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A Política: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - PNAISM foi elaborada em 2004, a partir de diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da mulher no Brasil e do reconhecimento da importância de se contar com diretrizes que orientassem as políticas de Saúde da Mulher. A PNAISM teve como base o Programa de Atenção Integral de Saúde da Mulher - PAISM, elaborado, em 1983, no contexto da redemocratização do país/ Conferência de Alma- Ata (1978) e com a participação dos movimentos sociais e de mulheres, em especial o movimento feminista. Linha do tempo da saúde da Mulher no Brasil 1983 – 1988 – 1990 - 2004 - 2011 - 2011- No principio: A saúde da mulher limita-se à saúde materna ou à ausência de enfermidade associada ao processo de reprodução biológica. Nesse caso eram excluídos os direitos sexuais e as questões de gênero. Baseava-se no biológico e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares. As metas eram definidas pelo nível central, sem qualquer avaliação das necessidades de saúde das populações locais. Resultados dessa prática era a fragmentação da assistência e o baixo impacto nos indicadores da saúde da mulher. A reorganização da atenção básica, por meio da estratégia do Programa Saúde da Família, trouxe: ➢ Ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação; ➢ Englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, IST, câncer de colo de útero e de mama. 1. Visando ao enfrentamento das dificuldades na implementação das ações da Política de Saúde da Mulher, o Ministério da Saúde editou a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS 2001); Para garantir o acesso às ações de maior complexidade, prevê a conformação de sistemas funcionais e resolutivos de assistência à saúde, por meio da organização dos territórios estaduais. Política nacional de atenção integral a saúde da Mulher PROGRAMA DE ASSITENCIA INTEGRAL Á SAUDE DA MULHER CRIAÇÃO DO SUS LEI ORGANICA DA SAUDE NOVO PLANO NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL Á SAUDE DA MULHER POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PORTARIA 2036 – Política nacional de atenção integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais Pré-natal e puerpério Planejamento familiar e prevenção do câncer de colo. uterino; Saúde da mulher ➢ Defender a vida e os direitos da mulher; ➢ Trazer como ponto crucial para a saúde da mulher as relações de gênero, como desigualdade e fragilidade, não apenas a questão materno-infantil. 1. Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. 2. Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais de qualquer espécie. 3. Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS. Objetivos específicos Promover a atenção obstétrica qualificada e humanizada, incluindo atenção ao abortamento em condições inseguras. Ampliar e qualificar atenção clínico- ginecológica. Implementar o planejamento familiar. Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência doméstica e sexual. Redução da morbimortalidade por IST/AIDS. Redução da morbimortalidade por câncer cérvico- uterino e de mamas. Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres. Promover a atenção à saúde da mulher: no climatério - terceira idade – negra - índias- trabalhadoras do campo e da cidade – lésbicas – em situação de prisão Fortalecer o controle social. Rede cegonha É uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto). o Toda mulher tem o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humanizada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Componentes da Rede Cegonha: Pré-natal; Parto e nascimento; Puerpério e atenção integral à saúde da criança; Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). --- Mortalidade e Morbidade materna e da população feminina ---- Mortalidade da população feminina: No Brasil, as principais causas de morte da população feminina são: - As doenças cardiovasculares, destacando-se o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral; - As neoplasias, principalmente o câncer de mama, de pulmão e o de colo do útero; - As doenças do aparelho respiratório, marcadamente as pneumonias (que podem estar encobrindo casos de aids não diagnosticados); - Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, com destaque para o diabetes; e as causas externas. - Mortalidade materna – A mortalidade materna é um bom indicador para avaliar as condições de saúde de uma população; Razões de Mortalidade Materna (RMM) elevadas são indicativas de: - Precárias condições socioeconômicas; - Baixo grau de informação e escolaridade; - Dinâmicas familiares em que a violência está presente; - E dificuldades de acesso a serviços de saúde de boa qualidade. As principais complicações, que representam quase 75% de todas as mortes maternas, são: Hipertensão (pré-eclâmpsia e eclampsia); Hemorragias graves (principalmente após o parto); Infecções (normalmente depois do parto); Complicações no parto; Abortos inseguros. Em 2015, o Brasil registrou 1.738 casos de morte materna; Em 2016, foram registrados 1.463 casos, uma queda de 16% em relação ao ano anterior; Observação Para reduzir a morte materna, o MS tem implementado políticas para fortalecer a humanização do atendimento das gestantes, a melhoria da atenção pré-natal, nascimento e pós-parto, assim como instituídos medidas de orientação e qualificação dos profissionais de saúde, tanto no âmbito da atenção básica como naquele de urgência e emergência. A mortalidade materna reflete a qualidade de vida de uma região, especialmente os cuidados prestados à assistência à saúde da população feminina. Fatores sociais como idade, raça, estado civil, escolaridade e padrão socioeconômico são descritos em vários estudos, demonstrando que existe população mais vulnerável e com maior risco de complicações. Estudos demonstram que as mulheres nos extremos de idade são as que apresentam o maior risco para o óbito materno. Fatores de Risco: • Cesárea; este risco aumentado foi associado a tromboembolismo, infecção puerperal e complicações anestésicas; • Intervalo interpartal inferior a dois anos; • Desnutrição; • Obesidade maternas; • Início tardio do pré-natal, após a 24a semana. • Superlotação dos hospitais; • Dificuldade de acesso aos serviços de saúde; • Falta de habilitação profissional no atendimento; • Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento adequado, também são fatores contribuintes para a morte materna. Plano de Ação aborda diretamente elementos cruciais que podem ajudar a prevenir as mortes maternas e a morbidade grave e tem como objetivos gerais os abaixo relacionados:a) contribuir a acelerar a redução da mortalidade materna b) prevenir a morbidade materna grave c) fortalecer a vigilância da morbidade e mortalidade maternas. Área estratégica 1: Prevenção da gravidez não desejada e das complicações dela decorrentes. Área estratégica 2: Acesso universal a serviços de maternidade acessíveis e de qualidade dentro do sistema coordenado de atenção à Saúde. Área estratégica 3: Recursos humanos qualificados. Área estratégica 4: Informação estratégica para a ação e a prestação de contas. A morte materna é qualquer morte que ocorre durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto. Pode ser decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. Em torno de 92% das mortes maternas são por causas evitáveis. Severa violação dos direitos reprodutivos. É importante a gestante procurar uma unidade de saúde para iniciar o pré-natal o mais precocemente possível, sendo avaliada por um profissional capacitado. Essa avaliação vai indicar se a gravidez dela é de risco ou não.
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