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2.1 ORIGENS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos surgiu em meados do século XVIII, conforme Martins (2010) “Teve suas origens primárias no meio da contabilidade financeira na era dos artesãos, inicio da idade média”. Com o surgimento das indústrias a sua importância se elevou por trabalhar com a carência de recursos se tornou indispensável para a saúde da empresa e assim alcançar resultados convenientes para sobrevivência e estabilidade da empresa. Segundo Martins (2001), até o período da revolução industrial, só era utilizada, praticamente, a contabilidade geral nas empresas, pois esta já atendia a demanda de informações dos mercantilistas naquela época. Contudo, com a invenção das máquinas a vapor, a explosão da revolução industrial no século XVIII na Inglaterra e o aumento demasiado de indústrias por todo o território europeu, tornou-se indispensável um controle mais apurado dos valores gastos. Daí, então, surge a contabilidade de custos.
Entretanto, nas últimas décadas a contabilidade de custos passou sumo valor para eficiência de controle e gerenciamento de qualquer empresa. Diante desse novo nível, essa contabilidade se tornou uma função de alta pertinência, auxiliando no controle da empresa e assessorar também na tomada de decisão. 
Martins (2003, p 16), define melhor o assunto. 
“A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e, por isso, nem sempre conseguem atender completamente a suas outras duas mais recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos campos deram nova vida a essa área que, por sua vez, apesar de já ter criado técnicas e métodos específicos para tal missão, não conseguiu ainda explorar todo o seu potencial”. 
Corbari (2012) relata que, a finalidade das máquinas e o acréscimo de novos insumos sendo gasto na produção de um produto, o cálculo para saber o custo unitário ficaram mesclados, necessitando de um profissional de contabilidade habilitado neste ramo: surge assim a contabilidade de custos.
Os acervos eram quase todos produzidos por indivíduos sejam em grupos ou individuais que poucas vezes desenvolvia associações jurídicas. As empresas adequadamente ditas viviam substancialmente do comércio, e não da produção. Mediante a isso, eram bastante fáceis a erudição e a averiguação do montante de compra dos patrimônios existentes, bastando a simples manuseio aos documentos de sua obtenção. Executando o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto despõe de estoques iniciais, inseridas as compras do momento e comparando com o que ainda sobrava, verificação do valor de consecução das mercadorias vendidas. Para Martins (2003, p. 19)
“para a apuração do resultado de cada período, bem como o levantamento do Balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples”.
 No período contemporâneo, muitas empresas ainda sucedem por dificuldades de harmonia e readequação custos e preços de sua organização em atribuição da globalização da economia. Muitas empresas, que não passou por essa reestruturação e se readaptarem a esse novo ambiente competitivo, certamente não permaneceram. E essa reorganização e interpostas estão diariamente inseridas na elevação ainda maior a contabilidade, como a melhor metodologia de controle e de ponderação de execução da gestão de um negocio empresarial presente na atualidade. (SANTOS, 2005).
Segundo Martins (2003, p. 15):
É importante ser lembrada que essa nova visão por parte dos usuários de Custos não data de mais que algumas décadas, e, por essa razão, ainda há muito a ser desenvolvido. É também importante ser constatado que as regras e os princípios geralmente aceitos na Contabilidade de Custos foram criados e mantidos com a finalidade básica de avaliação de estoques e não para fornecimento de dados à administração. Por essa razão, são necessárias certas adaptações quando se deseja desenvolver bem esse seu outro potencial; potencial esse que, na grande maioria das empresas, é mais importante do que aquele motivo que fez aparecer à própria Contabilidade de Custos.
A compreensão dos custos é imprescindível para julgar-se, dado o montante, o produto é lucrativo; ou, se não lucrativo, se é viável abater (os custos). Assim, a Contabilidade mais progressista vem criando mecanismos de informações que consentem excelente comando de Custos, com base nesse aspecto.
A contabilidade de custo é a desintegração da Contabilidade Geral de uma empresa. É a parte da Contabilidade que se atribui a temática pensante dos gastos feitos, para que se alcance um patrimônio de vendas ou de uso, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. Para Leone (2000), a Contabilidade de Custos registra, às tarefas de coleta de informações com vistas à tomada de decisão de todos os tipos, abrangendo tanto aquelas que estão ligadas com operação contínua quanto as de natureza táticas, e, ainda, ajuda na geração das principais políticas das entidades. Já acordo com Homgren, Datar e Foster (2003) a contabilidade de custos orienta tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Analisa e relata informações financeiras e não financeiras interligadas ao custo de uso ou a utilização de bens em uma entidade; incluindo assim aquelas partes, quanto da contabilidade gerencial quanto da contabilidade financeira, em que as informações de custos são apuradas e examinadas.
A contabilidade de custos pode ser determinada também como um agrupamento de registros peculiares, baseados em escrituração legal (contábil) e baseada em fundamentos de suporte (planilhas, rateios, controles) aplicados para identificar, mensurar e esclarecer os custos das vendas de produtos, mercadorias e serviço. 
