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Parasitologia - Helmintoses

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Thais Alves Fagundes 
HELMINTOSES 
 INTRODUÇÃO 
Simbiose: 
• Interação entre dois organismos. 
o Mutualismo: ambos organismos se beneficiam. 
o Comensalismo: apenas um organismo se beneficia e o outro não é prejudicado. 
o Parasitismo: 
▪ Associação entre seres vivos. 
▪ Existe unilateralidade de benefícios, o hospedeiro é espoliado (prejudicado) pelo parasito. 
• Relacionamento entre os seres visa principalmente: 
o Obtenção de alimento 
o Proteção 
• Relações entre organismos tendem a: 
o Matar o hospedeiro ou 
o Se tornarem comensalismo e posteriormente mutualismo. 
▪ Quanto mais recente é a relação, mais malefícios acometem o hospedeiro. 
• Exemplo: humano quando é hospedeiro do T. cruzi, desenvolve doença de chagas. 
• Exemplo: tatu é hospedeiro natural de T. cruzi, raramente morre quando parasitado. 
Dados da OMS: 
• > 1 bilhão de pessoas afetadas por doenças tropicais negligenciadas 
o Esquistossomose 
o Helmintoses 
o Filariose linfática 
• Estima-se que 2 bilhões de pessoas estejam parasitadas na África subsariana e Sul da Ásia. 
 NEMATELMINTOS 
 
Características: 
• Simetria bilateral 
• Cilíndricos e alongados 
• Tamanho variado (1mm até > 1m) 
• Tubo digestivo completo: boca e ânus. 
Thais Alves Fagundes 
• Dióicos (sexos separados): macho menor que a fêmea. 
• Vida livre: hermafroditas ou partenogenéticos. 
• Muitos ovos com casca espessa: aumenta a sobrevivência dos vermes, especialmente dos ovos, a condições 
ambientais extremas. 
o Ascaris lumbricoides 
o Enterobius vermicularis 
o Strongyloides stercoralis 
o Trichuris trichiura 
o Ancylostoma duodenale 
o Necator americanos 
Desenvolvimento: 
• Desenvolvimento embrionário: 
o Fecundação do espermatozóide com o ovócito. 
o Produzindo o ovo (envolvido por três membranas – formarão a casca do ovo). 
o No interior do ovo está o embrião, que finaliza a fase de desenvolvimento embrionário. 
• Desenvolvimento pós-embrionário: 
o Alguns vermes tem parte do processo de embriogênese no meio externo. 
▪ Exemplo: Strongyloides – no intestino do hospedeiro, a fêmea produz o ovo e forma-se o 
embrião, que se torna uma larva. Sendo esta eliminada, ocorre o desenvolvimento larval. 
o Desenvolvimento larval possui fases (L1 à L5). 
▪ L1: larva rabditoide – dentro do ovo. 
▪ L3: larva filarioide – larva infectante. 
• Entre uma fase e outra, a larva perde a cutícula e cresce. 
• Características físicas e químicas desencadeiam a mudança de uma fase para outra. 
o Na fase adulta, a larva se diferencia em macho ou fêmea. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
Thais Alves Fagundes 
ASCARIS LUMBRICOIDES 
VERME ADULTO 
• Fêmea 
o Cor mais escura que o macho. 
o Comprimento: 30 a 40 cm (maior que o macho). 
o NÃO apresenta encurvação da extremidade posterior. 
• Macho 
o Cor leitosa. 
o Comprimento: 20 a 30 cm. 
o Boca na extremidade anterior. 
o 2 espículos auxiliam na cópula. 
o Encurvação caudal ventral. 
 
OVOS 
• Ovo infértil (1): 
o Alongados 
o Membrana mamilonada: ondulações na casca externa do ovo. 
o Castanho/Marrom. 
o Granulações no interior 
▪ Não se desenvolve em larva ou verme adulto, se desintegra. 
• Ovos (2): 
o Ovais 
o Membrana mamilonada: ondulações na casca externa do ovo, com três camadas. 
o Castanho/Marrom: eliminados em cor clara, adquire pigmentação marrom em contato com as fezes. 
o Casca irregular e grossa 
• Ovo com larva L3 (3 e 4): 
o Larva infectante. 
 
