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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Nutrição Relatório das atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado III Alcilene Indio do Brasil Sales Belém - Pará 2021 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Nutrição NOME: Alcilene Indio do Brasil Sales ÁREA DO ESTÁGIO: Nutrição Clínica LOCAL: Hospital Adventista de Belém (HAB) - Av. Almirante Barroso, 1758 Bairro do Marco – Belém-PA- CEP: 66093-904 PERÍODO: 08/11/2021 à 10/12/2021 CARGA HORÁRIA: 210 horas ORIENTADOR: Camila Lima Chagas PRECEPTOR: Adna Carolina D. Vilas Belém - Pará 2021 SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04 2. DESCRIÇÃO DO LOCAL........................................................................ 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................ 06 06 4. CONCLUSÕES ...................................................................................... 09 5. REFERÊNCIAS....................................................................................... 6. ESTUDO DE CASO CLÍNICO................................................................ 10 11 4 1. INTRODUÇÃO A Nutrição Clínica é um campo da alimentação a qual são tratadas muitos dos adoecimentos que afetam o homem, por meio da nutrição. A procura por orientação/conselho/prescrição nutricional evidencia um crescimento nos últimos tempos, frente a identificação prévia das doenças crônicas não transmissíveis, e em uma constatação da intervenção do alimento acerca das mesmas1. O profissional nutricionista está essencialmente correlacionado à problemas de causa nutricional, com as quais a atenção técnica/habilidades em alimentação é primordial na reabilitação/manutenção/estabilidade do doente, por tanto, faz-se fundamental no âmbito hospitalar o nutricionista apresentar habilidades em conformidade com a execução de sua função com perfeição. As habilidades fundamentais para os especialistas de nutrição têm compreendido experiências tais como: profissionalismo, ética, liderança, comunicação, informática, gestão de segurança e risco, tomada de decisão, etc.2. Na esfera de nutrição clínica são prerrogativas do nutricionista: proporcionar atendimento dietoterápico e nutricional, ofertar cultura nutricional; executar consultoria, auditoria e assistência em dietética e nutrição; coordenar, planejar, avaliar e supervisionar estudos dietéticos; prescrição de suplemento nutricional, se for o caso; pedir/avaliar exames laboratoriais dentre outras atribuições3. Em suas competências, o nutricionista efetua sua assessoria dietética e propicia educação alimentar a pessoas enfermas ou sadias, na aérea ambulatorial, hospitalar, domiciliar e dentro de consultórios de dietética e nutrição, objetivando ao desenvolvimento, a recuperação/manutenção/estabilidade da saúde. Nesse plano, o especialista, nutricionistas atuam em tarefas de nutrição/refeições praticadas em clínicas e hospitais, nos ambulatórios, na entidade de longa estadia para longevos, nos lactários, nos bancos de leite humano, nos Spa’s, nas centrais de terapia nutricional e em assistência domiciliar3. O presente relatório evidencia as atuações ora desenvolvidas/vivenciadas no Hospital Adventista de Belém (HAB) - Av. Almirante Barroso, 1758 Bairro do Marco – Belém-PA- CEP: 66093-904. Setor: Nutrição Clínica - posto 01 internação. É incontestável a dimensão do profissional nutricionista no ambiente hospitalar, assim como a relevância o qual o esquema de estágio gera na vida 5 universitária, disponibilizando preparação para o ingresso/integração no mercado de emprego/trabalho, através de ambiente de conhecimento pertinente e assistência educativa supervisionada. Compondo-se da metodologia da organização e execução da bagagem angariada enquanto a graduação, propiciando a conciliação através de teoria/prática, acrescentando a conhecimentos do discente de Nutrição. 