Segundo definição de Derbeck e Nagy (2001, p.13).
Contabilidade de Custos é mais um dos ramos das Ciências Contábeis, que tem o papel importante junto à gerência, de gerar informações que servirão no auxiliar das tomadas de decisões, planejamentos, determinando custos de produção, entre outros. Pode se entender que ela “fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro” 
O que difere a Contabilidade de Custos dos demais ramos da Contabilidade são os métodos aplicados na área de produção da empresa industrial, os quais requerem a execução de princípios específicos para custear a produção. “De acordo com,”. (José, Paulo, Paulo Roberto e Marcelo 2006 p. 13). “A contabilidade de custo fornece informações para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou previsões e, a seguir, acompanhar o efetivamente acontecido (realizado) com os valores previstos”. A contabilidade de custos é voltada para analise dos gastos realizados pelas entidades no período de suas atividades operacionais, auxiliando na tomada de decisões, contendo o as opções de produção, constituição de preço e optativo entre produção própria e terceirizada. Ela contribuiu na delimitação do lucro, implementando as informações contábeis, e facilita ainda, dado sobre a rentabilidade e execução de diversas atividades da entidade auxiliando no planejamento e controle e expansão das operações. (Windsor e Fernando, 2016).
Por meio da contabilidade de custos, é possível aparelhar os controles para a entidade no presente, e idealizar o seu futuro. Pode ser utilizada para produzir variadas alterações no comportamento, nas atitudes e na pratica organizacional.
Conforme Atkinson et al (2000, p. 125)
Sistemas de contabilidade coletam e analisam dados de custo para servir de apoio às tomadas de decisão gerencial. Custo é definido como o valor monetário de bens e serviços gastos para se obtiver benefícios reais ou futuros.
Segundo (José, Paulo, Paulo Roberto e Marcelo 2006 p. 43) as principais aplicações contábeis do custo estão relacionadas a quatro elementos:Avaliação de estoques;
Avaliação de imobilizações próprias para uso futuro na própria empresa;
Avaliação de bens de fabricação própria, para uso futuro na própria empresa;
Avaliação dos serviços prestados.
A contabilidade de custo interfere especialmente na economia das entidades quando se trata da produção de bens a prestação de serviços, e assim tenta amenizar custos e aumentar a obtenção de receitas.
De acordo com Windsor, Fernando (2016, p.7).
Custo e o valor gasto incorrido indispensável à obtenção do bem ou serviço gerador da renda, enquanto custeio e método utilizado para a obtenção do custo, ele e representado pelo valor ou somatório de valores que constituirão o valor gasto na obtenção da mercadoria, produto ou serviço a ser ofertado.
A contabilidade de custos é direcionada para análise dos gastos realizados pelas entidades durante suas atividades operacionais, contribuindo na tomada de decisões, envolvendo as opções de produção, formação de preço e alternativos entre produção própria e terceirizada. Ela contribui na determinação do lucro, executando as informações contábeis, e permitem ainda, dados sobre a seriedade e desempenho de diversas atividades da organização auxiliando no planejamento, controle e no desenvolvimento das operações. (Windsor e Fernando, 2016).
2.3 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTO
Os princípios da contabilidade são um agrupamento de regras que representam a essência das doutrinas e teorias associadas a essa cultura. Entre os princípios contábeis empregados à contabilidade de custos, estão retratados abaixo:
2.3.1 PRINCIPIO DA REALIZAÇÃO DE RECEITA 
 Este princípio designa a constatação contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando surge receita e ocorre a realização da receita, em regra, quando ocorre deslocamento do bem ou do serviço para terceiros. Este princípio é o responsável pela maior oposição entre os conceitos de lucro na Economia e na Contabilidade. Contabilmente, já que a receita só será caracterizada posteriormente, os valores constituídos de gastos, e estão coerentes os fatores empregados no processo de produção, vão sendo acumulados na forma de estoques. Só serão considerados como despesas também futuramente. Martins (2010).
2.3.2 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA OU DA CONFRONTAÇÃO ENTRE DESPESA E RECEITA 
 De acordo com Martins (2010). Esse contexto é de extrema importância para Custos e este diretamente relacionado ao reconhecimento das despesas. Pela realização, fica definido o momento do reconhecimento da receita. Após isso, pela competência ou confrontação temos o reconhecimento das despesas. 
Para Martins (2010)
A regra é teoricamente simples: após o reconhecimento da receita, deduzem-se dela todos os valores representativos dos esforços para sua consecução (despesas). Como esses esforços podem ser subdivididos em dois grupos, também existem praticamente dois grandes grupos de despesas. Com isso, temos a seguinte sequência: primeiro, apropriamos as receitas em função da realização; depois, deduzimos dessas receitas todos os gastos relativos diretamente ao processo de obtenção dessas mesmas receitas; e, finalmente, deduzimos aquelas despesas que foram incorridas no período e dizem respeito a esforços de geração de receitas, mas cuja vinculação com elas é extremamente difícil ou então impossível de se verificar. 
