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HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE

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@poli.canuto 
K 
 
EMBRIOLOGIA: 
 PROSENCÉFALO: 
O prosencéfalo consiste no telencéfalo, que forma os 
hemisférios cerebrais, e no diencéfalo, que forma a escavação 
óptica e o pedúnculo óptico, a hipófise, o tálamo, o hipotálamo 
e a glândula pineal. (LANGMAN) 
Conforme ocorre o fechamento do neuroporo rostral, 
surgem duas protuberâncias laterais (vesículas ópticas),uma de 
cada lado do prosencéfalo. Essas vesículas são o primórdio da 
retina e dos nervos ópticos (MOORE) 
Um segundo par de divertículos, as vesículas telencefálicas, 
logo surgem mais dorsal e rostralmente. Eles são os primórdios 
dos hemisférios cerebrais, e suas cavidades se tornam os 
ventrículos laterais (MOORE) 
A parte rostral (anterior) do prosencéfalo, incluindo os 
primórdios dos hemisférios cerebrais, é o telencéfalo; a parte 
caudal (posterior) do prosencéfalo é o diencéfalo. As cavidades 
do telencéfalo e do diencéfalo contribuem para a formação 
do terceiro ventrículo, embora a cavidade do diencéfalo 
contribua mais (MOORE) 
 DIENCÉFALO 
 HIPOTÁLAMO 
 
Acredita-se que o diencéfalo, que se desenvolve da porção 
mediana do prosencéfalo, consista em uma placa do teto e 
em duas placas alares, mas não tenha placas do assoalho e 
basal (é interessante mencionar que SHH, um marcador da 
linha média ventral, é expresso no assoalho do diencéfalo, 
 
 
sugerindo que realmente exista uma placa do assoalho). 
(LANGMAN) 
A placa do teto do diencéfalo consiste em uma única camada 
de células ependimárias recobertas por mesênquima vascular. 
Juntas, essas camadas originam o plexo coroide do terceiro 
ventrículo (LANGMAN) 
A porção mais caudal da placa do teto se desenvolve 
em corpo pineal. Inicialmente, esse corpo aparece como um 
espessamento epitelial na linha média, mas, até a sétima 
semana, ele começa a evaginar. Por fim, ele se torna um 
órgão sólido no teto do mesencéfalo, que funciona como um 
canal através do qual a luz e a escuridão afetam os ritmos 
endócrino e comportamental. (LANGMAN) 
Três intumescências se desenvolvem nas paredes laterais do 
terceiro ventrículo, que se tornam o tálamo, o hipotálamo e o 
epitálamo (MOORE) 
O tálamo é separado do epitálamo pelo sulco epitalâmico e 
do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico. Esse último sulco não 
é uma continuação do sulco limitante no prosencéfalo, e não 
é, como o sulco limitante faz, uma estrutura que divide as 
áreas sensorial e motora (MOORE) 
Um sulco, o sulco hipotalâmico, divide a placa em uma região 
dorsal e em uma ventral, o tálamo e o hipotálamo, 
respectivamente (LANGMAN) 
O tálamo (massa ovoide e extensa de substância cinzenta) se 
desenvolve rapidamente de cada lado do terceiro ventrículo e 
torna-se saliente em sua cavidade. Os tálamos se encontram 
e se fundem na linha mediana em 70% dos encéfalos, 
formando uma ponte de substância cinzenta através do 
terceiro ventrículo, que é a adesão intertalâmica (conexão 
variável entre as duas massas talâmicas através do terceiro 
ventrículo); a ponte está ausente em cerca de 20% dos 
encéfalos. (MOORE) 
O hipotálamo se origina pela proliferação de 
neuroblastos na zona intermediária das paredes 
diencefálicas, ventral ao sulco hipotalâmico. (MOORE) 
A expressão diferencial da sinalização de Wnt/β-catenina está 
envolvida na padronização do hipotálamo. (MOORE) 
Posteriormente, desenvolve-se um número de núcleos 
envolvidos em atividades endócrinas e homeostase. (MOORE) 
Um par de núcleos forma intumescências do tamanho de uma 
ervilha (corpos mamilares) na superfície ventral do hipotálamo 
(MOORE) 
O hipotálamo, que forma a porção inferior da placa alar, 
diferencia-se em inúmeras áreas nucleares que regulam as 
Hipotálamo e hipófise 
 @poli.canuto 
funções viscerais, o que inclui o sono, a digestão, a 
temperatura corporal e o comportamento emocional. Um 
desses grupos, o corpo mamilar, forma uma protuberância 
distinta sobre a superfície ventral do hipotálamo, de cada lado 
da linha média (LANGMAN) 
O epitálamo se desenvolve do teto e da porção dorsal da 
parede lateral dos diencéfalos. Inicialmente, as intumescências 
epitalâmicas são grandes, mas posteriormente se tornam 
relativamente pequenas. (MOORE) 
 A glândula pineal (corpo pineal) se desenvolve como um 
divertículo mediano da parte caudal do teto do diencéfalo.. A 
proliferação de células em suas paredes logo se converte em 
uma glândula sólida e cônica. (MOORE) 
 HIPÓFISE: 
 
 
 
A hipófise tem origem ectodérmica. (MOORE) 
A sinalização da via de Notch foi implicada na proliferação e 
diferenciação das células progenitoras hipofisárias. (MOORE) 
A hipófise se desenvolve de duas fontes: 
 O desenvolvimento do teto ectodérmico de 
estomodeu (cavidade oral primitiva), o divertículo 
hipofisário (bolsa de Rathke). (MOORE) 
Uma evaginação ectodérmica do estomodeu (cavidade oral primitiva), 
imediatamente em frente à membrana orofaríngea, conhecida 
como bolsa de Rathke; (LANGMAN) 
 Uma invaginação do neuroectoderma do diencéfalo, 
o divertículo neuro-hipofisário. (MOORE) 
Uma extensão do diencéfalo que se projeta para baixo, o infundíbulo 
(LANGMAN) 
Essa origem dupla explica porque a hipófise é composta por 
dois tipos diferentes de tecidos: 
 A adeno-hipófise (tecido glandular), ou lobo anterior, 
desenvolve-se a partir do ectoderma oral. (MOORE) 
 
