÇÃO 1047/2022 | 10 INFORMATIVO STF SUMÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL – ORDEM SOCIAL FUNDEF/FUNDEB: precatório e pagamento de pessoal - ADPF 528/DF AMICUS CURIAE ÁUDIO DO TEXTO RESUMO: O caráter extraordinário dos valores de complementação do FUNDEB pagos pela União aos estados e aos municípios, por força de condenação judicial, justifica o afastamento da subvinculação prevista nos arts. 60, XII, do ADCT (1) e 22 da Lei 11.949/2007 (2). Isso porque a observância à regra da subvinculação implicaria em pontual e insus- tentável aumento salarial dos professores do ensino básico, que, em razão da regra de irredutibilidade salarial, teria como efeito pressionar o orçamento público munici- pal nos períodos subsequentes — sem que houvesse receita subsequente proveniente de novos precatórios inexistentes —, acarretando o investimento em salários além do patamar previsto constitucionalmente, em prejuízo de outras ações de ensino a serem financiadas com os mesmos recursos. É inconstitucional o pagamento de honorários advocatícios contratuais com recur- sos destinados ao FUNDEB, o que representaria indevido desvio de verbas cons- titucionalmente vinculadas à educação. O comando constitucional é claro ao afirmar que os recursos recebidos por meio do FUNDEB devem ser destinados exclusivamente à educação básica pública. Dessa forma, a utilização de tais verbas para pagamento de honorários advocatícios contratuais caracterizaria violação direta ao texto constitucional (3). Por outro lado, é admissível o pagamento de honorários advocatícios contratuais com verbas provenientes dos juros moratórios incidentes sobre o valor do precatório devido pela União. Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, julgou improcedente arguição de descumprimento de preceito fundamental. (1) ADCT: “Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições: (…) XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício.” http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5497412 https://drive.google.com/file/d/1EMobUT5qTY_E9dnsdY4GIhmLFQsBFa14/view?usp=sharing EDIÇÃO 1047/2022 | 11 INFORMATIVO STF SUMÁRIO (2) Lei 11.494/2007: “Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera- se: I – remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II – profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica; III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relaçãojurídica existente.” (3) Precedente citado: ARE 1.066.281 AgR. ADPF 528/DF, relator Min. Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 18.3.2022 (sexta- feira), às 23:59 DIREITO DA SAÚDE – VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA COVID-19: observância das decisões proferidas pelo STF em relação à obrigatoriedade de vacinação - ADPF 754 16ª TPI-Ref/DF AMICUS CURIAE ÁUDIO DO TEXTO RESUMO: As notas técnicas objeto de análise (1), ao disseminarem informações matizadas pela dubiedade e ambivalência, no concernente à compulsoriedade da imunização, podem desinformar a população, desestimulando a vacinação contra a Covid-19. Considerada a ambiguidade com que foram redigidas no tocante à obrigatoriedade da vacinação, as notas técnicas podem ferir, dentre outros, os preceitos fundamentais que asseguram o direito à vida e à saúde, além de afrontarem entendimento consoli- dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento das ADIs 6.586/DF e 6.587/ DF e do ARE 1.267.879/SP. Nesses termos, o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) devem fazer constar de suas respectivas notas técnicas (1) a interpretação conferida pelo STF ao art. 3°, III, d, da Lei 13.979/2020 (2), no sentido http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5239739 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5497412 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5497412 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6034102 https://drive.google.com/file/d/1UddyYxApd-gullNUknwoy2KEaLFAFvz4/view?usp=sharing http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755517337 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755517731 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755520674 http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ EDIÇÃO 1047/2022 | 12 INFORMATIVO STF SUMÁRIO de que: (i) “a vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sem- pre o consentimento do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes”, esclarecendo, ainda, que (ii) “tais medidas, com as limitações expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos estados, Distrito Federal e municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”, dando ampla publicidade à retificação ora imposta. É vedado ao governo federal a utilização do canal de denúncias “Disque 100” do MMFDH para recebimento de queixas relacionadas à vacinação