2. DESCRIÇÃO DO LOCAL 2.1 Apresentação do Lugar de Estágio O estágio supervisionado em Nutrição Clínica, foi realizado no Hospital Adventista de Belém (HAB) - Av. Almirante Barroso, 1758 Bairro do Marco – Belém-PA- CEP: 66093-904, no horário de 07:00 às 13:00, tendo como carga horária de 30 horas semanais. O qual foi desenvolvido no posto 01 – primeiro andar, com 22 apartamentos-leitos, modernos, bem decorados, amplos e adaptados; ambientes com renovação de ar, Iluminação natural e chuveiros aquecidos com energia solar; equipe multidisciplinar; a atividade de alimentação e dietética oferta uma alimentação saudável e saborosa, atendendo as especificidades individualizadas de cada paciente, buscando a manutenção, recuperação ou estabilidade nutricional. QUADRO 1: Hospital Adventista de Belém Área construída 38 mil metros2 Dividida em 4 blocos Número de leitos internação 170 Número de leitos observação 58 Salas cirúrgicas 11 Médicos cadastrados Mais de mil Foco de saúde Média e alta complexidade Especialidades Mais de 45 Pronto Atendimento 24 horas Traumatologia e Ortopedia, centro de Diagnóstico por Imagem, Laboratório de Análises Clínicas e Centro Oncológico 6 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 7 8 3.1. Primeira semana Ocorreu a entrega de documentos, para credenciamento o qual foi liberado crachá para acesso diário, no período de estágio. Estudo sobre medidas antropométricas e cuidados paliativos. Visitações diárias aos leitos (22 no total) dos enfermos internados da clínica do posto 01, em atuação para conduta/investigação alimentar e demais tarefas do cotidiano do serviço designadas pela preceptora. 3.2. Segunda Semana Passagem de visitas/avaliações aos pacientes internados, em conjunto com a preceptora. Estudo e apresentação para a preceptora, sobre cuidados paliativos e medidas antropométricas em pessoas debilitadas/acamadas. Essa apresentação foi feita oralmente, já que ela queria verificar o quanto havíamos apreendido sobre os dois temas, o qual explanamos sobre pacientes acamados que necessitam de ferramentas de avaliação nutricional alternativas pelo impedimento/impossibilidade de avaliação do peso/altura. Nesse caso, são utilizadas as fórmulas de estimativa, como as propostas por Chumlea. Já quanto aos cuidados paliativos são executados por uma equipe multiprofissional e é um tratamento em direção da melhora da situação de vida de doentes, familiares, equipe de saúde, cuidadores e de seu entorno, já que adoece e sofre junto, por encararem uma doença ameaçadora da vida do doente, que necessita da prevenção e do alivio do sofrimento, pelo meio da identificação precoce/avaliação e tratamento da dor assim como de outros problemas, psicossociais, físicos e espirituais. 3.3. Terceira semana Visitas/avaliações diárias aos pacientes internados, posto 01. Foi selecionado o paciente para o estudo de caso clínico, o qual foi efetuado/executado o levantamento das medidas antropométricas para as devidas avaliações e acompanhamento do mesmo. Houve treinamento com a equipe de enfermagem e uma médica, sobre aleitamento materno o qual abordou sobre a pega correta, os cuidados e atenção que se deve ofertar as mães nesse momento, os benefícios e importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. 9 3.4. Quarta Semana Passagem de visitas/avaliações aos pacientes internados no posto 01, em conjunto com a preceptora. Orientações de alta ao paciente e acompanhante. Estudo de casoclínico. 3.5. Quinta Semana Avaliação antropométrica dos pacientes internados, posto 01, inclusive, do estudo do caso clínico. Estudo do caso clínico (J. A. G) e apresentação/análise e discussão do mesmo com a preceptora. 