Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CAMPUS SANTARÉM CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Vanessa Nascimento de Melo Deformação em Estruturas: Tração, torção e compressão em prismas retangulares e cilíndricos Santarém-PA 2022 2 Vanessa Nascimento de Melo Deformação em Estruturas: Tração, torção e compressão em prismas retangulares e cilíndricos Santarém-PA 2022 Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Santarém, como requisito parcial para obtenção da nota da AP1 da disciplina Análise Estrutural, ministrada pelo Profº MsC Nadir Pires. 3 LISTA DE FIGURAS Figura - Modelo do ensaio de tração Figura 2- Deformação normal Figura 3- Deformação por cisalhamento Figura 4 - Barras Tracionadas e comprimidas Figura 5- Prisma retangular sob tração Figura 6- Barras de seção transversal circular com e sem torque Figura 7 – Barra prismática retangular sob torção Figura 8- Deformadas Senoidais 4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO.....................................................................................5 2. DEFORMAÇÕES EM ESTRUTURA.........................................................6 2.1 Deformação normal.............................................................................7 2.2 Deformação por cisalhamento.............................................................7 3. TENSÕES EM BARRAS PRISMÁTICAS RETANGULARES E CILÍNDRICAS.............................................................................................8 3.1. Tensão de tração.................................................................................9 3.2. Tensão de torção.................................................................................10 3.2.1.Barras prismáticas cilíndricas ou de seção transversal circular.........................................................................................................10 3.2.2. Barras prismáticas retangulares ou de seção transversal não circular..........................................................................................................11 3.3. Tensão de compressão.........................................................................11 4.CONCLUSÃO................................................................................................12 5. REFERÊNCIAS..............................................................................................13 5 1. APRESENTAÇÃO De acordo com Santos (2021), a estrutura de uma edificação é uma dos elementos fundamentais que compõem a obra, afinal, é ela quem irá garantir segurança, durabilidade e funcionalidade à obra. Por isso, é também uma etapa que tem grande impacto nos custos de um projeto, requerendo profissionais altamente capacitados para equilibrar qualidade com custo. Funciona como o esqueleto humano e apresenta elementos com funções distintas nesses contextos. Além disso, pode ser feito dos mais diferentes materiais. Entre os elementos de uma estrutura, temos as fundações, vigas, pilares, lajes, entre outros elementos similares. A escolha do sistema estrutural é um dos aspectos de maior relevância no projeto, impactando de maneira profunda o orçamento e a linguagem arquitetônica da edificação. Com a evolução e modernização da indústria, diferentes tipos de estruturas na construção civil foram surgindo ao longo do tempo (GONZAGA,2021). Segundo Figueira (2018), são utilizados atualmente, três tipos básicos de estrutura: estrutura de madeira, estrutura de aço ou metálica e estrutura de concreto armado, sendo essa última a mais difundida entre nós. A escolha e o cálculo da estrutura devem ser atribuídas a especialistas: Arquitetos e Engenheiros; profissionais aptos a oferecer soluções técnica e economicamente válidas. Aspecto importante a ser considerado, além disso, é a proteção ao fogo, das estruturas de madeira e metálicas, aspecto esse que pode onerar ou mesmo inviabilizar o seguro e consequentemente a obtenção de financiamento para a construção. O presente trabalho tem como objetivo demostrar os tipos de deformações que uma estrutura pode sofrer, além de apresentar tensões de tração, compressão e torção ocorridos em prismas retangulares e cilíndricos, com as devidas equações e condições de contorno. https://www.edifique.arq.br/estrutura_de_madeira.htm https://www.edifique.arq.br/estrutura_metalica.htm https://www.edifique.arq.br/estconcr.htm https://www.edifique.arq.br/estconcr.htm 6 2. DEFORMAÇÕES EM ESTRUTURAS Segundo NOGUEIRA (2018), um corpo sólido se deforma quando sujeito a mudanças de temperatura ou a ação de uma carga externa. Por exemplo, num ensaio de corpo de prova de aço, como mostrado na figura 1 abaixo, ocorre mudança no comprimento do C. P., entre dois pontos A e B. A carga aplicada é crescente e os pontos A e B são genéricos. Figura 1 - Modelo do ensaio de tração Nas palavras de Santos (2007), as estruturas não duram para sempre, pois elas se deterioram com o passar do tempo, se não forem utilizadas com critério ou submetidas a manutenções preventivas. E se não forem bem projetadas não alcançam sua vida útil Ao analisar uma estrutura de concreto “doente” é absolutamente necessário entender-se o porquê do surgimento e do desenvolvimento da doença, buscando esclarecer as causas, antes da prescrição e consequente aplicação do remédio necessário. 