contra a Covid-19, bem como para o recebimento de queixas relacionadas a restrições de direitos consideradas legítimas pelo STF (3). Esse canal é um serviço de disseminação de informações sobre direitos de grupos vul- neráveis e de denúncias de violações de direitos humanos (4). A sua utilização, fora de suas finalidades institucionais, configura desvirtuamento do canal. Com base nesse entendimento, o Plenário, referendou a medida cautelar pleiteada. (1) Notas Técnicas 2/2022/SECOVID/GAB/SECOVID/MS e 1/2022/COLIB/CGEDH/SNPG/MMFDH. (2) Lei 13.979/2020, art. 3º. “Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata esta Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competência, entre outras, as seguintes medidas: (...) III - determinação de realização compulsória de: (...) d) vacinação e outras medidas profiláticas;” (3) Precedentes: ADI 6.586; ADI 6.587 e ARE 1.267.879. (4) Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos/denunciar-violacao-de-direitos-humanos. ADPF 754 16ª TPI-Ref/DF, relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento virtual finalizado em 18.3.2022 (sexta-feira), às 23:59 DIREITO TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PIS e COFINS: parcela não dedutível da base de cálculo - RE 1049811/SE (Tema 1024 RG) REPERCUSSÃO GERAL ÁUDIO DO TEXTO https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/plano-nacional-de-operacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-02-2022-vacinacao-de-5-11-anos.pdf/@@download/file/Nota%20T%C3%A9cnica%2002.2022%20-%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20de%205-11%20anos.pdf https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/janeiro/NotaTcnicaSEI_MDH2723962.pdf http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755517337 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755517731 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755520674 https://www.gov.br/pt-br/servicos/denunciar-violacao-de-direitos-humanos http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6034102 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6034102 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5193219 https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5193219&numeroProcesso=1049811&classeProcesso=RE&numeroTema=1024 https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5193219&numeroProcesso=1049811&classeProcesso=RE&numeroTema=1024 https://drive.google.com/file/d/1lv_7kg1MbqAx1OdbIrjGmeIE6xZ5-K1i/view?usp=sharing http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ EDIÇÃO 1047/2022 | 13 INFORMATIVO STF SUMÁRIO TESE FIXADA: “É constitucional a inclusão dos valores retidos pelas administradoras de cartões na base de cálculo das contribuições ao PIS e da COFINS devidas por empresa que recebe pagamentos por meio de cartões de crédito e débito.” RESUMO: O valor total recebido por empresa, mediante venda por meio de cartão de cré- dito ou débito, ainda que uma parte desse montante seja repassado à adminis- tradora do cartão, se insere na base de cálculo das contribuições para o PIS e para a COFINS. As taxas retidas pelas administradoras de cartões de crédito e débito constituem cus- tos operacionais do contribuinte, repassados aos clientes no momento da venda ou da prestação dos serviços, integrando, dessa forma, o conceito de faturamento. Nesses termos, eventual interpretação que retire os custos operacionais do conceito legal de faturamento acaba por esvaziar a base de cálculo da incidência fiscal. Ademais, não existindo em nosso ordenamento jurídico previsão que autorize a hipótese de não incidência pretendida pelo recorrente, descabe ao Poder Judiciário desempe- nhar a função de legislador positivo. Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 1024 da repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário. RE 1049811/SE, relator Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 18.3.2022 (sexta-feira), às 23:59 DIREITO TRIBUTÁRIO – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA Caracterização das entidades religiosas como instituições de assistência social para fins de imunidade tributária – RE 630790/SP (Tema 336 RG) AMICUS CURIAE REPERCUSSÃO GERAL ÁUDIO DO TEXTO https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5193219&numeroProcesso=1049811&classeProcesso=RE&numeroTema=1024 https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5193219&numeroProcesso=1049811&classeProcesso=RE&numeroTema=1024 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5193219 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5193219 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3958617 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3958617&numeroProcesso=630790&classeProcesso=RE&numeroTema=336 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3958617&numeroProcesso=630790&classeProcesso=RE&numeroTema=336 