2.3.3 PRINCIPIO DO CUSTO HISTÓRICO COM BASE DE VALOR 
 Desse princípio, os ativos são registrados contabilmente pelo seu valor original de entrada, isto é, histórico. E assim operando o acumulo dos custos de dois, três ou mais meses para se produzir um bem ou serviço, contendo no custo histórico um instrumento fraco de informações. Martins (2010).
Martins (2010) retrata que,
“O correto, tecnicamente, seria transformar esses diversos custos originados em momentos diferentes em quantidades de moeda constante, o que é a mesma coisa que se efetuar a correção desses valores. Infelizmente, nossas legislações societária e fiscal ainda não evoluíram a esse ponto. Consequentemente, as boas empresas são obrigadas a trabalhar com sistemas paralelos à contabilidade oficial para manter suas informações de custos (e outras) em valores efetivamente utilizáveis para fins gerenciais.”
 Sendo assim, é necessário o custo histórico, mas deixar de lado uma moeda altamente inflacionada que não tem valor para comparações no tempo. O custo original continua a base de valor, mas transformado em moeda contínua em termos de seu real poder genérico de compra. (Isso é exatamente o que procura a correção integral). Martins (2010).
2.3.4 PRINCIPIO DA CONSISTÊNCIA OU UNIFORMIDADE 
Quando existem diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas válidas dentro dos princípios geralmente aceitos, deve à empresa adotar uma delas de forma consistente.
Martins (2010),
 A alternativa adotada deve ser utilizada sempre, não podendo a entidade mudar o critério em cada período. Por exemplo, os gastos com matéria prima e mão de obra direta são facilmente identificados e relacionados aos produtos; já os indiretos como salários da gerência da fábrica são apropriados aos produtos através de um subjetivismo que se denomina: base de rateio e esta base visa uma aproximação da alocação dos custos que poderá ser: Gasto total com matérias primas ou gasto total com a depreciação dos equipamentos, ou gasto total com o volume de produção. Todos são métodos aceitos, mas não podem ser utilizados indiscriminadamente em cada período. 
Após a adoção de algum método, deve haver consistência em seu uso, já que a mudança pode provocar alterações nos valores dos estoques e, consequentemente, nos resultados. Esse é um dos aspectos que a Auditoria Independente mais procura verificar, já que tem interferência direta e às vezes relevante nas peças de sua maior preocupação: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado. Martins (2010).
2.3.5 PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO OU PRUDÊNCIA 
 Quase que uma regra comportamental, o Conservadorismo obriga a adoção de um espírito de precaução por parte do Contador. Sendo assim, Martins (2010) retrata que,
Quando ele tiver dúvida fundamentada sobre tratar determinado gasto como Ativo ou Redução de Patrimônio Líquido. Por exemplo, tendo dúvida o recebimento de um bem ativado, este deve ser baixado contra resultado (fazendo uma provisão de perdas). O valor do estoque deve ser contabilizado pelo valor de custo de aquisição da mercadoria ou da fabricação do produto. Prevalece o da fabricação para quem quando deduzido da realização da RECEITA na vendo do bem ao valor do mercado, o lucro sempre será mais conservador.
 À correlação entre certos custos de produção e o Conservadorismo, podem ser descritos por certos tipos de gastos que causam dúvida quanto à sua verdadeira classificação entre custo ou despesa; na dúvida, deve manter a hipótese mais pessimista, que não ira viabilizar o estoque desse valor, e sim sua renovação imediata em despesa. Martins (2010).
2.3.6 MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA 
Essa outra regra contábil de extrema importância para custo. Diferente das outras ela dispensa regime exigente para aqueles itens submetido a valor monetário é insignificante dentro de alguns dos gastos totais. De acordo com Martins (2010)
 Alguns materiais de consumo industrial, por exemplo, precisariam ir sendo tratado como custos na proporção de sua efetiva utilização; mas, por consistirem em valores irrisórios, costumeiramente são englobados e totalmente considerados como custo do período de sua aquisição, simplificando o procedimento por ser evitar controle e baixa em diversos períodos.
Melhor dizendo, a materialidade é um semblante de relevância singular de determinada empresa embasando na natureza ou na relevância, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no enquadramento do relatório. Martins (2010).
2.4 TERMOLOGIAS CONTÁBEIS APLICADAS AOS CUSTOS 
 Para alcançar corretamente cada valor consumido na produção ou serviços vendidos, devemos primeiramente saber qual o significado das termologias na contabilidade de custos.GASTOS - É a renuncia de um ativo geralmente dinheiro, pela empresa com finalidades de obter um bem ou um serviço. Consiste em todo sacrifico financeiro, presente ou futuro, na aquisição de um bem ou serviço. Se o pagamento for presente (no ato), haverá um desembolso, senão, haverá uma existência de uma divida (passivo\ exigibilidade). Windsor, Fernando (2016). Por exemplo: mão-de-obra, matéria-prima, aquisição de equipamentos, salario no departamento de vendas, energia elétrica, honorários da diretoria, etc.