CICLO 
• Adulto do Ascaris 
o Utiliza a boca para entrar em contato com o jejuno e íleo do hospedeiro. 
o Copula e produz ovos, que são liberados para o meio externo. 
▪ Ovos podem ser férteis ou inférteis. 
▪ Ovo infértil não se desenvolve. 
▪ Ovo fértil se desenvolve. 
o Ovo fértil no ambiente externo: 
▪ Ovo passa pelo processo de embriogênese, com formação do embrião. 
Thais Alves Fagundes 
▪ Inicia o desenvolvimento da larva (L1 à L3). 
o Ovo com larva L3: 
▪ Contamina água, alimentos, região subungueal. 
▪ Ocorre ingestão do ovo, que passa pelo estômago e atinge o intestino. 
▪ Larva L3 sai de dentro do ovo. 
o Larva L3: 
▪ Atravessa a mucosa do intestino. 
▪ Atinge o sistema circulatório linfático e chega ao pulmão. 
▪ Nos capilares pulmonares, se transforma em L4. 
• Desenvolvimento ocorre devido às condições do pulmão (oferta de oxigênio). 
o Larva L4: 
▪ Perfura o capilar pulmonar e alcança a luz do alvéolo. 
▪ Dentro do alvéolo, se transforma em L5. 
o Larva L5: 
▪ Capaz de subir pela árvore brônquica. 
▪ Atinge a laringe: 
• Expectoração da larva pela tosse. 
• Deglutição da larva. 
o Larva L5 deglutida: 
▪ Passa pelo estômago e atinge o intestino. 
▪ No intestino, se transforma em verme adulto, macho ou fêmea. 
 
TRANSMISSÃO 
• Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS contendo L3. 
• Contaminação de águas para irrigação. 
• Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). 
• Contaminação subungueal. 
• Ovos resistentes às condições ambientais e detergentes e sanitizantes. 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Difícil de ser feito mesmo nas formas sintomáticas, semelhanças com outras parasitoses. 
• Laboratorial: 
o Sedimentação espontânea 
o Centrifugação 
o Kato 
 
Thais Alves Fagundes 
EPIDEMIOLOGIA 
• Parasitose mais comum no mundo: 1 bilhão de pessoas contaminadas pelo Ascaris. 
 
TRICHURIS TRICHIURIA 
VERME ADULTO 
• Macho: 
o Espículos na parte posterior. 
o Encurvação caudal ventral. 
o Comprimento: 3 a 4,5 cm 
• Fêmea: 
o Não apresenta encurvação da extremidade posterior. 
o Comprimento: 4 a 5 cm (fêmea maior que o macho). 
▪ Ambos possuem aparato bucal na parte anterior. 
▪ Possuem lâmina na parte anterior. 
• Permite cortar o tecido do hospedeiro. 
 
OVOS 
• Elíptico: forma de bola de futebol americano. 
• Poros salientes e transparentes nas extremidades do ovo. 
o Cor clara devido aos lipídeos. 
o Por essas extremidades a larva irá eclodir. 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
CICLO 
• Ciclo monoxênico: parasita possui apenas um hospedeiro. 
• Tricuris habita o cólon ascendente e o seco do hospedeiro. 
o Macho e fêmea presentes no intestino copulam. 
o Liberam o ovo não embrionado. 
▪ Processo de embriogênese ocorre no ambiente externo. 
▪ Ovo não embrionado se desenvolve. 
▪ Formando um ovo com larva L1 chamado de ovo embrionado. 
o Ovo com larva L1 será ingerido, pela contaminação de água e alimentos. 
▪ Ovo com larva L1 no intestino sofre o desenvolvimento larval. 
▪ Ovo irá eclodir. 
▪ Larvas ficam nas criptas da mucosa do intestino. 
▪ Larvas se desenvolvem em verme adulto. 
 
TRANSMISSÃO 
• Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS contendo L1. 
• Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). 
• Mão contaminada, subungueal, geofagia (comer terra). 
o Ovos são resistentes às condições ambientais. 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Difícil de ser feito. 
o Semelhanças com outras infecções. 
• Laboratorial: 
o Sedimentação espontânea 
o Centrifugação 
o Kato 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estima-se 800 milhões de pessoas infectadas. 
• Regiões tropicais e subtropicais. 
• Brasil: Norte e Nordeste 
Thais Alves Fagundes 
ENTEROBIUS VERMICULARIS 
VERME ADULTO 
• Popularmente conhecido como “oxiúro” 
• Macho: 
o Comprimento: 0,5 cm 
• Fêmea: 
o Comprimento: 1 cm (fêmea maior que o macho). 
o Parte central mais larga. 
 
