Aula-12-Geografia-9o-ano-2021

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9ª ANO OLÁ ALUNOS E ALUNAS
2º Bimestre
HEGEMONIA EUROPEIA: OCIDENTE E ORIENTE
A Europa foi o centro de movimentos importantes, com desdobramentos em todo o mundo, como a democracia grega, o
direito romano, o renascimento cultural e artístico, o capitalismo, a Revolução Industrial (1750), a Revolução Francesa
(1789) e a implantação do socialismo. Do ponto de vista físico, a Europa fica porção oeste da grande massa continental da
Eurásia (Europa e Ásia), numa grande península.
Na Europa ocorreu a formação dos primeiros blocos econômicos, mas nela também houve muitos conflitos internos ao
longo da história para a formação de Estados nacionais, além de ela ter sido campo de batalha de duas guerras mundiais: a
primeira, entre 1914 e 1918; e a segunda, entre 1939 e 1945, que causaram a morte de milhões de pessoas e alteraram não
apenas as fronteiras entre seus Estados, mas também resultaram na formação de novos. As fronteiras de muitos países
europeus se alteraram desde o início do século XX, sobretudo na porção central e leste do continente. Ao final da
Primeira Guerra Mundial, em 1918, por exemplo, o fim do Império Austro-Húngaro resultou na formação da
Tchecoslováquia, Áustria, Hungria, Iugoslávia e Polônia (dissolução ocorrida em 1993).
A mudança das fronteiras dos países europeus continuou após a I Guerra Mundial, como também após a II: a Letônia e a
Lituânia foram incorporadas na União Soviética em 1940; e , em 1991, com a dissolução da União Soviética, essas três
repúblicas soviéticas se tornaram Estados soberanos, juntamente com Belarus, Ucrânia, Rússia e Moldávia (que faziam
parte da União Soviética).
Divisão no mundo em Ocidente e Oriente
A expansão marítimo-comercial europeia nos séculos XV, XVI e XVII foi o marco inicial da construção da
hegemonia da Europa no mundo entre esses séculos e a Primeira Guerra Mundial.
Ao incorporar a África, a América e a Oceania ao seu horizonte geográfico e fundar colônias na América e feitorias na
África e Ásia, a Europa ampliou consideravelmente o seu espaço comercial permitindo que realizasse a “acumulação
primitiva do capital”, ou seja, o processo de acumulação de riquezas, que, posteriormente, nos séculos XVIII e seguintes,
possibilitou a alguns países europeus, como Inglaterra, França, Bélgica, Itália, Alemanha, etc., a realização da Primeira e
da Segunda revolução Industrial e a implantação do capitalismo industrial e do neocolonialismo (ou imperialismo).
No século XIX, esses países se lançaram sobre a África e a Ásia, substituindo as feitorias do século XVI pela apropriação
de territórios e a implantação de impérios coloniais. Apesar da resistência de povos africanos e asiáticos, a superioridade
técnica, principalmente em armamentos, facilitou a conquista.
O Ocidente inventou o Oriente
Expressões que se consolidaram na época das Grandes Navegações, séculos XV e XVI. Foi em 1596 que o cartógrafo e
matemático belga Gerard Kremer, conhecido como Mercator, elaborou um planisfério representando a Europa na porção
central e superior dele. Essa representação atendia plenamente à ideia de supremacia da Europa no mundo, naquela época.
Ela é, portanto, eurocêntrica e desse ser entendida como a expressão de seu etnocentrismo – privilegiando normas e
valores de sua sociedade.
Meridiano de Greenwich: visão eurocêntrica
Em 1884, em Washington D. C., capital dos EUA, foi realizada a Conferência Internacional do Meridiano. Foi aí decidido
que o Meridiano Principal deveria ser o meridiano que passa no Observatório Astronômico de Greenwich, localizado na
cidade de mesmo nome, próximo a Londres, capital do Reino Unido. Essa escolha mostra a supremacia inglesa, maior
potência naval e econômica do mundo, à época. A escolha do Meridiano de Greenwich também expressa a consolidação
da visão eurocêntrica do mundo.
Orientalismo e Ocidentalismo
Não há dúvidas de que o etnocentrismo do Ocidente servir aos interesses das potências ocidentais e justificou
ideologicamente os atos de apropriação de territórios do Oriente para a subordinação de seus povos e para a formação
de impérios coloniais dos séculos XIX e XX sob a lógica do neocolonialismo e do imperialismo que enriqueceram os
países colonialistas europeus. As relações históricas entre Oriente e Ocidente foram marcadas por poder e dominação
que, até o momento atual, não desapareceram por completo.
ATIVIDADES (RESPONDA NO CADERNO)
1- A Europa, continente que pertence ao Velho Mundo, é formado por vários países que, dentre várias características,
possuem elevados índices socioeconômicos. São dezenas de países que pertencem à Europa. Todos os países abaixo são
todos europeus, EXCETO a opção:
A) Israel, China, Japão e Índia.
B) França, Itália, Alemanha e Suíça.
C) Rússia, Escócia, Polônia e Inglaterra.
D) Portugal, Espanha, Bélgica e Holanda.
2- Observe o mapa a seguir.
A classificação do continente europeu em Ocidental e Oriental surgiu:
A) Com o fim da Guerra Fria e a reunificação do território alemão.
B) No período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
C) Após a Segunda Guerra Mundial, em uma referência à bipolarização do mundo.
D) No século XVIII, quando teve início a dominação russa na porção leste do território europeu.
3- Caracterize a Europa Ocidental e a Europa Oriental, citando as semelhanças e as diferenças entre as duas porções do
continente europeu.
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4- Vários acontecimentos históricos explicam a hegemonia europeia no mundo. Responda às questões.
a) Aponte, resumidamente, dois desses acontecimentos históricos.
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b) O que é etnocentrismo?
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GABARITO:
1- Letra A
2- Letra C
3- Espera-se que o aluno mencione, entre outros aspectos, que em ambas as partes da Europa existe um bom padrão de vida, com
elevada expectativa e escolaridade; e que o lado ocidental, em geral. Possui maiores rendas per capita que o lado oriental, além de um
padrão de vida em média mais elevado.
4- a) As grandes navegações marítimos-comerciais europeias dos séculos XV e XVI, quando a América, a África e a Ásia tornaram-se
conhecidas por europeus e forma incorporadas ao capitalismo comercial. O outro período ocorreu nos séculos XIX e XX, com a
implantação de colônias na África e na Ásia e a implantação do capitalismo industrial.
b) O etnocentrismo é a tendência para privilegiar as normas e os valores de sua própria cultura ou sociedade ao interpretar as demais,
podendo, até mesmo, construir preconceitos em relação a elas.