DESEMBOLSO – pagamento de decorrente da aquisição de bens ou serviços. “Neste caso pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada. Ou não do momento gasto”. (Martins 2003, p. 17)
INVESTIMENTO – é o gasto efetuado em função da vida operacional da empresa, corresponde à aquisição de bens ou serviços que se incorporam ao patrimônio como ativo. Por exemplo: aquisição de moveis, aquisição de maquinas, aquisição de matéria- prima, aquisição de ações de outra empresa, etc. 
CUSTO - os custos estão diretamente relacionados ao processo de produção de bens e serviços. “O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custos, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para fabricação de um produto ou execução de um serviço”. (Martins 2003, p. 17). Por exemplo: Matéria-prima, energia elétrica das maquinas, mão de obra direta.
DESPESA – são gastos com bens ou serviços que não são utilizados nas atividades de produção industrial, mas auxiliam na obtenção de receitas. Seguindo esse sentido para, Sprouse e Moonitz (1962) citam que despesas representam a diminuição dos ativos líquidos como resultados da utilização de serviços econômicos na criação de receitas ou da imposição de taxa pelo governo. Por exemplo: salários do pessoal de vendas, gasto com telefone da administração, combustível do pessoal de entregas, comissão do vendedor, matérias para escritório, etc.
PERDA – são bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Não se confunde, ou seja, gasto não intencional, ocorrido no processo de fabricação, no transporte ou manuseio de produtos. Por exemplo: perdas com incêndios, obsoletismo de estoques, etc.
De acordo com Windsor, Fernando (2016). O quadro abaixo expõe de forma resumida a termologia descrita acima
CUSTO = GASTOS NA PRODUÇÃO
DESEMBOLSO = PAGAMENTO (presente ou futuro)
DESPESAS = GASTO PARA OBTER RECEITA
INVESTIMENTOS = GASTO ATIVO
PERDA = GASTO ANORMAL OU INVOLUNTÁRIO
 Fonte adaptada: Windsor, Fernando (2016). 
2.5 ELEMENTOS DO CUSTO
2.5.1 MATERIAIS  
Segundo o site Administrando pequenas empresas, os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em:
MATÉRIAS-PRIMAS: são os materiais primordiais na fabricação do produto. Por exemplo, matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha.
 MATERIAIS SECUNDÁRIOS: são os materiais que são utilizados em menor quantidade na produção do produto. Esses materiais são aplicados simultaneamente com a matéria-prima, agregando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, verniz, dobradiças, etc.; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc.; para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, etc.
MATERIAIS DE EMBALAGEM: são os materiais designados a adequar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira, podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções, caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias, caixas, sacos plásticos, etc. 
2.5.2 MÃO-DE-OBRA
É todo aquele empenho do homem no desenvolvimento do produto na fabricação, entendem-se como gastos com o pessoal incluído na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais, refeições e estadias, seguros etc. 
2.5.3 GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
Trata-se de todos os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, etc.
2.6 Classificações dos custos
Os custos devem ser classificados em relação ao volume de produção. A correta classificação dos custos facilita a administração da empresa na tomada de decisão quanto ao uso de material e a departamentalização dos custos dos produtos. 
Em relação aos produtos classificados os custos são classificados em:
2.6.1 CUSTO DIRETO 
Apropriado diretamente a cada produto fabricado, sem a necessidade de rateios. Estes custos podem ser identificados na composição do produto variam de acordo com a quantidade produzida. Segundo Bezerra lima (2014) são os custos que são referentes a um determinado objeto de custo e que podem ser diferenciados com este de maneira economicamente viável. Por exemplo, matéria-prima, embalagens e outras matérias diretas, mão de obra direta, depreciação de equipamento, energia elétrica de maquinas, etc. Conforme afirma Dutra (2003 p.42): “é o custo que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de bem ou órgão no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo”.
Dutra (2003 p.42), afirma ainda que “são exemplos de custos diretos matéria-prima direta e mão-de-obra direta, pois os próprios títulos indicam a classe a que pertencem, além de outros custos que podem ser enquadrados nessa classe”.
 Segundo Schier (2006, p. 48): 
É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.53), os custos diretos “são aqueles que podemos identificar como sendo a este ou aquele produto, pois há como mensurar quando pertence a cada um, de forma objetiva e direta”.
2.6.2 CUSTO INDIRETO
 São custos apropriados aos produtos fabricados mediantes rateio não esta vinculada diretamente na produção, mas sim ao processo produtivo como um todo. Para calcular dividem-se os custos pelo numero de produto fabricado, de acordo com a sua utilização na linha de produção de cada um.
Conforme Dutra (2003, p.43). 
Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos ocorrem genericamente em grupos de atividades ou órgãos, ou na empresa em geral, sem possibilidade de apropriação direta a cada uma das funções de acumulação de custos no momento de sua ocorrência. O custo indireto participa de todas ou de várias das funções concomitantemente, sem possibilidade de segregação da parcela que está onerando cada uma das funções quanto a sua aplicação.
