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AVALIAÇÃO-EM-MUSICOTERAPIA

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1 
 
 
AVALIAÇÃO EM MUSICOTERAPIA 
1 
 
 
Sumário 
 
Sumário ........................................................................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
Introdução à Musicoterapia ............................................................................. 3 
Os instrumentos mais indicados ................................................................ 11 
 Benefícios da musicoterapia ............................................................. 12 
Avaliação em musicoterapia ...................................................................... 14 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Introdução à Musicoterapia 
 
A Musicoterapia é uma terapêutica que visa, através de seus componentes – 
ritmo, melodia e harmonia -, colaborar no tratamento de distúrbios de natureza 
orgânica, psíquica, emocional e cognitiva. Seus efeitos tendem a agir no âmbito da 
interação social, das relações interpessoais, da transmissão de informações, do 
conhecimento, da criatividade, entre outros. 
"A musicoterapia é um processo sistemático de intervenção em que o 
terapeuta ajuda o cliente a promover a saúde utilizando experiências musicais e as 
relações que se desenvolvem através delas como forças dinâmicas de mudança" 
(BRUSCIA, 2000 p.22). 
 
 
4 
 
 
Assim, a musicoterapia consiste em um processo sistemático com objetivos e 
propósito, fundamentado em conhecimentos, organizado e regulado. Portanto, a 
utilização da música de forma aleatória e não estruturada, ainda que traga benefícios 
a uma pessoa, não pode ser considerada musicoterapia. 
A música não é propriedade do musicoterapeuta (ou do músico), longe disso. 
A utilização da música é, e deve ser propriedade da humanidade. Porém, a utilização 
indiscriminada do termo musicoterapia vai à contramão da consolidação da profissão. 
Trabalhando com a música e estudando como os sons podem afetar a vida das 
pessoas, esse profissional se dedica a criar terapias musicais para variados fins, que 
podem influenciar na forma como os indivíduos se relacionam e convivem entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O musicoterapeuta pode trabalhar juntamente com fonoaudiólogos, psicólogos, 
médicos, fisioterapeutas e, até mesmo, professores, sempre buscando o bem estar 
físico e psicológico de seus pacientes. 
Muitos têm utilizado inadequadamente a palavra musicoterapia para definir 
qualquer utilização benéfica da música sobre o ser humano. Porém, ainda que o efeito 
de atividades musicais tragam benefícios para uma pessoa, chamar tal uso de 
musicoterapia requer alguns critérios. 
Para ser considerado musicoterapia, este processo requer a intervenção de 
um musicoterapeuta. Segundo Bruscia, quando a música é utilizada sem um 
musicoterapeuta, o processo não é qualificado como musicoterapia, então, sem um 
musicoterapeuta, não há musicoterapia. 
5 
 
 
Cabe enfatizar que não é musicoterapia o uso da música para relaxar, fazer 
aula de música, cantar uma música ao som de um instrumento, aula de música para 
pessoas especiais, a audição de uma música no rádio do carro ou em casa, a 
execução de uma peça instrumental, uso de som ambiente (como em consultórios, 
elevadores, etc), canto e música em Hospitais; 
Assim, apesar dos efeitos positivos que as atividades acima possam 
proporcionar, não as consideraremos musicoterapia (embora possam fazer parte da 
musicoterapia). 
Em um processo musicoterapêutico, do ponto de vista dos procedimentos, a 
musicoterapia constitui-se de três fases: avaliação diagnóstica, tratamento e 
avaliação. (BRUSCIA 2000, p. 22) Ainda que outros profissionais possam se 
identificar com as fases citadas por Bruscia, estas tratam de abordagens específicas, 
nas quais se utilizam de métodos e técnicas próprias da musicoterapia. O ponto chave 
observado pelo musicoterapeuta é a relação do indivíduo atendido (paciente,/cliente) 
com a música. 
Assim, desde a entrevista inicial até a avaliação final, são especialmente as 
respostas musicais do indivíduo durante as sessões que fornecem os elementos 
necessários para o musicoterapeuta traçar objetivos, intervenções, abordagens e alta. 
Segundo o painel de descrição que estabelece as qualificações do musicoterapeuta, 
entre outras capacitações, o musicoterapeuta deve ser capaz de estabelecer 
diagnóstico musicoterapêutico e efetuar leitura musicoterapêutica. Assim, o único 
profissional preparado para compreender todas as fases de um processo 
musicoterapêutico é o musicoterapeuta. 
A musicoterapia transita entre a arte da música e a ciência da terapia. A 
musicoterapia apresenta caráter interdisciplinar e tem como escopo conteúdos 
científicos, expressivos e de práxis artística e musical. Sua prática foi consolidada a 
partir da segunda metade do século XX, mas relatos referentes ao assunto podem 
ser encontrados em textos da filosofia, musicologia e medicina desde a Antiguidade. 
A musicoterapia trabalha os efeitos que as ondas sonoras causam no corpo e 
as associações mentais que as músicas despertam. A música é analisada de um 
ponto de vista holístico, lúdico e também mecânico. Cada estilo ou sonoridade 
estimula mais o indivíduo de acordo com seu contexto social, bagagem musical e 
6 
 
