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EXAME INFORMATICA - jun2020

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06.2020
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JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
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28 As melhores dicas para comprar 
PCs (e acessórios) para trabalhar 
em casa e testes aos portáteis 
Lenovo IdeaPad C340, Asus 
VivoBook F512, Insys StyleNote 
N9350, Lenovo ThinkBook 
14-IML e HP EliteBook 840 G6, 
e aos multifunções Canon Pixma 
TS8350, Xerox WorkCentre 
6515V/DN, HP OfficeJet Pro 
9012 e Epson EcoTank ET-2726
38 TCL 10 Pro e 10L: 
novas apostas para a 
gama média dos smartphones
40 Asus VivoBook S15, 
o portátil com um touchpad 
que se transforma em ecrã tátil
42 A câmara Sony ZV-1
43 O repetidor TP-Link AC750 WiFi 
RE190 e os auriculares 
sem fios Huawei FreeBuds 3i
44 Asus ZenWiFi AX
46 Samsung Galaxy Tab S6 Lite: 
o estilete marca a diferença
47 Thronmax Mdrill One, 
um microfone 
para podcasts e streaming
48 Lifestyle: um parceiro para 
o Microsoft Teams no 
ThinkSmart View da Lenovo
50 Top 5: Webcams
51 As 25 tecnologias que prometem 
mudar o próximo quarto de 
século
64 O setor tecnológico como 
solução para o desemprego
68 PortCov, a barreira desinfetante 
para recintos públicos
70 Projeto STRX: recetores 
baratos e portáteis 
para operadores de 
telecomunicações
72 A tecnologia que converte 
detritos de frutas em 
compostos para a cosmética
74 A versão cruzeiro do Cat 12.0 
pode transportar 
quatro 'marinheiros'
76 Renault Twingo Z.E., o elétrico 
urbano feito para durar
78 A agricultura que não 
desperdiça sol ou água
80 Bloquear mensagens e 
chamadas indesejadas
82 Sincronizar pastas 
no Windows 10
83 Copiar um álbum do iPhone 
para o computador
84 Colocar o Windows 7 
dentro do Windows 10
86 Usar o novo controlo parental 
avançado no Netflix
88 Transformar o smartphone 
numa webcam
90 Consultório: resposta 
aos leitores
91 Final Fantasy VII Remake
94 Snowrunner
95 Resident Evil 3 Remake
96 Predator: Hunting Grounds
97 Gears Tactics
PARA QUEM GOSTA DE TECNOLOGIA
ROGÉRIO COLAÇO É O NOVO 
PRESIDENTE DO TÉCNICO
A SONY FEZ UMA CÂMARA PERFEITA 
PARA ‘INFLUENCERS’ (E NÃO SÓ)
O CATAMARÃ SOLAR COM AUTONOMIA 
PARA ESTAR DIAS EM ALTO MAR
24
42
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40
COMO ACEDER À SUA SEMANAL
Se é assinante da Exame 
Informática, tem direito à edição 
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JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
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uma fila para a padaria, com dois metros de dis-
tância a separar-nos, uma consultora imobiliária 
– foi assim que se apresentou – agradeceu-me 
porque, nas palavras dela, foi graças à Exame 
Informática que se tinha tornado numa “estrela” 
na empresa onde trabalhava. Como não gravei a conversa, posso 
falhar na citação, mas a simpática leitora disse qualquer coisa 
como “Expliquei aos meuscolegas o que era um gimbal e como 
devíamos usar estes aparelhos para mostrar casas à distância aos 
nossos clientes com vídeos estáveis”, acrescentado, “e sei isto 
porque assino a Exame Informática”. Leitores ou não da Exame 
Informática, nesta pandemia ficou claro como é fundamental ter 
competências digitais. Vários são os exemplos que aqui poderia 
dar de como profissionais de sucesso em diferentes áreas ficaram 
sem saber o que fazer devido à falta de capacidade para lidar 
com ‘essa coisa dos computadores'. Enquanto viram colegas a 
adaptar-se à realidade do teletrabalho. De um momento para 
outro, tornou-se importante saber partilhar notas via Teams, 
usar a cloud ou configurar corretamente o PC para videocon-
ferência com qualidade. E, por favor, não usem a idade como 
desculpa. Certamente a tal consultora imobiliária que inspirou 
este texto não levará a mal se eu disser que já não é uma jovem. 
O que também é óbvio nas aulas síncronas das minhas filhas: 
não encontro relação entre a idade dos professores, alunos e 
encarregados de educação e as respetivas capacidades para 
tirar partido da tecnologia. A falta global de conhecimentos de 
utilização de ferramentas digitais tornou-se evidente. Mesmo 
crianças que passam horas agarradas aos smartphones e consolas, 
afinal não sabem como usar o Google Drive ou o Office 365 para 
fazer trabalhos de grupo à distância. Bem diferente da situação 
de quem nos lê, que se adaptou melhor a esta crise. 
E é, também, por isto que estes 25 anos da Exame Informática 
têm sido tão importantes. Obviamente que valorizo termos 
tantos leitores entre os profissionais da tecnologia. Mas acho 
ainda mais importante saber que ajudamos consultores imobi-
liários, estudantes de História, professores de TIC… São 25 anos 
a desmistificar a tecnologia, a tornar acessível ‘essa coisa dos 
computadores’. Começámos em 1995 com o primeiro número 
da revista, ainda antes da boom da Internet, depois lançámos 
o site, os vídeos, as edições semanais digitais, as newsletters, 
o programa de TV – que, tenho o prazer de anunciar, estará de 
regresso em junho na SIC Notícias. Faremos tudo para conti-
nuar a merecer a confiança dos nossos leitores e anunciantes, 
que permitem que continuemos a nossa missão de melhorar a 
literacia digital dos portugueses.
SÉRGIO MAGNO | DIRETOR
P E L A L I T E R A C I A 
D I G I TA L
NOVO
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p77
Sei que não estou 
sozinho ao considerar Final 
Fantasy VII como o melhor 
jogo de sempre. Durante 
anos esperei e sonhei com 
este remake e, depois 
de 40h de jogo, gostava 
que ainda houvesse 
mais para explorar. 
E claro, parabéns EI ♥ 
Rui da Rocha Ferreira
I N S T A N T Â N E O S
Com o pórtico PortCov, 
pude confirmar que os 
hábitos de higiene de toda 
a comunidade vão mesmo 
mudar e as tecnologias 
podem ter um papel 
importante na contenção 
e prevenção de pandemias 
geradas por vírus 
e bactérias. 
Hugo Séneca
p68
Com o Tab S6 Lite fiz um 
pouco de tudo: vi vídeos do 
YouTube e séries do Netflix, 
tirei notas e desenhei com o 
estilete, li livros da Marvel e 
biografias do John Carmack, 
gravei entrevistas e até tirei 
fotos parvas. Conclusão: 
vou comprar um tablet.
Paulo Matos
p46
O Wi-Fi 6 em conjugação 
com o Mesh levam as 
redes sem fios a um novo 
patamar. Mais ainda quando 
estas tecnologias são 
acompanhadas por 
funcionalidades avançadas 
de gestão e segurança 
como acontece no 
Asus ZenWiFi AX. 
Sérgio Magno
p40
ESTAMOS EM TODOS 
OS DISPOSITIVOS
A Exame Informática 
está disponível para 
smartphones, tablets e PCs em 
exameinformaticadigital.exameinformatica.pt
VEM AÍ MAIS 
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GRATUITA AO ZOOM 
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A adoção em larga escala 
do Microsoft Teams abriu 
um mercado apetitoso 
e obriga a Google a 
correr atras do prejuízo.
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PREPARA 
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COM CÂMARA 
POP-UP
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Se tivessemos em 2017 
seria uma inovacao top! 
neste momento 
é apenas lame... :D
27/4 às 21:54 ○ Reações ○ 0
CARROS ELÉTRICOS 
DA CHINESA BYD 
CHEGAM À EUROPA
Rui Paulo Vem com 
instruções em Português
5/5 às 18:03 ○ Reações ○ 0
COMO A URINA 
DOS ASTRONAUTAS 
PODE SER USADA 
PARA CRIAR 
UMA BASE NA LUA
Pedro Abreu Freire A urina 
dos pedreiros há anos que 
é usada, grande novidade!
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GTA V GRATUITO 
NA EPIC GAMES 
STORE ATÉ DIA 
21 DE MAIO
Bruno Ferreira First step: 
Garantir 95.62GB livres
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GOOGLE REMOVEU 
MAIS DE 800 APPS 
QUE PERMITIAM 
PERSEGUIÇÃO 
DOS UTILIZADORES
Delta JP Pinto A google 
é o principal perseguidor...
13/5 às 22:18 ○ Reações ○ 0
FACEBOOK.COM/
EXAMEINFORMATICA
RETIFICAÇÃO
Por lapso, na edição passada, o preço 
do Lenovo Legion K500 RGB que foi 
publicado estava incorreto. O valor 
oficial do teclado é €149. As nossas 
desculpas.
Seja produtivo, 
fique em casa
Trabalhar em casa não significa trabalhar menos. Com o equipamento certo, o escritório doméstico 
pode ser um espaço de trabalho muito produtivo
O TELETRABALHO É HOJE UMA REALIDADE para mui-
tos profissionais. A Lenovo, decidida a garantir que não 
faltam ferramentas de trabalho a quem está em casa, 
lançou dois novos equipamentos da família ThinkPad, 
conhecida pela durabilidade e pela qualidade da ex-
periência de utilização.
O ThinkPad X1 Carbon (8.ª Geração) é um computador 
pensado para executivos e amantes da tecnologia. Ul-
trafino, pesa apenas 1,09kg e tem um ecrã FHD de 14 po-
legadas com 400 nits de brilho, bem como sistema de 
áudio Dolby Atmos. É uma máquina baseada no proces-
sador Intel i7 de 10.ª geração e a bateria dura até 18 horas. 
Graças à tecnologia Rapid Charge da Lenovo, este portátil 
só precisa de uma hora para carregar dos zero aos 80% 
da bateria. Além disso, um segundo é quanto o X1 Car-
bon demora para sair do modo standby e entrar em ação. 
Tratando-se de uma máquina para utilização profissional, 
ideal em contexto de trabalho remoto, a Lenovo deu es-
pecial atenção à segurança. Assim, o X1 Carbon integra 
as soluções ThinkShield, ThinkShutter e o leitor de im-
pressões digitais Match-On-Chip, um conjunto de siste-
mas que assegura a segurança de dados e a privacidade.