 Quando a empresa produz somente um produto, todos os custos são diretos. Por exemplo, aluguel de fabrica, imposto predial da fabrica, seguro da fabrica, manutenção de fabrica, matérias indiretos, mão de obra indireta, energia elétrica fabrica. 
Oliveira e Perez (2007) classificam custos indiretos como sendo: 
Mão-de-obra indireta: representada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares das indústrias ou prestadoras de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado; materiais indiretos: são matérias empregadas nas atividades auxiliares de produção ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. Exemplos: graxas e lubrificantes utilizados na manutenção e limpeza de máquinas, lixas e parafusos de pequenos valores utilizados na produção de móveis, embalagens de pequeno valor utilizado para a expedição dos produtos acabados, etc.;outros custos indiretos: são aqueles que dizem respeito à existência do setor fabril, como depreciação das máquinas e dos equipamentos, valor dos materiais consumidos na manutenção, seguro contra incêndio e outros acidentes na fábrica, transporte e refeições da mão-de-obra, etc.
A diferença dos custos diretos e indiretos é importante para realização do calculo real do custo de qualquer produto, para a averiguação da lucratividade e a eficiência de várias atividades da empresa (LEONE, 2000).
2.6.2 CUSTO FIXO
São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível da produção, inclusive no caso de a fábrica nada produzir. Os custos fixos se tornam progressivamente menores em termos unitários à medida que o direcionador de custo aumenta. Exemplos: Imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros.
Assim afirma Dutra (2003, p.47),
Definem-se custos fixos como os custos de estrutura que ocorrem período após período sem variáveis, ou cujas variações não são consequência de variações do volume de atividades em períodos iguais. O exemplo característico é o aluguel de imóvel ocupado por indústria, cujo valor mensal, é o mesmo em cada período, independentemente do volume produzido em cada período considerado.
De acordo com Bomfim e Passarelli (2006, p.55), “os custos que não variam com a atividade de produção são chamados de fixos”.
2.6.3 CUSTOS VARIÁVEIS 
 São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta o volume de produção. Outros exemplos matéria-prima consumida, materiais indiretos consumidos, depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas, gastos com horas-extras na produção. 
Para Dutra (2003, p. 47), estes custos têm sua definição “como os custos que variam em decorrência da variação do volume de atividade, ou seja, da variação da quantidade produzida no período”.
Ainda de acordo com Dutra (2003, p.47), “são exemplos de custos variáveis: matéria-prima, mão-de-obra direta, combustíveis de máquinas, energia elétrica de acionamento de máquinas de produção, impostos proporcionais ao volume de atividade”.
Para Megliorini (2002)
São aqueles que aumentam ou diminuem, oscilando ao sabor do nível de produção. São exemplos deste comportamento o custo da matéria-prima (quanto mais se produz, maior a sua necessidade, portanto, maior o custo) e o custo da energia elétrica (quanto mais se produz, maior o uso de máquinas e equipamentos elétricos, consequentemente, maior o consumo e o custo).
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.55), “Os custos que variam proporcionalmente à intensidade ou natureza da produção são conhecidos como variáveis”.
2.6.4 CUSTOS SEMIVARIÁVEIS 
São custos que variam com o nível de produção, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. Exemplo: conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, já que a caldeira não pode esfriar.
2.6.5 CUSTOS SEMIFIXOS 
Também chamados Custos por Degraus, são custos que são fixos em uma determinada faixa de produção, mas que variam se houver uma mudança desta faixa. Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma empresa. Crepaldi (2004, p. 224) diz que “é o método usado para a apropriação de custos.”
 Conforme Ferreira (2007, p. 81)
[...] um sistema de custeio consiste num critério por meio dos quais os custos são apropriados à produção. De acordo com o sistema adotado, determinados custos podem fazer ou não parte dos custos de produção. Portanto é preciso que a pessoa interessada nas informações fornecidas pela contabilidade de Custos considere qual foi o sistema adotado pela empresa e quais seus efeitos sobre a composição dos custos de produção.
2.7 SISTEMAS DE CUSTOS
O sistema de custos é, dessa maneira, a coleta, classificação e organização de dados no que se refere aos custos de serviços e produtos da organização, de forma a transformar tais informações em relatórios de dados estatísticos e padronizados.
Martins vai ao mesmo sentido, afirmando que “O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emitem, com base neles, relatórios na outra extremidade” Crepaldi (2004, p. 224) diz que “é o método usado para a apropriação de custos”. 
 Conforme Ferreira (2007, p. 81)
Um sistema de custeio consiste num critério por meio dos quais os custos são apropriados à produção. De acordo com o sistema adotado, determinados custos podem fazer ou não parte dos custos de produção. Portanto é preciso que a pessoa interessada nas informações fornecidas pela contabilidade de Custos considere qual foi o sistema adotado pela empresa e quais seus efeitos sobre a composição dos custos de produção.
(MARTINS, 2001) O sistema de custos é uma dessas importantes ferramentas. Tal sistema municia o gestor de informações sobre a estrutura de custos de sua organização. Trata-se, pois, de um instrumento eficaz que pode ser utilizado nos âmbitos estratégico, tático e operacional da organização.