https://drive.google.com/file/d/1jMKGmmxKWUtujiL0UjoVp5xguF5arEjp/view?usp=sharingEDIÇÃO 1047/2022 | 14 INFORMATIVO STF SUMÁRIO TESE FIXADA: “As entidades religiosas podem se caracterizar como instituições de assistência social a fim de se beneficiarem da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, ‘c’, da Constituição, que abrangerá não só os impostos sobre o seu patrimônio, renda e serviços, mas também os impostos sobre a importação de bens a serem utilizados na consecução de seus objetivos estatutários.” RESUMO: As organizações assistenciais religiosas podem ser abrangidas pela imunidade prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/1988 (1). Essas entidades desempenham um papel extremamente relevante, não sendo raras as que possuem um componente social que, para além de colaborar com o Estado, muitas vezes substituem a ação estatal na assistência aos necessitados. Nesse sentido, as ações assistenciais exercidas por entidades religiosas são plenamente compatíveis com o modelo constitucional brasileiro de assistência social. Além disso, a Corte vem conferindo amplitude à norma constitucional imunizante (2), de modo a abranger todos os impostos que de alguma forma possam desfalcar o patrimônio, prejudicar as atividades ou reduzir as rendas da entidade imune, ainda que estejam apenas indiretamente relacionados com as suas finalidades essenciais. A condição é que os recursos obtidos sejam vertidos ao implemento de tais fins. Havendo correspondência entre o recurso obtido e a aplicação nas finalidades essen- ciais, restará configurado o liame exigido pelo texto constitucional. Dessa forma, o alcance da imunidade é determinado pela destinação dos recursos auferidos pela entidade, e não pela origem ou natureza da renda. Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, apreciando o Tema 336 da repercussão geral, conheceu do recurso extraordinário e deu-lhe provimento. (1) CF, art. 150. “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: (...) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;” (2) Precedentes: RE 237.718; RE 611.510 (Tema 328 RG); Enunciado 52 da Súmula Vinculante. RE 630790/SP, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado em 18.3.2022 (sexta- feira), às 23:59 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3958617&numeroProcesso=630790&classeProcesso=RE&numeroTema=336 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3958617&numeroProcesso=630790&classeProcesso=RE&numeroTema=336 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=255915 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755785041 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3858787&numeroProcesso=611510&classeProcesso=RE&numeroTema=328 https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula811/false http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3958617 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3958617 EDIÇÃO 1047/2022 | 15 INFORMATIVO STF SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO – IPI DIREITO PROCESSUAL CIVIL – REPERCUSSÃO GERAL Incidência de IPI sobre bacalhau seco e salgado e questão infraconstitucional – RE 627280/RJ (Tema 502 RG) REPERCUSSÃO GERAL ÁUDIO DO TEXTO TESE FIXADA: “É infraconstitucional, a ela se aplicando os efeitos da ausência de repercussão geral, a controvérsia relativa à incidência de IPI sobre o bacalhau seco e salgado oriundo de país signatário do GATT.” RESUMO: Não possui repercussão geral, diante de sua natureza infraconstitucional, a dis- cussão sobre a incidência de IPI sobre o bacalhau seco e salgado vindo de país signatário do GATT. Em razão da natureza infraconstitucional da controvérsia posta no recurso extraordiná- rio, que demandaria o reexame do acervo probatório dos autos e da legislação infra- constitucional pertinente (Código Tributário Nacional, Lei 4.502/1964, Lei 10.451/2002, Decreto 4.070/2001 e Decreto 4.544/2002), cabe a revisão do reconhecimento da repercussão geral, nos termos do art. 323-B do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (RI/STF) (1) (2). Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, após rever o reconheci- mento da repercussão geral quanto ao Tema 502 da repercussão geral, não conhe- ceu do recurso extraordinário. (1) Precedentes citados: RE 660970; AI 235708 AgR; AI 708736 AgR; AI 845360 AgR; ARE 916075 AgR; AI 711909 AgR; RE 362596 AgR; ARE 804350 AgR; AI 651473 Edv-AgR; ARE 1279288 AgR. (2) RI/STF: “Art. 323-B. O relator poderá propor, por meio eletrônico, a revisão do reconhecimento da repercussão geral quando o mérito do tema ainda não tiver sido julgado.” (Incluído pela Emenda Regimental 54, de 1º.7.2020) RE 627280/RJ, relator Min. Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado em 18.3.2022 (sexta- feira), às 23:59 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3920968 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3920968&numeroProcesso=627280&classeProcesso=RE&numeroTema=502 http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3920968&numeroProcesso=627280&classeProcesso=RE&numeroTema=502 https://drive.google.com/file/d/1uxxXbtO9Skr0DADaXKn4_nfaalI__ppS/view?usp=sharing http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3920968&numeroProcesso=627280&classeProcesso=RE&numeroTema=502 http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15346315621&ext=.pdf http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614255 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=566825 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=626305 http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=312638949&ext=.pdf http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=585188 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=585188 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=605942 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6883397 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2500936 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754298298 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3920968 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3920968 EDIÇÃO 1047/2022 | 16 INFORMATIVO STF SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL Art. 38 da Lei 9.430/1996: representação fiscal para fins penais e crimes contra a Previdência Social - ADI 4980/DF AMICUS CURIAE ÁUDIO DO TEXTO VÍDEO DO JULGAMENTO VÍDEO DO JULGAMENTO Parte 1 Parte 2 RESUMO: A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição previdenciária será encaminhada ao ministério público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. Não se vislumbra inconstitucionalidade formal ou material do art. 83 da Lei 9.430/1996 (1). A alteração normativa condiciona o momento de envio da representação fiscal, para fins penais — no tocante aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de sone- gação de contribuição previdenciária —, à necessidade de exaurimento do processo administrativo de constituição do crédito. Logo, o dispositivo impugnado confere line- aridade ao procedimento administrativo, ao estender àqueles delitos idêntica solução prevista para os demais crimes contra a ordem tributária. O preceito tem como destinatários os agentes fiscais. Ele não cuida do momento de consumação de delitos, tampouco versa sobre condição de procedibilidade paraa persecução penal. Portanto, é inapropriada a discussão sobre a natureza dos crimes envolvidos, especialmente por se tratar de clara opção política do legislador. Ademais, o entendimento pela constitucionalidade da norma encontra apoio na jurisprudência do STF (2). Com esses entendimentos, o Plenário conheceu de ação direta de inconstitucionalidade e, por maioria, julgou improcedentes os pedidos nela formulados. (1) Lei 9.430/1996: “Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária previstos nos arts. 1º e 2º da Lei 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.” (2) Precedentes citados: ADI 1.571; HC 81.611; e ADI 4.974. ADI 4980/DF, relator Min. Nunes Marques, julgamento finalizado em 10.3.2022 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4425229 https://drive.google.com/file/d/1kpxOhAd1Zsp8lWG8iusYlMqlSvKzhVLo/view?usp=sharing https://www.youtube.com/watch?v=pBQTel2cB9M&list=PLippyY19Z47tJ4IMmlkiLdY_yh6jNkdoL&index=2 https://www.youtube.com/watch?v=SKBTXwzgeVA&list=PLippyY19Z47tJ4IMmlkiLdY_yh6jNkdoL&index=4 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1662828 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1990524 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4425210 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4425229 http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ EDIÇÃO 1047/2022 | 17 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA O Plenário Virtual em Evidência consiste na seleção e divulgação dos principais processos liberados para julgamento pelos colegiados do STF em ambiente virtual, com destaque especial para as ações de controle de constitucionalidade e processos submetidos à sistemática da Repercussão Geral. O serviço amplia a transparência das sessões virtuais do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da difusão de informações sobre os processos que foram apresentados para julgamento nesse ambiente eletrônico. As informações e referências apresentadas nesta edição têm caráter meramente informativo e foram elaboradas a partir das pautas e calendários de julgamento divulgados pela Assessoria do Plenário, de modo que poderão sofrer alterações posteriores. Essa circunstância poderá gerar dissonância entre os processos divulgados nesta publicação e aqueles que vierem a ser efetivamente