OVOS 
• Formato típico de ‘D’: 
o Parte mais reta e uma parte mais côncava. 
• Possui duas cascas com espaço claro entre elas. 
• No seu interior está o embrião. 
 
CICLO 
• Verme adulto habita o ceco do hospedeiro. 
o Macho e fêmea presentes no intestino copulam. 
o Macho morre após a cópula. 
o Fêmea produz ovos e aumenta seu tamanho. 
▪ Fêmea se desprende da mucosa e é arrastada com as fezes (1ª hipótese). 
▪ Fêmea se movimenta até a região perianal (2ª hipótese). 
• Na região perianal, fêmea se adere a mucosa. 
• Processo ocorre principalmente à noite. 
o Fêmeas grávidas migram para regiãoperianal para ovoposição. 
▪ Processo de adesão na região perianal provoca o prurido (coceira). 
• Hospedeiro coça e arrebenta a fêmea, liberando milhares de ovos com larva L1. 
• Ovos contaminam o ambiente e são ingeridos. 
 
Thais Alves Fagundes 
TRANSMISSÃO 
• Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS. 
• Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). 
• Mão contaminada, subungueal. 
• Retroinfecção: 
o Larva eclode na região perianal, sobe pelo intestino e se desenvolve em verme adulto. 
o Não passa pela fase oral. 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Prurido anal noturno e contínuo. 
• Laboratorial: 
o Fita gomada 
▪ Fita possui parte colante. 
▪ Fita é colocada em um tubo de ensaio ou no dedo e pressionada na região perianal. 
▪ Ovos irão ficar aderidos a fita, que será observada no microscópio. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Helminto de importância clínica mais prevalente nos EUA, Europa e Austrália. 
• Brasil – dados variam (20% - 60%). 
• Ocorrência maior em países temperados. 
• Maior frequência em locais de aglomeração. 
ANCILOSTOMÍDEOS 
• NECTATOR AMERICANUS 
• ANCYLOSTOMA DUODENALE 
VERME ADULTO 
• Necator: 
o Macho: 5 a 9 mm 
o Fêmea: 9 a 11 mm 
• Ancylostoma (maior): 
o Macho: 8 a 11 mm 
o Fêmea: 10 a 18 mm 
• Diferenciados pelo tamanho e pelo aparato bucal. 
o Necator possui duas lâminas. 
o Ancylostoma possui dois pares de dentes. 
▪ Permitem cortar e se aderirem à mucosa. 
 
Thais Alves Fagundes 
OVO E LARVAS 
• Não é possível diferenciar pelos ovos na microscopia. 
• Casca fina, com embrião ou larva no interior. 
• Larva: 0,3 mm. 
 
CICLO 
• Ovo é eliminado e ocorre o desenvolvimento larval no meio externo (L1 à L3). 
o Larva L3 é capaz de movimentar no ambiente externo. 
o Podendo penetrar a pele ou ser ingerida. 
• Penetração cutânea – mais comum: 
o Larva L3: 
▪ Penetra a pele, geralmente entre os dedos. 
▪ Circulação cava → coração → pulmão 
▪ De 2 a 7 dias: 
• No pulmão, a larva perde a cutícula e adquire nova. 
• Transforma-se em L4. 
o Larva L4: 
▪ Capaz de subir pela árvore brônquica. 
▪ Traqueia → faringe → laringe 
▪ Atinge a laringe: 
• Expectoração da larva pela tosse. 
• Deglutição da larva. 
o Larva L4 deglutida: 
▪ Laringe (ingestão) → esôfago → estômago → intestino delgado 
▪ Transforma-se em L5. 
o Larva L5: 
▪ Transforma-se em verme adulto macho ou fêmea. 
▪ Copula e produz ovos. 
• Oral: 
o Larva L3: 
▪ É ingerida. 
▪ Ingestão → esôfago → estômago → intestino delgado 
▪ Após 15 dias da infecção: 
• Transforma-se em L5 e em adulto. 
 
Thais Alves Fagundes 
TRANSMISSÃO 
• Contato com as larvas 
o Via cutânea ou oral. 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Anamnese associada aos sintomas. 
• Laboratorial: 
o Sedimentação espontânea 
o Centrifugação 
o Kato 
o Willis 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estima-se 440 milhões de pessoas infectadas no mundo 
• Regiões tropicais e subtropicais 
• Condições sanitárias 
STRONGYLOIDES STERCORALIS 
VERME ADULTO 
• Macho de vida livre: 
o Comprimento: 0,7 mm (macho menor que a fêmea) 
o Espículos na parte posterior, importante para cópula. 
o Leve encurvação caudal ventral. 
• Fêmea de vida livre: 
o Comprimento: 0,8 a 1,2 mm 
o Parte posterior mais alongada e afilada. 
• Fêmea partenogênica: 
o Comprimento: 1,7 a 2,5 mm 
o Não necessita do macho para produzir o ovo. 
 