2.7.1 CUSTEIO ABSORÇÃO
Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. 
Consistem na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Não é um princípio contábil propriamente dito, mas uma metodologia decorrente deles, nascida com a própria Contabilidade de Custos.
 Conforme relatam Bomfim e Passarelli (2006, p.62), “quanto, ao custearem-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses produtos, além de seus custos variáveis, também os custos fixos, diz-se que se está usando a modalidade de custeio por absorção”.
 No Custeio por Absorção, a depreciação dos equipamentos e outros imobilizados amortizáveis utilizados na produção devem ser distribuídos aos produtos elaborados; portanto, vai para o ativo na forma de produtos, e só vira despesa quando da venda dos bens. 
(Nossa legislação de Imposto de) Renda vinha admitindo que ela fosse separada dos custos de produção e tratada diretamente como despesa, podendo ser descarregada para o resultado integralmente no período, mesmo que parte dos produtos feitos estivesse estocada ainda no final. Segundo Oliveira e Perez (2007, p. 113), “esse método foi derivado do sistema desenvolvido na Alemanha no inicio do século XX, conhecido como Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit (RKW), pelo método RKW, todos os gastos do período (custos e despesas) eram apropriados à produção por meio das técnicas de rateio já estudadas”.
Conforme Leone (1997, p.26)
Neste método, precisa recorrer de uma série de rateios por causa dos custos comuns, de difícil identificação ou não relevantes, e sua principal finalidade é ter o custo total de cada objeto de custeio. Esse custo total se destina, entre outros fins a determinar a rentabilidade de cada atividade, e avaliar os elementos que compõem o patrimônio e a compor uma informação significativa no auxilio a decisão de estabelecer os preços de venda dos produtos ou dos serviços.
De acordo com Dutra (2003, p.226),
O custeio por absorção, [...] é o mais utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços os custos que ocorrem na área de elaboração, ou seja, os gastos referentes às atividades de execução de bens e serviços.
Figura 1: apresenta esquematicamente a lógica do Custeio por Absorção nas empresas de Manufatura.
Fonte: adaptada de Martins (2003, pág. 25).Na decomposição dos custos de produção no custeio por absorção, devem-se analisar todos os elementos que fazem parte do custo de produção do período, ou seja, o material direto, a mão-de-obra direta e os custos indiretos de fabricação e sua forma de apropriação aos estoques existentes e ao custo dos produtos vendidos.
 A maioria dos autores caracteriza como as principais vantagens do custeio por absorção, as seguintes afirmações: atende à legislação fiscal e deve ser usado quando as empresas buscam o uso do sistema de custos integrado à contabilidade; permite a apuração do custo por centro de custos ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de cada produto. As desvantagens tão explicitamente citadas pelos autores, e comentadas anteriormente, são focalizadas na utilização dos rateios para distribuir os custos entre os departamentos e/ou produtos, já que nem sempre tais critérios são objetivos, distorcendo os resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando outros.
Conforme Martins (2010, pág. 25),
No Custeio por Absorção, a depreciação dos equipamentos e outros imobilizados amortizáveis utilizados na produção devem ser distribuídos aos produtos elaborados; portanto, vai para o ativo na forma de produtos, e só vira despesa quando da venda dos bens. (Nossa legislação de Imposto de Renda vinha admitindo que ela fosse separada dos custos de produção e tratada diretamente como despesa, podendo ser descarregada para o resultado integralmente no período, mesmo que parte dos produtos feitos estivesse estocada ainda no final. Hoje essa opção não mais persiste.).
 Outros fundamentos importantes no que tange ao custeio por absorção são: utilizar a departamentalização: dividindo a fábrica em segmentos (sejam de produção e de serviços); predeterminar os CIF, efetuando uma estimativa de qual será o valor destes num determinado período de produção e utilizar este gasto pré-determinado para apurar o custo de produção do período, ao invés do real; adequar a indústria ao custeamento por ordem e/ou por processo (produção contínua). Verificar a existência de coprodutos, subprodutos e sucatas.
 Conforme Padoveze (2003), “departamentalização para fins de contabilidade de custos compreende a classificação contábil dos gastos, separando-os por setor consumidor desses gastos”.
Figura 2: Empresas Prestadores de Serviço. 
 Fonte: adaptada de Martins (2003, pág. 38). 
Ainda segundo a Martins (2010)
Assim sendo, o esquema básico é:
a) partição entre Custos e Despesas;
b) adequação dos Custos Diretos diretamente aos produtos;
c) rateio dos Custos Indiretos.
Conforme segundo a Martins (2010, pág. 38).
Os custos incorridos num período só irão integralmente para o Resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as despesas — de Administração, de Vendas, Financeiras, etc. — sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas.
Além dos desafios de ordem técnica, relacionados à lógica do Custeio Integrado, encontramos também questões relacionadas aos modelos mentais normalmente “enraizados” nas organizações, onde o principal é delegar ao “sistema” a responsabilidade sobre o sucesso do processo como um todo. Ouvimos dizer que um sistema não é somente um conjunto de normas, fluxos e rotinas, mas um conjunto de pessoas, mas, na maioria das vezes, esquecemo-nos disso. O Custeio Integrado não é uma exceção, dependendo primordialmente de pessoas para o alcance de seus objetivos, e não de números, papeis e rotinas.