julgados pela Corte. EDIÇÃO 1047/2022 | 18 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2.1 EVOLUÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL 2007 CRIAÇÃO DO PLENÁRIO VIRTUAL (PV) PARA APRECIAÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (RG) • Permitiu aos ministros do STF deliberarem se determinada matéria apresenta ou não RG; • Requisito introduzido pela Emenda Constitucional (EC) 45/2004 (Reforma do Judiciário) para admissibilidade de Recurso Extraordinário (RE); • Celeridade na análise de temas de RG: o Plenário Virtual funciona 24 horas por dia e é possível que os ministros o acessem de forma remota, permitindo a votação mesmo estando fora de seus gabinetes; • Inicialmente, apenas os ministros e os tribunais cadastrados tinham acesso ao sistema. 2010 Emenda Regimental 42 (2/12/2010)SS O MÉRITO DE TEMAS DE REPERCUSSÃO GERAL PASSOU A SER JULGADO NO PLENÁRIO VIRTUAL • Requisito: manifestação do relator pela reafirmação de jurisprudência dominante da Corte; • Aumento da celeridade no julgamento de mérito de temas de RG. 1 Art. 323-a. O julgamento de mérito de questões com repercussão geral, nos casos de reafirmação de jurisprudência dominante da Corte, também poderá ser realizado por meio eletrônico. (Incluído pela Emenda Regimental n. 42, de 2 de dezembro de 2010) http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL042-2010.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL042-2010.PDF EDIÇÃO 1047/2022 | 19 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2019 Resolução 642 (14/06/2019) • Dispôs sobre o julgamento de processos em listas, virtuais ou presenciais; • Definiu que as sessões virtuais serão realizadas semanalmente, com início, em regra, às sextas-feiras; • Previu que o ministro relator inserirá ementa, relatório e voto no ambiente virtual; 2020 Emenda Regimental 53 (18/03/2020) • Todos os processos de competência do Tribunal poderão, a critério do relator ou do ministro vistor com a concordância do relator, ser submetidos a julgamento em listas de processos em ambiente presencial ou eletrônico, observadas as respectivas competências das Turmas ou do Plenário. 2016 CRIAÇÃO DO AMBIENTE DAS SESSÕES VIRTUAIS Emenda Regimental 51 (22/06/2016)2 Resolução 587 (29/07/2016)3 Ambiente eletrônico de julgamento em Plenário e Turmas Competência: apreciação de agravos internos e embargos de declaração. 2 Art. 21-b. O Relator poderá liberar para julgamento listas de processos em ambiente presencial ou eletrônico. (Incluído pela Emenda Regimental n. 52, de 14 de junho de 2019) Parágrafo único. A critério do Relator, poderão ser submetidos a julgamento em ambiente eletrônico, observadas as respectivas competências das Turmas ou do Plenário, os seguintes processos: I – agravos internos, regimentais e embargos de declaração; II – medidas cautelares em ações de controle concentrado; V – demais classes processuais cuja matéria discutida tenha jurisprudência dominante no âmbito do STF. 3 Art. 1º Os agravos internos e embargos de declaração poderão, a critério do relator, ser submetidos a julgamento em ambiente eletrônico, por meio de sessões virtuais, observadas as respectivas competências das Turmas ou do Plenário. (...) http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/Resolucao642alterada.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/Resolucao642alterada.pdf http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL053-2020.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL053-2020.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL051-2016.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/EMENDAREGIMENTAL051-2016.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO587-2016.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO587-2016.PDF EDIÇÃO 1047/2022 | 20 INFORMATIVO STF SUMÁRIO Resolução 675 (22/04/2020) • Atualização do sistema implementada em maio de 2020 permitiu que o relatório e os votos dos ministros sejam disponibilizados no sítio eletrônico do STF durante a sessão de julgamento (alterou a Resolução 642); • As sustentações orais por meio eletrônico serão automaticamente disponibilizadas no sistema de votação dos Ministros e ficarão disponíveis no sítio eletrônico do STF durante a sessão de julgamento (alterou a Resolução 642). • Iniciada a sessão virtual, os advogados e procuradores poderão realizar esclarecimentos exclusivamente sobre matéria de fato, por meio do sistema de peticionamento eletrônico do STF, os quais serão automaticamente disponibilizados no sistema de votação dos Ministros."Resolução 684 (21/05/2020) • Iniciado o julgamento, os demais ministros têm até seis dias úteis para se manifestar (alterou a Resolução 642). • As sessões em ambiente virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a ter duração de 6 dias úteis. Início: sexta-feira, à 