 A neuro-hipófise (tecido nervoso), ou lobo posterior, 
desenvolve-se a partir do neuroectoderma (MOORE) 
Na terceira semana, o divertículo hipofisário se projeta do teto 
do estomodeu e fica adjacente ao assoalho (parede ventral) 
do diencéfalo (MOORE). 
Pela quinta semana, o divertículo é alongado e sofre constrição 
em sua ligação ao epitélio oral. Nesse estágio, ele entra em 
contato com o infundíbulo (derivado do divertículo neuro-
hipofisário), uma invaginação ventral do diencéfalo. (MOORE) 
O pedúnculo do divertículo hipofisário passa entre os centros 
de condrificação dos ossos pré-esfenoide e basisfenoide do 
crânio em desenvolvimento (MOORE) 
Durante a sexta semana, a conexão do divertículo com a 
cavidade oral se degenera. (MOORE) 
As células da parede anterior do divertículo hipofisário se 
proliferam e originam a parte anterior da hipófise. (MOORE) 
Posteriormente, uma extensão, a parte tuberal, cresce ao 
redor do infundíbulo. A proliferação extensa da parede 
anterior do divertículo hipofisário reduz sua luz para uma fenda 
estreita. (MOORE) 
A fenda residual usualmente não é reconhecível na hipófise em 
adultos; entretanto, pode ser representada por uma zona de cistos . 
(MOORE) 
Células na parede posterior da bolsa hipofisária não proliferam; 
originam uma parte intermediária delgada e mal definida 
(MOORE) 
A parte da hipófise que se desenvolve do neuroectoderma 
(divertículo neuro-hipofisário) é a neuro-hipófise (MOORE) 
O infundíbulo origina a eminência mediana, o infundíbulo e a 
parte nervosa. (MOORE) 
 Inicialmente, as paredes do infundíbulo são delgadas, mas a 
extremidade distal do infundíbulo logo se torna sólida conforme 
as células neuroepiteliais proliferam. (MOORE) 
Essas células posteriormente se diferenciam empituicitos, as 
células principais do lobo posterior da hipófise, que estão 
intimamente relacionadas com as células neurogliais. (MOORE) 
As fibras nervosas se desenvolvem na parte nervosa da área 
hipotalâmica, à qual o infundíbulo é ligado (MOORE) 
Estudos indicam que as moléculas indutoras secretadas (p. ex., 
FGF8, BMP4 e WNT5A) do diencéfalo estão envolvidas na 
formação dos lobos anterior e intermediário da hipófise. O 
gene LHX2 homeobox LIM parece controlar o 
desenvolvimento do lobo posterior (MOORE) 
 
 
 @poli.canuto 
RESUMO DA EMBRIOLOGIA DA HIPÓFISE; Ela tem origem 
embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. Aporção de origem 
nervosa se desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo 
em direção caudal, e a porção ectodérmica da hipófise se 
desenvolve a partir de um trecho do ectoderma do teto da boca 
primitiva que cresce em direção cranial, formando a bolsa de Rathke. 
Uma constrição na base dessa bolsa acaba separando-a da cavidade 
bucal. Ao mesmo tempo, a parede anterior da bolsa de Rathke se 
espessa, diminuindo o tamanho da cavidade da bolsa, que se torna 
reduzida a uma pequena fissura. A porção originada do diencéfalo 
mantém continuidade com o sistema nervoso, constituindo o 
pedículo da glândula. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
ANATOMIA 
 HIPOTÁLAMO: 
O hipotálamo é uma área relativamente pequena do 
diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com importantes funções, 
relacionadas sobretudo com o controle da atividade visceral 
(MACHADO) 
O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes 
laterais do Ili ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das 
seguintes formações do assoalho do Ili ventrículo, visíveis na 
base do cérebro (MACHADO) 
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância 
cinzenta que se agrupa em núcleos, às vezes de dificil 
individualização. (MACHADO) 
Percorrendo o hipotálamo, existem, ainda, sistemas variados 
de fibras, alguns muito conspícuos, como o fórnix. O fórnix 
permite dividir o hipotálamo em uma área medial e outra 
lateral (MACHADO) 
A área medial do hipotálamo, situada entre o fómix e as paredes do 
III ventrículo, é rica em substância cinzenta e nela se localizam os 
principais núcleos do hipotálamo. A área lateral, situada lateralmente 
ao fórnix, contém menos corpos de neurônios e nela há 
predominância de fibras de direção longitudinal. A área lateral do 
hipotálamo é percorrida pelo feixe prosencefálico medial, complexo 
sistema de fibras que estabelecem conexões nos dois sentidos, entre 
a área septal, pertencente ao sistema límbico, e a formação reticular 
do mesencéfalo. Muitas dessas fibras terminam no hipotálamo. 
(MACHADO) 
O hipotálamo pode ainda ser dividido por três planos frontais 
em hipotálamo supraóptico, tuberal e mamilar. 
(MACHADO) 
A) Corpos mamilares são duas eminências 
arredondadas, de substância cinzenta, evidentes na 
parte anterior da fossa interpedun·cular (MACHADO) 
 