 
gosto pessoal. Em 1972 surgiu o primeiro curso de graduação em musicoterapia no 
Brasil e a profissão de musicoterapeuta foi reconhecida pelo Código Brasileiro das 
Ocupações. Muitas pessoas ainda não sabem, mas a música pode ser uma 
ferramenta preventiva, e também oferecer alívio de dores crônicas e do estresse 
cotidiano. 
O musicoterapeuta utiliza os elementos musicais para a reabilitação física, 
social e mental de seus pacientes. Por meio de instrumentos musicais, cantos e 
ruídos, o terapeuta trata pessoas com deficiências, que podem ser distúrbios de fala, 
motores, psiquiátricos, etc.. De acordo com a história e o quadro do paciente, são 
utilizados recursos diferentes. A musicoterapia pode ser passiva ou ativa - nessa 
última, os indivíduos são estimulados a produzir, tocando, improvisando, compondo 
ou cantando. A vantagem é que o paciente não precisa ter nenhum conhecimento 
prévio. Não há necessidade de um saber técnico musical, pois as funções expressivas, 
criativas e de coordenação serão trabalhadas de qualquer forma. 
Atualmente, a musicoterapia tem sido aplicada em crianças e adultos com 
disfunções físicas, clínicas ou psíquicas e em pessoas saudáveis que buscam 
autoconhecimento. Relatos científicos demonstram a aplicação da musicoterapia em 
indivíduos com Transtorno Global do Desenvolvimento,Transtorno do Espectro 
Autista (TEA), transtornos psiquiátricos, Doença de Doença de Alzheimer, Doença de 
Huntington, neoplasias, problemas de aprendizagem, dor crônica, acompanhamento 
pré e pós-cirúrgico e estados de alteração de consciência. 
Estudos de musicoterapia em reabilitação funcional neurológica tiveram por 
objetivo desenvolver técnicas que utilizem a música como elemento mediador de 
respostas funcionais reorganizadas através de intervenções terapêuticas 
sistemáticas. Os resultados obtidos nas pesquisas que abordam programas dessa 
natureza indicam evidências promissoras nos processos de mudanças neuroplásticas 
no cérebro. A principal abordagem musicoterapêutica que se propõe a tal finalidade 
é o modelo de Musicoterapia Neurológica (Neurologic Music Therapy – NMT). 
7 
 
 
 
