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Thais Alves Fagundes HELMINTOSES INTRODUÇÃO Simbiose: • Interação entre dois organismos. o Mutualismo: ambos organismos se beneficiam. o Comensalismo: apenas um organismo se beneficia e o outro não é prejudicado. o Parasitismo: ▪ Associação entre seres vivos. ▪ Existe unilateralidade de benefícios, o hospedeiro é espoliado (prejudicado) pelo parasito. • Relacionamento entre os seres visa principalmente: o Obtenção de alimento o Proteção • Relações entre organismos tendem a: o Matar o hospedeiro ou o Se tornarem comensalismo e posteriormente mutualismo. ▪ Quanto mais recente é a relação, mais malefícios acometem o hospedeiro. • Exemplo: humano quando é hospedeiro do T. cruzi, desenvolve doença de chagas. • Exemplo: tatu é hospedeiro natural de T. cruzi, raramente morre quando parasitado. Dados da OMS: • > 1 bilhão de pessoas afetadas por doenças tropicais negligenciadas o Esquistossomose o Helmintoses o Filariose linfática • Estima-se que 2 bilhões de pessoas estejam parasitadas na África subsariana e Sul da Ásia. NEMATELMINTOS Características: • Simetria bilateral • Cilíndricos e alongados • Tamanho variado (1mm até > 1m) • Tubo digestivo completo: boca e ânus. Thais Alves Fagundes • Dióicos (sexos separados): macho menor que a fêmea. • Vida livre: hermafroditas ou partenogenéticos. • Muitos ovos com casca espessa: aumenta a sobrevivência dos vermes, especialmente dos ovos, a condições ambientais extremas. o Ascaris lumbricoides o Enterobius vermicularis o Strongyloides stercoralis o Trichuris trichiura o Ancylostoma duodenale o Necator americanos Desenvolvimento: • Desenvolvimento embrionário: o Fecundação do espermatozóide com o ovócito. o Produzindo o ovo (envolvido por três membranas – formarão a casca do ovo). o No interior do ovo está o embrião, que finaliza a fase de desenvolvimento embrionário. • Desenvolvimento pós-embrionário: o Alguns vermes tem parte do processo de embriogênese no meio externo. ▪ Exemplo: Strongyloides – no intestino do hospedeiro, a fêmea produz o ovo e forma-se o embrião, que se torna uma larva. Sendo esta eliminada, ocorre o desenvolvimento larval. o Desenvolvimento larval possui fases (L1 à L5). ▪ L1: larva rabditoide – dentro do ovo. ▪ L3: larva filarioide – larva infectante. • Entre uma fase e outra, a larva perde a cutícula e cresce. • Características físicas e químicas desencadeiam a mudança de uma fase para outra. o Na fase adulta, a larva se diferencia em macho ou fêmea. DIAGNÓSTICO Thais Alves Fagundes ASCARIS LUMBRICOIDES VERME ADULTO • Fêmea o Cor mais escura que o macho. o Comprimento: 30 a 40 cm (maior que o macho). o NÃO apresenta encurvação da extremidade posterior. • Macho o Cor leitosa. o Comprimento: 20 a 30 cm. o Boca na extremidade anterior. o 2 espículos auxiliam na cópula. o Encurvação caudal ventral. OVOS • Ovo infértil (1): o Alongados o Membrana mamilonada: ondulações na casca externa do ovo. o Castanho/Marrom. o Granulações no interior ▪ Não se desenvolve em larva ou verme adulto, se desintegra. • Ovos (2): o Ovais o Membrana mamilonada: ondulações na casca externa do ovo, com três camadas. o Castanho/Marrom: eliminados em cor clara, adquire pigmentação marrom em contato com as fezes. o Casca irregular e grossa • Ovo com larva L3 (3 e 4): o Larva infectante. CICLO • Adulto do Ascaris o Utiliza a boca para entrar em contato com o jejuno e íleo do hospedeiro. o Copula e produz ovos, que são liberados para o meio externo. ▪ Ovos podem ser férteis ou inférteis. ▪ Ovo infértil não se desenvolve. ▪ Ovo fértil se desenvolve. o Ovo fértil no ambiente externo: ▪ Ovo passa pelo processo de embriogênese, com formação do embrião. Thais Alves Fagundes ▪ Inicia o desenvolvimento da larva (L1 à L3). o Ovo com larva L3: ▪ Contamina água, alimentos, região subungueal. ▪ Ocorre ingestão do ovo, que passa pelo estômago e atinge o intestino. ▪ Larva L3 sai de dentro do ovo. o Larva L3: ▪ Atravessa a mucosa do intestino. ▪ Atinge o sistema circulatório linfático e chega ao pulmão. ▪ Nos capilares pulmonares, se transforma em L4. • Desenvolvimento ocorre devido às condições do pulmão (oferta de oxigênio). o Larva L4: ▪ Perfura o capilar pulmonar e alcança a luz do alvéolo. ▪ Dentro do alvéolo, se transforma em L5. o Larva L5: ▪ Capaz de subir pela árvore brônquica. ▪ Atinge a laringe: • Expectoração da larva pela tosse. • Deglutição da larva. o Larva L5 deglutida: ▪ Passa pelo estômago e atinge o intestino. ▪ No intestino, se transforma em verme adulto, macho ou fêmea. TRANSMISSÃO • Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS contendo L3. • Contaminação de águas para irrigação. • Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). • Contaminação subungueal. • Ovos resistentes às condições ambientais e detergentes e sanitizantes. DIAGNÓSTICO • Clínico: o Difícil de ser feito mesmo nas formas sintomáticas, semelhanças com outras parasitoses. • Laboratorial: o Sedimentação espontânea o Centrifugação o Kato Thais Alves Fagundes EPIDEMIOLOGIA • Parasitose mais comum no mundo: 1 bilhão de pessoas contaminadas pelo Ascaris. TRICHURIS TRICHIURIA VERME ADULTO • Macho: o Espículos na parte posterior. o Encurvação caudal ventral. o Comprimento: 3 a 4,5 cm • Fêmea: o Não apresenta encurvação da extremidade posterior. o Comprimento: 4 a 5 cm (fêmea maior que o macho). ▪ Ambos possuem aparato bucal na parte anterior. ▪ Possuem lâmina na parte anterior. • Permite cortar o tecido do hospedeiro. OVOS • Elíptico: forma de bola de futebol americano. • Poros salientes e transparentes nas extremidades do ovo. o Cor clara devido aos lipídeos. o Por essas extremidades a larva irá eclodir. Thais Alves Fagundes CICLO • Ciclo monoxênico: parasita possui apenas um hospedeiro. • Tricuris habita o cólon ascendente e o seco do hospedeiro. o Macho e fêmea presentes no intestino copulam. o Liberam o ovo não embrionado. ▪ Processo de embriogênese ocorre no ambiente externo. ▪ Ovo não embrionado se desenvolve. ▪ Formando um ovo com larva L1 chamado de ovo embrionado. o Ovo com larva L1 será ingerido, pela contaminação de água e alimentos. ▪ Ovo com larva L1 no intestino sofre o desenvolvimento larval. ▪ Ovo irá eclodir. ▪ Larvas ficam nas criptas da mucosa do intestino. ▪ Larvas se desenvolvem em verme adulto. TRANSMISSÃO • Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS contendo L1. • Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). • Mão contaminada, subungueal, geofagia (comer terra). o Ovos são resistentes às condições ambientais. DIAGNÓSTICO • Clínico: o Difícil de ser feito. o Semelhanças com outras infecções. • Laboratorial: o Sedimentação espontânea o