B) Quiasma óptico localiza-se na parte anterior do 
assoalho do Ili ventrículo. Recebe as fibras dos nervos 
ópticos, que aí cruzam em parte e continuam nos 
tratos ópticos que se dirigem aos corpos geniculados 
laterais. (MACHADO) 
 
C) Túber cinéreo é uma área ligeiramente cinzenta, 
mediana, situada atrás do quiasma e dos tratos 
ópticos. entre estes e os corpos mamilares. No túber 
cinéreo prende-se a hipófise, por meio do 
infundíbulo; (MACHADO) 
 
D) Infundíbulo é uma formação nervosa em forma de 
funil que se prende ao túber cinéreo. A extremidade 
superior do infundíbulo dilata-se para constituir a 
eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua 
extremidade inferior continua com o processo 
infundibular, ou lobo nervoso da neuro-hipófise. Em 
 
E) geral, quando os encéfalos são retirados do crânio, o 
infundibulo se rompe, permanecendo com a hipófise 
na cela túrcica da base do crânio (MACHADO) 
 NÚCLEOS HIPOTALÁMICOS: 
O hipotálamo é uma pequena região do diencéfalo localizada 
inferiormente ao tálamo. Ele é composto por cerca de doze 
núcleos agrupados em quatro regiões principais: (TORTORA) 
1) A região mamilar (área hipotalâmica posterior), 
adjacente ao mesencéfalo, é a parte mais posterior 
do hipotálamo. Ela inclui os corpos mamilares e 
os núcleos hipotalâmicos posteriores. Os corpos 
mamilares são duas projeções pequenas e 
arredondadas que funcionam como estações de 
transmissão para reflexos relacionados com o olfato. 
(TORTORA) 
 
2) A região tuberal (área hipotalâmica intermédia), a 
maior porção do hipotálamo, inclui os núcleos 
dorsomedial, ventromedial e arqueado, além 
do infundíbulo, que conecta a hipófise com o 
hipotálamo. A eminência mediana é uma região 
levemente elevada que circunda o infundíbulo 
(TORTORA) 
 
3) A região supraóptica (área hipotalâmica 
rostral) está situada acima do quiasma óptico (ponto 
de cruzamento dos nervos ópticos) e contém 
os núcleos paraventricular, supraóptico, hipotalâmico 
anterior e supraquiasmático (TORTORA) 
Os axônios dos núcleos paraventricular e supraóptico formam 
o trato hipotálamo-hipofisial, o qual se estende do infundíbulo 
para a neuro-hipófise (TORTORA) 
4) A região pré-óptica, anterior à região supraóptica, 
é geralmente considerada como parte do hipotálamo 
porque ela participa, junto com ele, na regulação de 
 @poli.canuto 
certas atividades autônomas. A região pré-óptica 
contém os núcleos pré-ópticos medial e lateral 
(TORTORA) 
 
 
 
 
 
 
CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO: 
 CONEXÕES OM A HIPÓFISE: 
O hipotálamo tem apenas conexões eferentes com a hipófise, 
que são feitas através dos tratos hipotálamo--hipofisário e 
túbero-infundibular: (MACHADO) 
A) Trato hipotálamo-hipofisário - é formado por 
fibras que se originam nos neurônios grandes 
(magnocelulares) dos núcleos supraóptico e 
paraventricular e terminam na neuro-hipófise 
(MACHADO) 
 