90% dos pacientes do posto 01 são de cuidados paliativos, são pacientes de longa duração, e também 95% com alimentação via sonda. Só houve uma alta hospitalar e um falecimento no período. 4. CONCLUSÕES Ao longo de todo o tempo de estágio, pôde-se experimentar algumas circunstâncias na qual a dimensão da alimentação é ressaltada. A comunicação do nutricionista com a equipe multidisciplinar, a ilustração de perguntas de acordo com os pacientes quanto a dimensão do alimento, o suporte dietoterápico individualizado, a observação nutricional, o rastreamento da evolução clínica diária, auxilia muito em relação ao desenvolvimento do nutricionista, conseguindo experimentar na prática, os conceitos adquiridos, incluindo maiores conhecimentos essenciais apropriados para uma melhor aquisição técnica para atuação profissional. O estágio na Nutrição Clínica, com certeza, viabilizou o conhecimento/vivência e absorver a prática do profissional nutricionista na execução na esfera clínica, aprendendo as características, na qual só o dia a dia é capaz de proporcionar no relacionamento diário com os enfermos e as regulares orientações/reconhecimentos/conhecimentos repassados pela preceptora, os desafios e as propriedades individuais de cada ser, assim como a influência da empatia a qual o profissional deve possuir. Foi possível a aplicabilidade dos conhecimentos teóricos e o de ratificar o valor de um procedimento dietoterápico pertinente. 10 5. REFERÊNCIAS 1 - Dandoline TS, Doumid ABP, Guimarães JC, Demoliner F, et al. Perfil e evolução do estado nutricional de pacientes que frequentam ambulatório de nutrição do Sul do Brasil. Nutr. clin. diet. hosp. 2015. Disponível em: https://revista.nutricion.org/PDF/031214-PERFIL.pdf Acesso em:12/12/21. 2- GONÇALVES, N. E. X. M, et al . Competências profissionais do nutricionista hospitalar e estratégias para potencializá-las. Cienc Cuid Saude , v.16, p.4, 2017. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/36188. Acesso em 12/12/21. 3- BRASIL, Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN Nº 600. 2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4411797/mod_resource/content/1/Res_60 0_2018.pdf. Acesso em 13/12/21. - https://revista.nutricion.org/PDF/031214-PERFIL.pdf https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/36188 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4411797/mod_resource/content/1/Res_600_2018.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4411797/mod_resource/content/1/Res_600_2018.pdf 11 CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica 6- ESTUDO DE CASO CLÍNICO: Constipação Intestinal Crônica no Idoso 1 INTRODUÇÃO A constipação crônica é uma patologia no trato gastrointestinal e é relacionada de acordo com uma dificuldade, particular pelo bloqueio/rara de expulsão de fezes1. Os motivos da constipação ainda permanecem em grande parte obscuro. Entretanto, umas etiologias distintas compreendem que: obstrução mecanismos, problemas metabólicos, disfunções neurológicas e medicamentos com seus efeitos adversos contribuem para tal. Pesquisas apontam como sendo multifatorial sua etiologia e costumes alimentares inconvenientes representa risco em potencial 1,2. As implicações secundárias de medicamentos, tal como xerostomia, sialorréia, mudanças no paladar, depreciação na percepção olfativa, diarreia, acloridria, constipação, dentre outros, podem suscitar limites do consumo alimentar e gerar mudanças no status alimentar no idoso, pois pode mesmo ser atacado por demais variações no estado de envelhecimento3. 