O ThinkPad X1 Yoga (5.ª Geração) é outro tipo de com-
putador, dobrável e flexível no tipo de utilização a que se 
presta. A dobradiça de 360 graus faz com que o X1 Yoga se 
transforme em tablet, numa ferramenta de colaboração 
ou num cinema em casa (tem Dolby Vision 4K opcional). 
Continua a ser ultrafino e ultraleve – pesa apenas 1,35kg – 
e não faz compromissos no desempenho: tal como o X1 
Carbon, tem também um processador Intel i7 de 10.ª ger-
ação, ecrã FHD de 14 polegadas com 
400 nits de brilho, som Dolby Atmos, 
tecnologia Rapid Charge. Está equi-
pado com duas portas Thunderbolt, duas portas USB 3.1 
Tipo A, saída HDMI e conector de áudio.
O X1 Yoga de 5.ª Geração tem um novo chassis em 
alumínio CNC, mais resistente, e foi submetido a mais 
de 200 verificações de qualidade. Está pronto para 
trabalhar e entreter, mesmo em lares com condições 
extremas de utilização, povoados de miúdos activos e 
bichos de estimação.
As novidades da Lenovo não se ficam por aqui. A pensar 
numa utilização multitarefa, a Lenovo lançou também 
o ThinkBook Plus. Baseado num processador Intel Core 
de 10.ª geração e com WiFi 6, este equipamento portátil 
tem dois ecrãs, um FHD de 13,3 polegadas e um e-ink 
de 10,8 polegadas. Usando este ecrã, arrumado na tam-
pa, e a Lenovo Precision Pen, o utilizador pode criar im-
agens e diagramas, anotar PDFs ou tirar notas, ao mes-
mo tempo que vai recebendo notificações importantes. 
A ideia da Lenovo é facilitar a concentração e aumentar 
a produtividade do 
utilizador profission-
al, para quem a al-
ternância entre tare-
fas é uma constante 
do dia-a-dia.
Os novos ThinkPad 
já estão à venda no 
site daLenovo.
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ThinkBook Plus: 
a partir de €1499
ThinkBookPlus: 
um portátil com ecrã e-ink
ThinkPad X1 Yoga: 
a partir de €1719
ThinkPad X1 Carbon: a partir de €1549
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JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
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25ºA N I V E R S Á R I O
Atualmente, o poder computacional exigido para minerar 
Bitcoins é gigantesco, mas no início da década passada 
era possível gerar Bitcoins com PCs domésticos. Algures 
entre abril e maio de 2011, durante os testes da nova 
bomba gráfica da altura, a Radeon HD 6990 equipada 
com dois processadores gráficos, fizemos um artigo 
sobre as vantagens e desvantagens do CrossFire, a 
tecnologia da AMD que permitia e permite juntar duas 
ou mais gráficas para aumentar o desempenho. Para a 
referida análise, montámos um sistema para comparar 
o desempenho de duas gráficas Radeon HD 6970 em 
Crossfire com uma Radeon HD 6990. Após o teste, 
resolvemos aproveitar que a máquina estava montada 
para perceber, na prática, como funcionava a mineração 
da nova moeda digital que tinha aparecido em 2009 e que 
começou a ganhar tração entre os entusiastas dos PCs 
em 2010, com a chegada de aplicações que facilitavam 
a mineração. Mas, as criptomoedas ainda eram um tema 
relativamente obscuro para o grande público. O projeto 
decorreu no laboratório da Exame Informática durante 
cerca de uma a duas semanas, com o PC máquinas a 
'minerar' 24h/dia. O que resultou em algumas Bitcoins. 
A verdade é que ninguém se preocupou a registar o que 
se conseguiu porque a criptomoeda tinha um valor muito 
baixo – cerca de 20 a 30 cêntimos de dólar – e, sobretudo, 
porque, devido a outros testes, tivemos de desmontar 
apressadamente os sistemas. Algo que acontece 
frequentemente no nosso laboratório em função de 
novos lançamentos de produtos e da pressão das datas 
de fecho das edições. O problema é que o disco rígido 
usado na máquina que estava a fazer a mineração acabou 
por ser formatado mais tarde para ser usado num outro 
sistema para testar, se a memória não me falha, um novo 
processador Intel. O que significa que a chave associada 
às Bitcoins desapareceu. Foi uma destruição da carteira 
de Bitcoins acidental. Mas, na verdade, uma consequência 
de não termos dado muita importância à criptomoeda na 
altura. Hoje, cada Bitcoin vale mais de €8000…
Lembro-me que sempre que ia a uma entrevista de 
emprego e pediam para enunciar uma qualidade minha 
respondia: “Organização”. Pouco tempo depois de 
começar a trabalhar na Exame Informática, decidimos 
fazer um teste às interfaces dos três operadores 
de telecomunicações (Meo, Nos e Vodafone) para 
saber qual proporcionava a melhor experiência de 
utilização. Mas este teste tinha uma particularidade: 
ia ser complementado com a participação de 100 
assinantes, que viriam às nossas instalações 
cumprir os desafios idealizados pelo Sérgio Magno 
para nos dar um feedback mais abrangente. E, em 
menos de uma semana, tudo se montou: três zonas 
independentes com televisores e boxes, prémios 
de participação, hospedeiras, catering, escalas 
com marcações para 100 pessoas, etc. E percebi 
que ainda tinha muito a aprender em termos de 
organização nos três dias onde, de manhã à noite, 
estive a acompanhar assinantes neste verdadeiro 
teste de grupo. Conforme dizia, com um sorriso nos 
lábios e a sua voz de rádio, o Pedro Oliveira, que foi 
meu diretor durante cinco anos: “Exame Informática, 
é sempre no ‘red line’!”. E estava certo. Afinal, a 
Exame Informática é uma revista mensal, é um 
programa de televisão semanal (ainda sou do tempo 
em que havia dois por semana), é um site atualizado 
diariamente, são publicações e vídeos nas redes 
sociais, são prémios que distinguem o que de melhor 
se faz em Portugal, são (ou foram) colaborações 
com Visão, Expresso, Exame, Prima… Foi uma 
primeira introdução a todo um admirável mundo novo. 
Passados seis anos, faz ainda mais sentido a resposta 
que dei ao meu pai quando ele me perguntou, em 
2014, como estava a correr o meu novo emprego: “Já 
estive na segunda liga das publicações de tecnologia, 
agora estou no Benfica – não podia desejar melhor”.
S É R G I O M A G N O
2 0 1 1 : O A N O E M Q U E 
D E S T R U Í M O S B I T C O I N S
P A U L O M A T O S
2 0 1 4 : A M Á Q U I N A 
E I PA R A R E C E B E R 
1 0 0 A S S I N A N T E S E M C A S A
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JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
Faço parte da Exame Informática há apenas 11 
meses, o que comparado com estes senhores aqui 
ao lado quase parece uma brincadeira. Mas tivessem 
alguns momentos sido diferentes e quem sabe se 
já não levava alguns anos de Exame Informática 
‘nas pernas’. Em 2012, ano em que terminava o 
mestrado em jornalismo, tinha a hipótese de pedir, 
literalmente, a publicação na qual gostaria de 
estagiar, que o gabinete de saídas profissionais da 
universidade tentava fazer a ponte. Pedi a Exame 
Informática. Quando voltei lá para me inteirar da 
situação, disseram-me que nunca tinham respondido. 
Bandalhos, pensei eu. Acabei por ir estagiar para 
a TVI e foi o início mais ‘sério’ do meu percurso 
como jornalista. Dois anos depois, surgiu uma vaga 
na equipa da Exame Informática e fui chamado 
para uma entrevista. Aproveitei logo para relatar a 
história do estágio que nunca aconteceu e, ao diretor 
de então, Pedro Miguel Oliveira, não tinha chegado 
o pedido de estágio, ficou perdido algures na 
burocracia. Que bandalheira, pensei novamente, mas 
como a entrevista até tinha corrido bem, fui todo 
contente para casa. Mal eu sabia que não tinha sido 
escolhido, mas sim… o Paulo Matos! Apesar da nega, 
o Pedro Miguel Oliveira disse que mais cedo ou mais 
tarde viria parar à Exame Informática. Continuei 
a dar o meu melhor em todos os sítios pelos 
quais passei, vestindo com orgulho cada uma das 
camisolas dos desafios que vivi. Uma semana depois 
de ter aceitado um novo trabalho, o Pedro voltou a 
ligar. Desculpa, mas acabei de me comprometer com 
outros e nunca voltaria atrás com a minha palavra, 
disse-lhe no início de 2018. Felizmente nunca 
troquei de número e no ano seguinte o telefone 
voltou a tocar: desta vez era o Sérgio Magno quem 
perguntava se tinha interesse em vir para a Exame 
Informática. Agradeci e aceitei. Como é óbvio, 
não é certo que, mesmo que tivesse estagiado 
onde inicialmente pedi, por cá tivesse ficado. O 
que para mim ficou claro é que há mais do que um 
caminho para chegar onde queremos. Só é preciso 
profissionalismo e um bocadinho de paciência.