Centrifugação o Kato EPIDEMIOLOGIA • Estima-se 800 milhões de pessoas infectadas. • Regiões tropicais e subtropicais. • Brasil: Norte e Nordeste Thais Alves Fagundes ENTEROBIUS VERMICULARIS VERME ADULTO • Popularmente conhecido como “oxiúro” • Macho: o Comprimento: 0,5 cm • Fêmea: o Comprimento: 1 cm (fêmea maior que o macho). o Parte central mais larga. OVOS • Formato típico de ‘D’: o Parte mais reta e uma parte mais côncava. • Possui duas cascas com espaço claro entre elas. • No seu interior está o embrião. CICLO • Verme adulto habita o ceco do hospedeiro. o Macho e fêmea presentes no intestino copulam. o Macho morre após a cópula. o Fêmea produz ovos e aumenta seu tamanho. ▪ Fêmea se desprende da mucosa e é arrastada com as fezes (1ª hipótese). ▪ Fêmea se movimenta até a região perianal (2ª hipótese). • Na região perianal, fêmea se adere a mucosa. • Processo ocorre principalmente à noite. o Fêmeas grávidas migram para regiãoperianal para ovoposição. ▪ Processo de adesão na região perianal provoca o prurido (coceira). • Hospedeiro coça e arrebenta a fêmea, liberando milhares de ovos com larva L1. • Ovos contaminam o ambiente e são ingeridos. Thais Alves Fagundes TRANSMISSÃO • Ingestão de alimentos ou água contaminada com OVOS. • Veiculação mecânica: poeiras, insetos (moscas e baratas). • Mão contaminada, subungueal. • Retroinfecção: o Larva eclode na região perianal, sobe pelo intestino e se desenvolve em verme adulto. o Não passa pela fase oral. DIAGNÓSTICO • Clínico: o Prurido anal noturno e contínuo. • Laboratorial: o Fita gomada ▪ Fita possui parte colante. ▪ Fita é colocada em um tubo de ensaio ou no dedo e pressionada na região perianal. ▪ Ovos irão ficar aderidos a fita, que será observada no microscópio. EPIDEMIOLOGIA • Helminto de importância clínica mais prevalente nos EUA, Europa e Austrália. • Brasil – dados variam (20% - 60%). • Ocorrência maior em países temperados. • Maior frequência em locais de aglomeração. ANCILOSTOMÍDEOS • NECTATOR AMERICANUS • ANCYLOSTOMA DUODENALE VERME ADULTO • Necator: o Macho: 5 a 9 mm o Fêmea: 9 a 11 mm • Ancylostoma (maior): o Macho: 8 a 11 mm o Fêmea: 10 a 18 mm • Diferenciados pelo tamanho e pelo aparato bucal. o Necator possui duas lâminas. o Ancylostoma possui dois pares de dentes. ▪ Permitem cortar e se aderirem à mucosa. Thais Alves Fagundes OVO E LARVAS • Não é possível diferenciar pelos ovos na microscopia. • Casca fina, com embrião ou larva no interior. • Larva: 0,3 mm. CICLO • Ovo é eliminado e ocorre o desenvolvimento larval no meio externo (L1 à L3). o Larva L3 é capaz de movimentar no ambiente externo. o Podendo penetrar a pele ou ser ingerida. • Penetração cutânea – mais comum: o Larva L3: ▪ Penetra a pele, geralmente entre os dedos. ▪ Circulação cava → coração → pulmão ▪ De 2 a 7 dias: • No pulmão, a larva perde a cutícula e adquire nova. • Transforma-se em L4. o Larva L4: ▪ Capaz de subir pela árvore brônquica. ▪ Traqueia → faringe → laringe ▪ Atinge a laringe: • Expectoração da larva pela tosse. • Deglutição da larva. o Larva L4 deglutida: ▪ Laringe (ingestão) → esôfago → estômago → intestino delgado ▪ Transforma-se em L5. o Larva L5: ▪ Transforma-se em verme adulto macho ou fêmea. ▪ Copula e produz ovos. • Oral: o Larva L3: ▪ É ingerida. ▪ Ingestão → esôfago → estômago → intestino delgado ▪ Após 15 dias da infecção: • Transforma-se em L5 e em adulto. Thais Alves Fagundes TRANSMISSÃO • Contato com as larvas o Via cutânea ou oral. DIAGNÓSTICO • Clínico: o Anamnese associada aos sintomas. • Laboratorial: o Sedimentação espontânea o Centrifugação o Kato o Willis EPIDEMIOLOGIA • Estima-se 440 milhões de pessoas infectadas no mundo • Regiões tropicais e subtropicais • Condições sanitárias STRONGYLOIDES STERCORALIS VERME ADULTO • Macho de vida livre: o Comprimento: 0,7 mm (macho menor que a fêmea) o Espículos na parte posterior, importante para cópula. o Leve encurvação caudal ventral. • Fêmea de vida livre: o Comprimento: 0,8 a 1,2 mm o Parte posterior mais alongada e afilada. • Fêmea partenogênica: o Comprimento: 1,7 a 2,5 mm o Não necessita do macho para produzir o ovo. OVOS E LARVAS • Ovos: 0,05 mm comprimento por 0,03 mm de largura. o Ovo semelhante ao do ancylostoma, não podendo diferenciar. o Casca fina externamente. • Larva rabditoide – L1 (imagem 2): 0,2 a 0,3 mm. • Larva filarioide – L3 (imagem 3): 0,35 a 0,50 mm. Thais Alves Fagundes o Observação da larva é utilizada para diagnóstico. CICLO • Fêmea libera a larva L1 rabditoide, podendo acontecer o ciclo direto ou indireto. • Ciclo indireto: o Larva L1 – rabditoide: ▪ Passa pelas fases de desenvolvimento larval no ambiente externo. ▪ Transformando-se em verme adulto, macho ou fêmea. o Verme adulto: ▪ Copula produzindo ovos. o Ovos: ▪ Tornam-se embrionados. ▪ Inicia o processo de desenvolvimento larval. ▪ Transformando-se em L3. o Larva L3 – filarioide / infectante: ▪ Penetra a pele do ser humano. • Ciclo direto: o Larva L1 – rabditoide: ▪ Passa pelas fases de desenvolvimento larval no intestino. ▪ Transformando-se em L3. o Larva L3: ▪ Transforma-se em verme adulto - fêmea, no hospedeiro. o Adulto fêmea: ▪ É partenogênica. ▪ Fêmea produz ovos, que produzem novas larvas L1, reiniciando o ciclo. TRANSMISSÃO • Contato com as larvas – via cutânea ou oral. • Autoinfecção externa. Thais Alves Fagundes • Autoinfecção interna. DIAGNÓSTICO • Clínico: o Difícil devido aos casos assintomáticos e inespecificidade dos sintomas. • Laboratorial: buscam-se as larvas. o Baermann-Moraes – baseado nas características de termotropismo e endotropismo das larvas. o Rugai EPIDEMIOLOGIA • Esporádica (< 1% de incidência), endêmica (1-5% de incidência), hiperendêmica (> 5,5% de incidência). • Brasil – hiperendêmico? (não há dados conclusivos). PLATELMINTOS • Simetria bilateral. • Extremidade anterior com órgãos de fixação e sensitivos. • Extremidade posterior. • Ausência de exo ou endoesqueleto. • Achatados dorsoventralmente. • Não possui celoma, ânus, aparelho respiratório. • Sistema excretor tipo protonefrídico. • Tecido conjuntivo preenche entre os órgãos. o Taenia solium o Taenia saginata o Diphyllobothrium latum o Hymenolepis nana o Hymenolepis diminuta o Echinococcus granulosos Thais Alves Fagundes FILO – PLATELMINTOS – CLASSE CESTODA • Endoparasitas • Corpo alongado e constituído por segmentos. • Hermafroditas: o Órgãos genitais femininos e masculinos no mesmo segmento/proglote. o Ovos desenvolvidos são eliminados para o exterior com a ruptura da proglote. • Regiões: o Escólice ou cabeça o Colo ou pescoço: união da cabeça com o corpo. o Estróbilo ou corpo: formado por segmentos/proglotes. ▪ Proglotes quanto mais próximas do colo mais jovens. TAENIA