7 2.1. Deformação normal Para Bittencourt (2019), o alongamento ou a contração de um segmento de reta por unidade de comprimento é denominado deformação normal. Observando-se a figura, pode-se definir a deformação normal média (εmed): Figura 2- Deformação normal 2.2. Deformação por cisalhamento A mudança que ocorre no ângulo entre dois segmentos de reta que originalmente eram perpendiculares um ao outro é denominada deformação por cisalhamento (BITTENCOURT, 2019). Figura 3- Deformação por cisalhamento 8 3. TENSÕES EM BARRAS PRISMÁTICAS RETANGULARES E CILÍNDRICAS Nas palavras de Ferreira (2021), tensão é o resultado da ação de cargas externas sobre uma unidade de área da seção analisada na peça, componente mecânico ou estrutural submetido a solicitações mecânicas. A direção da tensão depende do tipo de solicitação, ou seja, da direção das cargas atuantes. As tensões provocadas por tração compressão e flexão ocorrem na direção normal (perpendicular) à área de seção transversal e por isso são chamadas de tensões normais. As tensões provocadas por torção e cisalhamento atuam na direção tangencial a área de seção transversal, e assim chamadas de tensões tangenciais ou cisalhantes. Figura 4- barras Tracionadas e comprimidas 3.1. Tensão de tração É o nome que se dá à força que é exercida sobre um corpo por meio de cordas, cabos ou fios, por exemplo. A força de tração é particularmente útil quando se deseja que uma força seja transferida para outros corpos distantes ou ainda para alterar a direção de aplicação de uma força (HELLERBRUCK, 2021). Figura 5- Prisma retangular sob tração https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca.htm 9 Ainda em consonância com o mesmo autor a tensão normal associada acima representa a solicitação em um ponto da seção transversal da barra onde atua o esforço axial, podendo considerar as seguintes equações governantes: 3.2. Tensão de torção 3.2.1. Barras prismáticas cilíndricas ou de seção transversal circular na figura 6, Considerasse uma barra de seção circular conectada a um suporte rígido em uma de suas extremidades. Se um torque “T” é aplicado à outra extremidade, a barra sofrerá rotação, com sua extremidade livre girando de um ângulo f chamado de ângulo de torção.A observação mostra que, dentro de determinado intervalo de valores de T, o ângulo de torção fé proporcional a T. Ela mostra também que f é proporcional ao comprimento L da barra. Em outras palavras, o ângulo de torção para uma barra do mesmo material e mesma seção transversal, mas duas vezes mais longa, será duas vezes maior sob o mesmo torque T (SANTOS,2007). . Figura 6 – Barras de seção transversal circular com e sem torque 10 UFRP (2020), se um torque T é aplicado à extremidade livre, a barra sofrerá rotação em torno do seu eixo central, com a extremidade livre girando de um ângulo chamado de ângulo de torção. Dentro de determinados valores de T, o ângulo é proporcional ao T e ao comprimento L da barra. Uma importante propriedade de uma barra circular de seção cheia quando submetida a torção é que toda a seção permanece plana e indeformada. Embora várias seções transversais ao longo da barra sofram rotações de diferentes valores, cada seção transversal gira como um disco rígido (Figura 6). Isso não é valido para seções circulares vazadas ou prismáticas. Quando uma barra de seção não circular é submetida a torção, suas várias seções transversais empenam e não permanecem planas. 3.2.2. Barras prismáticas retangulares ou de seção transversal não circular Uma barra prismática retangular mantém a aparência somente quando é girada em 90° ou 180°. Seguindo uma linha de raciocínio similar àquela utilizada nano item 3.2.1, pode-se mostrar que as diagonais da seção transversal retangular da barra e as linhas que unem os pontos médios dos lados daquela seção permanecem retas. No entanto, por causa da falta de axissimetria da barra, qualquer outra linha traçada em sua seção transversal se deformará quando a barra for girada, e a própria seção transversal empenará ficando fora de seu plano original, como mostra a figura abaixo (FERREIRA, 2021). Figura 7 – Barra prismática retangular sob torção 3.3. Tensão de compressão Sempre que uma barra é solicitada por uma carga de compressão gradualmente crescente, em um certo instante ela se rompe por esmagamento da seção. A tensão durante o processo, vale P/A sendo P a carga axial e A, a 11 área da seção transversal. Se esta barra for esbelta, poderá atingir uma instabilidade longitudinal sem início do processo de ruptura da seção (SILVA, 2000). Figura 8-Deformadas Senoidais 12 4. CONCLUSÃO De acordo como exposto no trabalho, fica claro como diferenciar as vigas determinadas das indeterminadas, bem como aplicação de cálculos referentes a torção em vigas estaticamente indeterminadas e hiperestáticas. O estudo foi bastante proveitoso, pois foi possível conhecer formulas e ter de cisalhamento e aplica-las diretamente, seguindo os critérios e limitações para o uso das fórmulas apresentadas. 13 REFERÊNCIAS AMANDA G. Conheça 5 tipos de estrutura na construção civil. 2021. São Paulo. BITTENCOURT D.M.A. Resistência dos materiais. 2019. HELERBROCK R. Tração. 2022. São Paulo. NOGUEIRA F.F. Estruturas na construção civil. 2018. São Paulo. SILVA K.K. Analise teórico: Experimental de barras comprimidas em estruturas metálicas espaciais. 2000. São Paulo. SANTOS B.S. Guia definitivo tipos de estrutura na construção civil. 2020. Brasília. SANTOS B.L. Deformação em estruturas. 2007. Itatiba- SP. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Torção simples. 2020.
Compartilhar