Devemos compreender que nenhum sistema, por si só, é capaz de resolver todos os problemas que se apresentam, e que é necessário, para que o mesmo atinja sua capacidade de funcionar como instrumento de administração, de desenvolvimento e aprimoramento contínuo, e esses requisitos somente são alcançados através das pessoas.
2.7.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
 Segundo Reis, custeio variável, também chamado de custeio direto, é um tipo de cálculo que considera que determinados gastos que nem sempre incorrerão, ao menos não com aquele valor. O conceito base do custeio variável parte do pressuposto de que dentro de uma organização há despesas fixas e despesas que nem sempre precisarão ser pagas. São considerados custos fixos: seguros, aluguel, folha de pagamento, limpeza e higienização do ambiente de trabalho, por exemplo. Isso porque estes gastos independem da produção. Dessa forma, o custeio variável, como o nome sugere, separa os gastos que são fixos e os que variam de acordo com o período ou ocasião.
As despesas fixas são os salários em si, que são os mesmos todos os meses, de modo geral. “Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis”. (Martins 2003, p. 142)
O método de custeio variável: 
Surgiu pelo fato de as empresas terem seus custos fixos, isto é, os custos de sua estrutura, independentemente do nível de produção efetiva e pela principal necessidade de cada produto ou serviço de gerar recursos acima de seus custos e despesas variáveis, sendo o excesso, por menor que seja, uma contribuição para absorver custos e despesas fixas. Por esse conceito, a administração das empresas deixa de preocupar-se com o montante de lucro final para preocupar-se com o da margem de contribuição de cada produto ou serviço. (DUTRA, 2003, p. 231)
Figura 4
Fonte: Adaptado de Dutra (2003, p. 233)
O que integra o custo variável de uma empresa variará de acordo com a sua atividade-fim, serviço ou produto. Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.62), 
Em oposição ao custeio por absorção, o custeio variável ou direto toma em consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gastos variáveis. Com isso, eliminam-se a necessidade de rateios e consequentemente, as distorções deles decorrentes. 
Para Dutra (2003, p.229),
O custeio direto é baseado na margem de contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas variáveis, e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro. 
Stark (2007, p. 166) afirma que o “procedimento básico desse critério está em reconhecer que somente os custos e despesas variáveis devem ser debitados 40 ao custo dos produtos”. Megliorini (2009, p. 111) identifica alguns problemas relacionados aos custos fixos, pois sua absorção à produção pode dificultar o conhecimento dos custos dos produtos, “por ser classificada como custos indiretos, essa apropriação ocorre por rateio, cujas bases são sempre fonte de controvérsia por envolver aspectos subjetivos e arbitrários”.
2.7.3 ABC (ACTIVITY BASED COSTING)
De acordo com Stark (2007, p. 187) “[...] o ABC identifica um conjunto de objetos de custo, reconhecendo que cada um deles cria a necessidade de determinadas atividades, que, por sua vez, criam à necessidade de recursos”. É nesse método que melhor se visualiza os custos utilizados pela empresa na fabricação de seus produtos ou serviço.
 Bornia (2002, p.122) 
diz que, o custeio baseado em atividades pressupõe que as atividades consomem recursos, gerando custos, e que os produtos utilizam tais atividades absorvendo seus custos. Assim, os procedimentos do ABO consistem em seccionar a empresa em atividades, supondo-se que as mesmas gerarão os custos. Calcular o custo de cada atividade, compreender o comportamento destas atividades, identificando as causas dos custos relacionados com elas, e, em seguida, alocar os custos aos produtos de acordo com as intensidades de uso.
O método de custeio ABC, originou-se da tentativa de melhorar a qualidade da informação contábil para a tomada de decisões, principalmente com 37 relações à produtividade da força de trabalho e a definição do mix ideal de produção. (DUTRA, 2003, p. 234). 
De acordo com, (DUTRA, 2003, p. 239)
Esse método atribui aosobjetos de custeio [...], todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos rastreados por direcionadores de custos. Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem distribuição de dividendos, tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que considera a totalidade dos gastos (custos e despesas) do período e os confronta com as receitas potenciais, ou seja, as correspondentes ao total de produção de bens e serviços.
Figura 5
Fonte: Adaptado de Dutra (2003, p. 235)
 Magliorini (2009, p. 152) afirma que “a proposta do custeio ABC é apropriar os custos indiretos as atividades, pois, conforme a filosofia por ele apregoada são elas as geradoras de custos”.
As principais vantagens do custeio ABC, segundo o Megliorini (2009, p. 154), é que “depois de identificar as atividades, os gestores podem focar aquelas que geram valor para o cliente e eliminar as que apenas aumentam o custo de produtos, serviços ou outros objetos de custeio sem lhes agregar valor, possibilitando dessa forma, reduzir custos.”.