As novas ferramentas de estudo do cérebro humano como um organismo vivo 
colocaram os mecanismos neurais de processamento musical como foco de 
investigação, o que justifica-se por características específicas da música como uma 
linguagem sensorial altamente complexa, temporalmente ordenada e baseada em 
regras. A percepção da música envolve um grande número de estruturas e regiões 
cerebrais, além do córtex auditivo. 
O treinamento musical e a exposição prolongada à música considerada pelo 
ouvinte como prazerosa são capazes de aumentar a produção de neurotrofinas 
produzidas no cérebro em situações de desafio, podendo determinar, além do 
aumento da sobrevivência dos neurônios, mudanças de padrões de conectividade na 
plasticidade cerebral. A neuroplasticidade cerebral, estimulada pelo treinamento 
musical, pode produzir modificações em capacidades cognitivas. A plasticidade 
cerebral promovida pela música causa a ativação de diversos circuitos neurais, como 
o da atenção, memória, associação temporal e corporal, linguagem corporal e 
simbólica e emoção. 
A plasticidade neural é definida como a capacidade do sistema nervoso de 
modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. O 
desenvolvimento de técnicas de neuroimagem permitiu o estudo do cérebro humano 
em atividade. Tal tecnologia possibilitou uma compreensão mais abrangente sobre a 
relação entre a música e o sistema nervoso. Através da utilização destes recursos, 
pesquisas recentes demonstram que a música é capaz de exercer uma influência 
distinta sobre o cérebro, estimulando processos cognitivos, afetivos e sensório-
motores complexos. 
8 
 
 
“Musicoterapia – O uso da música para curar, aliviar ou estimular. É 
conhecido desde a mitologia antiga e, tem sido usada cada vez mais no 
tratamento de deficiências, tanto físicas quanto mentais e, de perturbações 
emocionais, apesar de haver poucos trabalhos teóricos que expliquem sua 
eficácia. Dos elementos da música, reconhece-se que o ritmo é o fator 
terapêutico vital, em virtude de seu poder de concentrar energia e dar 
estrutura a percepções de ordem temporal. A música já estimulou no 
paciente passivo ou introspectivo uma reação mais alerta; Serviu para fazer 
com que pacientes emocionalmente perturbados se tornassem mais 
acessíveis; enquanto que, para as deficiências físicas, pode ser usada para 
organizar a gradação e sequência de pequenos objetivos, na aquisição de 
habilidades e controle muscular; e, nos casos de deficiência mental, pode 
ajudar na aquisição de conceitos elementares. Crianças mentalmente 
deficientes e autistas, geralmente, reagem à música quando tudo o mais 
falhou. A música é veículo expressivo para o alívio da tensão emocional, 
superando a dificuldade de fala e de linguagem. A terapia musical foi usada 
para melhorar a coordenação motora nos casos de paralisia cerebral e 
distrofia muscular. Também é usada para ensinar controle de respiração e 
da dicção nos casos em que existe distúrbio da fala.” (SADIE, Stanley. 
Dicionário Grove de Música. 1994 p.638). 
 
A Musicoterapia apresenta o poder de influenciar diretamente o pensamento, 
o comportamento, as emoções, a saúde, e os movimentos do nosso corpo, a 
influência é rápida e pode até ser inconsciente, ela contribui construtivamente para as 
relações entre as pessoas. 
Ela atua constantemente sobre nós, e devemos utilizá-la sempre a favor do 
paciente. O seu uso como terapia, deve ser usado com cautela para não causar 
reações negativas, pois o prazer proporcionado a alguns em relação à música, pode 
não ser o mesmo em outros. 
Devemos escolher músicas que tragam motivação, que despertem a alegria e 
que façam relembrar de bons momentos já vividos. A escolha vai depender do gosto 
e estilo musical de cada um, e trabalhado de acordo com a avaliação e o bom senso 
do musicoterapeuta. 
Existem várias abordagens de tratamento da musicoterapia: o paciente pode 
ser passivo, isso quer dizer, somente escutar o musicoterapeuta tocar, ou pode ser 
um paciente ativo, tocando e explorando a música junto com o musicoterapeuta. As 
sessões de musicoterapia também podem ser feitas individualmente ou em grupo. 
9 
 
 
 