B) Trato túbero-infundibular (ou túbero-
hipofisário) - é constituído de fibras que se originam 
em neurônios pequenos (parvicelulares) do núcleo 
arqueado e em áreas vizinhas do hipotálamo tuberal 
e terminam na eminência mediana e na haste 
infundibular (MACHADO) 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO: 
O hipotálamo tem um papel regulador sobre o sistema 
nervoso autônomo e o sistema endócrino, integrando-os com 
comportamentos vinculados às necessidades do dia a dia. 
(MACHADO) 
 CONTROLE DO SNA 
O hipotálamo é o centro suprassegmentar mais importante 
do sistema nervoso autônomo, exercendo esta função 
juntamente com outras áreas do cérebro, em especial com 
as do sistema límbico (MACHADO) 
Estimulações elétricas em áreas determinadas do hipotálamo 
dão respostas típicas dos sistemas parassimpático e simpático. 
 Quando estas estimulações são feitas no 
hipotálamo anterior, determinam aumento do 
peristaltismo gastrintestinal, contração da bexiga, 
diminuição do ritmo cardíaco e da pressão 
sanguínea, assim como constrição da pupila. Assim, o 
hipotálamo anterior controla principalmente o sistema 
parassimpático. (MACHADO) 
 Já a estimulação do hipotálamo posterior dá 
respostas opostas a essas, porque controla 
principalmente o sistema simpático. (MACHADO) 
 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA OORPORAL; 
A capacidade de regular a temperatura corporal, característica 
especial dos animais homeotérmicos, é exercida pelo 
hipotálamo. (MACHADO) 
Este é informado da temperatura corporal, não só por 
termorreceptores periféricos, mas principalmente por 
neurônios que funcionam como termorreceptores. Assim, o 
hipotálamo funciona como um termostato capaz de detectar 
as variações de temperatura do sangue que por ele passa e 
ativar os mecanismos de perda ou de conservação do calor 
necessários à manutenção da temperatura normal 
(MACHADO) 
No hipotálamo, há dois centros frequentemente 
denominados: 
 Centro da perda do calor, situado no hipotálamo 
anterior (ou pré-óptico) 1 (MACHADO) 
 Centro da conservação do calor, situado no 
hipotálamo posterior. (MACHADO) 
Estimulações no primeiro desencadeiam fenômenos de 
vasodilatação periférica e sudorese, que resultam em perda 
de calor; já as estimulações no segundo resultam em 
vasoconstrição periférica, tremores musculares (calafrios) e 
até mesmo liberação do hormônio tireoidiano, que aumentam 
o metabolismo o qual gera calor (MACHADO) 
 @poli.canuto 
FEBRE: Lesões do centro da perda do calor no hipotálamo anterior 
causamelevação incontrolável da temperatura (febre central). Sabe-
se, também, que a febre que acompanha processos inflamatórios 
resulta das do comprometimento dos neurônios termorregulador do 
hipotálamo anterior que deixam de perder calor. (MACHADO) 
Acredita-se que o hipotálamo ativa regiões corticais para 
determinar os comportamentos motivacionais de busca de 
abrigo, agasalho para o frio ou de local fresco e ventilação 
para o calor. (MACHADO) 
 REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Muitas áreas do hipotálamo pertencem ao sistema límbico e 
têm papel importante na regulação de processos emocionais 
(MACHADO) 
 REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDROSSALINA E DA PA 
O equilíbrio hidrossalino exige mecanismos automáticos de 
regulação do volume de líquido do organismo, na prática 
representada pelo volume de sangue (volemia), e da 
osmolaridade, representada principalmente pela concentração 
extracelular de íons Na+ (MACHADO) 
O principal mecanismo que o hipotálamo dispõe para 
regulação do equilíbrio hidrossalino é a liberação do hormônio 
antidiurético que, como já vimos, é sintetizado pelos neurônios 
dos núcleos supraóptico e paraventricular e liberado na neuro-
hipófise (MACHADO) 
Outro mecanismo regulador da ingestão de água e sal, que 
mantém a volemia e a concentração de sódio dentro de 
valores normais, tem como base receptores periféricos de 
pressão (barorreceptores) localizados nas paredes dos 
grandes vasos e no seio carotídeo, no arco aórtico. Estes 
receptores percebem alterações da pressão arterial e 
transmitem aos núcleos do trato solitário, pelo nervo vago. 
Este núcleo conecta-se com os núcleos paraventricular e 
supraóptico e com neurônios receptores na área pré-óptica. 
Quando o sinal detectado é de hipovolemia, secreta-se o 
hormônio antidiurético (vasopressina), que promove 
vasoconstrição e reabsorção de sódio e água; (MACHADO) 
Se for detectada hiponatremia, é liberado pela hipófise o 
ACTH, que estimula a secreção de aldosterona pela 
suprarrenal, reabsorvendo sódio. Ele ativa também a ingestão 
de água e sal, despertando ou não a sensação de sede ou o 
desejo de ingestão de alimentos salgados. (MACHADO) 
 REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS; 
A estimulação do hipotálamo lateral faz com que o animal se 
alimente vorazmente, enquanto a estimulação do núcleo 
ventromedial do hipotálamo causa total saciedade, ou seja, o 
animal recusa-se a comer mesmo na presença de alimentos 
apetitosos (MACHADO) 
O mecanismo endócrino mais importante envolve o hormônio 
leptina, secretado pelas células do tecido adiposo (adipócitos), 
que é lançado no sangue. A leptina informa o núcleo arqueado 
do hipotálamo sobre a abundância de gordura existente no 
corpo, que é proporcional ao volume de leptina liberada, e ele 
libera o hormônio a-melanócito-estimulante, responsável pela 
saciedade (MACHADO) 
REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO: 
 RELAÇÃO DO HIPOTÁLAMO COM NEURO-HIPÓFISE 
DIABETES MELLITUS: As ideias de que o hipotálamo teria relações 
importantes com a neuro-hipófise surgiram a propósito da doença 
conhecida como diabetes insipidus. Esta doença caracteriza-se por 
grande aumento da quantidade de urina eliminada, sem que haja 
eliminação de glicose, como ocorre no diabetes me//itus. Ela é devida 
à diminuição dos níveis sanguíneos do hormônio antidiurético (ADH). 
Verificou-se que o diabetes insipidus ocorre não só em processos 
patológicos da neuro-hipófise, mas também em certas lesões do 
hipotálamo. Sabe-se hoje que isto se deve ao fato de que o 
hormônio antidiurético é sintetizado pelos neurônios dos núcleos 
supraóptico e paraventricular do hipotálamo e, a seguir, é 
transportado pelas fibras do trato hipotálamo-hipofisário até a neuro-
hipófise, onde é liberado (MACHADO) 
 RELAÇÃO DO HIPOTÁLAMO COM A ADENO-HIPÓFISE: 
O hipotálamo regula a secreção dos hormônios da adeno-
hipófise por um mecanismo que envolve uma conexão 
nervosa e outra vascular (MACHADO) 
Através da primeira, neurônios neurossecretores situados no 
núcleo arqueado e áreas vizinhas do hipotálamo tuberal 
secretam substâncias ativas que descem por fluxo 
axoplasmático nas fibras do trato túbero-infundibular 
(MACHADO) 
A conexão vascular, que se faz através do sistema porta-
hipofisário.. Os hormônios liberados pelo hipotálamo na primeira 
dessas redes, ou seja, na eminência mediana e na haste 
infundibular, passam através das veias do sistema porta à 
segunda rede capilar situada na adeno-hipófise, onde atuam 
regulando a liberação dos hormônios adeno-hipofisários 
(MACHADO) 
 
 GERAÇÃO E REGULAÇÃO DE RITMOS CIRCADIANOS: 
Os ritmos circadianos ocorrem em quase todos os organismos 
e são gerados em marca-passos ou relógios biológicos. Está 
hoje demonstrado que, nos mamíferos, o principal marca-
passo situa-se no núcleo supraquiasmático do hipotálamo 
(MACHADO) 
 