2 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Nome: J. A. G. Sexo: MASCULINO Cidade / Estado: BELÉM /PA Data de Nascimento: 03/11/1930 Idade: 91 ANOS Estado civil: CASADO Profissão: APOSENTADO Data de Internação:18/08/2021 Data de Alta: SEM PREVISÃO DE ALTA Clínica: POSTO 01 - HOSPITAL ADVENTISTA – BELÉM –PA. 3 ANAMNESE CLÍNICA 3.1 QUEIXA PRINCIPAL Problema ativo: constipação intestinal crônica/ obstrução intestinal Íleo paralítico (distensão de alças colônicas); Síndrome demencial avançada, estase salivar e cuidados paliativos 12 3.2 HISTÓRICO DA MOLÉSTIA ATUAL Histórico de constipação intestinal iniciado há 10 dias, aumento importante do nível abdominal nas últimas 24 horas. Fez uso de Fleet Enema em domicilio sem sucesso. Nega vomito, informa que paciente possui tosse de longa data, sem mudança de padrão. 3.3 ANTECEDENTES MÉDICOS Alzheimer avançado, marcapasso definitivo, amputação quirodáctilo, herpes zoster prévio, GTT, alergia abatacepte. 3.4 ANTECEDENTES FAMILIARES Filho, relata desconhecer dados clínicos, mas informa que os avós, tios (as) paterno, morrem de causas naturais e bem velhinhos. 3.5. ACHADOS CLÍNICOS DE ADMISSÃO – EXAME FÍSICO DA INTERNAÇÃO Estado geral ruim, sonolento, eupneico em uso de CN 4l/min. Abdome globoso, flácido doloroso difusamente a apalpação superficial, RHA + DB duvidoso. Ext. sem edema, panturrilhas livres. 3.6 PROBLEMAS SUPERADOS Infecção extrato urinário, fecaloma e infecção de foco pulmonar. 4. FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA ESTUDADA A constipação intestinal crônica é frequentemente descrita em longevos. Dentre de seus fundamentais motivos destacam-se: o consumo deficitário de fibras e líquidos, a escassez de atividades físicas, o consumo ineficaz de energia, o número inferior de refeições diárias, fatores psicológicos e depressão4. O funcionamento pancreático é preservado no envelhecimento5,6. 13 5. FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO No ancião é comum os déficits sensoriais. O sistema sensitivo pode perder em função de motivos diversos, compreendendo: em especial o envelhecimento, determinados males, uso de fármacos, atos cirúrgicos e a própria exposição ambiental4. Conforme Harris4, a instigação/estimulação sensorial diminuída é capaz de suscitar danos ao desenvolvimento metabólico, as quais as secreções gástricas, pancreáticas e salivares são induzidas pelo processo sensorial. Os déficits de visão e audição, inclusive podem influir na escolha alimentar e no reconhecimento, além de delimitar fisicamente o ser que produz as suas próprias comidas, reduzindo o consumo satisfatório nutricional. Outros contratempos que influenciam o consumo nutricional e a alimentação dos idosos são pertinentes à saúde bucal. Os elementos causadores pelo decréscimo da saúde bucal no idoso são: a evolução de cárie dental, as inflamações periodontais, a utilização de prótese não ajustada corretamente e a xerostomia7. Mais de 70% dos idosos apresentam a xerostomia, a qual é capaz de reduzir o consumo de alimentos, por ocasionar problemas de deglutição e mastigação, consequentemente levando-os a evitarem determinada alimentação, com isso predispondo-os a ameaça nutricional4. 6 EXAMES COMPLEMENTARES - IMAGEM E/OU FUNCIONAIS EXAME DATA LAUDO Tomo Abdome Superior 10/11/21 Persiste distensão de alças cólicas, com calibre de 7.6. Atualmente com aspecto líquido gasoso e não mais com conteúdo fecal. RX de Tórax PA 10/10/21 Infiltrado bilateral e difuso; Diafragma convexo, seios costofrênicos livres, hilos anatômicos. Mediastino normal, coração de configuração de acordo comos padrões de normalidade, vasos de base sem alterações. Marcapasso à esquerda. Arcos costais analisados de aspecto radiológico normal 7 INTERAÇÃO DROGA E NUTRIENTE DROGA (PRINCÍPIO ATIVO) INDICAÇÃO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS COLATERAIS RELACIONADOS AO TGI INTERAÇÃO NUTRICIONAL Atrovente 0,25ml gts broncodilatador constipação, diarréia e vômito Sem informação 