OVOS E LARVAS 
• Ovos: 0,05 mm comprimento por 0,03 mm de largura. 
o Ovo semelhante ao do ancylostoma, não podendo diferenciar. 
o Casca fina externamente. 
• Larva rabditoide – L1 (imagem 2): 0,2 a 0,3 mm. 
• Larva filarioide – L3 (imagem 3): 0,35 a 0,50 mm. 
Thais Alves Fagundes 
o Observação da larva é utilizada para diagnóstico. 
 
 
CICLO 
• Fêmea libera a larva L1 rabditoide, podendo acontecer o ciclo direto ou indireto. 
• Ciclo indireto: 
o Larva L1 – rabditoide: 
▪ Passa pelas fases de desenvolvimento larval no ambiente externo. 
▪ Transformando-se em verme adulto, macho ou fêmea. 
o Verme adulto: 
▪ Copula produzindo ovos. 
o Ovos: 
▪ Tornam-se embrionados. 
▪ Inicia o processo de desenvolvimento larval. 
▪ Transformando-se em L3. 
o Larva L3 – filarioide / infectante: 
▪ Penetra a pele do ser humano. 
• Ciclo direto: 
o Larva L1 – rabditoide: 
▪ Passa pelas fases de desenvolvimento larval no intestino. 
▪ Transformando-se em L3. 
o Larva L3: 
▪ Transforma-se em verme adulto - fêmea, no hospedeiro. 
o Adulto fêmea: 
▪ É partenogênica. 
▪ Fêmea produz ovos, que produzem novas larvas L1, reiniciando o ciclo. 
 
TRANSMISSÃO 
• Contato com as larvas – via cutânea ou oral. 
• Autoinfecção externa. 
Thais Alves Fagundes 
• Autoinfecção interna. 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Difícil devido aos casos assintomáticos e inespecificidade dos sintomas. 
• Laboratorial: buscam-se as larvas. 
o Baermann-Moraes – baseado nas características de termotropismo e endotropismo das larvas. 
o Rugai 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Esporádica (< 1% de incidência), endêmica (1-5% de incidência), hiperendêmica (> 5,5% de incidência). 
• Brasil – hiperendêmico? (não há dados conclusivos). 
 PLATELMINTOS 
• Simetria bilateral. 
• Extremidade anterior com órgãos de fixação e sensitivos. 
• Extremidade posterior. 
• Ausência de exo ou endoesqueleto. 
• Achatados dorsoventralmente. 
• Não possui celoma, ânus, aparelho respiratório. 
• Sistema excretor tipo protonefrídico. 
• Tecido conjuntivo preenche entre os órgãos. 
o Taenia solium 
o Taenia saginata 
o Diphyllobothrium latum 
o Hymenolepis nana 
o Hymenolepis diminuta 
o Echinococcus granulosos 
 
Thais Alves Fagundes 
 
FILO – PLATELMINTOS – CLASSE CESTODA 
• Endoparasitas 
• Corpo alongado e constituído por segmentos. 
• Hermafroditas: 
o Órgãos genitais femininos e masculinos no mesmo segmento/proglote. 
o Ovos desenvolvidos são eliminados para o exterior com a ruptura da proglote. 
• Regiões: 
o Escólice ou cabeça 
o Colo ou pescoço: união da cabeça com o corpo. 
o Estróbilo ou corpo: formado por segmentos/proglotes. 
▪ Proglotes quanto mais próximas do colo mais jovens. 
 
TAENIA SAGINATA E TAENIA SOLIUM 
MORFOLOGIA 
• Taenia saginata (imagem 1): 
o Não possui rostro. 
o Não possui acúleos. 
o Quadrangular – formato de martelo. 
o Possui 4 ventosas. 
o Comprimento: 8 metros. 
o Até 1000 proglotes. 
o Proglote grávida pode produzir 160 mil ovos. 
• Taenia solium (imagem 2): 
o Escólex globuloso. 
o Rostelo (ou rostro) central entre as ventosas. 
o Dupla fileira de acúleos (25 a 50 - espinhos). 
o Comprimento: 3 metros. 
o Até 800 a 1000 proglotes. 
o Proglote grávida pode produzir até 80 mil ovos. 
 