 @poli.canuto 
Sabe-se hoje que também existem no sistema nervoso central 
relógios biológicos que geram ritmos circadianos 
independentemente do núcleo supraquiasmático como, por 
exemplo, nos núcleos supraóptico e arqueado, responsáveis pelos 
ritmos circadianos dos hormônios hipofisários. Recentemente 
demonstrou-se também a presença de relógios biológicos fora do 
sistema nervoso como, por exemplo, nos hepatócitos, nos quais são 
responsáveis pelos ritmos circadianos de substâncias ligadas às 
funções hepáticas, como por exemplo, as enzimas da glicogenólise 
(MACHADO) 
O núcleo supraquiasmático recebe informações sobre a 
luminosidade do meio ambiente através do trato retino-
hipotálamo o que lhe permite sincronizar com o ritmo natural 
de dia e noite todos os ritmos circadianos de todos os relógios 
biológicos inclusive os situados fora do sistema nervoso central. 
(MACHADO) 
 REGULAÇÃO DO SONO E VIGÍLIA: 
A geração e sincronização deste ritmo inicia-se no núcleo 
supraquiasmático e é repassado ao núcleo pré-óptico 
ventrolateral e a um grupo de neurônios do hipotálamo lateral 
que têm como neurotransmissor o peptídeo orexina (ou 
hipocretina) (MACHADO) 
Os neurônios do núcleo pré-óptico ventrolateral inibem os 
neurônios monoaminérgicos o que resulta em sono. Ao final 
do período de sono sob ação do núcleo supraquiasmático 
essa inibição cessa e começa a ação excitatória do neurônio 
orexinérgico sobre os neurônios deste sistema e inicia -se a 
vigília. (MACHADO) 
 COMPORTAMENTO SEXUAL: 
A excitação está ligada diretamente aos dois núcleos pré-
ópticos. (MACHADO) 
A ereção e a ejaculação dependem do sistema nervoso 
autônomo que, por sua vez, é regulado pelo hipotálamo. 
(MACHADO) 
 FORMAÇÃO DA MEMÓRIA: 
O núcleo mamilar (no corpo mamilar) recebe muitos estímulos 
da estrutura principal de processamento de memória do 
cérebro, o hipocampo. (MARIEB) 
ANATOMIA 
 HIPÓFISE: 
A glândula hipófise é uma estrutura em forma de ervilha. Com 
1 a 1,5 cm de diâmetro e que se localiza na fossa hipofisial da 
sela turca do esfenoide (TORTORA) 
A hipófise ou pituitária é um pequeno órgão que pesa cerca 
de 0,5 g no adulto e cujas dimensões são cerca de 10 × 13 × 
6 mm. Localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide – 
a sella turcica –, que é um importante ponto de referência 
radiológico. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Por muitos anos, a glândula hipófise foi chamada de glândula 
endócrina “mestra” porque secreta vários hormônios que 
controlam outras glândulas endócrinas. Hoje, sabemos que a 
hipófise propriamente dita tem um mestre – o hipotálamo 
(TORTORA) 
As células no hipotálamo sintetizam, pelo menos, nove 
hormônios diferentes e a hipófise secreta sete. Juntos, esses 
hormônios desempenham funções importantes na regulação 
de praticamente todos os aspectos do crescimento, 
desenvolvimento, metabolismo e homeostasia. (TORTORA) 
Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o infundíbulo,e 
apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: 
a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro-hipófise (lobo 
posterior) (TORTORA) 
O infundíbulo conecta-se superiormente a uma parte do 
hipotálamo chamada túber cinéreo, situada entre o quiasma 
óptico, anteriormente, e os corpos mamilares, posteriormente. 
(MARIEB) 
A adeno-hipófise representa cerca de 75% do peso total da 
glândula e é composta por tecido epitelial. (TORTORA) 
No adulto, a adeno-hipófise consiste em duas partes: a parte 
distal, que é a porção maior, e a parte tuberal que forma uma 
bainha ao redor do infundíbulo. (TORTORA) 
A neuro-hipófise é composta por tecido neural. Também 
consiste em duas partes: a parte nervosa, a porção bulbosa 
maior, e o infundíbulo. (TORTORA) 
Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte 
intermédia, atrofia-se durante o desenvolvimento fetal humano 
e deixa de existir como um lobo separado nos adultos 
Entretanto, algumas de suas células migram para partes 
adjacentes da adeno-hipófise, onde persistem. (TORTORA) 
 ADENO-HIPÓFISE: 
A adeno-hipófise secreta hormônios que regulam uma ampla 
variedade de atividades corporais, desde o crescimento até a 
reprodução. (TORTORA) 
A liberação de hormônios da adeno-hipófise é estimulada 
por hormônios liberadores e suprimida por hormônios 
inibidores do hipotálamo. (TORTORA) 
Essa descrição da adeno-hipófise concentra-se em sua maior 
divisão, a parte distal, que contém cinco tipos diversos de 
células endócrinas que produzem e secretam pelo menos 
sete hormônios diferentes (MARIEB) 
Quatro dos hormônios secretados pela adeno-hipófise — 
tireoestimulante, adrenocorticotrópico, folículo-estimulante e 
luteinizante — regulam a secreção dos hormônios por outras 
 @poli.canuto 
glândulas endócrinas. Esses hormônios chamam-se hormônios 
trópicos (MARIEB) 
O restante dos hormônios— o hormônio do crescimento, a 
prolactina e o hormônio melanócito-estimulante — agem 
diretamente nos tecidos-alvo não endócrinos (MARIEB) 
 SISTEMA PORTA HIPOFISÁRIO: 
Hormônios hipotalâmicos que liberam ou inibem hormônios da 
adeno-hipófise chegam à adeno-hipófise por meio de um 
sistema porta. (TORTORA) 
Em geral, o sangue passa do coração, por uma artéria, para 
um capilar, daí para uma veia e de volta ao coração. Em um 
sistema porta, o sangue flui de uma rede capilar para uma veia 
porta e, em seguida, para uma segunda rede capilar antes de 
retornar ao coração. O nome do sistema porta indica a 
localização da segunda rede capilar. (TORTORA) 
No sistema porta hipofisário, o sangue flui de capilares no 
hipotálamo para veias porta que carreiam sangue para 
capilares da adeno-hipófise. (TORTORA0 
1) As artérias hipofisárias superiores, ramos das artérias 
carótidas internas, levam sangue para o hipotálamo. 
Na junção da eminência mediana do hipotálamo e o 
infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede 
capilar chamada de plexo primário do sistema 
porta hipofisário. (TORTORA) 
 