14 Propantelina 1mg gts Enurese (vazamento involuntário de urina), espasmos do estômago , intestinos Obstipação (fezes duras e secas Sem informação Clopam 2,5mg gts Distúrbio epiléptico, Ansiedade, ansiolítico em geral Constipação,diarreia, boca seca, inflamação gastrintestinal, Náuseas,... Sem informação Aldactone 25mg cpr Diurético e anti- hipertensivo, Náusea, distúrbio gastrointestinal Sem informação Neural 50mg cpr antiepilética enjoo, vômito, diarreia Sem informação 8 EVOLUÇÃO DE SINAIS CLÍNICOS PARÂMETROS AVALIADOS DATA 21/11/21 23/11/21 25/11/21 30/11/21 02/12/21 05/12/21 07/12/21 PRESSÃO ARTERIAL 11x8 12x6 11x8 13x8 11 x 7 15 x 8 12 x 8 TEMPERATURA 36 35.6 35.7 36.8 36,2 36.4 35.6 RESPIRAÇÃO 17 18 17 16 18 17 20 SATURAÇÃO 94 96 95 93 95 92 94 GLICEMIA CAPILAR 105 114 125 100 115 110 101 INTERPRETAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS: Paciente acamado, apresentando uma estabilidade hemodinâmica, conforme dados clínicos acima. 9 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 9.1 Dieta Enteral Peptamen 1.5 NUTRIENTES GRAMAS CALORIAS PORCENTAGEM Carboidratos 1500 49% Lipídios 33% Proteínas 68 18% VALOR CALÓRICO TOTAL --- 100% NUTRIENTES QUANTIDADE TOTAL Sódio 103 p/100ml Fibras 0 Potássio 187 p/100ml Ferro 3.0 p/100ml Cálcio 100 p/100ml Gordura Poliinsaturada 0 Gordura Saturada 4.4 p/100ml Gordura Monoinsaturada 0 15 9.2 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 9.2.1 Adultos e Idosos MEDIDA 1ª AVALIAÇÃO - Data:22/11/21 2ª AVALIAÇÃO - Data:06/12/21 Interpretação do Resultado ALTURA (cm) 1.61 cm 1.61cm ALTURA DO JOELHO (CHUMLEA) 49,5cm 49,5cm CIRCUNFERENCIA DO BRAÇO 23cm 25cm CIRCUNFERENCIA PANTURRILHA 24cm 24 cm PESO 49,25 kg 55,39kg Ganho de peso 12% em 14 dias IMC 19 21,37 Intervalo normal 1ª AVALIAÇÃO - Data:22/11/21 Idosos: Altura (homem) = 64,19 + (2,04 x AJ) – (0,04 x idd) Altura (mulher) = 84,88 + (1,83 x AJ) – (0,24 x idd) AJ: altura do joelho (cm) idd: idade (anos) Fonte: CHUMLEA; ROCHE; STEINBAUGH, 1985 Calcular altura 64,19 + (2,04 x 49,5) – (0,04 x 91) = 1,61 cm Idosos: Peso (branco/homem) = (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81 Peso (negro/homem) = (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 Peso (branco/mulher) = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 Peso (negro/mulher) = (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 AJ: altura do joelho (cm) CB: circunferência do braço (cm) Fonte: CHUMLEA et al., 1988 Calcular o peso (49,5 X 1,10) + (23 X 3,07) – 75,81 = 49,25 kg Calcular IMC IMC = Peso atual (kg) Altura2 (m) IMC = 49,25 / (1,61 X 1,61) = 19 16 Departamento de Atenção Básica. Obesidade / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 108 p. il. - (Cadernos de Atenção Básica, n. 12) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 2ª AVALIAÇÃO - Data:06/12/21 Calcular o Peso (49,5 x 1,10) + (25 x 3,07) – 75,81 = 55,39 kg IMC= 55,39 / (1,61 x 1,61) = 21,37 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL PELA ANTROPOMETRIA - DISCUSSÃO: Idoso acamado, estável, recebendo dieta via GTT bem tolerada com vasão de 30 ml/h, conforme os dados da avaliação antropométrica, apresenta índice de massa corporal dentro do intervalo normal, sendo a primeira avaliação em 22/11/21 com IMC= 19 e em 06/12/21- IMC= 21,37 o que representa um ganho na faixa de 12% de massa corporal nesse intervalo de 14 dias. 9.3 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA EXAMES VALORES DE REFERÊNCIA RESULTADOS DIÁRIOS 11/11/2021 01/12/21 Eritrócito ou Hemácias 4.000.000 3.867.000 4.449.000 Hemoglobina 12.9 ~ 18.0 11.9 14.3 Hematócrito 41.2 ~ 53.0 34.7 41.2 VCM 88.0 ~ 97.0 89.7 92.7 HCM 26.0 ~ 33.0 30.6 32.1 CHCM 31.0 ~ 36.0 34.2 34.7 RDW 10.5 ~ 14.5 13.1 12.7 Plaquetas 130.000 ~ 450.000 183.200 228.900 Leucócitos 4.000 ~ 10.000 10.370 11.570 Linfócitos (%) 13.0 ~ 51.0 18.4 17.6 Uréia 18.0 ~ 55.0 54.00 46 17 INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES ALTERADOS Eritrócito ou Hemácias/ Hemoglobina/ Hematócrito = baixo = Anemia/desnutrição – é relevante alcançar através da dieta acrescentado: vitamina B12, ferro, e ácido fólico. Leucócitos com valor de referência alto é denominado leucocitose, referente a inflamação bacteriana, a qual provavelmente entrará com antibiótico adequado. 