Estreei-me nas visitas a São Francisco, EUA, na década 
passada – e logo nessa oportunidade fiquei a poucos 
metros do mítico Steve Jobs, durante o lançamento do 
primeiro iPhone. Prezo esse carimbo no "passaporte" de 
jornalista como prova de um momento histórico (quem o 
negar ou não percebe de tecnologias ou sofre de clubite 
aguda). Poucos anos antes, tinha conhecido a antítese de 
Jobs que dá pelo nome de Steve Ballmer, pouco depois de 
suceder a Bill Gates na Microsoft e elevar-se à segunda 
posição no ranking dos mais ricos do mundo (Gates era o 
primeiro...). Antes e depois dessas datas, tive a honra de 
entrevistar fundadores da Internet/Web como Vint Cerf 
ou Paul Mockapetris; Martin Cooper, que é considerado o 
pai do telemóvel; John B. Goodenough, um dos mentores 
das baterias de iões de lítio; e Gérard Mourou, que recebeu 
o prémio Nobel da Física pelo trabalho feito com lasers, 
e recordou como a exposição acidental de um laser num 
dos olhos de um colega abriu caminho à descoberta de 
um novo tratamento para a miopia. Todas estas histórias 
trespassam tenacidade, ousadia e sucesso – mas poucas 
ensinam aquilo que só se aprende com a desgraça. Se 
o jornalista só o é na plenitude quando não renega nem 
sucessos nem desgraças alheios, então tenho a dizer 
que tentei cumprir a missão ao longo dos anos. Dou dois 
exemplos, para depois terminar com um caso sintomático 
da passagem do tempo: a) Em 2008, encontrei Maia 
Nogueira, líder da antiga Solbi, num apartamento vazio, 
acossadopor arrestos de tudo o que antes tinha sido a 
marca nacional que chegou a disputar a liderança da venda 
de PCs em Portugal. Nessa altura, o empresário dizia ter 
rendimentos reduzidos de 500 euros devido a penhora; b) 
Em 2015, descobri que a YDreams estava afundada em 
dívidas de 18 milhões de euros, e respondia às decisões de 
um gestor judicial. Pouco depois, o grupo ruiu – e António 
Câmara, o mentor do projeto, deu novo curso à carreira 
empresarial; e c) ainda em 2015, fui ver o que restava da 
RARET, uma base instalada em Glória do Ribatejo com o 
propósito de transmitir programas de rádio para os países 
do bloco comunista. E assim descobri como, na Guerra 
Fria, parte daquela aldeia viveu numa “little America” com 
qualidade de vida difícil de alcançar pela média nacional. 
Na reportagem, tive um bónus: conheci Aleixo Fernandes, 
responsável técnico da RARET, já nonagenário, mas com 
lucidez e memórias prodigiosas para contar como fabricou 
a primeira guitarra elétrica portuguesa. Sempre foi por 
gosto que cumpri a minha missão.
R U I D A R O C H A F E R R E I R A
O Q U E E U A N D E I 
PA R A A Q U I C H E G A R
H U G O S É N E C A
D E S Ã O F R A N C I S C O 
A G L Ó R I A D O R I B AT E J O
E D I Ç Ã O 3 0 0
APPS
RUMOR
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
10
Tubezito
Uma forma 
mais segura para 
crianças dos três aos 
10 anos visualizarem 
conteúdos do 
YouTube em 
português sem 
links, partilhas, 
comentários ou 
qualquer outra 
funcionalidade a que 
pudessem aceder por 
simples curiosidade 
ou engano.
Emojiwho
Uma aplicação de 
mensagens anónimas 
de duas vias, ou 
seja, permite que o 
utilizador permaneça 
anónimo e que o 
recetor responda ao 
remetente misterioso. 
É uma maneira de 
expressar-se aos 
colegas ou amigos 
sobre assuntos 
sensíveis ou 
embaraçosos.
Smash
Permite enviar 
ficheiros sem 
qualquer limite de 
tamanho mesmo na 
versão gratuita e a 
qualidade original dos 
ficheiros transferidos 
é mantida.
S-Tories
Desenvolvida pelo 
estudante Joel Silva, 
ajuda a dar uma nova 
vida às histórias para 
Instagram, Facebook, 
WhatsApp e Twitter. 
Coloca à disposição 
mais de 100 modelos 
e diversos tipos 
de letras.
Zhed
Criado pelo 
portuense Ground 
Control Studios, este 
é um viciante jogo 
de puzzle em que 
há que carregar 
num quadrado para 
ver os caminhos 
possíveis aos quais 
se pode ligar aos 
outros até chegar 
ao destino final. Os 
níveis não têm tempo 
limite e o design 
é muito simples.
GRATUITO
ANDROID
GRATUITO 
(COMPRAS 
INTEGRADAS)
ANDROID
GRATUITO
ANDROID 
iOS
GRATUITO
ANDROID
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(COMPRAS 
INTEGRADAS)
ANDROID 
iOS
TESLA VAI ANUNCIAR BATERIAS MAIS BARATAS
A apresentação da Tesla sobre baterias estava agendada para maio, 
mas foi adiada. Neste evento espera-se que a Tesla revele pormenores do 
projeto 'Roadrunner', que deverá permitir à empresa produzir baterias muito 
mais económicas e com capacidade para fornecerem energia a carros por 
mais de 1,5 milhões de quilómetros com perda de capacidade inferior a 10%.
COVID-19: CRIOESTAMINAL 
PREPARA MEDICAMENTO
A Crioestaminal desenvolveu um po-
tencial medicamento que já revelou re-
sultados promissores no tratamento da 
Covid-19 e que tem por base amostras 
do cordão umbilical. Seguindo os pas-
sos dados por laboratórios estrangeiros, 
a empresa de Cantanhede começou a 
cultivar células mesenquimais que po-
dem ser administradas por via intrave-
nosa. As primeiras doses deverão estar 
prontas para ensaios clínicos em junho. 
A Crioestaminal diz-se disposta a for-
necer doses de células mesenquimais, 
a título gratuito, para as unidades clíni-
cas do Sistema Nacional de Saúde (SNS). 
“Houve pessoas que (depois de receberem 
as células mesenquimais) deixaram de 
usar ventilador em menos de uma sema-
na; e outros casos em que foi necessário 
mais do que uma semana para deixarem 
de usar os ventiladores”, refere André 
Gomes, diretor executivo da Crioestami-
nal, sobre os estudos efetuados em torno 
deste potencial medicamento. As células 
mesenquimais pertencem ao grupo das 
denominadas células estaminais. Uma 
amostra retirada de um cordão umbilical 
pode fornecer entre um e dois milhões de 
células mesenquimais. As células retira-
das nas amostras são depois colocadas em 
recipientes com nutrientes e ambiente 
controlado, a fim de se multiplicarem. 
A Crioestaminal conta produzir dois 
mil milhões de células ao cabo de qua-
tro semanas, a partir de uma cultura de 
um milhão de células. Cada dose deste 
potencial medicamento deverá conter 
100 milhões de células mesenquimais 
em 20 mililitros de líquido injetado por 
via intravenosa, como acontece com o 
soro administrado aos doentes que se 
encontram em cuidados intensivos. H.S.
André Gomes 
nos laboratórios 
da Crioestaminal
altice-empresas.pt
Empresas que mudam o mundo
Inscreva-se até 22 de junho em altice-empresas.pt 
Participe e apresente a sua solução de Internet of Things (IoT), 
para ajudar as empresas e organizações a enfrentar os desafios 
atuais. Os vencedores ganham passes para o Web Summit,
o maior palco de tecnologia, entre outros prémios.
As suas ideias podem mudar o mundo
IoT
5ª Edição
Challenge
Develop the future
SOBE & DESCE
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
12
E D I Ç Ã O 3 0 0
SONY CRIA SENSORES
DE IMAGEM COM IA
A Sony deu a conhecer dois modelos de 
sensores de visão inteligentes, com a fa-
bricante a adiantar que são os primeiros 
sensores de imagem do mundo equipados 
com a funcionalidade de processamento 
por Inteligência Artificial (IA). Os mo-
delos chamam-se IMX500 e IMX501 e 
ambos possuem 12,3 MP (4056x3040), 
píxeis de 1,55x1,55 μm e diagonal de 7,857 
mm (tipo 1/2.3). Além disso, possuem 
uma configuração de empilhamento, ou 
seja, juntam o chip lógico e o do pixel. O 
IMX500 refere-se apenas ao chip, já tem 
samples disponíveis para clientes e custa 
cerca de 86 euros (o equivalente a 10.000 
ienes japoneses). Por sua vez, o IMX501 
é o produto finalizado, terá samples dis-
poníveis para o mercado, à partida, em 
junho e custará cerca de 172 euros (20.000 
ienes japoneses).
Com estes produtos, a Sony pretende ex-
plorar o potencial das câmaras equipadas 
com IA, já que estes sensores permitem fa-
zer o processamento no próprio dispositivo 
em vez de recorrer à cloud, o que reduz a 
latência na transmissão de dados, reforça 
a componente de segurança e diminui o 
consumo energético e os custos de comu-
nicação. Esta será, contudo, uma solução 
primordialmente vocacionada para equi-
pamentos ligados à indústria e ao retalho. 
Um exemplo é a utilização numa superfície 
comercial, em que pode servir para contar 
o número de visitantes, detetar falta de 
stock, identificar o comportamento dos 
consumidores, etc.
Questionados durante a apresentação 
sobre a possibilidade dos novos sensores 
poderem vir a marcar presença em dispo-
sitivos como smartphones ou consolas, os 
responsáveis da Sony responderam apenas: 
“Sem comentários”. Adiantaram, contudo, 
que são sensores que fazem sentido marcar 
presença em carros autónomos. Os execu-
tivos adiantaram ainda que estes são apenas 
os primeiros chips de uma nova linha de 
sensores desenvolvida pela empresa de 
semicondutores da Sony. P.M.
Minecraft
A Mojang e a Microsoft 
anunciaram que o 
famoso jogo dos 
mundos virtuais 
construídos em blocos 
chegou aos 200 
milhões de cópias 
vendidas desde 2011. 
Hoje, o título conta com 
mais de 126 milhões 
de jogadores mensais 
ativos. O que é um sinal 
de grande vitalidade. 
Cabos submarinos
Mais uma vez a posição 
geográfica de Portugal 
volta a produzir 
proveitos: depois do 
projeto EllaLink, e do 
anúncio da Google, 
eis que chega a vez 
da Facebook anunciar 
a instalação de um 
cabo submarino com 
passagem por Portugal. 
O que promete reforçar 
a importância do País 
no que toca aos 
principais nós da 
conectividade global.
EUA Vs Huawei 
O diferendo entre 
EUA e Huawei 
está para continuar. 
Independentemente dos 
argumentos dos dois 
lados deste bloqueio 
comercialamericano 
aos equipamentos 
da marca chinesa, 
a Huawei tem razão 
ao concluir que o 
processo vai acabar 
por produzir efeitos 
negativos na indústria 
tecnológica global. 
Ciberataques
A Checkpoint estima 
que, entre 30 de 
março e 20 de abril, o 
número de ciberataques 
detetados direcionados 
ao mercado português 
com a temática da 
Covid-19 quadruplicou 
(de 50 mil para 
200 mil ciberataques). 
Nesse período, a marca 
de cibersegurança 
identificou ainda 600 
sites maliciosos. H.S.