0h; Término: sexta-feira seguinte, às 23h59. PAINEL COVID PAINEL JULGAMENTOS VIRTUAIS Resolução 690 (1º/06/2020) • O ministro que não se pronunciar terá sua não participação registrada na ata do julgamento (alterou a Resolução 642). • Não alcançado o quórum de votação ou havendo empate na votação, o julgamento será suspenso e incluído na sessão virtual imediatamente subsequente, a fim de que sejam colhidos os votos dos ministros ausentes (alterou a Resolução 642). Resolução 669 (19/03/2020)• Medidas cautelares em ações de controle concentrado, referendo de medidas cautelares e de tutelas provisórias e demais classes processuais, inclusive recursos com repercussão geral reconhecida, cuja matéria discutida tenha jurisprudência dominante no âmbito do STF, puderam ser submetidos a julgamento virtual no STF (alterou a Resolução 642). • Nas hipóteses de cabimento de sustentação oral previstas no regimento interno do Tribunal, faculta-se aos habilitados nos autos o encaminhamento das respectivas sustentações por meio eletrônico após a publicação da pauta e até 48 horas antes de iniciado o julgamento em ambiente virtual (alterou a Resolução 642). http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/Resolucao675.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/Resolucao675.pdf http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO684-2020.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO684-2020.PDF http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=448822&ori=1 http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=448822&ori=1 http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO690-2020.PDF http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO669-2020.PDF EDIÇÃO 1047/2022 | 21 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2.2 PASSO A PASSO DAS SESSÕES VIRTUAIS No âmbito do Supremo Tribunal Federal, o sistema colegiado de julgamento em ambiente eletrônico ocorre por meio de sessões de julgamento realizadas em tempo real, por videoconferência e sessões de julgamento inteiramente realizadas em ambiente eletrônico (sessões virtuais). As inovações reforçaram as medidas adotadas pelo STF para reduzir a circulação interna de pessoas e o deslocamento laboral como forma de prevenção ao novo coronavírus. INCLUSÃO EM PAUTA PARA JULGAMENTO VIRTUAL O ministro relator pode submeter a julgamento em sessão no ambiente virtual qualquer classe e incidente processual, a seu critério. 1 SUSTENTAÇÃO ORAL Após a publicação da pauta e até 48 horas antes do início do julgamento, os advogados, os procuradores e demais habilitados podem encaminhar sustentação oral. O envio das mídias é feito pelo Sistema de Peticionamento Eletrônico, que gera um protocolo de recebimento e registro no andamento processual. Além disso, os arquivos são disponibilizados imediatamente aos gabinetes dos ministros. 3 PUBLICAÇÃO DA PAUTA E DO CALENDÁRIO DE JULGAMENTO As listas dos processos liberados para julgamento são divulgadas no site do STF, e a pauta é publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), respeitado o prazo de 5 dias úteis entre a data da publicação da pauta e o início do julgamento (art. 935 do CPC). 2 RELATOR: INCLUSÃO DO RELATÓRIO E VOTO O relator insere, no sistema virtual, relatório e voto, que são disponibilizados no site do STF durante toda a sessão de julgamento virtual. 4 EDIÇÃO 1047/2022 | 22 INFORMATIVO STF SUMÁRIO INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL: VOTAÇÃO Iniciado o julgamento virtual, os demais ministros têm até 6 dias úteis para votar. As possibilidades de manifestação são: acompanhar o relator, com ou sem ressalva de entendimento; divergir do relator; ou acompanhar a divergência, com ou sem ressalvas. Assim como no Plenário físico, não há qualquer impedimento para que um ministro modifique seu voto até o fim da sessão. Caso um ministro modifique seu voto, a alteração aparecerá em vermelho, indicando novo posicionamento. As partes, os advogados e toda a sociedade podem acompanhar, em tempo real, a sessão de julgamento e visualizar os votos dos ministros e demais manifestações, que ficam disponíveis no site do STF durante toda a sessão de julgamento virtual (on-line e em tempo real). 5 PEDIDO DE VISTA Os ministros podem ainda pedir vista ou destaque para julgamento no ambiente presencial. As devoluções de vistas de processos iniciados em sessão presencial, a critério do ministro vistor e com a concordância do relator, também podem ter seu julgamento continuado em ambiente virtual. 7 QUESTÕES DE FATO E MEMORIAIS Os advogados, os procuradores e demais habilitados podem realizar esclarecimentos sobre matéria de fato e apresentar memoriais durante a sessão de julgamento, que serão automaticamente disponibilizados no sistema de votação dos ministros. 