9.4 SEMIOLOGIA NUTRICIONAL O serviço nutricional propicia, no universo hospitalar, algumas terapêuticas nutricionais a qual são fundamentais em relação a recuperação e manutenção na saúde do indivíduo em consonância com as suas individualidades8. Por conseguinte, a escolha da constituição de nutrientes mais pertinente, para o paciente em tela, deve considerar: complexidade nutricionais e fontes, consistência calórica, fórmula e o tipo de via de administração, que no caso é através de GTT, devido as condições físicas/clinicas/patológicas do paciente que já não consegue mais deglutir os alimentos. Também, é de suma importância a hidratação. 18 9.5 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL GERAL Paciente acamado, estável, recebendo dieta via GTT, vasão 30ml/h bem tolerada, com modulo de proteína e carboidrato adicionado como complementação, por não tolerar vasão acima de 30ml/h. diurese presente, evacuação a cada dois dias. Estado hemodinâmico estabilizado, conforme dados clínicos e apresenta ganho de índice de massa corporal na faixa de 12% nos últimos 14 dias, apresenta pele hidratada, não possui escaras, conjuntivas oculares normais, cabelo sedoso, as unhas da mão normal, porém, as dos pés apresentam calcificações próprias da idade, o músculo temporal apresenta atrofia pela perda de peso, bola de Bichat presente, abdome plano, flácido, não apresenta edemas. 10 CONDUTA NUTRICIONAL 10.1 OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA O objetivo básico da dietoterápica é manter o estado nutricional, recuperar, promover aceitação da dieta e contribuir no que for possível com a qualidade de vida com os nutritivos capazes de constituir a melhor forma a qual se adéque ao perfil e status da patologia e particularidades nutricionais, físicas, sociais e psicológicas do sujeito, recuperando-o ou mantendo-o estável. 10.2 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS Calcular necessidades calóricas e proteicas 1ª AVALIAÇÃO - Data:22/11/21 Calcular necessidade calórica 49,25 x 35 = 1.723,75 Necessidade Proteica 49,25 x 1.7 = 83,72 Fórmula KCAL Vol. total infundido x calorias da dieta = resultado x 100 = % VET alcançado 1000 Neces. Calórica 19 PT Volume total infundido x PT da dieta = resultado x 100 = % PT alcançado 1000 Neces. Proteica 1ª AVALIAÇÃO - Data:22/11/21 Dieta Enteral Peptamen 1.5 = KCAL = 1.500 e PT= 68 VASÃO = 30 ml/h x 24h = 720ml KCAL = 720 ml x 1500 = 1080 x 100 = 62,65 % VET 1000 1.723,75 PT = 720 ml x 68 = 48,96 x 100 = 58,48% 1000 83,72 Análise Paciente idoso, acamado, acordado e em companhia da cuidadora, recebendo dieta via GTT, bem tolerada, porém com vasão de 30ml/h, com registro infundido de 720ml, sem alcance da meta calórica (62,65%) e meta proteica (58,48%), diurese presente, evacuação diarreica liquida, abdome flácido, dormiu bem à noite. 10.3 PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA Paciente recebendoDieta Enteral Peptamen 1.5 = KCAL = 1.500 e PT= 68, não tolera vasão acima de 30ml/h. não está atingindo as metas calóricas e proteicas há necessidade de adicionar modulo de carboidrato= 65g = 247kcal (100 g=380 Kcal) e proteicas de 3,6 g em uma medida de 6, dividindo em 3 pela manhã e 3 à noite = 21,6 para conseguir aproximar do parâmetro ideal. 