 E sobre as desvantagens, Megliorini (2009, p. 154) afirma que “pelo fato de não segregar os custos fixos e apropriá-los aos objetos de custeio, o custeio ABC acaba se assemelhando ao custeio por absorção [...]”.
2.8 PONTOS DE EQUILÍBRIO
O ponto de equilíbrio e o nível entre a receita e o custo, para ter seu equilíbrio o lucro será nulo. Para Magliorini (2002, p. 151), ponto de equilíbrio “nada mais é do que aquele momento em que a empresa não apresenta lucro nem prejuízo”. 
De acordo com Wernke (2004, p.49), 
O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro. 
Figura 6 representação gráfica do ponto de equilíbrio
Fonte: Wernke (2004, p.49)
Segundo Wernke (2004), a Gráfica mostra que para se obtiver o ponto de equilíbrio é necessário vender duas unidades ou faturar R$ 20, 00, vendendo mais que duas unidades, a empresa passa a ter lucro, e vendendo menos que duas unidades terá prejuízo. 
 2.8.1 ponto de equilíbrio contábil
De acordo com Megliorini (2002), O ponto de equilíbrio é aquele em que a margem de contribuição se torna capaz de cobrir todos os custos e despesas fixas de um período. Não se leva em consideração o custo de oportunidade do capital investido na empresa, e os juros de empréstimos efetuados, bem como que nos custos e despesas fixos se inclui a depreciação que não representa desembolso.
 Segue a fórmula para cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, conforme Megliorini (2002), 
PEC = CDFT
M\Cu ( PV – CDV)
Onde: 
MC/u = Margem de Contribuição unitária
PV = Preço de Venda 
CDFT = Custos + Despesas Fixas Totais
CDV = Custos + Despesas Variáveis
PEC = PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL	
2.9.2 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 
De acordo com Megliorini (2002, p. 154), para obter este ponto de equilíbrio, consideram-se como custos e despesas somente os gastos que geraram desembolso no período, desconsiderando, portanto, a depreciação contida nos custos e despesas fixas. Consideram-se também, outros desembolsos que não necessariamente estão incluso nos custos e despesas, como, por exemplo, amortização de empréstimos.
 Abaixo fórmula para cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, conforme Megliorini (2002), 
PEF = CDFT – Despesas não desembolsáveis
M\Cu (PV- CDV)
Onde:
PEF= O Ponto De Equilíbrio Financeiro 
CDFT = Custos + Despesas Fixas Totais
MC/u = Margem de Contribuição unitária
CDV = Custos + Despesas Variáveis
PV = Preço de Venda
2.9.3 PONTO DE EQUILIBRO ECONÔMICO 
O ponto de equilíbrio econômico é aquele que calcula o lucro desejado. Para Wernke (2004, p.53), a cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar a informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo fixado pela diretoria da empresa. A quantidade necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio econômico.
 Megliarini (2002, p. 153), diz que o ponto de equilíbrio econômico, “diferencia do ponto de equilíbrio contábil ao considerar que, além de suportar os custos e despesas fixas, a margem de contribuição deve, também, cobrir o custo de oportunidade”.
 Abaixo fórmula para cálculo do ponto de equilíbrio econômico, conforme Megliorini (2002).
PEE = CDFT + Custo de oportunidade MCu
(PV – CDV)
Onde:
PEE= Ponto de equilíbrio econômico 
CDFT = Custos + Despesas Fixas Totais
MC/u = Margem de Contribuição unitária
CDV = Custos + Despesas Variáveis
PV = Preço de Venda
2.9 MARGENS DE CONTRIBUIÇÃO 
De acordo com Bornia (2002, p.72), a margem de contribuição de ‘’é o montante das vendas diminuídas dos custos variáveis’’. 
A fórmula abaixo mostra o cálculo da margem de contribuição:
MC = PV – (CV + DV)
Onde o MC é à margem de contribuição, PV representa o preço de venda, o CV é os custos variáveis, e o DV é as despesas variáveis.
Para fins de tomada de decisão, Martins (2003, p. 133) afirma:
 A margem de contribuição “[...] tem a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos, e, posteriormente, formar lucro propriamente dito”.
Também abordando a finalidade gerencial, Stark (2007, p. 170) acrescenta que “por meio da margem de contribuição, é possível analisar a viabilidade de produção de um produto. Se esse índice for positivo, a produção daquele item é viável, caso seja nulo ou negativo, não traz benefícios à empresa”
Figura 7 margem de contribuição 
 
Fonte: Oliveira e Perez, (2007, p. 224).
Padoveze (2000, p. 123) reforça seu contexto citando que “o estudo da margem de contribuição rotineira possibilita inúmeras análises objetivando a redução dos custos, bem como políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos preços unitários de venda dos produtos”.
Pelo fato dos preços dos produtos serem definidos pelo mercado não há muitas possibilidades de alterá-los, e a busca por melhores resultados faz com que os empresários busquem diminuir os custos e as despesas como forma de aumentar o lucro.

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