6 DESTAQUE PARA JULGAMENTO NO AMBIENTE PRESENCIAL No caso de pedido de destaque feito por qualquer ministro, o relator encaminhará o processo ao órgão colegiado competente para julgamento presencial, com a publicação de nova pauta e reinício do julgamento, desconsiderando- se os votos já proferidos. 8 EDIÇÃO 1047/2022 | 23 INFORMATIVO STF SUMÁRIO QUÓRUM No Plenário, não alcançado o quórum de votação mínimo de seis votos, ou havendo empate na votação, o julgamento será suspenso e incluído na sessão virtual imediatamente subsequente, a fim de que sejam colhidos os votos dos ministros ausentes. No julgamento de habeas corpus ou de recurso de habeas corpus, proclamar- se-á, na hipótese de empate, será proclamada a decisão mais favorável ao paciente. A declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou ato normativo deverá ser pronunciada por maioria qualificada de 6 votos em um mesmo sentido. 9 PLACAR DE VOTOS O acesso ao placar, inclusive parcial, de determinado julgamento pode ser feito por meio da aba “Sessão Virtual”, disponível na página de acompanhamento processual dos processos que estiverem em pauta. 11 AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO O ministro que não se pronunciar no prazo regimental terá sua não participação registrada na ata do julgamento. 10 12CONCLUSÃO DO JULGAMENTO Finalizado o julgamento virtual e alcançados os quóruns regimentais, o resultado será computado às 23h59 do dia previsto para o término da sessão. A decisão de julgamento será divulgada no andamento processual, e o respectivo acórdão publicado no DJe. EDIÇÃO 1047/2022 | 24 INFORMATIVO STF SUMÁRIO 2.3 PROCESSOS SELECIONADOS Julgamento Virtual: 25/03/2022 a 01/04/2022 ADI 3703/RJ Relator(a): EDSON FACHIN Notificação pessoal do consumidor por meio de AR para vistoria do medidor de energia elétrica Constitucionalidade ou não de lei estadual que impõe às concessionárias de energia elétrica a expedição de notificação prévia, com aviso de recebimento, para realização de vistorias técnicas. Jurisprudência: ADI 3874 Inq 4342 QO/PR Relator(a): EDSON FACHIN Prorrogação da competência do STF em caso de mandatos cruzados Controvérsia referente à prorrogação da competência do STF nos casos em que parlamentar é eleito para a outra casa legislativa do Congresso Nacional, sem solução de continuidade entre os mandatos. ADI 5882/SC Relator(a): GILMAR MENDES Compensação de títulos de empresa pública com débitos de ICMS Análise da constitucionalidade ou não de lei estadual que concede incentivo fiscal de ICMS sem autorização do CONFAZ. Jurisprudência: ADPF 198, ADI 5127 LEITURAS EM PAUTA http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2377442 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2499596 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5090101 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5341922 https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur433133/false https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur347865/false http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/ http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF&pagina=Leituras_Em_Pauta EDIÇÃO 1047/2022 | 25 INFORMATIVO STF SUMÁRIO ADPF 893/DF Relator(a): CÁRMEN LÚCIA Isenção a combustível na Zona Franca de Manaus Discussão sobre a validade jurídica de veto presidencial a projeto de lei relacionado à isenção do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobrea importação de petróleo e seus derivados no âmbito da Zona Franca de Manaus. Jurisprudência: ADI 1254 MC ADI 1164/DF Relator(a): NUNES MARQUES Proibição da substituição de trabalhador da iniciativa privada em greve por servidor público Constitucionalidade ou não de lei distrital, que veda a substituição, por servidor público, de trabalhadores da iniciativa privada em greve. Jurisprudência: ADI 4142, ADI 3848, ADI 5087, ADI 4154 3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF Portaria 45, de 21.3.2022 — Designa os integrantes do Comitê Executivo de Proteção de Dados (CEPD) do Supremo Tribunal Federal. http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6281983 https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur118048/false http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1604011 https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur419263/false https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur294793/false https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur432134/false https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur179476/false http://www.stf.jus.br/arquivo/norma/portariapr045-2022.pdf SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação – SAE Coordenadoria de Difusão da Informação – CODI codi@stf.jus.br 1.1 Plenário 2.1 EVOLUÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL 2.2 PASSO A PASSO DAS SESSÕES VIRTUAIS
Compartilhar