2ª AVALIAÇÃO - Data:06/12/21 Calcular necessidade calórica 55,39 x 35 = 1.938,65 KCAL Necessidade Proteica 55,39 x 1.5 = 83,08 PT Dieta Enteral Peptamen 1.5 = KCAL = 1.500 e PT= 68 VASÃO = 30 ml/h x 24h = 722ml 20 KCAL = 722 ml x 1500 = 1083 + 247 x 100 = 68,60 % VET 1000 1.938,65 PT = 722 ml x 68 = 49,096 + 21,6 x 100 = 85,09% 1000 83,08 Análise Paciente idoso acamado, acompanhado pelo filho, acordado, recebendo dieta via GTT, vasão de 30ml/h, com registro infundido de 722ml, sem alcançar a meta calórica (68,60%), diurese presente, sem evacuação há 4 dias, abdome flácido, dormiu bem a noite, Paciente não tolera vasão acima de 30ml/h. Nos últimos 14 dias houve um aumento de peso na faixa de 12%, passou de 49,25 Kg para 55,39Kg. 10.4 ELABORAÇÃO DA DIETA Alterar para a Dieta Enteral Protein Plus, KCAL 1500 PT 75 – via GTT 10.5 JUSTIFICATIVA DA PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA Paciente não tolera vasão acima de 30ml/h e o aporte de proteína na dieta Protein Plus é =75 em contrapartida da Peptamen = 68 a qual ele faz uso atualmente. 11 EVOLUÇÃO CLÍNICA E NUTRICIONAL Paciente idoso acamado, acompanhado pelo filho, acordado, recebendo dieta via GTT, vasão de 30ml/h, com registro infundido de 722ml, sem alcançar a meta calórica (68,60%), porém, alcançou a meta proteica (85,09%), diurese presente, sem evacuação há 4 dias, abdome flácido, dormiu bem a noite, Paciente não tolera vasão acima de 30ml/h, nos últimos 14 dias houve um aumento de peso na faixa de 12%, passou de 49,25 Kg para 55,39Kg, após entrar com modulo de carboidrato e proteína. 12 ORIENTAÇÃO DE ALTA PARA O PACIENTE Os cuidados para alimentação por intermédio de sonda9. Antes de iniciar a alimentação do indivíduo por sonda de gastrostomia é fundamental colocá-lo sentado ou se possível levantar a cabeceira da cama, de 21 modo a impedir que o alimento suba do estômago em direção ao esôfago, acarretando sensação de queimação. Em seguida executar o seguinte passo-a –passo: a) Verificar o tubo para confirmar que não há dobras as quais sejam capazes de obstruir a transmissão do alimento; b) Fechar o tubo, utilizando o clip ou por outra forma dobrando a ponta, com a finalidade de que o ar não entre no tubo enquanto se puxar a tampa; c) Destampar a tampa da sonda e instalar a seringa de alimento (100 ml) no tubo da gastrostomia; d) Desenrolar/desdobrar a sonda e deslocar devagar o êmbolo da seringa com a finalidade de sugar o líquido que se encontra no interior do estômago. Acaso se alcance, ao aspirar mais de 100ml é orientado alimentar o indivíduo mais tarde, ou seja, quando o conteúdo estiver abaixo desse valor. A substância aspirada deverá ser sempre recolocada novamente no estômago; e) Dobrar a ponta da sonda ou bloquear o tubo com o clip e posteriormente puxar a seringa; f) Com a seringa de 20 a 40ml encher de água e retornar a aplicar na sonda. Desdobrando a sonda e pressionando o êmbolo devagar até que toda a água vá para o estômago; g) Retornar a dobra da ponta da sonda ou então fechar o tubo utilizando o clip e em seguida extrair a seringa; h) Abastecer a seringa com fórmulas enterais ou com a comida artesanal triturada e coada, na medida de 50 a 60 ml; 22 i) Repetir-se sempre o passo-a-passo para o fechamento do tubo e colocação da seringa na sonda, precisando sempre ter cuidado para que não permita o tubo aberto; j) Conduzir o êmbolo da seringa com cautela, adicionando o alimento vagarosamente no estômago. Voltar a fazer quantas vezes forem necessárias até ministrar o volume indicado pelo nutricionista/médico, o qual, comumente não extrapola os 300 ml. Depois de fornecer todo o alimento por meio da sonda é fundamental lavar a seringa, enchê-la com 40ml de água, voltando a instalá-la na sonda para lavá-la e impedir que os ingredientes/resíduos de alimentos se concentrem