Thais Alves Fagundes 
 
OVOS 
• Casca marrom (embrióforo) – blocos piramidais de quitina. 
• Embrião central (hexacanto ou oncosfera). 
 
CISTICERCO 
• Cisticerco: larva semelhante a um verme adulto, porém pequena. 
• Taenia solium 
o Escólex 4 ventosas, com rostelo (projeção) e colo 
• Taenia saginata 
o Ausência de rostelo 
▪ No SNC pode se manter viável por vários anos, causando a neurocisticercose. 
▪ Larva pode calcificar. 
 
BIOLOGIA 
• Hospedeiro intermediário: 
o Taenia solium: suínos. 
o Taenia saginata: bovinos. 
 
CICLO 
• Hospedeiro pode eliminar ovos ou proglotes, que são consumidos pelo porco ou boi. 
• Hospedeiro intermediário: 
o Ovo é ingerido pelo hospedeiro intermediário. 
▪ Casca dos ovos se rompem pela ação da pepsina no estômago. 
▪ Liberando oncosferas. 
o Oncosferas 
▪ Oncosferas no intestino sofrem ação dos sais biliares, ocorre ativação e liberação. 
▪ Penetração nas células com microvilosidades – acúleos 
▪ Atingem o sistema circulatório e atravessam vasos 
• Instalam-se nos tecidos (preferencialmente tecidos alta O2 - músculos). 
• Transformam-se em cisticerco, que fica na carne. 
• Carne é consumida pelo humano, crua ou mal cozida. 
Thais Alves Fagundes 
o Ciscicerto ingerido: 
▪ Atinge o intestino, transformando-se em verme adulto. 
▪ Ocorrendo a teníase.• Hospedeiro definitivo: 
o Ovo é ingerido pelo humano (cisticercose). 
o Ovo transforma-se em cisticerco. 
▪ Em locais de alta O2 – músculos ou SNC. 
▪ Cisticerco pode calcificar. 
• SNC pode ficar com locais de calcificação. 
o Cisticerco: 
▪ Sofre ação do suco gástrico 
▪ Evagina-se e fixa-se na mucosa do ID 
▪ Transforma-se em adulto. 
• 3 meses após inicia-se a eliminação de proglotes grávidas. 
• Teníase: ingestão de cisticerco 
• Cisticercose: ingestão de ovos 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: 
o Difícil devido aos casos assintomáticos e inespecificidade dos sintomas. 
• Laboratorial: 
o Fita gomada (Graham). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estima-se 77 milhões de pessoas no mundo. 
• Cisticercose é endêmica da América latina. 
• OMS estima 50 mil mortes por ano decorrentes da neurocisticerse. 
 
Thais Alves Fagundes 
DIPHYLLOBOTHRIUM LATUM 
ADULTO 
• Comprimento: 8 a 10 m 
• 4000 proglotes 
• Regiões: escólice ou cabeça, colo ou pescoço, estróbilo ou corpo. 
• Encontrado ID (jejuno e íleo) homem 
 
OVOS 
• Ovo de páscoa ou galinha caipira. 
• Possui opérculo na parte superior. 
 
CICLO 
• Taenia no intestino libera proglote ou ovo para o ambiente e atinge o ambiente aquático. 
o Crustáceo ingere o ovo. 
▪ Ovo transforma-se em larva no crustáceo. 
o Peixe pequeno come o crustáceo. 
▪ Larva permanece no peixe pequeno. 
o Peixe maior (truta e salmão) come o peixe pequeno. 
▪ Larva transforma-se em larva plerocercoide. 
o Humano ingere o peixe cru. 
• Segundo hospedeiro intermediário (truta e salmão). 
o No intestino, a larva transforma-se em verme adulto. 
o Atravessam parede intestinal. 
o Fixam-se nos músculos. 
▪ Verme consome Vit B12. 
▪ Causa anemia perniciosa. 
 