Os dois chips 
podem fazer 
processamento 
local, dispensando 
o recurso à cloud
BUZZWORD
Ampere
Este é o nome da nova arquitetura de unidades de processamento gráfico (GPU) 
da Nvidia. A estreia é feita com a A100, uma GPU criada a pensar em centros 
de dados e com uma forte otimização para tarefas de inteligência artificial. 
Mas a arquitetura Ampere também deverá ser a base das próximas GPU para PC.
13
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
PORTUGAL: 
UM PAÍS DE 
‘MULAS’ PARA 
HACKERS
A pandemia deixou a descoberto a falta de 
recursos de cibersegurança nas pequenas e 
médias empresas portuguesas. De acordo com 
dados da tecnológica de segurança informá-
tica Checkpoint, a média de equipamentos 
infetados em Portugal chega a ser duas ve-
zes superior à média europeia. Ao longo das 
últimas semanas, uma média de 11,9% das 
organizações portuguesas foram impactadas 
por software malicioso que tem como obje-
tivo criar botnets. A segunda ameaça mais 
comum são os criptominers, que infetam 
máquinas para a mineração de criptomoedas. 
Rui Duro, porta-voz da Checkpoint, explica 
que Portugal “é um país onde existe um maior 
número de mulas para depois fazer ataques 
a outros”. 'Mulas' é um termo usado para 
designar dispositivos que são controlados por 
piratas informáticos, numa alusão às mulas 
de droga e de dinheiro usadas noutras áreas 
da criminalidade. “Os sistemas em Portu-
gal são vulneráveis e a grande maioria dos 
computadores estão infetados”, sublinha o 
responsável. O malware mais disseminado 
no País é o Trickbot, um software malicioso 
criado para roubar credenciais de acesso aos 
utilizadores. No final de abril, a empresa de 
segurança informática israelita detetou ainda 
um pico de 200 mil ataques informáticos 
feitos em Portugal numa única semana. E de 
onde vêm? Quase dois-terços são atribuídos 
a piratas informáticos localizados nos EUA 
(29%) e nos Países Baixos (28%), enquanto 
outra fatia significativa, 20%, tem origem em 
Portugal. R.R.F.
Entre janeiro e abril 
foram criados 600 
sites maliciosos 
em Portugal 
relacionados com o 
tema da Covid-19
PUBLIREPORTAGEM
Uma das principais vantagens do streaming online é que pratica-
mente não existem impedimentos para começar a usá-lo: quase 
todos os dispositivos modernos estão equipados com capacida-
des de streaming. 
As Smart TVs dão aos utilizadores acesso às apps certas direta-
mente pelos televisores. As boxes de TV também permitem fazer 
streaming a partir de televisores mais antigos. E o mesmo pode 
ser dito das mais recentes consolas de jogos. Depois, existem, 
claro, os desktops, portáteis, tablets e smartphones. Os serviços 
de streaming podem ser usados em todos estes equipamentos. 
Existe a opção de usar apps, que estão disponíveis para os siste-
mas operativos mais usados, ou aceder ao conteúdo a partir de 
um browser. Isto significa que existem opções adequadas para 
fazer streaming em qualquer casa. No entanto, ainda falta falar 
de um pré-requisito essencial: a rede doméstica.
O melhor streaming com a melhor rede doméstica
Mas sem uma ligação rápida e estável à Internet, a noite que 
planeámos em casa a ver filmes pode tornar-se num episódio de 
frustração. Ou por o vídeo soluçar enquanto carrega lentamen-
te, ou pela qualidade ser tão medíocre que os pixéis da imagem 
ficam a parecer blocos de construção. Problemas como estes 
surgem sobretudo quando existem múltiplos streams em repro-
dução simultânea na mesma casa. Isto acontece mesmo quando 
a ligação à Internet deveria ser boa o suficiente para se ocupar 
dos streams (a Netflix recomenda 25 Mbps como mínimo para vi-
sualização dos seus conteúdos em qualidade Ultra HD). A razão 
para isto é muitas vezes uma rede doméstica de baixa qualidade.
 Em muitas casas, a Internet não chega a todas as divisões sem 
perda de velocidade. É aqui que entram os adaptadores Powerli-
ne. Eles expandem a rede doméstica para toda a casa: um adap-
tador é ligado a uma tomada e conectado ao router. Isto permi-
te-lhe distribuir o sinal de Internet pela rede elétrica da casa. 
Depois, pode usar um segundo adaptador para instalar um novo 
hotspot de Internet em qualquer tomada à sua escolha – no cen-
tro de multimédia, quarto ou escritório doméstico. Com produtos 
como a série Magic da Devolo, não há nada que o impeça de 
desfrutar de filmes e séries!
Mais informação em www.devolo.pt/magic
O STREAMING ONLINE 
EM TODO O LADO
E D I Ç Ã O 3 0 0
COMPREENDER O FUTURO
É IMPOR TA N T E PORQUE …
14
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
Necessidade de uma vacina contra a 
Covid-19 colocou os holofotes neste novo 
método de reforço do sistema imunitário
VACINAS MRNA
Os especialistas já tinham alertado para esta 
possibilidade e o pior dos cenários aconteceu 
mesmo: um novo vírus precisou de poucos meses 
para infetar quatro milhões de pessoas um pouco 
por todo o mundo, matando mais de 320 mil pelo 
caminho. O SARS-CoV-2, responsável pela doença 
Covid-19, passou a ser o 'inimigo' número um de 
muitos laboratórios de investigação. A necessidade 
de uma vacina para imunizar a população, para 
evitar um maior número de infeções e, acima de 
tudo, um maior número de mortes, colocou os 
holofotes num método que está a dar os primeiros 
passos, mas que se acredita ser uma arma eficaz 
contra esta e futuras pandemias: as vacinas 
mRNA. Nas vacinas ‘tradicionais’ é necessária uma 
amostra do próprio organismo (vírus ou bactéria) 
ou da proteína que cria, que é ‘desativada’ ou 
enfraquecida através de químicos. Quando é 
introduzida no organismo, o corpo cria anticorpos 
e aprende a defender-se daquele organismo. Nas 
vacinas mRNA, o que é introduzido no corpo é 
um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA na 
sigla em inglês), que contém informação genética 
sobre o vírus e engana o corpo para que seja 
“COMPREENDER 
O FUTURO” 
é uma parceria 
entre a 
Exame Informática 
e a Huawei 
que promove 
a explicação 
de novos conceitos 
da Tecnologia
Por serem mais fáceis e mais rápidas de 
produzir, as vacinas mRNA podem ter um 
papel preponderante na contenção de 
doenças mortais e no salvamento de 
vidas. Ainda há incertezas relativamente 
ao método, pela novidade que representa 
a nível clínico, mas podem ser 
fundamentais a evitar futuras pandemias
ele próprio a produzir a proteína do 'visitante' 
agressor. Como estas proteínas são 'solitárias', 
não têm capacidade para formar o vírus. Assim 
que o sistema imunitário do corpo deteta estas 
proteínas, produz anticorpos de defesa – quando o 
vírus infetar efetivamente aquela pessoa, o corpo 
já sabe quais os anticorpos necessários. As vacinas 
mRNA são consideradas, em teoria, mais seguras 
para o paciente, por não introduzir elementos 
infecciosos no corpo, e são também mais rápidas 
e baratas de produzir, já que não exigem a criação 
e o enfraquecimento do próprio vírus. Apesar 
de ainda não ser conhecido o melhor método 
de administração, as vacinas mRNA podem ser 
executadas por injeção com ou sem seringa, 
diretamente no sangue, músculo ou órgão, ou via 
um spray nasal. Atualmente existem duas vacinas 
mRNA, entre as mais de 50 que estão a ser criadas, 
para combater o novo coronavírus: uma pela 
empresa americana Moderna e outra pela alemã 
CureVac. Caso uma destas venha a ser aprovada, 
será a primeira mRNA a chegar ao mercado.
GIGATEL - SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
Rua de Santana, 963 N | 4465-742 Leça do Balio - Portugal | Tel: (+351) 229 059 760 | geral@gigatel.com | www.gigatel.com
25ANOS A CONTRIBUIR 
PARA O MUNDO DAS TECNOLOGIAS 
EM PORTUGAL
No ano em que celebramos 25 anos, ao lado dos nossos clientes, a servir nas áreas 
tecnológicas de consultoria, gestão e manutenção de redes, software de gestão, help desk e 
manutenção e reparação de equipamentos, congratulamos também a Exame Informática 
por estes 25 anos de rigor e profissionalismo, a dar a conhecer as novidades tecnológicas 
que marcam o país e o mundo.
PARTNERS:
FUNDADA EM SETEMBRO DE 1995
A GIGATEL É UMA EMPRESA QUE 
DESENVOLVE A SUA ACTIVIDADE NO 
DOMÍNIO DAS SOLUÇÕES INFORMÁTICAS
GOLD PARTNER
POR ESSE 
MUNDO FORA...
E
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
16
E D I Ç Ã O 3 0 0
De Portugal a África 
por cabo submarino
A Facebook aliou-se a vários 
parceiros para o projeto 2Africa, 
que vai servir para instalar 
um cabo submarino de 37 mil 
quilómetros que chegará a 23 
países da Europa, África e Médio 
Oriente. A nova rota vai aumentar 
a largura de banda naquelas 
regiões e contará com Portugal 
como um dos pontos de conexão.
Casamentos 
por videoconferência
O governador de Nova Iorque, 
Andrew Cuomo, elaborou 
uma diretriz que permite não 
só aos residentes do Estado 
pedir licenças de casamento 
remotamente como possibilita que 
os matrimónios sejam realizados 
por videoconferência.
Cão-robô para 
patrulhar parques
Em Singapura, o Spot, 
o cão-robô desenvolvido pela 
Boston Dynamics, começou a ser 
utilizado no parque Bishan-Ang Mo 
Kio para relembrar os transeuntes 
de que devem manter a distância 
social. As câmaras colocadas na 
máquina também servem para 
monitorizar ajuntamentos, sendo 
que os sensores que possui 
permite-lhe circular sem colidir 
com pessoas e objetos.
ntrei na Exame Informática em fevereiro de 2000. Altura em 
que os telemóveis faziam pouco mais que chamadas (a preços 
proibitivos) e o barulho dos modems ainda era banda sonora 
na casa de poucos portugueses. Cheguei nervoso. Senti a res-
ponsabilidade (gigante) de ir coordenar uma redação que era a 
referência e que estava integrada no maior editor de publicações português. 