A musicoterapia traz diversos benefícios contra doenças cardíacas, AVC, 
Alzheimer, Ansiedade, Gagueira, Autismo, entre outras. Seja tocando um instrumento 
ou somente escutando uma música, diversas áreas do nosso cérebro são ativadas 
como: corpo caloso, córtex sensorial, córtex auditivo, córtex motor, córtex pré-frontal, 
córtex visual, córtex visual, cerebelo, hipocampo, amígdalas. Por esses motivos a 
música tem um grande poder para curar e trazer grandes benefícios para o paciente 
através da musicoterapia. 
A música para terapia na musicoterapia é um tratamento muito procurado hoje 
em dia. Isso porque o aprendizado de instrumentos e música em si são benéficos em 
muitos aspectos para as pessoas, pois, reduz o estresse e o cansaço, estimula a 
coordenação motora, melhora a comunicação e interação social, desenvolve a 
criatividade, traz satisfação emocional, entre outros. 
Muitos pais buscam pela musicoterapia para auxiliar no desenvolvimento de 
suas crianças e adolescentes, principalmente aqueles com TEA (Transtorno do 
Espectro Autista). Pessoas com ansiedade e depressão também buscam pela 
10 
 
 
musicoterapia como suporte e controle emocional. Idosos melhoram a coordenação, 
exercitam a mente e ainda relaxam com a música para terapia. 
Mas, em geral, a música como tratamento é relaxante e traz satisfação pessoal 
para qualquer um. A longo prazo os resultados são muito satisfatórios, principalmente 
na melhora da coordenação e comunicação (expressão de sentimentos e 
autoconhecimento). 
O desenvolvimento cognitivo-musical é um dos importantes parâmetros que 
atestam a neuroplasticidade na infância, pois, quanto mais a criança aprende, mais 
ela consegue aprender. Desde a primeira infância o desenvolvimento auditivo se 
mostra evidente no gradual aprimoramento de localização das fontes sonoras e de 
reconhecimento de alturas, timbres e intensidades, e é também nesta fase que as 
crianças começam a apresentar suas preferências musicais. “A musicalidade 
concede a percepção de uma dimensão em que coisas e pessoas e condições se 
integram, aquela dimensão existencial na qual interagem dinamicamente, isto é, a 
dimensão da harmonia ou da proporção dinâmica entre as partes de um todo” 
(QUEIROZ, 2003, p.23). 
 
 
 
 
11 
 
 
Os instrumentos mais indicados 
 
Os musicoterapeutas escolhem os instrumentos musicais para dar as aulas 
dependendo do tipo de terapia que será utilizada. Inclusive, muitos profissionais usam 
a voz e outros sons produzidos com objetos, por exemplo, para desenvolver a 
comunicação nos pacientes. Existem dois tipos de terapia, a terapia ativa e a terapia 
receptiva. 
 
 Instrumentos para musicoterapia ativa 
 
Como o nome sugere na musicoterapia ativa o paciente é um aluno e aprende 
a tocar instrumentos como uma forma de expressão através da harmonia, melodia e 
ritmo. 
Os instrumentos mais usados nesse caso, são: 
 Flautas; 
 Liras; Tambores; 
 Pandeiros; 
 Carrilhões; 
 Teclados; 
 Entre outros. 
 
 
 Instrumentos para musicoterapia 
receptiva 
 
12 
 
 
Nesse caso, a musicoterapia serve 
para desenvolver a percepção no paciente, 
além de tranquilizá-lo. A pessoa apenas 
ouve e faz observações sobre as músicas 
que o terapeuta toca para ele e em seguida 
o paciente expressa os sentimentos e 
pensamentos que teve enquanto escutava a 
melodia. 
Nesse caso, são bastante usado 
os instrumentos de corda e os de metais por 
terem um potencial maior de ressonância e 
harmonização. 
 