2) Do plexo primário, o sangue drena para as veias 
porto-hipofisárias que passam por baixo da parte 
externa do infundíbulo. (TORTORA) 
3) Na adeno-hipófise, as veias porto-hipofisárias se 
dividem mais uma vez e formam outra rede capilar 
chamada de plexo secundário do sistema porta 
hipofisário. (TORTORA) 
 
 CONTROLE DO HIPOTÁLAMO NA HIPÓFISE: 
Acima do quiasma óptico há grupos de neurônios 
especializados chamados de células neurossecretoras Essas 
células sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e 
inibidores em seus corpos celulares e envolvem os hormônios 
em vesículas, que alcançam os terminais axônicos por 
transporte axônico. Impulsos nervosos promovem a exocitose 
das vesículas. (TORTORA) 
Depois disso, os hormônios se difundem para o plexo primário 
do sistema porta hipofisário. Rapidamente, os hormônios 
hipotalâmicos fluem com o sangue pelas veias porto-
hipofisárias para o plexo secundário. Essa via direta possibilita 
que os hormônios hipotalâmicos atuem imediatamente nas 
células da adeno-hipófise, antes que os hormônios sejam 
diluídos ou destruídos na circulação geral. (TORTORA) 
Os hormônios secretados pelas células da adeno-hipófise 
passam para os capilares do plexo secundário, que drenam 
para as veias porto-hipofisárias anteriores e para fora na 
circulação geral. (TORTORA) 
Os hormônios da adeno-hipófise viajam até os tecidos alvo ao 
longo do corpo. (TORTORA) 
Os hormônios da adeno-hipófise que atuam em outras 
glândulas endócrinas são chamados de hormônios tróficos ou 
trofinas (TORTORA) 
 
NEUROHIPÓFISE: 
Embora não sintetize hormônios, a neuro-
hipófise armazena e libera dois hormônios. (TORTORA) 
 É composta por axônios e terminais axônicos de mais de 
10.000 células hipotalâmicas neurossecretoras. (TORTORA) 
Os corpos celulares das células neurossecretoras se 
encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do 
hipotálamo; seus axônios formam o trato hipotálamo-
hipofisial. Esse trato começa no hipotálamo e termina perto 
de capilares sanguíneos na neuro-hipófise. (TORTORA) 
Os corpos das células neuronais dos dois núcleos 
paraventricular e supraóptico sintetizam o hormônio ocitocina 
(OT) e o hormônio antidiurético (ADH), também chamado 
de vasopressina. Os terminais axônicos na neurohipófise são 
associados à neuróglia especializada chamada 
de pituitócitos. Essas células apresentam uma função de 
suporte similar a dos astrócitos (TORTORA) 
 
 @poli.canuto 
Após sua produção nos corpos celulares das células 
neurossecretoras, a ocitocina e o hormônio antidiurético são 
envolvidos em vesículas secretoras, que se movimentam 
por transporte axônico rápido até os terminais axônicos na 
neuro-hipófise, onde são armazenados até que impulsos 
nervosos desencadeiam a exocitose e a liberação hormonal. 
(TORTORA) 
O sangue chega à neuro-hipófise pelas artérias hipofisárias 
inferiores, ramos da artéria carótida interna. (TORTORA) 
Na neuro-hipófise, as artérias hipofisárias inferiores drenam 
para o plexo capilar do infundíbulo, uma rede capilar que 
recebe a ocitocina e o hormônio antidiurético secretados. 
Desse plexo, os hormônios passam para as veias porto-
hipofisárias posteriores para serem distribuídos às células-alvo 
em outros tecidos. (TORTORA) 
HISTOLOGIA DA HIPÓFISE: 
A porção originada do ectoderma – a adeno-hipófise – não 
tem conexão anatômica com o sistema nervoso. (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
É subdividida em três porções: 
 A primeira e mais volumosa é a pars 
distalis ou lobo anterior (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
 
 A segunda é a porção cranial que abraça o 
infundíbulo,denominada pars tuberalis (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
 
 A terceira, denominada pars intermedia, é uma 
região rudimentar na espécie humana, intermediária 
entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta 
última pela fissura restante da cavidade da bolsa de 
Rathke. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá 
o nome de lobo posterior da hipófise. (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO) 
A glândula é revestida por uma cápsula de tecido 
conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que 
suporta as células do órgão. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
 
 SUPRIMENTO SANGUÍNEO: 
A pars distalis é responsável pela secreção de hormônios que 
controlam outros órgãos endócrinos importantes. (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
Ele é feito por dois grupos de artérias originadas das artérias 
carótidas internas: 
 As artérias hipofisárias superiores, direita e esquerda, 
irrigam a eminência mediana e o infundíbulo; 
(JUNQYUEIRA E CARNEIRO) 
 