Passados alguns meses, fui desafiado para dirigir a revista quando grande 
parte da equipa saiu para um projeto de comércio eletrónico que abriu em 
Portugal. Foi um momento incrível: aos 27 anos tornava-me o diretor mais 
novo de sempre daquele grupo editorial e tinha a oportunidade de ir buscar 
mais talento para esta vossa revista – que também era minha. E assim foi du-
rante 19 anos. A EI, como gostamos de chamar-lhe, foi a primeira publicação 
a integrar um DVD (que ainda mantém), a ter um programa televisivo ou a 
ter uma revista semanal totalmente digital – tivemos um canal de YouTube 
quando muitos dos youtubers de hoje ainda não eram nascidos! 
Com a Exame Informática calcorreei grande parte do mundo a contar 
histórias dos avanços da tecnologia. Fui os olhos de milhares de leitores 
que comigo visitaram os laboratórios de empresas como a Intel, a IBM e a 
Microsoft; que leram as conversas que tive com quem fez muita da tecnologia 
que ajudou a mudar o mundo; que analisaram as centenas de dispositivos e 
plataformas que testei em primeira mão; e foram comigo às maiores feiras 
de tecnologia. Que grande privilégio! Para mim e, acredito, para todos os 
que durante os últimos 25 anos em algum momento ou de alguma forma 
colaboraram com a EI. E esta é uma marca com fãs. Não consigo enumerar 
quantas vezes ao visitar uma empresa uma qualquer pessoa chegava ao pé 
de mim e confidenciava: “Tenho a vossa revista desde o número 1” ou “Foi 
por causa da Exame Informática que vim para a tecnologia”. É importante 
perceber que, quando em 1995 o número 0 da Exame Informática foi oferecido 
com o jornal Expresso, a tecnologia era todo um mundo por descobrir. Havia, 
por isso, uma geração sequiosa por informação sobre esta 'coisa dos compu-
tadores'. E os conteúdos em português eram escassos. A Exame Informática 
foi criada para satisfazer essa necessidade de conhecimento e ainda hoje, 25 
anos depois, continua fiel a esse papel essencial: explicar, ensinar, ajudar.
A EI trilha, agora, novos caminhos sob a direção do Sérgio e o cunho 
visual do Hugo. Dois excelentes profissionais e dois grandes amigos que 
me dão a oportunidade de continuar a partilhar algumas ideias convosco. 
Este novo caminho idealizado pelo Sérgio, pelo Hugo, pelo Paulo, pelo 
Hugo Séneca e pelo Rui… está a levar a Exame Informática para um pa-
tamar incrível e muito ambicioso. Basta reparem como eles estão a criar 
uma programação televisiva para o site e para o Facebook. Leu bem: to-
dos os dias há um novo programa em vídeo disponível! É este ADN in-
satisfeito, irrequieto, o responsável por 25 anos de liderança. Venha o 
que vier, a tecnologia vai precisar sempre de alguém que a explique de 
forma apaixonada. E, em Portugal, esse lugar está eternamente tomado. 
Obrigado por tudo e parabéns, Exame Informática!
E X A M E I N F O R M ÁT I C A , 
S E M P R E E PA R A S E M P R E
PEDRO MIGUEL OLIVEIRA | DIRETOR DE PARCERIAS E NOVOS NEGÓCIOS
R U Í D O N A R E D E
PESSOAS
E D I Ç Ã O 3 0 0
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
18
MAVIC AIR 2: 4K A 60 FPS 
E AUTONOMIA DE 34 MIN.
A DJI lançou um novo drone – o Mavic Air 
2 tem 570 gramas e destaca-se pelas di-
mensões reduzidas: 180x97x84 mm quan-
do dobrado; e 183x253x77 mm quando 
aberto. A autonomia anunciada do tempo 
de voo é de 34 minutos com a bateria de 
3500 mAh. A tecnologia de transmissão 
OcuSync 2.0 foi melhorada para permitir 
um feed de vídeo mais estável a partir do 
drone a uma distância máxima de 10 km 
e suporta as frequências de 2,4 GHz e 5,8 
GHz com a funcionalidade de auto-swit-
ching a mudar entre ambas consoante a 
força do sinal. Este drone incorpora um 
sensor de câmara Quad Bayer de 1/2”, 
permite gravar vídeo 4K a 60 fotogra-
mas por segundo (fps) e tirar fotografias 
com resolução de 12 MP ou 48 MP. Con-
ta ainda com Advanced Pilot Assistance 
System (APAS) 3.0 com mapeamento 3D, 
que, quando os obstáculos aparecem no 
caminho do drone, cria um percurso à 
volta, por baixo ou por cima do objeto 
para evitar a colisão. Em relação a preços, 
o Mavic Air 2, que inclui uma bateria, 
controlo remoto e todos cabos necessá-
rios, custa €849. A DJI irá disponibilizar 
a versão Mavic Air 2 Fly More Combo que 
inclui todos os itens da versão standard e 
junta-lhe uma mala de transporte, filtros 
ND, hub de carregamento e duas baterias 
adicionais por €1049. P.M.
O drone tem 
180x97x84 mm 
quando dobrado e 
183x253x77 mm 
quando aberto“Costumávamos viajar 
muito para trabalhar e depois 
entretínhamo-nos nos ecrãs. 
Isso vai inverter-se”
BRIAN CHESKY
O CEO da Airbnb faz uma previsão 
para o futuro Business Insider
“Nestes tempos difíceis, 
ataques informáticos 
a hospitais é o mesmo 
que ataques terroristas”
EUGENE KASPERSKY
O fundador da empresa de segurança 
com o seu nome promete dedicar 
todos os recursos a ‘caçar’ estes 
cibercriminosos exameinformatica.pt
“Deverão ter direito a seguro 
de saúde baseado nas horas 
que trabalham”
DARA KHOSROWSHAHI
O CEO da Uber defende que 
os motoristas devem ter maiores 
benefícios sociais e que a empresa 
está disposta a pagá-los CNBC
“Penso que as companhias 
tecnológicas podem 
desempenhar um papel 
significativo (…), mas não ficaria 
demasiado entusiasmado. 
Depende dos governos 
e das organizações de saúde”
SUNDAR PICHAI
O líder da Google refreia 
entusiasmos sobre o combate 
à pandemia do Covid-19 Time
É FAZER AS CONTAS
813 40
Vezes o tamanho original 
foi quanto aumentou uma 
estrutura de espuma criada 
numa impressora 3D
Apps que permitiam 
a ‘perseguição’ dos 
utilizadores foram 
removidas pela Google 
da Play Store em 2019 9
Anos é a idade 
de Vitor ‘Zenon’ 
Hugo, um jogador 
brasileiro de Fortnite 
que foi banido das 
competições oficiais 
por a Epic Games 
considerar que não 
tem idade suficiente38%
Da população da 
Islândia usou uma 
app de rastreamento 
da Covid-19,a 
Rakning C-19, mas as 
autoridades defendem que 
os dados obtidos têm de 
ser complementados com 
entrevistas telefónicas para 
serem rentabilizados
TWEETS
RUMOR
19
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
E D I Ç Ã O 3 0 0
USB 4 vai suportar 
8K HDR a 60 Hz
#AltMode2.0 O USB 4 
vai suportar na plenitude 
o DisplayPort 2.0 e contará 
com o Alt Mode 2.0, um 
standard que tira proveito 
do facto de o DisplayPort ser 
primordialmente usado para 
vídeo e que, assim, passa 
a enviar dados num único 
sentido (abdicando da 
bidirecionalidade). Isto permite 
duplicar as velocidades e 
chegar aos 80 Gbps.
Facebook compra Giphy
#TomaLáInstagram O objetivo 
passa por reforçar a oferta do 
Instagram, onde os GIFs são 
populares para as Stories, 
mas a tecnologia da Giphy 
deverá chegar também a 
outros serviços da Facebook.
LG entra no mercado 
de energia solar
#VitaminaD A empresa 
começou a suportar numa 
vertente técnica e comercial 
a instalação de soluções de 
energia solar em Portugal. 
O Smart Home Energy 
Package da marca conta 
com módulos fotovoltaicos, 
sistema de armazenamento 
e bomba de calor ar-água.
Combater a Covid-19 no 
supercomputador IBM
#Ciência Maria João Ramos, 
investigadora da Universidade 
do Porto, vai usar a 
supercomputação da IBM para 
fazer simulações relacionadas 
com o desenvolvimento de 
potenciais medicamentos e a 
análise da enzima que permite 
que o vírus SARS-CoV-2 
sobreviva no corpo humano.
Comet Lake de 10ª 
geração para desktop
#Chips Os novos 
processadores da Intel 
seguem o método de fabrico 
de 14 nanómetros e apostam 
em velocidades de relógio 
elevadas, sobretudo com 
recurso a overclocking, 
para se destacar da AMD. 
A marca refere que o 
Core i9-10900K é o CPU 
para gaming mais rápido 
do mercado.
APPLE LANÇA AUSCULTADORES "OVER THE EAR"
Tudo indica que a Apple vai lançar auscultadores grandes 
com redução de ruído ativa. Espera-se que incluam suporte direto 
para comunicar com a assistente Siri bem como superfícies táteis para 
reconhecer comandos com gestos. Os rumores apontam para a denominação 
AirpPods Studio ou StudioPods e para um preço em redor dos €400.
SURFACES 
MAIS PODEROSOS
O novo Surface Book 3 é descrito como 
sendo o portátil mais poderoso da his-
tória da Microsoft. Está disponível em 
versões de 13 ou 15 polegadas de ecrã, 
com CPU Intel Core de 10ª geração, até 
32 GB de RAM e unidade SSD. Para os 
gamers, há variantes com Core i7, placa 
gráfica Nvidia GeForce 1650 (no mode-
lo de 13”) ou GeForce 1660 Ti (15”). A 
Microsoft garante que o desempenho 
é suficiente para jogar através do Xbox 
Game Pass todos os títulos a 1080p e 60 
fps. Há, ainda, uma versão com gráfica 
Quadro RTX 3000, um sistema de pro-
cessamento profissional para a área da 
criatividade digital. Os preços do Surface 
Book 3 começam nos €1849.