 Benefícios da musicoterapia 
 
A música é a única ferramenta que desenvolve várias habilidades cognitivas 
ao mesmo tempo. A prática musical desenvolve o foco, a percepção, a atenção, 
associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem, todas 
as habilidades necessárias para qualquer profissão. A música age diretamente na 
região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando motivação e afetividade, 
além de aumentar a produção de endorfina, que uma é substância naturalmente 
produzida pelo corpo, que gera sensação de prazer. Isso acontece porque o cérebro 
responde de forma natural quando ouve uma canção, e mais do que lembranças, a 
música quando usada como forma de tratamento pode garantir uma vida mais 
saudável. 
Na vida social, a musicoterapia estimula a capacidade interativa e de 
comunicação, promovendo a socialização e melhora dos aspectos emocionais, físicos, 
biológicos e culturais. Ela une as pessoas e trata o humor, depressão, ansiedade, 
estresse e motiva cada vez mais os pacientes a encararem a vida com mais energia, 
motivação e determinação. 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns dos benefícios que a musicoterapia pode proporcionar são a melhora 
na frequência cardíaca e respiratória, redução na pressão sanguínea, diminuição do 
estresse e ansiedade, estimular a interação social, auxiliar na recuperação do 
paciente de AVC, amenizar em alguns casos os sintomas da amnésia, estimular a 
comunicação verbal, aliviar dores de cabeça e enxaquecas, estimula a coordenação 
motora, melhorar a concentração e estimular o bom humor. 
O desenvolvimento cognitivo, criatividade, memorização, sensibilidade, entre 
outros aspectos, estão relacionados com o consumo de música. Além de ter influência 
nas redes nervosas do cérebro, a música atua facilitando a comunicação, trazendo 
conforto e diminuindo a dor. Ela auxilia na circulação, respiração, alívio de dores 
crônicas e de sintomas do câncer. 
Quanto ao campo físico, de acordo com o ritmo da música, a respiração se 
torna mais ofegante ou mais calma, podendo ser utilizada em crises de estresse. Além 
disso, a pressão sanguínea pode aumentar ou diminuir, os batimentos cardíacos se 
tornam mais fortes ou mais suaves. E isso tudo não é pura especulação, diversos 
estudos sugerem a musicoterapia no tratamento de pacientes com doenças 
coronárias para reduzir o risco de complicações cardíacas. 
O profissional da musicoterapia pode orientar atividades que estimulem a 
coordenação e desenvolvimento de movimentos através da produção sonora em 
diversos instrumentos. Desse modo, o tratamento beneficia a reabilitação motora, 
14 
 
 
restabelecimento de funções de acidentados ou pessoas que sofreram acidentes 
vasculares cerebrais. 
Outra ferramenta da musicoterapia é a mesa lira, que consiste em uma grande 
caixa, na qual o paciente se deita, suspensa por pés de madeira, com 42 cordas de 
aço afinadas em ré (na maioria dos casos). De acordo com os musicoterapeutas, ela 
tem o potencial de desbloquear tensões, causando uma sensação de relaxamento 
profundo, e pode ser utilizada no tratamento de diversas enfermidades. 
Mesa lira 
 
 
A música ativa o sistema límbico (região do cérebro responsável por emoções, 
afetividade e comportamentos sociais). Desse modo, ela é capaz de contribuir para a 
socialização e aumentar a produção de endorfina. Esses motivos são alguns pelos 
quais a musicoterapia também é muito indicada no tratamento de depressão, estresse, 
ansiedade e outras doenças neuropsiquiátricas como autismo. 
 
Avaliação em musicoterapia 
 
O termo ‘avaliação’ em Musicoterapia possui diferentes significados e 
aplicações conforme o contexto onde está inserido. Segundo o Dicionário de 
Musicoterapia (KIRKLAND, 2013), existem dois grandes termos em inglês 
associados a prática avaliativa em musicoterapia: “assessment” e “evaluation”. O 
temo assessment está relacionado a observações mais profundas sobre a história 
15 
 