 As artérias hipofisárias inferiores, direita e esquerda, 
irrigam principalmente a neuro-hipófise, mas enviam 
alguns ramos para o pedículo da hipófise.(JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
Noinfundíbulo as artérias hipofisárias superiores formam 
um plexo capilar primário, cujas células endoteliais são 
fenestradas. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Os capilares do plexo primário se reúnem para formar vênulas 
e pequenos vasos que se encaminham para a pars distalis, 
onde se ramificam novamente, formando um extenso plexo 
capilar secundário (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Através desse sistema vascular, vários neuro-hormônios 
produzidos no hipotálamo são levados diretamente do 
infundíbulo à pars distalis, controlando a função de suas células. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
ADENOHIPÓFISE: 
PAR DISTALIS 
 
 @poli.canuto 
 
A pars distalis representa em torno de 75% da massa da 
hipófise. É formada por cordões e ilhas de células 
epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de 
hormônios.(JUNQUEIA E CARNEIRO) 
A pars distalis corresponde à maior parte da adeno-hipófise 
intra-selar. É composta de células epiteliais glandulares e vasos 
sangüíneos. (DRUMMOND, 2003) 
Os hormônios produzidos pelas células secretoras são 
armazenados em grânulos de secreção (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO) 
Há na pars distalis um tipo de célula que se supõe não ser 
secretora. São as células foliculoestelares, que constituem 
cerca de 10% das células dessa região da adeno-hipófise. Elas 
têm muitos prolongamentos, os quais estabelecem contato 
com outras células do mesmo tipo por meio de junções 
intercelulares: desmossomos e junções comunicantes. A 
função dessas células, que estabelecem redes em torno das 
células secretoras, ainda não é totalmente conhecida. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Entre os cordões e ilhas de células há muitos capilares 
sanguíneos (que pertencem ao plexo capilar secundário do 
sistema porta-hipofisário). (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Os poucos fibroblastos dessa região produzem fibras 
reticulares que sustentam os cordões de células. (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
 CÉLULAS SECRETORAS DA PARS DISTALIS: 
A pars distalis secreta vários hormônios, fatores de 
crescimento e citocinas. Pelo menos seis importantes 
hormônios são produzidos, porém só três tipos de células 
costumam ser reconhecidos por colorações rotineiras. Essas 
células são classificadas em cromófobas (pouco coradas) 
e cromófilas (contêm grânulos bem corados). (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO) 
As células cromófilas são constituídas de dois subtipos, 
as acidófilas e as basófilas, de acordo com sua afinidade 
por corantes ácidos ou básicos. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
As células cromófobas têm poucos grãos (ou nenhum) de 
secreção e são mais difíceis de serem reconhecidas que as 
células cromófilas. É possível que algumas das cromófobas 
sejam células cromófilas degranuladas ou que possam ser 
células-tronco da adeno-hipófise, pois se sabe que há 
renovação celular nessa glândula.(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
. 
Cinco tipos de células da adeno-hipófise – somatotrofos, 
tireotrofos, gonadotrofos, lactotrofos e corticotrofos – 
secretam sete hormônios (TORTORA) 
1) Somatotrofos: secretam hormônio do crescimento 
(GH), também conhecido como somatotrofina. O 
hormônio do crescimento, por sua vez, estimula 
vários tecidos a secretarem fatores de crescimento 
insulino-símiles (IGF), hormônios que estimulam o 
crescimento corporal geral e regulam aspectos do 
metabolismo. (TORTORA) 
 
2) Tireotrofos: secretam hormônio tireoestimulante 
(TSH), também conhecido como tireotrofina. O TSH 
controla as secreções e outras atividades da glândula 
tireoide. (TORTORA) 
 
3) Gonodotrofos: secretam duas 
gonadotrofinas: hormônio foliculoestimulante 
(FSH) e hormônio luteinizante (LH). O FSH e o LH 
atuam nas gônadas; estimulam a secreção de 
estrogênios e progesterona e a maturação de 
ovócitos nos ovários, além de estimularem a 
produção de espermatozoides e a secreção de 
testosterona nos testículos. (TORTORA) 
 
4) Lactrofos: secretam prolactina (PRL), que inicia a 
produção de leite nas glândulas mamárias. 
(TORTORA) 
 