O Surface Go 2, com preço de entrada 
de €469, mantém o design fino e leve do 
antecessor, agora com um ecrã PixelSen-
se de 10,5 polegadas, mais autonomia e 
desempenho até 64% superior. Um dos 
destaques é a solução de microfone du-
plo Studio Mics que a Microsoft descreve 
como sendo capaz de aumentar a clareza 
da voz e reduzir ruído de fundo.
Há, também, novos acessórios. Os 
Surface Headphones 2 (€280) incluem 
13 níveis de controlo e uma autonomia 
de até 20 horas. A supressão de ruído é 
feita através de toques no ouvido e pode 
ser ajustada para bloquear ou amplifi-
car as vozes humanas. Os Surface Ear-
buds (€220) tem um ajuste referido com 
confortável e estável para várias situa-
ções, como ouvir música enquanto se 
faz exercício físico ou atender uma cha-
mada enquanto se cozinha o jantar. Este 
periférico pode ser integrado, sem ecrã, 
com o Microsoft 365 para receber e-mails 
com o Play My Emails ou ditar texto para 
o Word, Outlook ou PowerPoint. 
Há variantes do Surface 
Book 3 para gamers e 
para criativos
ZOOM
CLASSIFICAÇÃO DA IFIXIT
REPARABILIDADE
10/10
NA OPERADORA NOS
PREÇO DESBLOQUEADO
€449
MÓDULOS
SUBSTITUÍVEIS
6
ANO DE LANÇAMENTO
20
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
E D I Ç Ã O 3 0 0
2019
CLASSIFICAÇÃO DA IFIXIT NA OPERADORA NOSSUBSTITUÍVEIS
O SMARTPHONE AMIGO DO AMBIENTE 
Auto-intitula-se como o mais ético que existe e é modular. 
Agora à venda em Portugal, senhoras e senhores, o Fairphone 3
Mais do que as especificações, importa 
a missão e o conceito: além de ser fácil 
de reparar, o Fairphone 3 usa materiais 
‘éticos’ como tungsténio de zonas 
livres de conflito, cobre e plásticos 
reciclados, e ouro de comércio legal.
A Fairphone promete ainda 
atualizações de software 
por cinco anos.
ÉTICA ACIMA DE TUDO
UMA CHAVE-ESTRELA
VENDA DIRETA EM PORTUGAL
Para ‘poupar’ o ambiente, na 
caixa não vem qualquer cabo 
USB, carregador ou auriculares. 
Vem sim uma chave-estrela 
que permite desmontar o 
smartphone em seis grandes 
módulos [ecrã, bateria, 
câmara, entre outros], 
fáceis de trocar e cujas 
peças substitutas podem 
ser compradas no site 
da Fairphone.
Já era possível comprar o Fairphone na 
loja internacional da empresa, mas a venda 
exclusiva na Nos marca a venda direta em 
Portugal de um dispositivo, no mínimo, especial
TEXTO: RUI DA ROCHA FERREIRA FOTOS: D.R.
CONHEÇA MENSALMENTE 
TODAS AS NOVIDADES QUE 
ESCOLHEMOS PARA SI!
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DOCKERS 
WEAR PANTS. NOT PIJAMAS.
Sabemos que estás em teletrabalho e por isso segue a nossa dica:
Mantém os teus horários e evita ao máximo vestir calças de fato de treino 
e pijamas. Um pouco de normalidade nunca fez tão bem!
Existem muitas opções que combinam conforto e estilo.
LEVI’S® PERFORMANCE
Nesta primavera verão, desenvolvidos segundo uma 
perspetiva de ultra conforto, a linha de Perfomance Denim da 
Levi’s® continua evoluir tanto em estilo, como em tecnologia.
Os teus jeans favoritos estão agora disponíveis em denim 
tecnológico, inovador e vanguardista Criado s com as mais 
avançadas técnicas de produção, os novos +Levi’s® Flex 
Jeans vão dar te extrema mobilidade e comodidade São os 
jeans mais flexíveis da história da Levi’s®. Foram pensados 
e criados para te dar total liberdade de movimento e um 
conforto impar.
NOVA LINHA DE PORTÁTEIS 
LG GRAM CHEGA 
A PORTUGAL
A família de computadores portáteis 
gram da LG é já reconhecida pelos 
portugueses como grande favorita. 
Agora é tempo de acolher novos 
equipamentos com as mais recentes 
séries do LG gram que acabam 
de chegar ao mercado nacional. 
Falamos, é claro, dos modelos de 
17, 15 e 14 polegadas (17Z90N, 
15Z90N e 14Z90N respetivamente)
MERRELL DESAFIA-TE 
A MANTER UMA VIDA 
SAUDÁVEL INDOORS
A Merrell, marca outdoor de 
referência em todo mundo e que 
tem no seu ADN a promoção 
de uma vida saudável em 
comunhão com a natureza 
desafia os seus fãs a praticarem 
exercício físico dentro de portas. 
O objetivo é claro: contribuir 
ativamente para a segurança de 
todos, promovendo em simultâneo 
a atividade física.
22
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
E D I Ç Ã O 3 0 0
NOVAS REGRAS 
NA LUA 
A Agência Espacial dos EUA propôs à co-
munidade internacional um conjunto de 
novas regras para a exploração espacial. O 
conjunto de regulamentos pretende seguir 
as orientações políticas promovidas pela 
presidência de Donald Trump, mas entre 
os especialistas há quem admita que possa 
gerar conflitos com o Tratado do Espaço 
Sideral, que foi assinado na década de 1960. 
O conjunto de regulamentos, que a NASA 
apresentou ao mundo como Acordos de 
Artemis, deverá ser aplicado às missões 
de órbitas mais baixas, como também à 
exploração da Lua. Na proposta, destaca-se 
a criação de zonas de proteção em torno de 
futuras bases lunares. Ainda que pretenda 
evitar interferências e disputas entre agên-
cias espaciais, empresas privadas ou esta-
dos, estas zonas de proteção poderão gerar 
incompatibilidades com a regra do Tratado 
do Espaço Sideral, que impede os países de 
reclamar soberania de totalidade ou parte 
de corpos celestes. A questão da soberania 
levanta-se igualmente coma possibilidade 
de empresas ou Estados poderem explorar 
minérios que se encontrem nos diferentes 
corpos celeste – e em particular na Lua. O 
governo russo já reagiu com desagrado por 
não ter sido consultado. O governo chinês 
confirmou disponibilidade para dialogar 
com os diferentes intervenientes na ex-
ploração do Espaço. H.S.
POIMO: A 'BICICLETA' 
ELÉTRICA E INSUFLÁVEL 
Ainda não virou moda transportar a bicicleta numa mochila, mas o primeiro 
protótipo da Poimo já permite ter uma ideia de como será guiar um veículo de 
quatro rodas que se usa como uma bicicleta, e que se insufla antes de iniciar 
viagem. O projeto, liderado pela Universidade de Tóquio, já começou a dar os 
primeiros “giros”. Poimo é o acrónimo de Portable and Inflatable Mobility. 
Trata-se de um veículo elétrico pensado para poupar esforços nas ligações 
urbanas entre transportes públicos e locais de trabalho ou habitações. Em 
vez de quadros de metal e pedais, os investigadores nipónicos optaram por 
uma estrutura insuflável de termoplástico poliuretano e um motor elétrico. 
O que reduz custos de fabrico, e aumenta a conveniência. Além de poder 
ser transportada dobrada e vazia numa mochila, a Poimo dispõe de motor 
elétrico, bateria e sistema de controlo sem fios que permite guiar o veículo 
em movimento. Dizem os investigadores que uma bomba elétrica permite 
insuflar a estrutura num minuto (a pressão de 0,5 Bar leva a crer que também 
será fácil o enchimento com bomba manual). Motor, bateria, e controlo sem 
fios e rodas são montados depois de o veículo estar insuflado. O primeiro 
protótipo pesa 5,5 Kg. Não há previsão quanto a data de lançamento. H.S.
PORQUE 
É difícil voltar a cobrar 
pelo que já se ofereceu e 
surgiram muitas propostas 
concorrentes. As empresas 
vão ter de cobrar por extras 
como qualidade HD 
e segurança acrescida
PORQUE 
O bloqueio imposto pelas 
autoridades americanas à 
TSMC, que fabricava os chips 
Kirin para a Huawei, deverá 
levar estar marca a apostar, 
cada vez mais, em outros 
produtos de eletrónica
PORQUE 
O governo chinês estará a 
estudar o bloqueio à Apple na 
China em consequência do 
último bloqueio à Huawei. Mas 
isso poria em risco milhares 
de milhões em exportações 
chinesas para a Apple
PORQUE 
Apesar de os dados de 
mercado indicarem que as 
vendas dos elétricos descerem 
menos, a forte crise no 
mercado automóvel afeta todos 
os segmentos. Alguns modelos 
deverão ser atrasados
VIDEOCONFERÊNCIA 
CONTINUA GRÁTIS
HUAWEI DISPERSA 
INVESTIMENTO
IPHONE PROIBIDO 
NA CHINA
C19 AUMENTA VENDA 
DE ELÉTRICOS
78% 65% 44% 7%
VER MAIS À FRENTE
A Poimo reduz 
custos de fabrico 
e dispensa 
pedais. Foi criada 
na Universidade 
de Tóquio
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
23
E D I Ç Ã O 3 0 0
CARREGAR A 
1500 KM/H 
NO ALGARVE
As sete estações Supercharger Tesla já 
disponíveis em Portugal oferecem uma 
potência máxima de 150 kW, o triplo do 
habitual nos Postos de Carregamento 
Rápido da rede Mobi.e. Uma vantagem 
para os Tesla, que, nestas estações, con-
seguem recuperar autonomia a um ritmo 
elevado. Em cada estação até agora ins-
talada existem 8 a 14 postos de carrega-
mento, totalizando 70 pontos em todo o 
país. Esta é outra diferença importante 
para outras redes disponíveis em Portu-
gal, onde habitualmente só existem um 
ou dois carregadores rápidos na mesma 
estação. Mas a marca de Elon Musk está 
aumentar ainda mais a velocidade de 
carregamento com a instalação de pos-
Nos Superchargers V3, 
a potência máxima de 
carregamento atinge os 250 kW
tos de 250 kW, que permitem carregar a 
bateria em velocidades recorde. Já foram 
registadas velocidades acima dos 1700 
km/h a usar estes carregadores, embora 
esta velocidade só seja atingida num cur-
to espaço de tempo. Na prática, é possível 
carregar quase 300 km de autonomia em 
15 minutos de carregamento. E será este 
o tipo de supercarregadores que a Tesla se 
prepara para instalar em Loulé, Algarve. 