 
do paciente com o propósito de se investigar possíveis objetivos a serem 
trabalhados no processo musicoterapêutico e que serão incluídos no plano de 
tratamento do referido caso. 
Segundo Bruscia (2003), nesta categoria de avaliação o musicoterapeuta 
está interessado na análise de três aspectos: relação global da pessoa com a 
música, história clínica, história de vida do paciente e características musicais da 
pessoa (o que consegue e o que não consegue fazer musicalmente). Essa fase dura 
em média de três a quatro encontros com o paciente. Sem uma adequada avaliação, 
as intervenções do musicoterapeuta terão um caráter mais experimental do que 
programático. Por sua vez, o termo evaluation tem o intuito de observar a evolução 
do paciente durante o processo de tratamento (KIRKLAND, 2013). Em outras 
palavras, o interesse deste tipo de avaliação é verificar se os objetivos estabelecidos 
como plano de atendimento foram atingidos e se o paciente apresentou mudanças 
a partir do início da aplicação do tratamento musicoterapêutico. 
Sobre os possíveis tipos de aplicações das práticas avaliativas em 
musicoterapia Wigram, Pedersen e Bonde (2002) oferecem cinco possibilidades 
conforme descrito na tabela a seguir 
 
De acordo com a Wigram e Wosch (2007), a variedade dos instrumentos e 
modelos de avaliação em musicoterapia dependem dos seguintes fatores: proposta 
do instrumento, foco principal, população, variável dependente, método de análise e 
16 
 
 
tipo de coletas de dados (quantidade de avaliações por exemplo). Por esta razão, a 
quantidade de instrumentos avaliativos ao redor do mundo é expressiva. 
Avaliação em musicoterapia é a parte do processo terapêutico na qual o 
terapeuta deve observar o paciente em experiências musicais para identificar 
problemas clínicos, emocionais, expectativas, anseios, entre outras questões. Os 
objetivos das avaliações musicoterapêuticas podem ser interpretativos, descritivos, 
prescritivos ou avaliativos. Tradicionalmente, as avaliações em musicoterapia não 
têm uma função diagnóstica, mas trabalhos recentes mostram um movimento nesse 
sentido. 
As informações referentes às avaliações podem ser obtidas através de 
métodos informais, como questionários e entrevistas, ou métodos formais, como 
índices ou escalas. Índices ou escalas são processos de mensuração organizados 
como um sistema de medidas para auxiliar na determinação do grau de amplitude de 
comprometimento do paciente em diferentes contextos, assumindo importância na 
clínica e na pesquisa. 
Instrumentos bem construídos e validados permitem uma avaliação com base 
científica em meio à subjetividade da música e emoções. Em musicoterapia, alguns 
questionamentos referentes à relação entre comportamentos musicais, 
funcionalidade e significados ao paciente são relevantes. Os processos de avaliação 
devem responder a essas questões de forma ética e confiável por meio de evidências 
científicas. 
Instrumentos de avaliação utilizados na literatura devem passar por uma 
pesquisa psicométrica. A pesquisa psicométrica utiliza métodos estatísticos para 
avaliar a confiabilidade, validade e sensibilidade de um instrumento. A confiabilidade, 
quando comprovada, garante resultados consistentes e estáveis por meio de 
diferentes avaliadores em um intervalo de tempo. A confiabilidade é importantepara 
que a mensuração obtida em uma avaliação seja assegurada. A validade garante o 
grau em que um instrumento avalia aquilo que se dispõe a avaliar. A validade pode 
estar relacionada ao critério, conteúdo e construção. A sensibilidade é relativa à 
capacidade da escala quanto à percepção de mudanças referentes à evolução do 
paciente no decorrer da intervenção. Consiste na habilidade em traduzir mudanças 
clínicas significativas em diferenças numéricas 
17 
 
 
 
 
O uso de instrumentos de avaliação tem aumentado no campo da 
musicoterapia nos últimos anos em virtude do desenvolvimento da prática baseada 
em evidências, de expectativas de financiamento e necessidade de melhor 
compreensão dos efeitos das intervenções realizadas. 
Na Musicoterapia são utilizados instrumentos, o canto e ruídos para 
tratamento de pessoas com diferentes tipos de distúrbios. Além de atuar na área da 
reabilitação motora e no restabelecimento das funções físicas causadas por 
acidentes traumáticos ou em indivíduos com sequelas de acidente vascular cerebral 
(AVC). 
A musicoterapia também é uma boa opção para estimular o desenvolvimento 
de crianças, haja vista que melhora a capacidade de aprendizagem. A técnica ainda 
pode ser usada em empresas para estimular o crescimento pessoal e profissional 
do funcionário. 
 