5) Corticotrofos secretam hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), também conhecido 
como corticotrofina, que estimula o córtex da 
glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides como 
cortisol. Alguns corticotrofos, remanescentes da 
 @poli.canuto 
parte intermédia, também secretam hormônio 
melanócito-estimulante (MSH). (TORTORA) 
As células secretoras de prolactina e de GH situam-se 
preferencialmente nas porções laterais; aquelas produtoras de TSH 
e FSH/LH predominam no centro. As células produtoras de ACTH 
predominam na porção média e mais posterior da adeno-hipófise, e 
junto à pars intermedia (DRUMMOND,2003) 
PAR TUBERALIS: 
A pars tuberalis é uma região em forma de funil que cerca o 
infundíbulo da neuro-hipófise. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
É uma região importante em animais que mudam seus hábitos 
em função da estação do ano por meio do controle da 
produção de prolactina.(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
PARS INTERMEDIA: 
A pars intermedia, que se localiza na porção dorsal da antiga 
bolsa de Rathke, em humanos adultos é uma região 
rudimentar composta de cordões e folículos de células 
fracamente basófilas que contêm pequenos grânulos de 
secreção (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
A pars intermedia é vestigial em humanos, embora seja 
proeminente durante a vida fetal e a gestação. Parece não ter 
importância fisiológica no adulto, apesar de conter células que 
produzem ACTH, betaendorfina e hormônio estimulador de 
melanócitos (DRUMMOND,2003) 
Em peixes e anfíbios, contém células melanotrópicas que 
produzem várias substâncias, entre as quais o hormônio 
estimulante de melanócitos, que regula a produção de 
melanina. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Ao estudo microscópico, pode conter pequenos cistos 
delineados por epitélio colunar simples ou cuboidal, de 
conteúdo líquido proteináceo ou restos celulares. Esses cistos 
possivelmente representam restos embrionários da fenda de 
Rathke (DRUMMOND,2003) 
NEURO-HIPÓFISE: 
A neuro-hipófise consiste na pars nervosa e no infundíbulo. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
A pars nervosa, diferentemente da adeno-hipófise, não 
contém células secretoras. Apresenta um tipo específico de 
célula glial muito ramificada, chamada pituícito (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO) 
O componente mais importante da pars nervosa é formado 
por cerca de 100 mil axônios não mielinizados de neurônios 
secretores cujos corpos celulares estão situados nos núcleos 
supraópticos e paraventriculares (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Os neurônios secretores têm todas as características de 
neurônios típicos, inclusive a habilidade de liberar um potencial 
de ação, mas têm corpos de Nissl muito desenvolvidos 
relacionados com a produção de neurossecreção. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
A neurossecreção (que pode ser observada por colorações 
especiais, como a hematoxilina crômica de Gomori) é 
transportada ao longo dos axônios e se acumula nas suas 
extremidades, situadas na pars nervosa. Seus depósitos 
formam estruturas conhecidas como corpos de Herring, 
visíveis ao microscópio de luz. (TORTORA) 
 Quando os grânulos são liberados, a secreção entra nos 
capilares sanguíneos fenestrados que existem em grande 
quantidade na pars nervosa, e os hormônios são distribuídos 
pela circulação geral. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Essa neurossecreção armazenada na pars nervosa consiste 
em dois hormônios, ambos peptídios cíclicos compostos de 
nove aminoácidos. A composição de aminoácidos desses dois 
hormônios é ligeiramente diferente, resultando em funções 
muito diferentes. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Cada um desses hormônios – a ocitocina e 
a vasopressina-arginina, também chamada hormônio 
antidiurético (ADH) – é unido a uma proteína chamada 
neurofisina. O complexo hormônio-neurofisina é sintetizado 
como um único longo peptídio, e por proteólise há a liberação 
do hormônio de sua proteína de ligação. (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO) 
Embora haja alguma sobreposição,as fibras de núcleos supraópticos 
estão relacionadas principalmente com a secreção de vasopressina, 
enquanto a maioria das fibras dos núcleos paraventriculares está 
envolvida com a secreção de ocitocina. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
LEITURA DE ARTIGOS: 
ARTIGO 1: 
A haste hipofisária intriga médicos e cientistas. Na Grécia antiga, já 
se postulava que a haste hipofisária seria importante via de conexão 
entre o cérebro e a hipófise. Acreditava-se que ela teria a função 
de transportar substâncias do spiritus vitalis do sangue para o spiritus 
animalis do cérebro, e a partir daí essas substâncias seriam 
transportadas, em forma de muco, até a cavidade nasal. Essa teoria 
explica a origem do nome da palavra pituitária — ptuita —, que, em 
latim, significa muco (DRUMMOND,2003) 
A haste hipofisária é composta de três elementos: porção glandular 
(pars tuberalis da adeno-hipófise), porção neural (haste infundibular 
da neuro-hipófise) e porção vascular. O componente vascular 
consiste em artérias nutrientes, sistema venoso portal e capilares 
(DRUMMOND,2003) 
A glândula hipofisária passa por mudanças dramáticas no seu 
tamanho e forma durante a vida (DRUMMOND,2003) 
Em neonatos, a glândula é tipicamente convexa e de sinal mais 
intenso. Este padrão persiste até aproximadamenteos 2 meses de 
idade, a partir daí, a glândula vai assumindo gradualmente o padrão 
morfológico da criança mais velha, com uma superfície superior 
 @poli.canuto 
plana ou ligeiramente côncava e de intensidade de sinal similar à da 
ponte Na puberdade ocorre hipertrofia fisiológica da hipófiseNa 
gestação, a glândula hipofisária aumenta progressivamente de 
tamanho (DRUMMOND,2003) 
 
ARTIGO 2: 
O controle do balanço energético de animais e seres humanos é 
realizado pelo sistema nervoso central (SNC) por meio de conexões 
neuroendócrinas, em que hormônios periféricos circulantes, como a 
leptina e a insulina, sinalizam neurônios especializados do 
hipotálamo sobre os estoques de gordura do organismo e induzem 
respostas apropriadas para a manutenção da estabilidade desses 
estoques (VELOSSO,2012) 
A maioria dos casos de obesidade se associa a um quadro de 
resistência central à ação da leptina e da insulina. Em animais de 
experimentação, a dieta hiperlipídica é capaz de induzir um 
processo inflamatório no hipotálamo, que interfere com as vias 
intracelulares de sinalização por esses hormônios, resultando em 
hiperfagia, diminuição do gasto de energia e, por fim, obesidade. 
(VELOSSO,2012) 
 REFERÊNCIAS: 
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13ª edição. Rio 
de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2017. 
 MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia E Fisiologia. 3ª Ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2009. 
MOORE, K.L. & Persaud, V. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. 
Langman Embriologia Médica. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2005. SCHOENWOLF, G.C. 
DRUMMOND, Juliana B. et al. Alterações da haste hipofisária e 
suas implicações clínicas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia 
& Metabologia, v. 47, p. 458-466, 2003. 
VAN DE SANDE-LEE, Simone; VELLOSO, Licio A. Disfunção 
hipotalâmica na obesidade. Arquivos Brasileiros de 
Endocrinologia & Metabologia, v. 56, n. 6, p. 341-350, 2012.

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