bloqueando o tubo/sonda. Como elaborar de forma artesanal o alimento para a sonda Primeiro ter todos os cuidados de higiene com o preparador, os utensílios e os ingredientes, que devem estar devidamente higienizados; Alimentos bem cozidos e depois devem ser triturados/liquidificados/coados para que a mistura/alimento vá para a seringa para ser administrado. Geralmente, quando for preciso ministrar medicamentos, é recomendado, antes triturar bem o comprimido e adicioná-lo no alimento ou na água a qual será administrada. Entretanto, é prudente não adicionar fármacos na mesma seringa, pois alguns podem ser incompatíveis. Como efetuar a administração de medicamentos pela sonda Para que se possa administrar fármacos pela sonda de gastrostomia é necessário obedecer umas recomendações que compreendem: 23 Utilizar sabonete neutro para lavar a mão antes de iniciar o preparo do medicamento; Acomodar o indivíduo sentado ou pode ser parcialmente sentado, elevando- se a cabeceira da cama; Paralisar a administração da dieta utilizando o clip da sonda; Efetuar a desconexão da dieta da sonda, para que então possa conectar a seringa; Então abrir a tampa da sonda e instalar/introduzir a seringa de 30ml de água para lavar/remover a comida que está no interior da sonda; Aplicar o medicamento vagarosamente através da sonda; Efetuar a lavagem da sonda com água para direcionar inteiramente o fármaco para dentro do estômago; Então fazer a desconexão da seringa da sonda e bloquear a sonda com o clip; E finalmente, conservar a posição elevada, do indivíduo, por mais ou menos 30 minutos, após administração do remédio para impedir o refluxo gástrico. Os preparativos de medicamentos devem ser feitos de imediato antes da administração via sonda. No caso de manipular comprimidos/cápsulas é necessário triturar bem o comprimido ou abrir a cápsula misturando com água de 10 a 15ml até que esteja absolutamente dissolvido. OBS: Caso necessite administrar mais de um medicamento, é orientado que se lave a sonda com 5ml de água entre uma administração e outra. 24 REFERÊNCIAS 1. Forootan M, Bagheri N, Darvishi M. Chronic constipation: A review of literature. Medicine (Baltimore). 2018. 2. Nanji KS, Ahmed B, Awan S, Qidwai W, Hamid S. Fiber and bulking agents for the treatment of chronic constipation. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012. 3. Nutrição e Envelhecimento: Como Garantir Qualidade de Vida daqueles que Envelhecem? Nutrição em Pauta 2000. 04. Harris NG. Nutrição no envelhecimento. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 10a ed. São Paulo: Roca; 2002 05. Arora S, Kassarjian Z, Krasinski SD. Effect of age on tests of intestinal and hepatic functions in healthy humans. Gastroenterol 1989. 06. Rosenfeld S. Prevalência, fatores associados e mau uso de medicamentos entre idosos: uma revisão. Cad Saúde Pública 2003. 7. Florentino AM. Influência dos fatores econômicos, sociais e psicológicos no estado nutricional do idoso. In: Frank AA, Soares EA. Nutrição no envelhecer. São Paulo: Atheneu; 2002. 8. Waitzberg DL, Nogueira MA. Indicação, formulação e monitoramento em nutrição parenteral central e periférica. In Waitzberg DL. Nutrição Oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4° Ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 9. Associação portuguesa dos nutricionistas. Guia para a gastrostomia endoscópica percutânea. 2015.Disponível em: https://www.apn.org.pt/documentos/guias/Guia_para_a_gastrostomia_endoscopic a_percutanea_APN_APPC.pdf Acesso em 07/12/2021. https://www.apn.org.pt/documentos/guias/Guia_para_a_gastrostomia_endoscopica_percutanea_APN_APPC.pdf https://www.apn.org.pt/documentos/guias/Guia_para_a_gastrostomia_endoscopica_percutanea_APN_APPC.pdf
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