O processo de instalação já foi iniciado 
e espera-se que os carregadores fiquem 
disponíveis ainda a tempo do verão. Re-
corde-se que para conseguir atingir estas 
potências, os cabos dos carregadores são 
refrigerados a líquido.
A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E
A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E
Partilhe os sucessos culinários, as mensagens 
de amor, os vídeos fofinhos ou aqueles que fazem 
soltar gargalhadas.
Mas, por favor, pare de partilhar edições digitais 
de revistas e jornais. Este é um ato ilegal.
Ao fazê-lo está a pôr em risco milhares de postos 
de trabalho e o acesso a informação credível e de 
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ou compre no ponto de venda mais próximo.
Diga não à pirataria e sim à informação de qualidade.
PARE DE
PARTILHAR
REVISTAS E JORNAIS EM PDF
24
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
RELATIVAMENTE 
À QUESTÃO DE TERMOS 
MUITOS EX-ALUNOS 
E PROFESSORES QUE 
DESEMPENHAM CARGOS 
NO GOVERNO, TENHO A 
DIZER QUE ESSES CARGOS 
TÊM SIDO DESEMPENHADOS 
POLITICAMENTE, 
MAS EM QUASE TODOS 
HÁ UMA COMPONENTE 
TÉCNICA FORTE 
R
25
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
E D I Ç Ã O 3 0 0
para que o ano letivo de 2020/2021 arranque num regime 
misto, que garanta que há de haver atividades presenciais com 
condições de segurança, com distanciamento entre alunos e 
professores, equipamentos de proteção individual, desinfeção… 
O que é que se aproveita do ano letivo que termina no verão?
Há algum impacto devido à falta de vivência presencial, mas a 
formação teórica e prática manteve a qualidade normal, dentro 
do que era possível. Os docentes percebem que agora têm muito 
mais trabalho a preparar aulas à distância. Os alunos, por seu 
lado, dizem que os conteúdos disponíveis aumentaram… Mas 
os alunos também sentem maior dificuldade para se concen-
trarem nas aulas. Ou porque têm um irmão mais pequeno a 
brincar ao lado, ou porque faltam computadores em casa… isso 
conduz a constrangimentos, mas este semestre não foi em vão. 
Não se justificava uma repetição do semestre?
Não. Longe disso. Este semestre está totalmente ao nível da 
qualidade de formação que temos de garantir. No caso das teses 
de doutoramento, terá de haver um recomeço (do semestre), 
mas não repetição; é algo que terá de existir, uma vez que não 
tem sido possível aceder às instalações. 
Algumas marcas de tecnologias chegaram a prever, em 
tempos, a substituição de professores por sistemas de 
inteligência artificial… Chegou a hora disso acontecer? 
Se pegarmos em tecnologias, robôs e inteligência artificial 
e bases de dados como uma adição ao trabalho do professor 
– será excecional. É a existência dessas tecnologias que nos 
diferenciam do século 18. Se essas tecnologias substituírem 
o professor, será trágico. E não se trata de uma posição de 
sindicalista. O ensino, seja em que área for, tem por princípio 
de eficácia o elo entre professor e aluno. A empatia. O ensino 
tem muito a ver com emoções. Se quiser explicar o teorema 
de Pitágoras e se for um professor com que o aluno estabelece 
ogério Colaço, presidente do Instituto Superior 
Técnico (IST), enaltece a capacidade de adapta-
ção em tempos de pandemia, mas recorda que, 
mais tarde ou mais cedo, as aulas presenciais 
terão de regressar.
Será que as aulas voltam ao que eram antes da pandemia?
Houve uma mudança num período extraordinariamente curto. 
Se há 2,5 meses, alguém me dissesse que, na semana seguinte, 
todas as aulas do IST iriam funcionar em regime de tele-au-
las, diria que essa pessoa não estaria bem, mas a verdade é 
que desde há dois meses que funcionamos exclusivamente 
em tele-aulas. Adaptámo-nos num período extremamente 
curto, porque felizmente existem tecnologias – e as pessoas 
conhecem-nas. A resposta científica à sua questão é: não 
sei, e ninguém sabe o que vai acontecer a seguir.O receio e a 
garantia de condições de segurança para atividade presencial 
faz com que seja previsível que, pelo menos num horizonte 
que se consegue imaginar, de um ou dois anos, o regresso ao 
ensino seja feito em regime misto. 
Por que é que refere “um horizonte de um ou dois anos”?
A única coisa que dará segurança nas relações presenciais está 
condicionada à existência de uma vacina, porque a imunidade 
de grupo é uma coisa que não é mensurável de forma globali-
zada… e possivelmente produz muitas baixas. Portanto, tudo 
isto está condicionado à existência de uma vacina ou de uma 
medicação eficaz e isso pode exigir um ano, ano e meio, dois – se 
tudo correr bem. Por que não mantermos todos em tele-aulas 
durante dois anos? A razão para o não fazer é a seguinte: a 
vivência dentro da Universidade é indispensável na formação. 
Essa vivência pode ser suprida por um período curto, durante 
um ou dois semestres, sem ter impacto significativo, mas não 
pode ser suprimida de forma permanente. Estamos a trabalhar 
O PROFESSOR 
INSUBSTITUÍ V EL
Cursos para estrangeiros, formações intensivas, e uma grande 
sala de exposição aberta à comunidade. Naquela que é uma das maiores 
fábricas de ministros do País, chegou a hora de pensar no pós-Covid-19. 
O que pode significar um prazo de “um ou dois anos”
ROGÉRIO COLAÇO
Texto Hugo Séneca Fotos Luís Barra
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
26
E D I Ç Ã O 3 0 0
Investigador na área 
de nanomateriais 
e professor do Departamento 
de Engenharia Mecânica. 
Participou no registo de três 
patentes. Foi eleito presidente 
do IST como candidato único.
uma ligação empática, a eficiência será infinitamente mais 
rápida. No momento em que encararmos as tecnologias como 
substitutos dos professores, tudo isso se perde. Os alunos 
perderão professores capazes de os transformar. Perdem-se 
referências morais, éticas, humanas… a escola é muito mais 
do que ensinar o Teorema de Pitágoras. É também estabelecer 
elos… aqui entre nós, os maus professores também servem de 
referência, nem que seja pela negativa e por aquilo que não 
devemos fazer. 
Também deve ser trágico haver alunos que não terminam o 
curso, porque há empresas que os aliciam com contratos… 
Os alunos do IST são objeto de grande pressão das empresas… 
muitos, quando se encontram no quarto ou quinto ano, têm 
uma grande pressão para irem para o mercado de trabalho. A 
postura dos professores passa sempre por dizer: “não façam 
isso”. Porquê? Porque se desvalorizam no mercado de trabalho. 
Por outro lado, a existência dessa pressão é uma garantia da 
empregabilidade e do reconhecimento da nossa formação. O 
indicador que temos são as taxas de abandono nos últimos 
anos. E têm vindo a cair significativamente. 
Revê-se na atribuição de nomes de mecenas que nem sempre 
são conhecidos a salas de universidades?
O financiamento do ensino superior é insuficiente. E é in-
suficiente porque, no caso do Técnico, cobre apenas 70% da 
massa salarial. Além de 30% dos salários, o IST tem de garantir 
dinheiro para reagentes, água, luz, diferentes laboratórios e 
projetos. Como podemos suprir esta deficiência? Através de 
projetos de investigação e prestação de serviços. O que nos 
falta é capacidade de investimento. Não rejeito a possibilidade 
de haver mecenas que financiem o investimento. Se a dotação 
do orçamento de Estado cobrisse a totalidade dos salários, já 
não precisaria de nada disso. Estamos a estudar maneiras de 
ter folga na capacidade de investimento. Quando se diz que 
metade do orçamento vem dos projetos e prestação de servi-
ços, e temos a economia fechada durante seis meses, isto tem 
impacto na nossa operação. 
São necessárias mais encomendas da indústria?
Claro, mas se as empresas não as fazem e estão fechadas… O or-
çamento do IST em tem duas componentes: uma do orçamento 
do Estado que é insuficiente para pagar a totalidade dos salários 
e outra que vem de projetos e parceiros. As duas componentes 
já são escassas. Se quisermos criar um laboratório para testes 
serológicos da Covid-19... não temos essa capacidade. 
O IST deve estar cotado como uma das maiores fábricas 
de ministros do País! 
A formação do IST é suficientemente eclética para aceitar 
qualquer tipo de desafio! (sorriso) O atual ministro da Ciência, 
Tecnologia e Ensino Superior (Manuel Heitor) é um colega, foi 
professor no Técnico, e penso que voltará a ser quando deixar de 
ser ministro. Temos o atual secretário-geral da ONU (António 
Guterres) que foi aluno e professor do Técnico…
Sente disputas políticas nesta antecâmara do poder?
Nunca fui confrontado com nenhuma posição demasiado 
ideológica ou colada a este ou aquele partido. Relativamente 
à questão de termos muitos ex-alunos e professores que de-
sempenham cargos no Governo, tenho a dizer que esses cargos 
têm sido desempenhados politicamente, mas em quase todos 
há uma componente técnica forte. 
Vai suspender o projeto do Arco do Cego?
O Técnico Innovation Center é um espaço em que as pessoas 
podem entrar e conhecer centros de investigação, projetos, o 
que os nossos alunos andam a fazer… com eventos rotativos. 
O projeto prevê um investimento de 10 milhões a 12 milhões 
de euros; temos garantidos cerca de 4,5 milhões e tínhamos 
iniciado o planeamento e construção para o arranque do pro-
jeto, que estaria previsto para o início do próximo ano… Ainda 
não baixámos os braços. O projeto é para avançar, mas terá de 
haver necessariamente algum atraso. Já estamos em maio, e 
muito dificilmente poderemos arrancar com a obra no início 
do próximo ano. 
Vão ser lançados cursos novos? Medicina faria sentido?
Uma vez que está inserido na Universidade de Lisboa, não faria 
sentido o IST criar uma alternativa à Faculdade de Medicina. 