SAGINATA E TAENIA SOLIUM MORFOLOGIA • Taenia saginata (imagem 1): o Não possui rostro. o Não possui acúleos. o Quadrangular – formato de martelo. o Possui 4 ventosas. o Comprimento: 8 metros. o Até 1000 proglotes. o Proglote grávida pode produzir 160 mil ovos. • Taenia solium (imagem 2): o Escólex globuloso. o Rostelo (ou rostro) central entre as ventosas. o Dupla fileira de acúleos (25 a 50 - espinhos). o Comprimento: 3 metros. o Até 800 a 1000 proglotes. o Proglote grávida pode produzir até 80 mil ovos. Thais Alves Fagundes OVOS • Casca marrom (embrióforo) – blocos piramidais de quitina. • Embrião central (hexacanto ou oncosfera). CISTICERCO • Cisticerco: larva semelhante a um verme adulto, porém pequena. • Taenia solium o Escólex 4 ventosas, com rostelo (projeção) e colo • Taenia saginata o Ausência de rostelo ▪ No SNC pode se manter viável por vários anos, causando a neurocisticercose. ▪ Larva pode calcificar. BIOLOGIA • Hospedeiro intermediário: o Taenia solium: suínos. o Taenia saginata: bovinos. CICLO • Hospedeiro pode eliminar ovos ou proglotes, que são consumidos pelo porco ou boi. • Hospedeiro intermediário: o Ovo é ingerido pelo hospedeiro intermediário. ▪ Casca dos ovos se rompem pela ação da pepsina no estômago. ▪ Liberando oncosferas. o Oncosferas ▪ Oncosferas no intestino sofrem ação dos sais biliares, ocorre ativação e liberação. ▪ Penetração nas células com microvilosidades – acúleos ▪ Atingem o sistema circulatório e atravessam vasos • Instalam-se nos tecidos (preferencialmente tecidos alta O2 - músculos). • Transformam-se em cisticerco, que fica na carne. • Carne é consumida pelo humano, crua ou mal cozida. Thais Alves Fagundes o Ciscicerto ingerido: ▪ Atinge o intestino, transformando-se em verme adulto. ▪ Ocorrendo a teníase.• Hospedeiro definitivo: o Ovo é ingerido pelo humano (cisticercose). o Ovo transforma-se em cisticerco. ▪ Em locais de alta O2 – músculos ou SNC. ▪ Cisticerco pode calcificar. • SNC pode ficar com locais de calcificação. o Cisticerco: ▪ Sofre ação do suco gástrico ▪ Evagina-se e fixa-se na mucosa do ID ▪ Transforma-se em adulto. • 3 meses após inicia-se a eliminação de proglotes grávidas. • Teníase: ingestão de cisticerco • Cisticercose: ingestão de ovos DIAGNÓSTICO • Clínico: o Difícil devido aos casos assintomáticos e inespecificidade dos sintomas. • Laboratorial: o Fita gomada (Graham). EPIDEMIOLOGIA • Estima-se 77 milhões de pessoas no mundo. • Cisticercose é endêmica da América latina. • OMS estima 50 mil mortes por ano decorrentes da neurocisticerse. Thais Alves Fagundes DIPHYLLOBOTHRIUM LATUM ADULTO • Comprimento: 8 a 10 m • 4000 proglotes • Regiões: escólice ou cabeça, colo ou pescoço, estróbilo ou corpo. • Encontrado ID (jejuno e íleo) homem OVOS • Ovo de páscoa ou galinha caipira. • Possui opérculo na parte superior. CICLO • Taenia no intestino libera proglote ou ovo para o ambiente e atinge o ambiente aquático. o Crustáceo ingere o ovo. ▪ Ovo transforma-se em larva no crustáceo. o Peixe pequeno come o crustáceo. ▪ Larva permanece no peixe pequeno. o Peixe maior (truta e salmão) come o peixe pequeno. ▪ Larva transforma-se em larva plerocercoide. o Humano ingere o peixe cru. • Segundo hospedeiro intermediário (truta e salmão). o No intestino, a larva transforma-se em verme adulto. o Atravessam parede intestinal. o