18 
 
 
Numa avaliação em Musicoterapia existem basicamente três fases: 
compreender o paciente, o tratamento em si e a avaliação, que seria a evolução do 
mesmo. Sendo o principal objetivo levar o participante às mudanças significativas 
no seu estado de vida, melhora, por meio da escuta, com intervenções e propostas, 
compreendendo-o e atendendo suas necessidades, através da escuta e do fazer 
musical, é a utilização estruturada da música, do som e do movimento para a 
obtenção de objetivos terapêuticos de recuperação, manutenção e desenvolvimento 
da saúde física, mental e emocional, usando os potenciais singulares da música e 
do som, e a relação que se desenvolve por meio das experiências musicais para 
alterar o comportamento humano, auxiliando o participante a utilizar seu potencial 
máximo, para comunicar sua singularidade e para aumentar seu bem-estar 
(BRUSCIA, 2000; BARCELLOS, 1992). 
Segue a seguir alguns instrumentos de avaliação em musicoterapia 
traduzidos e publicados no Brasil. Os itens a seguir estão classificados de acordo 
com a área de aplicação clínica: 1. Transtorno Global do Desenvolvimento, 
Dificuldade de Aprendizagem e Transtornos Emocionais. 2. Envelhecimento, 
Demência e Transtornos Psiquiátricos. 3. Alteração do Nível de Consciência e 
Outras Aplicações. 
1. Transtorno Global do Desenvolvimento, Dificuldade de Aprendizagem e 
Transtornos Emocionais 
 
19 
 
 
 
 
2. Envelhecimento, Demência e Transtornos Psiquiátricos 
 
 
20 
 
 
 3. Alteração do Nível de Consciência e Outras Aplicações 
 
21 
 
 
 
 
Os instrumentos de avaliação em musicoterapia têm por finalidade permitir ao 
profissional musicoterapeuta uma avaliação objetiva do quadro clínico inicial do 
paciente, auxiliando a estabelecer o plano terapêutico e análise da evolução no 
decorrer da terapia. Entretanto, a complexidade e/ou subjetividade encontrada em 
muitos desses instrumentos pode dificultar a sua utilização na prática clínica. Novos 
estudos poderão viabilizar o aprimoramento e síntese desses instrumentos para que 
sejam amplamente utilizados na clínica e em pesquisas científicas. 
 O Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES) reforça a importância 
e necessidade da aplicação das melhores práticas nacionais e internacionais 
22 
 
 
relacionadas à segurança do paciente. Uma linguagem padronizada, unificada e 
estruturada, assim como a pesquisa psicométrica, são fundamentais para que a 
credibilidade de um instrumento de avaliação seja assegurada e reproduzida 
(MOURA, 2007). A busca da melhor prática de avaliação em musicoterapia (padrão-
ouro) poderá agregar muito à coleta de resultados confiáveis à prática da 
musicoterapia. 
As diversas potencialidades da musicoterapia são surpreendentes, ela auxilia 
de forma geral para melhorar a qualidade de vida como um todo. Pode ser empregada 
de forma preventiva em idosos, para manter funções cognitivas e motoras, e também 
como uma ocupação que permite trabalhar o lado emocional e social. A terapia auxilia 
estudantes com dificuldade de aprendizado, desenvolve potenciais criativos, promove 
a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração social de menores infratores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARCELLOS, L.R.M. – A Música como Metáfora em Musicoterapia. Tese 
de Doutorado – Programa de Pós Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, RJ, 2009. 
BENENZON, R. Manual de Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1985. 
BRUSCIA, Kenneth E. Definindo Musicoterapia.Rio de Janeiro: Enelivros, 
2000. 
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