Mas temos feito de uma revisão quase anual da oferta curri-
cular ao nível do segundo ciclo, com cursos de mestrado que 
podem ser encarados como atualizações de conhecimentos 
para as áreas de informática, gestão, conservação e restauro, 
proteção radiológica. Além da oferta de segundo ciclo, te-
mos a decorrer a iniciativa Técnico+, que contempla ações de 
formação para executivos ou para quem pretende formação 
ao longo da vida… por exemplo, um jornalista que pretende 
saber mais sobre informática, vem aqui e tem uma formação 
de quatro semanas… A isto junta-se uma licenciatura para 
alunos estrangeiros que pretendam estudar em Portugal. É 
uma licenciatura lecionada em inglês para alunos, que depois 
poderão escolher um mestrado aqui ou noutro lugar. 
Essa iniciativa não prevê a construção de nenhum edifício?
Para já, não temos planos… estamos apenas a arrancar com o 
modelo pedagógico da licenciatura. A ideia era arrancar com 
um número de vagas limitado… 20, 30, e depois veremos qual 
a resposta.
Ainda dá aulas?
Dei só até dezembro. Há 29 anos que dou aulas. E agora sinto 
falta, mas é impossível ter atividade letiva tendo em conta as 
funções que exerço. Nos próximos 3,5 anos não irei dar aulas. 
Terei de me atualizar. Continuo a reunir-me com os meus 
alunos de doutoramento, mas é impossível ser presidente do 
Técnico e dar oito ou dez aulas por semana.
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F A L A M O S E S P E C I A L I S T A S
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
28
E D I Ç Ã O 3 0 0
O confinamento levou ao aumento da procura decomputadores portáteis e impressoras, o que se tornou 
evidente nos muitos pedidos de recomendações que 
chegam à caixa de correio eletrónico da Exame Informática. 
Nas próximas páginas explicamos como deve escolher 
o portátil ideal em função do orçamento e do tipo 
de utilização e testamos bons exemplos de notebooks 
e multifunções adequadas para o escritório em casa
Textos Sérgio Magno e Paulo Matos
TELETRABALHO
P O R TÁT E I S E 
M U LT I F U N Ç Õ E S
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
29
A R E C E I T A 
P A R A O 
P O R T Á T I L
C E R T O
Por melhores que sejam os smartphones e tablets, o PC 
continua a ser o centro para o trabalho digital. Conse-
quentemente, assume o papel principal no teletrabalho, 
que tantos especialistas garantem que veio para ficar. Será, 
aliás, esta a razão que levou tantos portugueses a comprar 
um novo portátil, o que é evidente na caixa de correio da 
Exame Informática, que foi inundada com pedidos de reco-
mendações. Com base nas necessidades expressas nestes 
pedidos, vamos apresentar nas próximas páginas as nossas 
receitas para fazer a melhor escolha de acordo com as suas 
necessidades e orçamento.
 
WEBCAM: NEM TODAS SÃO IGUAIS
As webcams esgotaram em muitas lojas de informática, uma 
demonstração clara da forte procura por este componente. 
Sabemos, graças às perguntas dos nossos leitores, que pelo 
menos uma parte desta procura foi gerada por utilizadores 
que até têm webcams nos portáteis, mas que rapidamente 
se aperceberam que a qualidade era muito limitada. So-
bretudo quando há pouca luz. Isto acontece por diversas 
razões: regra geral, a webcam não era uma característica 
muito valorizada pelos utilizadores, o que significa que as 
marcas tendiam a não investir muito neste componente, e 
as câmaras são montadas em ecrãs onde o espaço é muito 
limitado (os ecrãs dos portáteis são bem mais finos que os 
smartphones). 
Ou seja, não há portáteis com webcams realmente boas. 
Mas alguns cumprem os mínimos. Escolha um portátil com 
câmara capaz de uma resolução Full HD (2 MP ou superior), 
já que muitos notebooks ainda usam câmaras 720p. É, por 
exemplo, o caso do MacBook Air de 2020, um modelo re-
cente, mas com uma webcam de baixa resolução. Em regra, 
os portáteis híbridos com teclado amovível têm melhores 
câmaras porque o chassis, onde está o ecrã montado, é 
mais generoso, o que permite montar um sensor de maior 
dimensão.
Mas, se realmente pretende uma webcam de grande qua-
lidade, o melhor é nem se preocupar muito com a câmara 
integrada no portátil e avançar para uma webcam externa 
– consulte o Top 5 deste mês. Melhor ainda é ‘transformar’ 
COLOQUE A WEBCAM À ALTURA 
DOS OLHOS OU UM POUCO ACIMA
Evite o ponto de vista de baixo para 
cima porque não favorece ninguém. Se 
necessário, coloque o portátil apoiado 
num suporte, como uma caixa ou livros. 
Neste caso, deverá recorrer a um 
teclado e a um rato externos se quiser 
continuar a usar a máquina enquanto faz 
a videoconferência.
O ECRÃ PODE SER UM BOM ILUMINADOR
A principal fonte de luz deverá incidir 
na face de frente ou ligeiramente em 
diagonal. Fontes fortes de um dos lados 
ou diretamente por cima criam sombras. 
Fontes de luz por detrás do utilizador 
(contraluz), como janelas, são ainda 
piores. Pode resolver esta situação com 
um simples candeeiro. Outro truque é 
colocar uma imagem no ecrã com muito 
branco e aumentar o brilho para o máximo 
– o próprio ecrã funcionará como um 
iluminador da sua face.
CÂMARA EXTERNA
Use uma webcam de qualidade ou, melhor 
ainda, um smartphone para garantir 
melhor qualidade de vídeo.
USE UM HEADSET 
(PODE SER O DO SMARTPHONE) 
O som é tão ou mais importante 
que a imagem e muitas vezes as 
videoconferências são penalizadas por 
falhas como feedback ou flutuações 
de volume. Ao usar um headset está 
a evitar o feedback (o som que ouve 
não entra no microfone) e a garantir 
que a distância entre o microfone e 
a sua boca permanece constante. 
Muitos computadores têm entradas 
de som compatíveis com headsets de 
smartphones. Mas não se esqueça de 
verificar que o headset está selecionado 
na configuração do programa de 
videoconferência. Se não tem um 
headset, use auscultadores comuns, 
tente ficar próximo do computador 
(microfone) e evite mexer-se muito.
C O M O M E L H O R A R 
A V I D E O C O N F E R Ê N C I A
30
JUNHO 2020 EXAME INFORMÁTICA
E D I Ç Ã O 3 0 0
um smartphone numa webcam, processo que explicamos 
detalhadamente na secção Soluções desta edição.
ERGONOMIA: FUNDAMENTAL
Uma coisa é usar um portátil no colo e sentado num sofá durante 
uma ou duas horas para compensar o trabalho que ficou por 
fazer no escritório, outra completamente diferente é usar um 
portátil durante horas consecutivas, vários dias por semana. 
Muita gente que tem estado em teletrabalho já se apercebeu 
desta realidade: afinal, não estávamos tão preparados para 
trabalhar em casa como pensávamos. Naturalmente, deve 
começar por seguir as regras básicas, como criar um espaço 
adequado onde se possa concentrar e, se for o caso, manter-
-se isolado das outras atividades que decorrem na casa. Deve 
usar um conjunto cadeira/secretária que lhe permita manter 
uma posição confortável e com ângulos próximos de 90 graus 
nos cotovelos e um pouco acima deste valor entre o assento 
e o encosto da cadeira. Os pés devem estar bem apoiados no 
chão, os ombros alinhados com os quadris e os olhos à mes-
ma altura da parte superior do ecrã. Ora, esta posição não 
é compatível com a utilização de um portátil convencional. 
Quando se usa um portátil diretamente, acabámos muitas 
vezes com desconforto ou mesmo dores no pescoço porque 
temos de olhar para baixo. Há duas soluções: colocar o portátil 
numa posição mais elevada para o ecrã ficar ao nível certo 
através de suportes criados para o efeito ou adaptados, o que 
obriga à utilização de um teclado e rato externos, ou usar um 
segundo monitor. O ideal será usar uma conjugação das destas 
duas opções porque, deste modo, é possível usar um teclado 
e um rato mais confortáveis do que os teclados e touchpads 
normalmente integrados nos portáteis, e aumentar a área de 
trabalho já que tanto o Windows como o Mac OS permitem 
expandir facilmente o espaço de trabalho para dois ecrãs. Bem 
mais interessante do que a simples clonagem do ecrã porque 
permite ter mais apps abertas. Por exemplo, podemos usar o 
ecrã mais pequeno para ter sempre visível o cliente de e-mail 
ou a aplicação de trabalho enquanto usamos as aplicações em 
que estamos a trabalhar no ecrã principal.
ECRÃ: A INTERFACE COM OS SEUS OLHOS
Nunca, mas mesmo nunca, desvalorize o ecrã de um portátil. 
O ecrã pode fazer a diferença entre acabar o dia de trabalho 
bem-disposto ou com fortes dores de cabeça e fadiga visual. 
O erro mais comum: ecrãs brilhantes. Este tipo de ecrãs tor-
nou-se padrão nos portáteis de consumo porque permite um 
design mais apelativo (vidro que cobre o painel e a moldura, 
o que resulta numa maior uniformidade) e aumenta o con-
traste. Num visionamento rápido numa loja de eletrónica ou 
informática, os ecrãs brilhantes conquistam mais facilmente 
os utilizadores. Nos portáteis empresariais é mais habitual 
usar-se ecrãs mate. No entanto, para poupar nos custos, 
muitas empresas adquirem máquinas criadas para o grande 
consumo e não portáteis verdadeiramente profissionais, e 
acabamos muitas vezes a trabalhar com máquinas com ecrãs 
brilhantes. O que resulta em reflexos poluentes, que obrigam 
os nossos olhos a ‘lutar’ com o ponto de foco: entre os reflexos 
e o conteúdo do ecrã. Este problema agrava-se quando há 
fontes de luz fortes a incidir sobre o ecrã, com um candeeiro 
ou uma janela junto ao posto de trabalho. S.M.
RESOLUÇÃO: NEM A MAIS, NEM A MENOS
Mais resolução é sempre melhor, certo? 
Nem por isso. Ou melhor, a qualidade de imagem 
ganha com a maior resolução. No entanto, uma 
resolução muito elevada em ecrãs com diagonais 
reduzidas pode conduzir a alguns problemas