Thais Alves Fagundes 
TRANSMISSÃO 
• Ingestão de peixe crus ou mal cozidos contendo as larvas plerocercoides. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estima-se 9 milhões de pessoas no mundo. 
• Brasil não é considerado área endêmica. 
• Surtos associados ao consumo de peixe cru. 
o Mais incidente nos países de maior consumo de peixe cru. 
o Norte da Europa, Rússia, Japão, Filipinas, EUA (parte), Sul do Chile. 
DIAGNÓSTICO 
• Laboratorial: 
o Sedimentação espontânea 
o Kato-Katz 
o Blagg 
o Ritchie 
HYMENOLEPSIS NANA 
VERME ADUTO 
• Comprimento: 3 a 5 cm (taenia anã). 
• 100 a 200 proglotes. 
• Regiões: escólice ou cabeça, colo ou pescoço, estróbilo ou corpo. 
 
OVOS 
• Chapéu de mexicano / lampião. 
• Ovos transparentes e incolores. 
• Possui uma casca interna e uma casca externa. 
• Possui um espaço entre a casca interna e o embrião. 
 
CICLO 
• Ciclo monoxênico: possui um único hospedeiro. 
o Criança elimina os ovos. 
o Ovos contaminam o ambiente, podendo contaminar alimentos e água. 
o Ingestão de ovos nas mãos e alimentos contaminados. 
o Passam do estômago ao intestino, no qual transformam-se em verme adulto. 
• Larva de pulga consome o ovo. 
Thais Alves Fagundes 
o Larva desenvolve, gerando a pulga. 
o Pulga está contaminada com o ovo. 
o Pulga contamina água ou alimento e é ingerida pelo humano. 
o Passam do estômago ao intestino, no qual transformam-se em verme adulto. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Distribuição mundial. 
• Estima-se 50 a 75 milhões de pessoas infectadas. 
• Locais com aglomerações. 
• Mais comum em regiões de clima frio. 
o Brasil: Sul 
TRANSMISSÃO 
• Transmissão mais frequente. 
• Ingestão de alimentos, água ou inseto contaminado. 
DIAGNÓSTICO 
• Laboratorial: 
o Sedimentação espontânea 
o Centrifugação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 EXAME PARASITOLÓGICO DAS FEZES (EPF) 
MÉTODO À FRESCO → Fezes diarreicas: entamoeba e giárdia 
TÉCNICAS ESPECIAIS: 
• Kato-Katz: esquistossomose, ascaridíase, tricuríase e ancilostomose (método quantitativo). 
• Fita Gomada (Graham): Taenia; Enterobius vermiculares. 
SEDIMENTAÇÃO SIMPLES CENTRIFUGO-SEDIMENTAÇÃO FLUTUAÇÃO SIMPLES CENTRIFUGO-FLUTUAÇÃO 
HPJ 
(esquistossomose, ascaridíase, 
tricuríase e ancilostomose) 
 
Sedimentação espontânea 
Material conservado: 
- Ritchie 
 
Material a fresco: 
- Baermann-Moraes 
- Rugai (Strongyloides stercolaris) 
 
Concentração de larvas por migração 
ativa, devido a propriedades de 
hidrotropismo e termotropismo. 
Willis 
(Ancylostomatiadae) 
 
Flutuação das formas 
parasitárias em 
solução saturada de 
cloreto de sódio 
Faust 
(Entamoeba e Giárdia) 
 
Utiliza sulfato de zinco, que 
favorece que os ovos 
flutuem 
 
NOME FORMA EXAME IMAGEM 
Entamoeba histolytica 
Amebíase 
 
Trofozoítos 
Cistos 
 
Fezes diarreicas: a fresco 
Fezes formadas: faust, HPJ 
SAF 
 
Giardia 
Giardíase 
 
Trofozoítos 
Cistos 
 
Fezes diarreicas: a fresco 
Fezes formadas: faust, HPJ 
SAF 
 
Ascaris lumbricoides 
Ascaridíase 
Ovo 
Verme adulto 
 
HPJ, Kato-Katz 
MIF 
 
Trichuris trichiura 
Tricuríase 
 
Ovo 
 
HPJ, Kato-Katz 
 
Ancylostomatiadae 
Ancilostomíase 
Ovo HPJ, Kato-Katz, Willis 
 
Schistossoma mansoni 
Esquistossomose 
Ovo 
 
 
HPJ, Kato-Katz 
MIF 
 
Enterobius vermiculares 
Enterobiose 
Ovo 
Verme adulto 
 
Fita gomada (Graham) 
MIF 
 
Taenia 
Teníase 
Ovo 
Verme adulto (proglotes) 
Fita gomada (Graham) 
MIF 
 
Strongyloides stercolaris 
Estrongiloidíase 
Larvas 
 
 
Baermann-Moraes, Rugai 
MIF

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