Fixam-se nos músculos. ▪ Verme consome Vit B12. ▪ Causa anemia perniciosa. Thais Alves Fagundes TRANSMISSÃO • Ingestão de peixe crus ou mal cozidos contendo as larvas plerocercoides. EPIDEMIOLOGIA • Estima-se 9 milhões de pessoas no mundo. • Brasil não é considerado área endêmica. • Surtos associados ao consumo de peixe cru. o Mais incidente nos países de maior consumo de peixe cru. o Norte da Europa, Rússia, Japão, Filipinas, EUA (parte), Sul do Chile. DIAGNÓSTICO • Laboratorial: o Sedimentação espontânea o Kato-Katz o Blagg o Ritchie HYMENOLEPSIS NANA VERME ADUTO • Comprimento: 3 a 5 cm (taenia anã). • 100 a 200 proglotes. • Regiões: escólice ou cabeça, colo ou pescoço, estróbilo ou corpo. OVOS • Chapéu de mexicano / lampião. • Ovos transparentes e incolores. • Possui uma casca interna e uma casca externa. • Possui um espaço entre a casca interna e o embrião. CICLO • Ciclo monoxênico: possui um único hospedeiro. o Criança elimina os ovos. o Ovos contaminam o ambiente, podendo contaminar alimentos e água. o Ingestão de ovos nas mãos e alimentos contaminados. o Passam do estômago ao intestino, no qual transformam-se em verme adulto. • Larva de pulga consome o ovo. Thais Alves Fagundes o Larva desenvolve, gerando a pulga. o Pulga está contaminada com o ovo. o Pulga contamina água ou alimento e é ingerida pelo humano. o Passam do estômago ao intestino, no qual transformam-se em verme adulto. EPIDEMIOLOGIA • Distribuição mundial. • Estima-se 50 a 75 milhões de pessoas infectadas. • Locais com aglomerações. • Mais comum em regiões de clima frio. o Brasil: Sul TRANSMISSÃO • Transmissão mais frequente. • Ingestão de alimentos, água ou inseto contaminado. DIAGNÓSTICO • Laboratorial: o Sedimentação espontânea o Centrifugação Thais Alves Fagundes EXAME PARASITOLÓGICO DAS FEZES (EPF) MÉTODO À FRESCO → Fezes diarreicas: entamoeba e giárdia TÉCNICAS ESPECIAIS: • Kato-Katz: esquistossomose, ascaridíase, tricuríase e ancilostomose (método quantitativo). • Fita Gomada (Graham): Taenia; Enterobius vermiculares. SEDIMENTAÇÃO SIMPLES CENTRIFUGO-SEDIMENTAÇÃO FLUTUAÇÃO SIMPLES CENTRIFUGO-FLUTUAÇÃO HPJ (esquistossomose, ascaridíase, tricuríase e ancilostomose) Sedimentação espontânea Material conservado: - Ritchie Material a fresco: - Baermann-Moraes - Rugai (Strongyloides stercolaris) Concentração de larvas por migração ativa, devido a propriedades de hidrotropismo e termotropismo. Willis (Ancylostomatiadae) Flutuação das formas parasitárias em solução saturada de cloreto de sódio Faust (Entamoeba e Giárdia) Utiliza sulfato de zinco, que favorece que os ovos flutuem NOME FORMA EXAME IMAGEM Entamoeba histolytica Amebíase Trofozoítos Cistos Fezes diarreicas: a fresco Fezes formadas: faust, HPJ SAF Giardia Giardíase Trofozoítos Cistos Fezes diarreicas: a fresco Fezes formadas: faust, HPJ SAF Ascaris lumbricoides Ascaridíase Ovo Verme adulto HPJ, Kato-Katz MIF Trichuris trichiura Tricuríase Ovo HPJ, Kato-Katz Ancylostomatiadae Ancilostomíase Ovo HPJ, Kato-Katz, Willis Schistossoma mansoni Esquistossomose Ovo HPJ, Kato-Katz MIF Enterobius vermiculares Enterobiose Ovo Verme adulto Fita gomada (Graham) MIF Taenia Teníase Ovo Verme adulto (proglotes) Fita gomada (Graham) MIF Strongyloides stercolaris Estrongiloidíase Larvas Baermann-Moraes, Rugai MIF
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